Santa Sé diz que casos de pedofilia querem atingir papa
Enviado: 25 Mar 2010, 15:48
Cidade do Vaticano, 25 mar (EFE).- O Vaticano denunciou hoje o que considera uma "evidente e ignóbil tentativa de atingir a qualquer custo" o papa Bento XVI com as novas denúncias de atos de pedofilia cometidos por padres e que haviam sido abafados, segundo as vítimas, pelo atual pontífice.
A defesa do papa foi feita pelo "L'Osservatore Romano", o jornal vespertino da Santa Sé, que acusa a imprensa internacional de divulgar uma imagem da Igreja Católica "como se fosse a única responsável pelos abusos sexuais, o que não corresponde com a realidade".
Em uma nota intitulada "Nenhum encobrimento", o diário do Vaticano afirma que os critérios de Bento XVI para enfrentar os casos de sacerdotes pedófilos são "transparência, firmeza e severidade".
O vespertino vaticano acrescentou que se trata de um modo de agir "coerente com sua história pessoal", que "evidentemente não agrada os que prefeririam poder instrumentalizar, sem fundamento algum, horríveis episódios e casos dolorosos de dezenas de anos".
O jornal da Santa Sé respondeu com esta nota ao artigo publicado hoje pelo diário americano "The New York Times", segundo o qual as máximas autoridades do Vaticano, incluindo Bento XVI, acobertaram o sacerdote americano Lawrence C. Murphy, acusado de abusar sexualmente de 200 menores entre 1950 e 1970 em uma escola para crianças surdas do estado de Wisconsin.
O "L'Osservatore Romano" diz que os relatórios sobre a conduta do sacerdote foram enviados pelo arcebispo de Milwaukee em 1996 à Congregação para a Doutrina da Fé, dirigida pelo então cardeal Joseph Ratzinger, o atual papa.
Tais relatórios faziam referência apenas à violação do sacramento da penitência e não às acusações de abusos sexuais.
O diário do Vaticano assegura que "não houve ocultação" de informações no caso Murphy e que isso fica provado na documentação citada pelo "The New York Times", que inclui um carta do padre pedófilo a Ratzinger em 1998 pedindo que seu processo fosse interrompido devido ao seu grave estado de saúde.
A Congregação para a Doutrina da Fé respondeu pedindo ao arcebispo de Milwaukee que iniciasse todas as ações pastorais para conseguir a reparação do escândalo e o restabelecimento da justiça, "finalidade, esta última, reiterada pelo papa, como demonstra sua carta aos irlandeses", afirmou o "L'Osservatore Romano". EFE
A defesa do papa foi feita pelo "L'Osservatore Romano", o jornal vespertino da Santa Sé, que acusa a imprensa internacional de divulgar uma imagem da Igreja Católica "como se fosse a única responsável pelos abusos sexuais, o que não corresponde com a realidade".
Em uma nota intitulada "Nenhum encobrimento", o diário do Vaticano afirma que os critérios de Bento XVI para enfrentar os casos de sacerdotes pedófilos são "transparência, firmeza e severidade".
O vespertino vaticano acrescentou que se trata de um modo de agir "coerente com sua história pessoal", que "evidentemente não agrada os que prefeririam poder instrumentalizar, sem fundamento algum, horríveis episódios e casos dolorosos de dezenas de anos".
O jornal da Santa Sé respondeu com esta nota ao artigo publicado hoje pelo diário americano "The New York Times", segundo o qual as máximas autoridades do Vaticano, incluindo Bento XVI, acobertaram o sacerdote americano Lawrence C. Murphy, acusado de abusar sexualmente de 200 menores entre 1950 e 1970 em uma escola para crianças surdas do estado de Wisconsin.
O "L'Osservatore Romano" diz que os relatórios sobre a conduta do sacerdote foram enviados pelo arcebispo de Milwaukee em 1996 à Congregação para a Doutrina da Fé, dirigida pelo então cardeal Joseph Ratzinger, o atual papa.
Tais relatórios faziam referência apenas à violação do sacramento da penitência e não às acusações de abusos sexuais.
O diário do Vaticano assegura que "não houve ocultação" de informações no caso Murphy e que isso fica provado na documentação citada pelo "The New York Times", que inclui um carta do padre pedófilo a Ratzinger em 1998 pedindo que seu processo fosse interrompido devido ao seu grave estado de saúde.
A Congregação para a Doutrina da Fé respondeu pedindo ao arcebispo de Milwaukee que iniciasse todas as ações pastorais para conseguir a reparação do escândalo e o restabelecimento da justiça, "finalidade, esta última, reiterada pelo papa, como demonstra sua carta aos irlandeses", afirmou o "L'Osservatore Romano". EFE