Senado aprova aumento para aposentados
Senado aprova aumento para aposentados
Senado vai manter reajuste de 7,7% a vagabundos
Para o líder do governo, Romero Jucá, não há condições políticas para aprovar reajuste menor do que o já assegurado pela Câmara dos Deputados
06 de maio de 2010 | 0h 00
Ana Paula Scinocca e Renato Andrade, BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo
O Senado deve manter o reajuste de 7,7% para as aposentadorias acima de um salário mínimo, aprovado anteontem pela Câmara, marcando assim a segunda derrota consecutiva do Palácio do Planalto. Segundo o líder do governo na Casa, Romero Jucá (PMDB-RR), "politicamente, não há condição de baixar" o porcentual assegurado pelos deputados.
O reajuste e mais o fim do fator previdenciário podem provocar despesa adicional de R$ 5,6 bilhões a partir de 2011, de acordo com cálculos de técnicos da Câmara. Somente neste ano, o rombo deve ser de R$ 1,8 bilhão. Na noite de anteontem, na Câmara, logo depois de aprovar a MP do reajuste, os deputados derrubaram o fator previdenciário, mecanismo instituído durante o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) que desestimula as aposentadorias precoces. Na prática, o fator reduz o valor dos benefícios de quem se aposenta cedo.
Apesar do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, ter dito que irá recomendar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que vete o reajuste acima do porcentual acordado entre governo e centrais sindicais - de 6,14% -, os deputados resolveram transferir ao presidente o custo político de impedir um reajuste maior para as aposentadorias em pleno ano eleitoral. Entre os senadores, o clima não é diferente.
"Estamos num ano eleitoral e dificilmente teremos o Senado modificando qualquer decisão da Câmara, qualquer que seja", disse ontem o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP). "Não conheço os números do Orçamento do governo, mas acho que politicamente é muito difícil que haja qualquer modificação nesse projeto no Senado. Até mesmo porque há uma simpatia muito grande aqui com os aposentados", acrescentou.
Do lado da oposição, a avaliação é a mesma. O líder do DEM, senador José Agripino Maia (RN), disse que não tem como o Senado votar algo diferente do que foi aprovado pelos deputados. "Lá o governo tem maioria e foi derrotado. Que ninguém espere que aqui seja diferente."
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) disse não ter dúvidas que o Senado confirmará o reajuste e qualquer decisão na contramão disso ficará por conta do presidente Lula. "A bola estará nos pés do presidente. Como ele está pressentindo a derrota de sua candidata, não vetará."
Fator previdenciário. O senador Romero Jucá pretende questionar a constitucionalidade da decisão tomada anteontem pelos deputados em relação ao fim do fator previdenciário. Segundo ele, a derrubada do mecanismo por medida provisória seria inconstitucional.
Ainda que os técnicos do Senado considerem legal a ação dos deputados, o prejuízo poderá ser parcialmente compensado. Segundo Jucá, os senadores poderão incluir novo limite mínimo de idade para a concessão de benefícios previdenciários, evitando um aumento considerável de pedidos de aposentadorias precoces. Agripino, do DEM, também acredita que o governo poderá optar pela negociação do novo limite de idade.
Para Sarney, o fato de a oposição reconhecer que o fim do fator previdenciário é temerário, considerando seus efeitos para os cofres da Previdência, mostra que o assunto terá de ser debatido longamente na Casa. "Esse é um assunto que precisa, naturalmente, ter números disponíveis para ser examinado."
Para o líder do governo, Romero Jucá, não há condições políticas para aprovar reajuste menor do que o já assegurado pela Câmara dos Deputados
06 de maio de 2010 | 0h 00
Ana Paula Scinocca e Renato Andrade, BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo
O Senado deve manter o reajuste de 7,7% para as aposentadorias acima de um salário mínimo, aprovado anteontem pela Câmara, marcando assim a segunda derrota consecutiva do Palácio do Planalto. Segundo o líder do governo na Casa, Romero Jucá (PMDB-RR), "politicamente, não há condição de baixar" o porcentual assegurado pelos deputados.
O reajuste e mais o fim do fator previdenciário podem provocar despesa adicional de R$ 5,6 bilhões a partir de 2011, de acordo com cálculos de técnicos da Câmara. Somente neste ano, o rombo deve ser de R$ 1,8 bilhão. Na noite de anteontem, na Câmara, logo depois de aprovar a MP do reajuste, os deputados derrubaram o fator previdenciário, mecanismo instituído durante o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) que desestimula as aposentadorias precoces. Na prática, o fator reduz o valor dos benefícios de quem se aposenta cedo.
Apesar do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, ter dito que irá recomendar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que vete o reajuste acima do porcentual acordado entre governo e centrais sindicais - de 6,14% -, os deputados resolveram transferir ao presidente o custo político de impedir um reajuste maior para as aposentadorias em pleno ano eleitoral. Entre os senadores, o clima não é diferente.
