Religião é Veneno

Olá, já havia me apresentado em um tópico anterior, eu sou Unknown, abaixo está um texto que escrevi que basicamente descreve a minha relação e percepção sobre o mundo, gostaria de saber como cada um se relaciona e percebe o mundo em que vive. Peço paciência com alguns erros como o emprego de certas palavras e de pontuação que podem surgir no decorrer da leitura, ainda estou praticando minha escrita e não estou seguro com ela.

Bom, abraço e boa leitura.

Antes buscava por respostas, num dado momento acabei descobrindo que o que realmente buscava eram perguntas. Aprendi que dependendo da resposta é melhor manter a incógnita e guardar a resposta obtida como uma alternativa, pois a interrogação pode ser mais benéfica e influente do que a proposta de uma resposta. Eu não sei quanto à verdade, pois quando se fala de verdade, se sugere certeza absoluta, sendo o oposto da verdade, a mentira, ambas subjetivas, assim como a própria História, todavia, o Tempo é o senhor da razão, esta é minha única certeza.

Existem diversos caminhos, inevitavelmente somos empurrados a um, alguns desses caminhos lhe dão coordenadas, pois durante o percurso surgem encruzilhadas que nos fazem questionar se de fato estamos no caminho certo, então ficamos parados nessa encruzilhada até tomarmos a decisão de persistir no caminho que seguíamos ou desistir e ir em frente com outro, num dado momento alguém está voltando do caminho que você estava percorrendo, você não sabe se de fato ela está indo ou se está voltando, então dos outros dois caminhos surgem outras duas pessoas na mesma situação, cada uma lhe diz o que você poderá esperar no caminho atrás delas, ou seja, elas só podem dizer o que viram, mas nenhuma chegou de fato à saída e todas elas em um certo momento também receberam coordenadas, você compara com as suas e vê que as coordenas divergem, e você reflete se todas apontam para a mesma saída, ou apontam para saídas diferentes, ou mesmo não apontam para lugar nenhum.

Então você descobre que todos, incluindo você, estão muito preocupados com a saída, que ninguém de fato parou pra pensar em porque se preocupar com a saída quando você tem inúmeros caminhos para explorar, tantas pessoas para conhecer, tantas paisagens para contemplar, tantas coisas para estudar, tantas coisas para se criar, entre outras coisas que lhe fazem questionar o quanto você deixou passar em busca de uma saída prometida, e nisso você começa a ver coisas que foram criadas por outras pessoas, coisas construídas muito antes de você começar seu caminho, coisas criadas por pessoas que já não percorrem estes caminhos, você então olha o horizonte e percebe que você já pode estar na saída que você tanto procurava, acabando por entender que ou você cria algo novo, ou aprimora, ou destrói algo que já existe, ou simplesmente não se importa com isso, sem necessariamente existir um sentido de bondade ou maldade nessa decisão, e sim motivos, então você passa a seguir seu próprio caminho.

Contudo, você chega a uma nova encruzilhada, encontrando pessoas que assim como você, passaram-se a se auto guiar, mas você também encontra pessoas seguindo coordenadas, sendo que uma delas possuí as mesmas coordenadas que você seguia uma vez, você então olha para trás e aquela dúvida não existe mais. Você não tem mais o conforto de ter coordenadas para uma saída, porém você tem o conforto de não estar procurando uma saída, você não sabe se de fato aquela pessoa que tinha as mesmas coordenadas que uma vez você você seguira, encontrará realmente a saída, assim como ela mesmo não sabe, para você o importante é que todas as escolhas de caminho que você tomou foram suas, que você pensou por si próprio antes de tomar cada uma delas, você vive com suas decisões e com o resultado delas, e você está bem com isso, pois cada dia é uma surpresa e você está mais preocupado com o lado de dentro do que com o suposto lado de fora.

Naturalmente chega um momento que você padece, e durante seu percurso você coleteu sementes de todas as flores que viu, numa certa encruzilhada você plantou estas sementes, e mesmo que você soubesse que não pisaria mais por aquele lugar, alguém pisaria, e não importa se esta pessoa está atrás de uma saída ou não, pra você o importante é que quando ela eventualmente parar naquela encruzilhada, ela terá uma paisagem bem melhor para apreciar do que quando você passou por ali na primeira vez.

unknown escreveu:Peço paciência com alguns erros como o emprego de certas palavras e de pontuação que podem surgir no decorrer da leitura, ainda estou praticando minha escrita e não estou seguro com ela.

Ajudaria se você dividisse o texto em parágrafos. Um tijolo assim é difícil de ler.

Ao menos tá melhor que aquele cara que divulgava o livro dele sobre os malefícios da prostituição.

Estou cada dia que passa mais niilista. É isto que penso da vida. Ou a gente vive o faz-de-conta, ou não sobra mesmo uma só palha.

marta escreveu:Se o problema for respostas, religião alguma as oferece de forma satisfatória. Para mim não encruzilhada alguma. Sigo minha estrada, sem olhar para trás nem pensar em atalhos possíveis. Atalhos só atrasam a viagem.
Bem vindo ao ReV

Exatamente, no meu caso, não tenho mais problemas com a dúvida, na verdade, sinto-me livre e vejo as coisas com mais clareza, acho que uma vez que você não esta atrás de uma suposta saída, não há motivo para encruzilhadas, atalhos, nem mesmo motivos para olhar para trás, então o "jogo" acaba.

Nasci questionadora, num tem jeito.