Quem não assiste, nem nunca assistiu BBBs e similares?

[zumbi filosófico]

Quando ouvi falar da primeira vez disso de BBB, pensei, "putz, que porcaria esse conceito, ninguém vai assistir algo tão idiota". Já tem dez anos isso.

O máximo que "assisti" disso são uns "flashes" que passam entre os intervalos do intercine, e já acho irritante o suficiente para parar de assistir o filme de vez em quando.

A coisa mais próxima que assistia e não achava completamente idiota eram uns reality shows da mtv americana, tinha um que estavam sempre viajando pelo país ou pelo mundo, fazendo coisas como andar sobre a asa de um avião, e tinha um que ficavam numa casa, mas não trancados. Tinham até trabalhos e tal. Mas durava só uma meia hora e ainda assim eu só via porque era o que passava enquanto eu me aprontava para ir para a escola.


Me surpreendi com o sucesso desses tópicos do BBB, e aparentemente do BBB, nesses fóruns céticos-ateus brasileiros.

[Apáte]

Olá, Poindexter.

[Johnny]

Quanto mais conteúdos imbecilizantes na TV, mais controle. SImples assim.

[Fernando Silva]

Talvez seja útil como um laboratório para antropólogos, psicólogos, psicanalistas e assemelhados.
Talvez seja útil para se analisar o que a sociedade pensa a partir de quem ela apoia ou rejeita.

E ainda produz algumas boas capas da Playboy.

[Botanico]

Nunca vi. Aliás vejo pouco na TV. No máximo documentários no Discovery Channel e National Geographic. Filmes só se eu souber de algum bom a tempo.

[Ayyavazhi]

Talvez seja útil como um laboratório para antropólogos, psicólogos, psicanalistas e assemelhados.
Talvez seja útil para se analisar o que a sociedade pensa a partir de quem ela apoia ou rejeita.

Classificar um reality show como uma porcaria inútil não é de todo errado. Muitas pessoas pensam assim, e têm sua parcela de razão. Por outro lado – sempre existe um outro lado – eu poderia dizer que essa é uma visão estreita, correta, sim, dentro de sua perspectiva, mas que ignora um horizonte de possibilidades.

Anos atrás, muito antes de me interessar por BBB, eu acompanhei um programa transmitido pelo canal GNT. Tratava-se de um experimento conduzido por pesquisadores e contando com a presença de doze voluntários que seriam confinados em um sítio, ou chácara, sei lá. Eles não sabiam que estavam sendo filmados e foram submetidos a uma maratona de testes e situações que visavam um estudo comportamental. O nome do programa, se não me falha a memória, era Zoológico Humano.

Outro documentário muito interessante, mas com outro formato (era uma espécie de workshop), tratava da questão racial e do preconceito. Para quem assistiu, “Olhos Azuis” foi um show de inteligência e realidade.

Esses programas, que tinham um caráter científico, pouco se diferenciam de um BBB da vida. Com algum olhar crítico, podemos fazer as mesmas inferências, perceber as mesmas sutilezas e extrair, do que seria uma atração televisiva direcionada a acéfalos, como gostam de repetir os intelectuais, muitos ensinamentos úteis e aplicáveis ao dia-a-dia.

Um exemplo: eu convivo com pessoas que sorriem para você e dão tapinhas nas costas com amabilidade convincente. Dez minutos depois, estão te chamando de ‘safado’, ‘mau caráter’, ‘filho da p*ta’, entre outras gentilezas. Claro que não preciso ser um gênio para deduzir que, quando estou ausente, sou eu o FDP. Hoje, já não me surpreendo mais, mas ainda sinto a mesma repulsa de sempre. O mundo está cheio de pessoas assim, por incrível que pareça. Quisera que fossem minoria, mas acredito que não. Essa ‘falsidade’, um jargão em qualquer edição do BBB, parece fazer parte da natureza humana e contamos com a vantagem de não haver quarenta câmeras nos filmando e nos expondo. De todos os meus defeitos, que não são poucos, esse é um que não tenho e faço questão de não ter. Prefiro ser um ladrão do que um maledicente.

