Ser mau é natural? Ser bom é natural?

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Johnny
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Ser mau é natural? Ser bom é natural?

Mensagem por Johnny »

Johnny escreveu: Bom, ia postar apenas uma pergunta simples e desenrolar alguma coisa em cima disso. Depois lembrei do que lemos no evangelho ontem e achei interessante uma retórica da Ateus do Brasil sobre o ESE/LE e sendo assim, postei os dois pontos de vista aqui. Quem tiver tempo e quiser colaborar com suas opiniões, estejam à vontade.


ENCARNAÇÃO DOS ESPÍRITOS

Estudo com base in O LIVRO DOS ESPÍRITOS, Livro II, Cap. II, FINALIDADE DA ENCARNAÇÃO.

Os Espíritos são criados simples e ignorantes e se instruem através das lutas e adversidades da vida corporal. Em sua origem, o Espírito possui apenas consciência de si mesmos e de seus atos agindo de forma instintiva. Sua inteligência se desenvolve lentamente e passo a passo. (1) Por isso, a encarnação é uma necessidade do Espírito, onde a cada nova existência, ele avança em seu progresso.

A vida do espírito é constituída de uma seqüência de existências corporais, sendo cada uma delas uma valiosa oportunidade de progresso, da mesma forma que cada existência se compõe de uma seqüência de dias, onde o homem adquire mais experiência e instrução. Pela Lei de Conservação o espírito encarnado tem a obrigação de prover a nutrição do corpo, a sua segurança e o seu bem-estar, obrigando ele a aplicar suas faculdades em investigações, a exercê-las e a desenvolvê-las. (2)

Desta forma a finalidade da encarnação dos Espíritos é trabalhar para a conquista da perfeição. Para uns pode ser uma expiação e para outros uma missão. Para chegar a essa perfeição, os Espíritos devem passar por todas as vicissitudes da existência corpórea: nisto é que está a expiação. Mas encarnação não é, pois, em absoluto, uma expiação para o Espírito, como qualquer um possa pensar, mas uma condição inerente à inferioridade do Espírito e um meio de progredir (3). A encarnação tem ainda outra finalidade, que é a de por o Espírito em condições de enfrentar a sua parte na obra da criação. É para executá-la que ele toma um aparelho em cada mundo, em harmonia com a sua matéria essencial, a fim de nele cumprir, daquele ponto de vista, os propósitos de Deus. Dessa maneira, concorrendo para a obra geral, também progride. (4)

A encarnação é necessária ao duplo progresso do Espírito: moral e intelectual. Ao progresso intelectual pela atividade obrigatória do trabalho e ao progresso moral pela necessidade recíproca dos homens entre si. Como não consegue progredir sozinho, pois não possui todas as faculdades, busca a sociedade por instinto a fim de participar com o progresso, não só individual, como o coletivo. Portanto, a vida social é a pedra de toque das boas ou más qualidades. (5)

Todos os Espíritos estão sujeitos à encarnação, pois é necessário que se submetam às provas da vida material, cujo objetivo é o de adquirir conhecimentos essenciais para chegar à perfeição. A vida puramente espiritual (existência incorpórea), não é suficiente para a conquista de todos os conhecimentos necessários para o justo adiantamento moral e intelectual.

Da mesma maneira que um escolar não chega a colar seus graus senão depois de ter passado pela fieira de todas as classes, o Espírito, não tendo cumprido completamente o dever na classe ao qual pertence é constrangido a recomeçar sua tarefa, e assim, multiplica suas existências corpóreas que se lhe tornam penosas pela sua própria falta. (6)

Passar por cada classe não é uma punição, é uma necessidade, uma condição indispensável para o seu adiantamento, mas se por sua preguiça, é obrigado a repeti-las, aí está a punição. Conseguir passar por elas é um mérito. A encarnação sobre a Terra pode ser considerada uma punição para muitos daqueles que a habitam, porque teriam podido evitá-la. Mas, como o Espírito age em relação ao seu livre arbítrio, pode negligenciar as leis naturais, e assim retardar seu avanço, consequentemente, prolonga a duração de suas encarnações nos mundos materiais, permanecendo em lugares inferiores, sendo necessário recomeçar a mesma empreitada. Depende, assim, do Espírito abreviar, através de um trabalho de depuração em si próprio (autoconhecimento), a duração do período de encarnações.

