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As pessoas que querem ler noticias, que paguem por elas

Enviado: 27 Mar 2010, 08:07
por Johnny
Jornais querem mais do que migalhas online

Ranulfo Bocayuva l A TARDE

Você pagaria por conteúdos de qualidade na internet? A pergunta pode soar antipática, mas após cerca de 15 anos de gratuidade total na web, chegamos à reflexão de que informação (notícias e análises), enquanto conceito gerador de conhecimento e de utilidade para o cidadão e sua formação, custa caro para ser produzida e que, portanto, deveria ser custeada parcialmente pelos que dela usufruem.

O debate suscita críticas e elogios, mas o pagamento de leitura de conteúdos específicos e do acesso à edição digital do jornal impresso por não-assinantes já se tornou unanimidade, inclusive, por uma questão de sobrevivência do próprio negócio.

Apostando na resposta positiva, jornais, como o americano “The New York Times”, o francês “Le Monde” e o britânico “The Times”, entre outros, decidiram adotar a estratégia de cobrar por seus conteúdos, oferecendo preços diferenciados para suas edições online.

Nesta setxa-feira, 26, o grupo News International, de Rupert Murdoch, informou que passará a cobrar pela assinatura diária uma libra esterlina (o equivalente a cerca de R$ 3,10 ao câmbio paralelo), que corresponde ao mesmo preço de capa do jornal impresso na banca, e US$ 2 para os usuários fora do Reino Unido.

“Estamos num momento decisivo para o jornalismo e este é um passo crucial para que o negócio se torne economicamente excitante”, disse Rebekah Brooks, do News International. Segundo James Harding, editor do “Times”, é certo que o jornal online perderá usuários, mas ganhará a lealdade de seus habituais leitores e, principalmente, de seus colaboradores.

Já, a partir de segunda-feira, o “Le Monde” cobrará 19,90 euros (o equivalente a cerca de R$ 49,75) pela assinatura mensal do jornal impresso, do online e do IPhone da Apple. E aumentará para 29,90 euros (R$ 74,75), após três meses. Por sua vez, o “New York Times” passará a cobrar, em janeiro de 2011, preços diferenciados para assinantes e não-assinantes.

Tiro no pé ou não, o fato é que a polêmica questão, levantada com mais intensidade durante a crise econômica mundial do ano passado, levou grupos de comunicação a reverem seus custos, de forma a equacioná-los para manter a qualidade e a credibilidade de seus conteúdos. Apoiados pela Associação Mundial de Jornais (WAN), estes grupos passaram, inclusive, a questionar, os mecanismos de busca da poderosa empresa Google, que estaria “roubando” e “pirateando” conteúdos dos jornais e oferecendo-os gratuitamente a seus usuários sem nada pagar por isso. Ou seja, não há dúvida de que existe violação dos direitos autorais.

“Não estamos advogando caridade. Não queremos que o Google nos permita colher as migalhas que caem de sua mesa. Queremos posição clara sobre o direito do autor”. (Congresso da WAN, 2009)
Direta e objetiva, a frase do presidente da WAN, Gavin O‘Reilly, representou o primeiro passo em relação a uma possível solução negociada com Google e Yahoo (ambos são responsáveis por 65% do mercado de busca sem produzir conteúdo).

Tudo bem. Admite-se que a contrapartida seria a de que os jornais também se beneficiariam de elevado número de acesso graças justamente às buscas. Ou, em outras palavras, conteúdo grátis gera tráfego online. OK, mas quem fatura com anúncios continua sendo o Google, que justiça seja feita, já nasceu na rede e soube não somente implantar ferramentas tecnológicas eficientes, como também criou modelo de negócio altamente original e rentável.

Sabemos também que empresas jornalísticas perderam tempo no seu processo de renovação e não adotaram estratégias para a rápida conquista de espaços na rede. Buscar novas receitas e fontes de faturamento faz parte do objetivo primordial de qualquer empresa que deseje se perpetuar. Mas somente com qualidade e regras claras pode se jogar para ganhar, mesmo que para isso seja necessário associar-se aos gigantes da internet, como já estão experimentando “Washington Post” e “New York Times” no projeto Living Stories, que torna a busca mais fácil.