"Estamos num ano eleitoral e dificilmente teremos o Senado modificando qualquer decisão da Câmara, qualquer que seja", disse ontem o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP). "Não conheço os números do Orçamento do governo, mas acho que politicamente é muito difícil que haja qualquer modificação nesse projeto no Senado. Até mesmo porque há uma simpatia muito grande aqui com os aposentados", acrescentou.
Do lado da oposição, a avaliação é a mesma. O líder do DEM, senador José Agripino Maia (RN), disse que não tem como o Senado votar algo diferente do que foi aprovado pelos deputados. "Lá o governo tem maioria e foi derrotado. Que ninguém espere que aqui seja diferente."
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) disse não ter dúvidas que o Senado confirmará o reajuste e qualquer decisão na contramão disso ficará por conta do presidente Lula. "A bola estará nos pés do presidente. Como ele está pressentindo a derrota de sua candidata, não vetará."
Fator previdenciário. O senador Romero Jucá pretende questionar a constitucionalidade da decisão tomada anteontem pelos deputados em relação ao fim do fator previdenciário. Segundo ele, a derrubada do mecanismo por medida provisória seria inconstitucional.
Ainda que os técnicos do Senado considerem legal a ação dos deputados, o prejuízo poderá ser parcialmente compensado. Segundo Jucá, os senadores poderão incluir novo limite mínimo de idade para a concessão de benefícios previdenciários, evitando um aumento considerável de pedidos de aposentadorias precoces. Agripino, do DEM, também acredita que o governo poderá optar pela negociação do novo limite de idade.
Para Sarney, o fato de a oposição reconhecer que o fim do fator previdenciário é temerário, considerando seus efeitos para os cofres da Previdência, mostra que o assunto terá de ser debatido longamente na Casa. "Esse é um assunto que precisa, naturalmente, ter números disponíveis para ser examinado."
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."


- Fernando Silva
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Re: Senado aprova aumento para aposentados
Johnny escreveu:O reajuste e mais o fim do fator previdenciário podem provocar despesa adicional de R$ 5,6 bilhões a partir de 2011, de acordo com cálculos de técnicos da Câmara.
Demitam os peleguinhos do Lula e os parasitas antigos e haverá dinheiro de sobra (e é bem capaz do serviço andar mais rápido e melhor...).
A folha de pagamento do funcionalismo sangra o orçamento em mais de 100 bilhões.
- salgueiro
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Re: Senado aprova aumento para aposentados
De quanto será o rombo anual que a corrupção produz?
“Um homem é rico na proporção do número de coisas das quais pode prescindir”, Thoreau
- joaomichelazzo
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Re: Senado aprova aumento para aposentados
"Aposentados são vagabundos"
Fernando Henrique Cardoso
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“Não é possível convencer um crente de coisa alguma, pois suas crenças não se baseiam em evidências; baseiam-se numa profunda necessidade de acreditar” (Carl Sagan)
"Há males que vem pra fuder com tudo mesmo"
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Re: Senado aprova aumento para aposentados
salgueiro escreveu:De quanto será o rombo anual que a corrupção produz?
Irrelevante. Um Senador aposentado coom 8 anos de mandato mais regalias de saude eterna, daria para pagar 10 aposentados normais e mais os 10 "do Lula" citados por Fernando. Mas o que dói é pagar para pobre que recebe por salário mínimo e só tem o SUS como saúide. Pagar para parasitas ninguém liga. É a lei do "quero ser atropelado por uma mercedez"
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Re: Senado aprova aumento para aposentados
Alguém saberia responder:
O fim do fator prev. poderá ser antes das eleições?
Quem se aposentou recentemente o foi aplicado o fator prev. poderá rever perdas?
O fim do fator prev. poderá ser antes das eleições?
Quem se aposentou recentemente o foi aplicado o fator prev. poderá rever perdas?
Re: Senado aprova aumento para aposentados
nf escreveu:Alguém saberia responder:
O fim do fator prev. poderá ser antes das eleições?
Quem se aposentou recentemente o foi aplicado o fator prev. poderá rever perdas?
Antes o Lula deve vetar ou não. A pressão da midia diz que veta.
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Re: Senado aprova aumento para aposentados
Ano de eleição é foda. Uns riem, outros choram e outros ficam em cima do muro com um olho no peixe e outro no gato).

Re: Senado aprova aumento para aposentados
Quem aconpanhou o caso viu que PT e PSDB são o mesmo lixo. O que muda é a questão de estar na "situação" ou "oposição".
PSDB e aliados dessa vez foram contra o que eles mesmo instituiram, sob protesto de PT e aliados.
PSDB e aliados dessa vez foram contra o que eles mesmo instituiram, sob protesto de PT e aliados.
Quando vejo um religioso protestando, irritado, exigindo respeito às suas crenças idiotas, penso logo...BOM SINAL! Sinal de que alguém esta fazendo alguma coisa certa.