Uma só existência corporal é insuficiente para o Espírito adquirir todo o bem que lhe falta e eliminar o mal que lhe sobra. Eis porque a reencarnação é uma necessidade. (7) Quando tiver eliminado de si todas as impurezas não precisará mais das provas da vida corpórea, tornando-se um espírito puro. (8)

Um selvagem, por exemplo, não conseguiria em uma só encarnação nivelar-se moral e intelectualmente ao mais adiantado homem civilizado. A sensatez rejeita tal suposição, que seria, tanto, a negação da justiça e da bondade divina, como das próprias leis evolutivas da Natureza. Com o processo da reencarnação, certamente, ele não ficará eternamente na ignorância nem na selvageria, privado da felicidade que só o desenvolvimento das faculdades pode proporcionar-lhe. Como Deus fez essas leis de acordo com a Sua bondade e justiça, naturalmente, é concedido ao Espírito tantas encarnações quantas lhes forem necessárias para atingir seu objetivo à perfeição. (9) Nessa caminhada evolutiva o Espírito, qualquer que seja o grau de seu adiantamento, na situação de encarnado, ou na erraticidade, estará sempre colocado entre um superior, que o guia e aperfeiçoa, e um inferior, para com o qual tem que cumprir esses mesmos deveres. (10) É assim que, por uma lei admirável da providência divina, tudo se encadeia, tudo é solidário na Natureza. (11)

Em cada nova existência o Espírito se apresenta com o cabedal que adquiriu em vidas anteriores. Aptidões, conhecimentos intuitivos, inteligência e moralidade se somam com as conquistas da existência atual. É assim, que em cada encarnação, ele dá um passo avante no caminho do progresso. (12)

Aqueles que progrediram espiritualmente nas existências corporais, encarnam em mundos cada vez mais superiores, onde a materialidade é mais suave que a terrestre. A encarnação, assim, torna-se por conseqüência, cada vez mais desnecessária, tornando-se voluntária, onde podem exercer sobre os encarnados em mundos inferiores uma ação mais produtiva e tendente ao cumprimento de missões que escolhem para atuar junto aos mesmos. É desse modo que aceitam abnegadamente as vicissitudes e sofrimentos da encarnação num mundo adverso. (13)

À medida que os Espíritos progridem participam cada vez mais ativamente no mecanismo da Criação, devendo dirigir a ação dos elementos materiais. Presidindo às leis que põem os fluidos em movimento constante determinam todos fenômenos naturais. Só que eles não podem chegar a um tal resultado senão pelo conhecimento dessas leis, por isso, não as poderão conhecer adequadamente sem primeiro aprenderem a obedecê-las para depois dirigi-las. (14)

O Espírito na proporção que progride moralmente, gradualmente, irá livrando-se da influência da matéria e, assim vai se depurando. Espiritualizando-se, suas faculdades e percepções vão se ampliando, sendo assim, sua felicidade estará sempre na razão do progresso completado. Deus, que é justo, não podia fazer felizes alguns Espíritos, sem dificuldades e sem labor, consequentemente, sem méritos. Os que seguem o caminho do bem chegam mais depressa à meta. Além disso, as vicissitudes da vida são freqüentemente a conseqüências da imperfeição do Espírito. Quanto menos imperfeito for, menos tormentos sofrerá. Aquele que não for invejoso, nem ciumento, nem avarento ou ambicioso, não passará pelos tormentos que se originam desses defeitos. (15)

Um ponto freqüentemente questionado é que o Espírito sendo criado simples e ignorante com liberdade de fazer o bem ou o mal, não sofre queda moral se tomar o mau caminho, uma vez que chega a fazer o mal que não fazia antes. Todavia, esta argumentação não é sustentável, pois, não há queda senão na passagem de um estado relativamente bom à um estado pior. O Espírito criado simples e ignorante está, em sua origem, num estado de nulidade moral e intelectual, como a criança que acaba de nascer. Se não fez o mal, também não fez o bem. Assim, não é nem feliz nem infeliz. Age sem consciência e sem responsabilidade, por isso, se nada tem, nada pode perder, e, também, não há como retrogradar. Sua responsabilidade só começa do momento em que se desenvolve nele o livre arbítrio. Consequentemente, o mal que vier a fazer mais tarde infringindo as leis de Deus e abusando das faculdades a ele concedidas, não é um retorno do bem ao mal, mas a conseqüência do mau caminho que escolheu. (16)