Se o Google tem a força, os jornais têm as notícias. Ganhar sozinho não tem graça.
http://www.atarde.com.br/mundo/noticia.jsf?id=2214866

Re: Quem quiser ler noticias, que paguem por ela.

Enviado: 27 Mar 2010, 08:11
por Johnny
Em breve, o OSN (Open Source News) ou o WikiNews (http://pt.wikinews.org) vai pegar?

Re: Quem quiser ler noticias, que paguem por ela.

Enviado: 27 Mar 2010, 08:13
por Johnny
Será criado a propriedade intelectual para noticias? Será feito o controle de plágio? Não percam mais esta emocionante aventura.

Re: Quem quiser ler noticias, que paguem por ela.

Enviado: 27 Mar 2010, 08:54
por carlo
Pagar para ler on line, qualquer coisa que tenha o nome Murdoch pot trás, está fora de qualquer cogitação. E daí se o New York Times vai investir mais na parte on line, pois se ele estivesse on line em 2001, não venderia, da mesma forma que vendeu, a mentira das armas de "destruição em massa" para ajudar o governo americano a manipular a opinião pública?

Prefiro pagar para quem os lêm e já disseca suas mentiras, tais como Chomsky, a canadense Naomi, esqueci o sobrenome, e os correspondentes a eles no Brasil, Portugal e america latina.

Ler, ouvir e ver qualquer coisa que tenha Murdoch metido na coisa, e ser informado por um monte de "jornalistas" lacaios, golpistas mentirosos, que espalham o ódio nos USA de costa a costa, sem contar que a função de suas publicações são obscurecer mais ainda a mente do povo americano.

" Nunca ninguém perdeu dinheiro, ao apostar na ignorância do povo americano"
Mark Twain.

Deve ser por isto que a Fox se dá bem lá.


Re: Quem quiser ler noticias, que paguem por ela.

Enviado: 27 Mar 2010, 13:48
por carlo
Exemplos porque vc não deve pagar por jornalões mesmo mais baratos on line:

Mídia canadense
Publicada pela Associação Canadense de Jornalistas, Media Magazine tem duas edições anuais. No último número, disponível online, apesar da matéria de capa destacar – e questionar – o motivo dos jornalistas não terem revelado o alcoolismo de um importante político local, o assunto principal é a (oni)presença do império midiático CanWest Global Communications na imprensa canadense e seus efeitos. Stephen Kimber, colunista do Daily News, conta que pediu demissão do jornal onde trabalhou 16 anos após ter o texto sobre a corporação censurado. Outros três jornalistas comentam a ameaça que representa tamanha concentração da mídia. Vale a leitura. Em inglês.


http://www.caj.ca/mediamag/index.html


Cenário europeu
European Journalism Centre é um instituto independente e sem fins lucrativos de treinamento e apoio a profissionais da imprensa, fundado em 1992. Entre as atrações da página estão os links para recursos de pesquisa e sítios jornalísticos e o European Media Landscape, que apresenta uma análise da situação da mídia em diversos países (dividida em seções de imprensa, mídia audiovisual, telecomunicações, perfis das principais empresas, órgãos reguladores e políticas de comunicação). Na edição atual, o país em destaque é a Itália de Silvio Berlusconi.

Ao internauta que se inscrever no sítio, o EJC envia um resumo diário das principais notícias por e-mail, além de uma newsletter trimestral em formato .pdf que também pode ser lida online. Na seção Bookshop, pode-se ler outras publicações do centro (versão integral em .pdf), que oferecem desde casos de estudo para discussão de ética jornalística à reportagem de minorias e conflitos étnicos. Em inglês.


http://www.ejc.nl/default.asp

Crítica conservadora
Media Research Center é um observatório que critica a "estridente" tendência liberal na mídia americana. Fundado em 1987, o sítio de internet traz análises de especialistas que monitoram a imprensa. O presidente da organização conservadora, L. Brent Bozell III, é um dos principais colunistas. Em artigo recente, ele ataca matéria do Washington Post por "glorificar" o ativista e professor Noam Chomsky – que descreve como "ameaça", um "lunático" incapaz de "lutar pelo que é certo". O teste na página principal revela a que veio: "As redes estão exagerando a acusação dos democratas de que Bush ‘sabia’ dos ataques de 11/9 por que são tendenciosos ou estúpidos?" As opções: "Tendenciosos", "Estúpidos" ou "Ambos". Em inglês.