E aqui entra um outro aspecto do meu interesse pelo programa. Há um pouco de ranço, nisso. Em um reality show, principalmente para quem assina o PPV, você pode ver o sujeito afirmar na sala o que ele nega na cozinha. Longe da edição, cordeirinhos gentis e gente boa, como esses que você encontra em cada esquina, revelam o lobo. É claro que as pessoas não são necessariamente vilãs ou canalhas da pior espécie como os destemperados gostam de bradar. A bem da verdade, todos nós usamos máscaras. A complexidade de uma vida em sociedade, com todas as suas inerências, exige que você empregue filtros pessoais, que facilitam a convivência e reduzem os atritos a um nível suportável. Sem esses filtros, todos seríamos como o famoso “Seu Lunga” e estaríamos nos matando por qualquer bobagem. De certa forma, não seria exagero classificar como hipocrisia, apesar de necessária.

Alguém como o Dourado, por exemplo, é um alguém com poucos filtros, alguém com menos filtros do que a média observável. E por isso é tão mal compreendido. Ah, claro, agora começo a falar como torcedor. Eu já dizia antes, é quase impossível acompanhar esse ‘experimento’ e não se envolver. Olhando o que as câmeras têm a nos mostrar, e constatando o mesmo padrão de hipocrisia e, em alguns casos, falsidade extremada, você acaba torcendo por Marcelo Dourado.

[salgueiro]

Eu assisto BBB desde a primeira edição, é um laboratório de reações humanas dentro daquelas determinadas caracteríscas propostas num jogo de convivência valendo uma grana preta no final

Para quem se interessa pelo fator humano digamos assim é excelente. Outro aspecto interessante é analisar o comportamento das torcidas e o que faz elas se formarem em torno de um participante

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[zumbi filosófico]

Sobre todo esse aspecto de experimento de psicologia... sei lá. Tenho minhas dúvidas. Realmente alguém viu algo lá que não sabia que pessoas faziam?

Será que desses anos todos saiu algum artigo científico com alguma espécie de "descoberta" a partir de todo esse "raw data"? Eu não ouvi falar disso. Minhas apostas é deve ser mais provável se descobrir algo mais interessante sobre a psicologia com o sucesso do BB, com os espectadores, do que com os participantes.

Mesmo um outro "reality" show do SBT, um que os participantes ficam nuns cubículos isolados, colocando as pessoas em condições de algum experimento bizarro, achei chato pra caramba quando vi um episódio.

[zumbi filosófico]

Os melhores experimentos psicológicos da TV eram as pegadinhas.

Agora não pode mais... são anti-éticas, como o expermimento de Milgram ou o do Zimbardo...

[Reid]

Os melhores experimentos psicológicos da TV eram as pegadinhas.

Agora não pode mais... são anti-éticas, como o expermimento de Milgram ou o do Zimbardo...

[user f.k.a. Cabeção]

Eu confesso que assisti alguns episódios do BBB, mas prefiro o Big Brother sueco onde as loiras ficam peladas o tempo todo... Acho que o fato de não entender sueco torna tudo ainda mais agradável.
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[Ayyavazhi]

Eu confesso que assisti alguns episódios do BBB, mas prefiro o Big Brother sueco onde as loiras ficam peladas o tempo todo... Acho que o fato de não entender sueco torna tudo ainda mais agradável.
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Que canal transmite esse programa, Cabeção? Forneça todas as coordenadas, por favor.

[Lúcifer]

Confesso que assisti alguns flash do primeiro BBB e, sinceramente não o suportei. Achei muito mais interessante o No Limite, onde os competidores estavam realmente no limite. Mas isso também foi antes de ficarem colocando modelos pra ficarem desfilando lá.

O Solitários do SBT prima nesse ponto...quais são os limites do ser humano. E não é somente os limites físicos, mas também o mental. Levando-se em conta que o ser humano é naturalmente um animal sociavel, ficar preso em um cubículo fechado tendo somente um computador como companhia deve ser bem frustrante.

Troca de Família da Record é algo interessante de se ver pois prima por aquele velho ditado: A grama do vizinho é mais verde. Será? Colocar duas mães em um convívio totalmente diferente deve ser muito interessante para se ver, como o que vai nesse domingo...uma ativista dos direitos animais vai pra uma casa de um peão de boiadeiro e vice versa. Como elas reagirão.

Acho que, o que poderia deixar o BBB mais atraente é colocar pessoas que não tenha nada a ver uma com as outras, deixando a beleza fisica um pouco de lado (especialmente nos homens) e não ter mais berlinda. Cada semana um voto geral. O mais votado cai fora, sem os participantes saberem quem está pra sair ou não.