As faltas cometidas pelo Espírito têm como fonte primeira sua imperfeição, já que ainda não alcançou a superioridade moral que terá um dia, mas que, nem por isso, deixa de ter o seu livre-arbítrio. A vida corporal lhe é concedida para se livrar das imperfeições através das provas que nela padece. São precisamente essas imperfeições que o tornam mais frágil e mais acessível às sugestões de outros Espíritos imperfeitos, que se aproveitam para tentar fazê-lo sucumbir na luta que empreende. Se sair vencedor, terá se elevado se fracassar, continuará a ser o que era, nem pior, nem melhor. Será uma prova a recomeçar, podendo até durar um tempo maior que na encarnação passada. Quanto mais depurar-se, mais diminuirão seus pontos fracos e menos se entregará àqueles que procuram induzi-lo ao mal, pois sua força moral crescerá em razão de sua elevação e os maus Espíritos, naturalmente, se afastarão. (17)

É nas convulsões sociais que o Espírito pode avançar mais rápido, pois a experiência adquirida através das relações difíceis resulta sempre numa melhora. O infortúnio pode ser um estimulante útil para impeli-lo a procurar um remédio para o mal.

Quando na erraticidade, reflete, pode tomar novas resoluções para quando voltar a encarnar, fazer coisa melhor. É assim que, de encarnação em encarnação (reencarnação), o progresso se efetua no Espírito. (18)

Fontes:

(1) Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Livro II, cap. II e IV, questões 133 e 189.
(4) __________, O Livro dos Espíritos, Livro III, cap. V.
(3) __________, A Gênese, cap. XI, item 25.
(4) __________, O Livro dos Espíritos, Livro II, cap. II, questão 132.
(5) __________, O Livro dos Espíritos, Livro III, cap. VII, questões 767 e 768.
(6) __________, Revista Espírita, junho de 1863, Do princípio da não-retrogradação dos Espíritos
(7) __________, O Céu e o Inferno, cap. III, item 9.
(8) __________, O Livro dos Espíritos, Livro II, cap. IV, questão 170.
(9) __________, O Céu e o Inferno, cap. III, item 9.
(10) __________, O Livro dos Espíritos, Livro II, caps. X, questões 558 e 566, Livro III, cap. XI, q. 888a.
(11) __________, O Livro dos Espíritos, Livro II, cap. II, Kardec em nota a q. 132 e cap. IX, questões 540, 573, 604 e 607.
(12) __________, O Céu e o Inferno, cap. III, item 9.
(13) __________, O Céu e o Inferno, cap. III, itens, 8 e 9.
(14) __________, Revista Espírita, agosto de 1869.
(15) __________, O Livro dos Espíritos, Livro II, cap. II, questão 133.
(16) __________, Revista Espírita, junho de 1863, Do princípio da não-retrogradação dos Espíritos
(17) __________, Revista Espírita, outubro de 1858, Teoria do Móvel de Nossas Ações.
(18) __________, Obras Póstumas, As expiações coletivas
Editado pela última vez por Johnny em 26 Abr 2010, 19:17, em um total de 1 vez.
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Johnny
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Re: Ser mal é natural? Ser bom é natural?

Mensagem por Johnny »

Ateus do Brasil escreveu:


A ética espírita é uma hipotética dinâmica cósmica na qual a providência divina, o livre arbítrio espiritual e o tempo interagem na cadeia de eventos da existência de modo a garantir que todos os espíritos criados igualmente simples e ignorantes evoluam até se tornar, todos, espíritos igualmente puros e perfeitos, quando desfrutarão de uma felicidade suprema e eterna.

Nesta dinâmica cósmica, a providência divina estabelece e sustenta a ordem metafísica, as regras do jogo, como a lei do karma — que determina que os espíritos devam passar por várias encarnações para expiar antigos erros e aprender — e a lei do progresso, segundo a qual os espíritos podem evoluir ou estacionar moralmente, mas nunca regredir.