http://www.mrc.org/public/default.aspx

Blog noticioso
O Cordel Online é um blog principiante – estreou em fevereiro deste ano – de notícias e bastidores da mídia, escrito por Che Oliveira, repórter da Band. No começo de maio, o autor prometeu concentrar as discussões em assuntos relativos a Jornalismo. Na última atualização, Oliveira comenta as investidas do grupo Prisa – maior conglomerado de comunicação em língua espanhola – no mercado brasileiro de rádio, antes mesmo da aprovação da proposta de emenda que permite participação de capital estrangeiro. Em português.


http://ocordel.blig.ig.com.br/


Z Magazine na rede

Znet, versão online da revista política independente Z, é uma página cheia de recursos de pesquisa e informação sobre diversos temas atuais, oferecendo uma visão alternativa à veiculada na grande imprensa. A rede, que pretende reunir "uma comunidade de pessoas comprometidas com mudança social", apresenta uma enorme quantidade de textos em seções de entrevistas, sítios comentados, matérias sobre o conflito no Oriente Médio, a guerra americana contra o terrorismo, a situação da Venezuela, Argentina e Colômbia e a economia global (que abre com a seguinte citação de Clarence Darrow: "Criminoso: pessoa com instintos predatórios que não tem capital suficiente para abrir uma corporação"). Entre os colaboradores regulares da revista está o lingüista Noam Chomsky, que tem um arquivo próprio de textos na página.

Em Resources, há ensaios, estudos acadêmicos e cobertura jornalística de temas como biotecnologia, a gigante energética falida Enron, feminismo, Kosovo, África e relações internacionais. Já as Watch Areas destacam observatórios de direitos humanos, da América Latina e de ativismo, entre outros: Alternative Media Watch coleta artigos da imprensa alternativa, enquanto Watching Mainstream Media reúne críticas à grande imprensa, produzidas por organizações como a FAIR.

Todo o material disponível na rede pode ser acessado em inglês, espanhol, italiano, japonês, alemão, francês e em outros sete idiomas. Apesar da navegação simples, novos usuários podem se perder com tantos arquivos – vale começar a visita pelo sumário.


http://www.zcommunications.org/ZNET.htm

Re: Quem quiser ler noticias, que paguem por ela.

Enviado: 27 Mar 2010, 16:39
por zumbi filosófico
Johnny escreveu:Será criado a propriedade intelectual para noticias? Será feito o controle de plágio? Não percam mais esta emocionante aventura.


Notícias já são cobertas pelas mesmas leis de direitos autorais normais, mas são largamente desrespeitadas. Legalmente só se poderia postar pelos fóruns uns 30% do texto de uma notícia.

Re: Quem quiser ler noticias, que paguem por ela.

Enviado: 27 Mar 2010, 17:46
por Apáte
Seria bacana fazer como o Lula:

"Casal Nardoni recebeu a pena que "eu por razões legais não posso dizer, mas espero que vocês adivinhem.
:emoticon12:

Re: Quem quiser ler noticias, que paguem por ela.

Enviado: 27 Mar 2010, 19:55
por zumbi filosófico
Tomara que hajam sites de notícias abertos o suficiente para que o governo não invente de ter que criar ou nacionalizar algo para "cobrir essa carência da população".

Re: Quem quiser ler noticias, que paguem por ela.

Enviado: 28 Mar 2010, 01:00
por Apo
" Quem quiser ler notícias, que PAGUE por ELAS."

" Tomara que HAJA sites de notícias ..."

Não me envergonhem frente à crentaiada que lê este site herege.

Re: Quem quiser ler noticias, que paguem por ela.

Enviado: 28 Mar 2010, 01:42
por carlo
Oh DeuS me livre de quem I (e são muitos) 0 QUE ACREDITEM EM TÍ!!!!

Re: Quem quiser ler noticias, que paguem por ela.

Enviado: 28 Mar 2010, 03:42
por zumbi filosófico
Apo escreveu:" Quem quiser ler notícias, que PAGUE por ELAS."

