A contribuição dos judeus para o progresso da humanidade

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Fernando Silva
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A contribuição dos judeus para o progresso da humanidade

Mensagem por Fernando Silva »

"O Globo" 15/03/10
Indiferença produz insegurança
OSIAS WURMAN

Em artigo publicado no “The New York Times”, o colunista David Brooks escreveu: “Os judeus formam um grupo admiravelmente capacitado. Eles significam apenas 0,2% da população mundial, mas têm 54% dos campeões mundiais de xadrez, 27% dos ganhadores de Nobel de física e 31% dos de medicina. Os judeus representam 2% da população dos EUA, mas são 37% dos diretores ganhadores de Oscar, 38% de uma lista da Business Week como os principais filantropos e 51% dos vencedores do Prêmio Pullitzer na categoria de não-ficção.” Destaco ainda:”Israel, com 7 milhões de habitantes, atrai tanto capital de risco quanto a França e a Alemanha juntas. Os países vizinhos não têm a tradição de troca intelectual livre nem criatividade técnica. Por exemplo, entre 1980 e 2000, os egípcios registraram 77 patentes nos EUA; os sauditas, 171; e os israelenses, 7.652.”

Seria o panorama acima revelador da potencialidade judaica voltada para o bem da Humanidade, garantia de estabilidade existencial para o povo judeu e para o Estado de Israel? Em janeiro de 1942, na cidade alemã de Wannsee, um grupo de generais e comandantes nazistas, dirigidos por Reinhard Heydrich, se reuniu para organizar a implementação do programa “Solução Final do “Problema Judeu”.

Naqueles dias, o povo judeu já tinha trazido ao mundo valores humanos como Albert Einstein, Sigmund Freud, Martin Buber, Karl Marx, Hanna Arendt, Heinrich Heine, Moshe Mendelsohn, Stefan Zweig e tantos outros.

Em nossos dias, o mundo volta a assistir, com certa indiferença, as ameaças à existência do Estado de Israel, berço de mais de 6 milhões de judeus.

Na verdade, enquanto Ahmadinejad do Irã restringia suas intimidações à retórica, poder-se-ia aguardar por um desenlace diplomático favorável.

Mas agora o cenário mudou drasticamente para pior.

Ahmadinejad mostrou que não teme a opinião pública mundial ao massacrar os protestos pós-eleitorais nas ruas de Teerã, envolvendo religiosos, estudantes, jornalistas e opositores políticos.

Também ordenou o enriquecimento de urânio a 20%, embora continue a declarar que o uso nuclear seria para fins pacíficos.

Se fosse verdade, qual a finalidade de construir mísseis balísticos com capacidade para transportar ogivas nucleares com alcance intercontinental? Diferentemente do ocorrido em 1942, quando os alemães escondiam o seu real propósito genocida, Ahmadinejad manifesta abertamente a sua vontade de “varrer” Israel do mapa.

Assim como na década de 30, a indiferença mundial, com raras exceções, está trazendo uma insegurança que pode precipitar indesejáveis enfrentamentos.

Trancado