Seguindo seu livre arbítrio, cada espírito submete-se ou não a esta ordem metafísica, às regras do jogo. Os que se submetem progridem mais rápido que os que não e alcançam em menor tempo a felicidade da perfeição.

O propósito final da dinâmica cósmica é dar à existência um sentido de justiça universal, erigida da igualdade e do mérito, conforme todos os espíritos devam se submeter à mesma ordem metafísica para progredir e alcançar a felicidade da perfeição.

Esta justiça universal resolveria questões em aberto de outras filosofias e teologias morais:

* O problema do Mal — por que um Deus bom permite o mal;
* A conciliação entre soberania divina e livre arbítrio humano;
* As injustiças da vida — por que algumas pessoas nascem condenadas a uma vida de miséria, doença e sofrimento, enquanto outras levam uma existência tranqüila e prazerosa, por que coisas ruins acontecem a pessoas boas, por que pessoas ruins se dão bem no final etc.

Segundo o espiritismo:

Deus permite o mal como decorrência da ignorância primitiva na qual os espíritos foram criados, como pré-requisito para o exercício do livre arbítrio e para estabelecer os méritos individuais dos espíritos que, de livre arbítrio, optam pelo bem.

A soberania divina e o livre arbítrio humano se conciliariam pela vigência da dinâmica cósmica que faz com que o resultado final das decisões individuais tomadas de livre arbítrio seja o encaminhamento de todos os espíritos para a perfeição e felicidade, no tempo justo a cada um.

As injustiças da vida seriam provações necessárias ao aprendizado e evolução do espírito e expiação de faltas passadas. Dentro da dinâmica cósmica as tais deixariam de ser injustas, pois a seqüência de reencarnações tanto pode estabelecer uma igualdade geral entre as existências individuais — quem foi pobre, doente ou sofredor em uma vida pode ser rico, saudável e afortunado em outra e vice-versa, quanto os que porventura passam por mais experiências ruins do que boas poderiam aprender e evoluir mais rápido espiritualmente, reduzindo o tempo requerido para alcançar a felicidade da perfeição.

Muitos adeptos do espiritismo o são por tomar como satisfatórias as proposições acima, vendo nelas explicações melhores para estas questões do que as dadas por outras filosofias ou teologias morais.

Nem sempre esta adesão e satisfação passam pelo crivo de uma análise mais metódica da coerência intrínseca e extrínseca das proposições. No mais das vezes pesa mais o alívio emocional do acreditar ter encontrado as respostas pelas quais se ansiava, do que a certeza racional de tê-las provadas verdadeiras.

Uma análise inicial da dinâmica cósmica que fundamenta a ética espírita demonstra contradições e lacunas, no mínimo tantas e tão sérias quanto às das outras filosofias e teologias morais no que se refere às questões propostas do problema do mal, livre arbítrio e injustiças da vida.

Um primeiro problema é quando o espiritismo associa o mal à ignorância. Admitida esta associação direta e exclusiva, o espírito ao longo do tempo se afastaria do mal na medida em que aprende e avança na dinâmica cósmica, até livrar-se dele por completo, por conta de ter aprendido o suficiente para tal.

Ora, a ignorância por si só não é boa ou má. É moralmente neutra. Escolhas morais só se definem quando há consciência delas.

Nas teologias judaica e cristã esta consciência moral é simbolizada pelo fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, antes da tomada do qual o pecado não poderia existir.

O Livro dos Espíritos diz que os espíritos foram criados com igual aptidão, tanto para o bem, quanto para o mal e que os maus o são por vontade própria.

Ocorre que se os espíritos recém criados são plenamente ignorantes das questões morais e dotados de igual aptidão para o bem ou para o mal, diante de uma decisão moral se encontrariam inevitavelmente em um impasse imobilizador.

Não poderiam julgar questões morais a partir do seu próprio conhecimento, limitados que seriam pela tábula rasa de si próprios, e não poderiam reagir intuitiva ou instintivamente, dada a equivalência de aptidões para o bem ou para o mal.

Um espírito com estas características, totalmente ignorante e moralmente neutro seria incapaz de tomar decisões morais.