" Tomara que HAJA sites de notícias ..."

Não me envergonhem frente à crentaiada que lê este site herege.



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Re: Quem quiser ler noticias, que paguem por ela.

Enviado: 28 Mar 2010, 07:25
por Johnny
Apo escreveu:" Quem quiser ler notícias, que PAGUE por ELAS."

" Tomara que HAJA sites de notícias ..."

Não me envergonhem frente à crentaiada que lê este site herege.

Obrigado pela aula titia.

Re: Quem quiser ler noticias, que paguem por ela.

Enviado: 28 Mar 2010, 09:57
por carlo
zumbi filosófico escreveu:Tomara que hajam sites de notícias abertos o suficiente para que o governo não invente de ter que criar ou nacionalizar algo para "cobrir essa carência da população".


Qual governo? O do norte da América, excluindo o Canadá?

Re: Quem quiser ler noticias, que paguem por ela.

Enviado: 28 Mar 2010, 12:41
por carlo
carlo escreveu:
zumbi filosófico escreveu:Tomara que hajam sites de notícias abertos o suficiente para que o governo não invente de ter que criar ou nacionalizar algo para "cobrir essa carência da população".


Qual governo? O do norte da América, excluindo o Canadá?



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Agências, rádios e televisões
A estratégia mediática estadunidense 1945-2005
por René Naba [*]



Após a Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos desenvolveram um sistema de propaganda sem precedentes. Através de estruturas como o Congresso para a Liberdade e a Cultura, eles corromperam as elites intelectuais ocidentais.

Depois, ao instrumentalizar a liberdade de informação, afogaram o mundo no seu ponto de vista único, graças a poderosas agências de imprensa e a uma gigantesca rede de rádios profanas e religiosas, como nos revela René Naba no seu último livro, Aux origines de la tragédie arabe [Nas origens da tragédia árabe], do qual reproduzimos aqui um excerto.
Do bom uso dos princípios universais

Os grandes princípios universalistas raramente derivam de considerações altruístas. Na maioria das vezes, eles respondem a imperativos materiais.

Foi assim com o princípio da liberdade de navegação proclamada pela Inglaterra nos séculos XVII e XVIII para assegurar a sua supremacia marítima, e consequentemente a sua hegemonia comercial no resto do planeta. O mesmo aconteceu com o livre-câmbio decretado pelos países ocidentais nos séculos XIX e XX, de modo a coagir a China a escoar as mercadorias ocidentais para os seus mercados internos em nome da "política da porta aberta". E assim viria a ser com o "princípio da liberdade de informação" firmemente defendido pelos Estados Unidos, após a Segunda Guerra Mundial, com o intuito de estabelecerem a sua supremacia ideológica nos quatro domínios que condicionam o poder: político, militar, económico e cultural.


http://resistir.info/franca/strategie_mediatique_p.html

Re: As pessoas que querem ler noticias, que paguem por elas

Enviado: 28 Mar 2010, 17:43
por zumbi filosófico
Baboseira nacionalista esquerdista americofóbica .

Re: As pessoas que querem ler noticias, que paguem por elas

Enviado: 28 Mar 2010, 18:12
por Apáte
zumbi filosófico escreveu:Baboseira nacionalista esquerdista americofóbica .

Cara, você tá aprendendo.

Só esqueceu do "maniqueísmo esquerdista".

Re: As pessoas que querem ler noticias, que paguem por elas

Enviado: 28 Mar 2010, 22:18
por zumbi filosófico
Seria redundante. Além disso, acho que o fator "baboseira" é mais predominante que o mero maniqueísmo nesse caso. Maniqueísmo fica para quando o maniqueísmo é mais "aceitável" até, "baboseira" é quando os illuminatti estão prestes a entrar em cena.

Re: As pessoas que querem ler noticias, que paguem por elas

Enviado: 29 Mar 2010, 10:47
por carlo
zumbi filosófico escreveu:Baboseira nacionalista esquerdista americofóbica .


Nacionalista francesa, já que estes "bobões" franceses, não acreditaram em armas de destruição em massa que o bushinho inventou e todo o mundo inglaterra à frente com o lacaio Blair engoliu.