[zumbi filosófico]

Quando eu vi sobre o "sem limites", achei que ia ser mais "kon-tiki" e menos "passeio no jardim botânico".

[zumbi filosófico]

Eu acho os "reality" shows geniais como produto. Queria ver os números da coisa, a diferença do custo que tem uma novela, e o lucro. É quase que uma espécie de trabalho escravo, só que onde os escravos não trabalham de fato. Pior que isso só ter um "lava-carros e escola de caratê", com a didática do mestre Miagi, do karate kid. Deve ser uma coisa absurda, para vergonha e medo dos roteiristas.

[Lúcifer]

O único reality show decente é O Aprendiz.

Concordo contigo. Esse foi o melhor que apareceu até hoje.

[Apo]

Os melhores realitys são os de experimentos científicos sérios. Estes eu gosto muito de ver.

[Apáte]

Eu confesso que assisti alguns episódios do BBB, mas prefiro o Big Brother sueco onde as loiras ficam peladas o tempo todo... Acho que o fato de não entender sueco torna tudo ainda mais agradável.
.

Que canal transmite esse programa, Cabeção? Forneça todas as coordenadas, por favor.

Se você quer assistir BBB sueco no Brasil, é melhor comprar uma antena dessas.

[zumbi filosófico]

Os melhores realitys são os de experimentos científicos sérios. Estes eu gosto muito de ver.

Onde vê isso?

[Pedro Reis]

Esse programa, para mim, representava tudo de ruim que o futuro nos reserva. A meritocracia substituída pela idiotocracia, a falta de respeito pelas pessoas, tanto por parte da produção do programa quanto pelos "brothers"
uns com os outros, o vencer a qualquer preço e o dinheiro justifica os meios, mediocridade, a fama que prescinde
de realizações e conteúdo, etc...

O BBB é um retrato dos valores ( e da falta de valores ) dessa nova sociedade. Então o amigo dirá: "mas sempre foi assim".

Mas tá pior. Desde Sérgio Mallandro e Ratinho começaram a aparecer estes lixos na tv aberta. Não sei até que ponto um programa é capaz de influenciar mas estes programas dão maus exemplos. No Ratinho, por exemplo, a gente vê aquelas pessoas humildes. que ao invés de procurar a Justiça, vão na tv para resolver problemas com vizinhos e são usadas gratuitamente para a chacota da audiência. O programa lucra ridicularizando gente pobre, sem instrução, que acho o máximo estar na tv pagando aquele mico.

O BBB raramente aceita pobres ( materialmente falando ) mas o exemplo apresentado ali é o da falsidade que compensa. O público vê o sujeito que se diz amigo ferrar com o amigo pelas costas, e se dar bem. Depois toda essa gente que exibiu para o país, ao vivo, toda a sua falta de caráter, sai desse negócio e vira celebridade. Dão autógrafos,
são vistos como "bem-sucedidos", admirados.

Mas admirados por quê? Pelo quê?

[Apo]

Eu já acho o seguinte: tem de tudo na tv, nem tudo em jornais, tem de tudo no cinema, tem de tudo em tudo que é midia. Vê quem quer. E quem pode. Se não pode pagar por tv fechada, vai passear no parque, pede um livro emprestado, vai conversar com o filho etc

[Edson Jr]

Talvez seja útil como um laboratório para antropólogos, psicólogos, psicanalistas e assemelhados.
Talvez seja útil para se analisar o que a sociedade pensa a partir de quem ela apoia ou rejeita.

E ainda produz algumas boas capas da Playboy.

É exatamente isso que eu penso.

[Apáte]

Quanto mais conteúdos imbecilizantes na TV, mais controle. SImples assim.

E assim hablou o Ph.D. em hienas formado pelos documentários do Animal Planet.

[Apo]

Os melhores realitys são os de experimentos científicos sérios. Estes eu gosto muito de ver.

Onde vê isso?

Normal: experimento de laboratório com grupos variados ( crianças, adolescentes, profissionais, amostras variadas...) só que documentado. Tem aos montes.

[Fernando Silva]

Mas admirados por quê? Pelo quê?

São admirados porque são famosos. São famosos por quê? Porque são muito conhecidos.
São famosos porque são famosos.

A bem da verdade, os nulos acabam sumindo e só fica quem tem alguma coisa a apresentar, nem que seja a beleza ou o talento como atriz. Se bem que até as apenas bonitas acabam sumindo também.