O Livro dos Espíritos diz que outros espíritos ignorantes são capazes de influenciar os de seu nível ou abaixo para o mal.

Além do já exposto que ignorância não é sinônimo de maldade, fica a questão de quem influenciaria estes espíritos ignorantes que influenciariam os outros. Não há como resolver o problema sem uma regressão infinita, incompatível com a dinâmica cósmica que parte do princípio que os espíritos são criados.

Outra contradição pode ser identificada no conceito de hierarquia moral que os espíritos estabeleceriam entre si conforme progridem na dinâmica cósmica.

O Livro dos Espíritos descreve esta hierarquia em três ordens e dez classes, com ressalvas quanto a esta divisão não ser absoluta.
Na base estariam os espíritos impuros da décima classe, com o status moral análogo ao dos demônios, e no topo os espíritos puros e perfeitos de primeira ordem e primeira classe.

A contradição está em que se a lei do progresso impede os espíritos de regredir, temos que nenhum espírito poderia apresentar um status moral inferior àquele em que foi criado — simples, ignorante e igualmente apto ao bem ou ao mal.

Porém a descrição feita dos espíritos de décima ordem fala de seres inclinados ao mal, aos vícios, às paixões degradantes, que fazem o mal por prazer e ódio ao bem.

É claro que tais seres estão moralmente muito abaixo do que se poderia chamar de espíritos simples e ignorantes, igualmente aptos para o bem ou para o mal.

Assim, ou alguns espíritos recém criados que deveriam ser moralmente neutros em sua ignorância primitiva degeneram para uma condição moral análoga à demoníaca, violando a lei do progresso, ou os espíritos humanos são criados na condição moral análoga à demoníaca, violando o princípio de ser na origem simples e ignorantes.

Além disto, se todos os espíritos são criados iguais e se os de décima ordem são inclinados ao mal, de onde vem esta inclinação? Não se pode dizer que do livre arbítrio, pois se todos os espíritos são criados igualmente ignorantes e com iguais aptidões morais seria de se esperar que seu uso do livre arbítrio apresentasse as mesmas inclinações. A explicação da influência de outros espíritos inferiores também pode ser descartada como exposto acima, dado requerer uma regressão infinita para se sustentar.

Qual seria então o fator diferenciador que levaria alguns espíritos originalmente ignorantes e aptos tanto para o bem quanto para o mal a inclinar seu livre arbítrio para o mal, com a intensidade perversa relatada na descrição dos espíritos de décima classe, enquanto outros criados na mesma condição não o fazem?

Uma explicação possível seria que estes espíritos possuíssem vocação inata para o mal, teriam sido criados com ela, o que contraria o princípio da igualdade original na criação e derruba um dos pilares da justiça universal da dinâmica cósmica espírita que é justamente a igualdade geral das existências individuais, uma vez que alguns espíritos já seriam na origem melhores do que outros.

Outra é que esta queda para o mal é feita de modo completamente aleatório, com o espírito optando por este caminho a partir de decisões tomadas na cegueira de sua ignorância moral primitiva, o que implicaria que o acaso interfere na evolução dos espíritos, o que também contraria a dinâmica cósmica, como definida.
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Re: Ser mal é natural? Ser bom é natural?

Mensagem por Apo »

O que significa "ser mal"? :emoticon26:
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Johnny
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Re: Ser mal é natural? Ser bom é natural?

Mensagem por Johnny »

Apo escreveu:O que significa "ser mal"? :emoticon26:

Booooaaaa peeerguuuuntaaaaaa!

Foi isso que pensei no início. Do ponto de vista materialista, EU creria que, uma pessoa que esteja inserida em um meio em que não condiz com uma sociedade justa do nosso ponto de vista, de colaboração, de não usar de violência à outrem sem motivação (já que até é tolerado a tal defesa...) e por assim vai.

Sendo assim, supondo que haja uma tribo qualquer em que tenha predominância em violar esta liberdade alheia, seria neste caso natural ser mal ouo seja, este grupo entenderia que eles são maus?
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Re: Ser mal é natural? Ser bom é natural?

Mensagem por salgueiro »

Acho que o que causa confusão é pensar como uma escala matemática o ponto zero a criação, o mal o negativo ( o retrocesso) e o bem o positivo ( o avanço ).

E não esquecer que o espírito passa pelos outros "reinos" até encarnar como humano.
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Re: Ser mal é natural? Ser bom é natural?

Mensagem por salgueiro »

O mal? É aquilo que faz a própria consciência apitar.
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Re: Ser mal é natural? Ser bom é natural?

Mensagem por Johnny »

salgueiro escreveu:O mal? É aquilo que faz a própria consciência apitar.

Boa Sal e agora vamos desenrola alguma coisa em cima disso. Um psicopata tem esse apito? Os bandidos que após um crime bem sucedido agradecem à deus (o deus deles ?!?) tem?
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Re: Ser mal é natural? Ser bom é natural?

Mensagem por Apo »

Johnny...SER MAU! SER BOM! O MAL! O BEM!

Volta pra escooooolaaaaa!!!!!
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Re: Ser mal é natural? Ser bom é natural?

Mensagem por Apo »

Ah sim, esqueci dos plurais:

Os BONS e os MAUS.
Os BENS e os MALES.
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Re: Ser mal é natural? Ser bom é natural?

Mensagem por Johnny »

Apo escreveu:Johnny...SER MAU! SER BOM! O MAL! O BEM!

Volta pra escooooolaaaaa!!!!!

Obrigado APO. Não sei por que estou tendo este ataque de burrice. Deve ser o Encosto. :emoticon16:
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Re: Ser mal é natural? Ser bom é natural?

Mensagem por Apo »

Johnny escreveu:
Apo escreveu:Johnny...SER MAU! SER BOM! O MAL! O BEM!

Volta pra escooooolaaaaa!!!!!

Obrigado APO. Não sei por que estou tendo este ataque de burrice. Deve ser o Encosto. :emoticon16:


Não. Certeza que é a esquerda na tua cabeça. Por isto tu acha que sabe tudo de público e privado, sabe o que é melhor entre público e privado, o que é cidade com com uma BAITA qualidade de vida etc etc etc. Chama as verdades que eu mostro de "xilique". Vermelho demais.
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Re: Ser mal é natural? Ser bom é natural?

Mensagem por salgueiro »

Johnny escreveu:
salgueiro escreveu:O mal? É aquilo que faz a própria consciência apitar.

Boa Sal e agora vamos desenrola alguma coisa em cima disso. Um psicopata tem esse apito? Os bandidos que após um crime bem sucedido agradecem à deus (o deus deles ?!?) tem?


O único apito de que sou íntima é o meu :emoticon16:

Johnny, só em termos de psicopatias existem vários graus que pode não ter apito nenhum a algum.

O fato de um bandido dar graças ao deus dele pelo mal cometido não significa que não tenha apito, boa parte das pessoas tentam silenciá-lo com desculpas, tergiversações, deturpações, etc, etc, etc ...
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sergionho
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Re: Ser mau é natural? Ser bom é natural?

Mensagem por sergionho »

se tratando de bom ou mal, coisas boas e coisa ruins, nesse aspecto o budismo ao menos sai na frente das outras religioes. Ja comeca pelo fato de nao existir um Deus na cultura budista, e outro, se um individuo concegue atingir o estado de iluminacao, o estado budico, nao existira mais bom ou mau, ele estara no caminho do meio, para ele nao importa o que acontece, ele nao vera como bom ou mau, graca ou pecado, ele simplismente estara em paz consigo mesmo.

Em outras palavras: "ele nao ta nem ai, com o que ta acontecendo, ele curti a paz dele"

1 ponto para os budistas.

Pelo menos eles pregam que as pessoas reencarnam nao para pagar pecados e corrigir erros, mas sim voltam ate aprender a alcancar esse estado de iluminacao, onde nada para ele importa o que aconteca, ele estara feliz e em paz
Se tratando de religiao, ao meu ponto de vista o budismo e a religiao menos retardada.

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Reid
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Re: Ser mau é natural? Ser bom é natural?

Mensagem por Reid »

sergionho escreveu:se tratando de bom ou mal, coisas boas e coisa ruins, nesse aspecto o budismo ao menos sai na frente das outras religioes. Ja comeca pelo fato de nao existir um Deus na cultura budista, e outro, se um individuo concegue atingir o estado de iluminacao, o estado budico, nao existira mais bom ou mau, ele estara no caminho do meio, para ele nao importa o que acontece, ele nao vera como bom ou mau, graca ou pecado, ele simplismente estara em paz consigo mesmo.

Em outras palavras: "ele nao ta nem ai, com o que ta acontecendo, ele curti a paz dele"

1 ponto para os budistas.

Pelo menos eles pregam que as pessoas reencarnam nao para pagar pecados e corrigir erros, mas sim voltam ate aprender a alcancar esse estado de iluminacao, onde nada para ele importa o que aconteca, ele estara feliz e em paz
Se tratando de religiao, ao meu ponto de vista o budismo e a religiao menos retardada.


tbm do um certo ponto ao budismo, ainda mais em comparaçao com outras religioes,
mas em compensaçao tem algumas coisas no budismo..... :emoticon5:

Pedro Reis
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Re: Ser mal é natural? Ser bom é natural?

Mensagem por Pedro Reis »

Johnny escreveu:
salgueiro escreveu:O mal? É aquilo que faz a própria consciência apitar.

Boa Sal e agora vamos desenrola alguma coisa em cima disso. Um psicopata tem esse apito? Os bandidos que após um crime bem sucedido agradecem à deus (o deus deles ?!?) tem?


Não é tão simples.

O tubarão, quando arranca com uma só dentada a perna do surfista, está sendo mau? Mas não é a mesma coisa que faz o cavalo quando devora uma touceira de capim?

Porém eu, certamente, se arrancar a perna de alguém por aí serei visto como mau. Minha consciência deveria apitar por isso, e se não fizer pior ainda. No entanto não existe mal em se matar um frango, um boi, um cabrito...

Aí é que está, a questão não é se o mal é natural mas sim se a Natureza é má. A natureza é cruel, esta é uma verdade que não pode ser sofismada, agora, o "mal", é um conceito relativo moldado por convenções arbitrárias que têm por objetivo estabelecer um mínimo de ordem e segurança nas sociedades.

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Neuromancer
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Re: Ser mau é natural? Ser bom é natural?

Mensagem por Neuromancer »

É interessante como o conceito de maldade e bondade muda com o tempo.
Ser escravagista não era maldade no tempo da escravidão. Hoje, se alguém defende a escravidão, é visto como sendo maldoso e insensível.
O mesmo acontece com o repúdio aos homossexuais. Já foi tolerado e incentivado. Agora é crime.
Fico pensando o que hoje é comum, mas no futuro será considerado abominável.
Comer animais, talvez?
Fideliter ad lucem per ardua tamen.

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salgueiro
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Re: Ser mau é natural? Ser bom é natural?

Mensagem por salgueiro »

Neuromancer escreveu:É interessante como o conceito de maldade e bondade muda com o tempo.
Ser escravagista não era maldade no tempo da escravidão. Hoje, se alguém defende a escravidão, é visto como sendo maldoso e insensível.
O mesmo acontece com o repúdio aos homossexuais. Já foi tolerado e incentivado. Agora é crime.
Fico pensando o que hoje é comum, mas no futuro será considerado abominável.
Comer animais, talvez?


Grandes chances de ocorrer, os animais já não são tão "animais" como antigamente.
“Um homem é rico na proporção do número de coisas das quais pode prescindir”, Thoreau

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Johnny
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Re: Ser mal é natural? Ser bom é natural?

Mensagem por Johnny »

Apo escreveu:
Johnny escreveu:
Apo escreveu:Johnny...SER MAU! SER BOM! O MAL! O BEM!

Volta pra escooooolaaaaa!!!!!

Obrigado APO. Não sei por que estou tendo este ataque de burrice. Deve ser o Encosto. :emoticon16:


Não. Certeza que é a esquerda na tua cabeça. Por isto tu acha que sabe tudo de público e privado, sabe o que é melhor entre público e privado, o que é cidade com com uma BAITA qualidade de vida etc etc etc. Chama as verdades que eu mostro de "xilique". Vermelho demais.

Saudações e uma boa tarde APO.
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Johnny
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Re: Ser mal é natural? Ser bom é natural?

Mensagem por Johnny »

Pedro Reis escreveu:
Johnny escreveu:
salgueiro escreveu:O mal? É aquilo que faz a própria consciência apitar.

Boa Sal e agora vamos desenrola alguma coisa em cima disso. Um psicopata tem esse apito? Os bandidos que após um crime bem sucedido agradecem à deus (o deus deles ?!?) tem?


Não é tão simples.

O tubarão, quando arranca com uma só dentada a perna do surfista, está sendo mau? Mas não é a mesma coisa que faz o cavalo quando devora uma touceira de capim?

Porém eu, certamente, se arrancar a perna de alguém por aí serei visto como mau. Minha consciência deveria apitar por isso, e se não fizer pior ainda. No entanto não existe mal em se matar um frango, um boi, um cabrito...

Aí é que está, a questão não é se o mal é natural mas sim se a Natureza é má. A natureza é cruel, esta é uma verdade que não pode ser sofismada, agora, o "mal", é um conceito relativo moldado por convenções arbitrárias que têm por objetivo estabelecer um mínimo de ordem e segurança nas sociedades.


Calma gente, estamos misurando as coisas. Um tubarão não arranca a perna do surfista por vingança ou para coagí-lo a fazer algo ou por ele não ter feito algo.

Estamos falando de maldade, aquela em que se toma uma ação com um propósito específico.

Vamos usar os termos que conhecemos. Se alguém deixa um cão solto e este avança em uma criança (que estava quieta sentada na calçada, sem faze barulho e etc..) e a machuca ou mata e você está perto, E VOCÊ TEM CERTEZA que esta criança era estranha para o cão e nenhuma outra criança tenha perturbado a tranquilidade do cão (cães que são atormentados por crianças tendem a ter raiva destas) talvez você tenha o impulso de ir até a casa do cara e lhe encher de porrada. Isso não é ser mau, é deixar levar pelo impulso motivado pela indignação do momento. Se você espera alguns dias e vai até a casa do cara e joga veneno para o cão dele, isso é premeditado, você mediu seus atos antes e depois ou como dizem, comeu o prato frio. Isso seria de certa forma um mal.

Um jovem que vê seus pais definhando por uma doença e não conseguiu apoio do estado (remédios, comida) por algum motivo qualquer e não o obteve de outra forma (por mais incrível que pareça isto existe) e assim, ele resolve roubar ou assaltar, com ou sem arma, isso não é ser mau.

Se um jovem passa a roubar e assaltar para satisfazer seus vícios e necessidades para proveito próprio, não levando em conta as consequências que terão suas víitimas, isso para mim é ser mau.

Claro que tem mais coisas no meio para avaliar pois os exemplos dados são muito simplórios e carentes de detalhes, mas seria por aqui.
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salgueiro
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Re: Ser mau é natural? Ser bom é natural?

Mensagem por salgueiro »

Vc está falando de maldade consciente Johnny.
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Johnny
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Re: Ser mau é natural? Ser bom é natural?

Mensagem por Johnny »

salgueiro escreveu:Vc está falando de maldade consciente Johnny.

Mas maldade inconsciente existe? Como seria uma perseguição no trabalho (chefe e chefiado) inconsciente? Como seria eu icaluniar uma pessoa inconscientemente?
Estes seriam alguns dos exemplos. Não estou querendo comparar patologias, certo?
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Re: Ser mau é natural? Ser bom é natural?

Mensagem por salgueiro »

hahaha

Inconsciência da maldade e sim, nos primórdios do homem.
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Fenrir
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Re: Ser mau é natural? Ser bom é natural?

Mensagem por Fenrir »

Não e natural nem uma coisa, nem outra.

Faz algum sentido dizer:
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Re: Ser mau é natural? Ser bom é natural?

Mensagem por joaomichelazzo »

Maldade e bondade são intrínsecos do homem.
Quem nunca cometeu uma maldade e quem nunca cometeu uma bondade?
Pessoas que são 100% boas e pessoas que são é 100% más, tem desvio de comportamento
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Re: Ser mau é natural? Ser bom é natural?

Mensagem por salgueiro »

Quem atribui aos atos bondade ou maldade é a consciência humana (não conhecemos o mundo animal o suficiente para tirar conclusões apesar do estudo estar se expandindo e os animais já não são tão "animais" assim).
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Trancado