Butantã nunca produziu uma vacina sequer
Enviado: 28 Mai 2010, 07:01
Luis Nassif
28/05/2010 - 06:51
A fábrica de vacinas do PSDB
Por Wiseman
Butantan nunca fabricou uma dose de vacina contra a gripe
Em diligência no final da tarde de ontem (26/5), Fausto Figueira (presidente da Comissão de Saúde e Higiene), foram ao Instituto Butantã para apurar a denúncia de que a fábrica de vacinas da gripe comum e H1N1 do local não funciona. Recebidos pelo diretor Otávio Mercadante, houve uma conversa preliminar para entrega de ofício solicitando informações, mas, na ocasião, já foi confirmado pelo diretor que a fábrica não está operando.
Reinaugurada várias vezes pelos sucessivos governos tucanos, conforme constam em notícias publicadas por jornais desde outubro de 1999, a fábrica de vacinas do Instituto Butantã ainda não produziu uma dose sequer de vacina da gripe até hoje.
“Em várias ocasiões, saíram matérias assim na imprensa: ‘mês que vem a fábrica começa a produzir a vacina para dengue’, depois repetiam a mesma história em outro mês. É inaceitável o Butantan não fabricar vacina”, critica Mentor. Segundo o parlamentar, o diretor confirmou que o instituto apenas envasa as vacinas, e não as fabrica.
A produção de vacinas estava prevista para iniciar a produção em 2005, foi adiada para setembro de 2008, passou para março de 2009, depois para setembro, dezembro, março de 2010 e, agora, setembro de 2010. Em 2006, diversos funcionários foram contratados para a produção de vacinas, contudo tiveram de ser realocados para outros setores, tendo em vista que as vacinas não estavam sendo produzidas.
Prejuízos
Os parlamentares relataram denúncias de que diariamente centenas de milhares de ovos de galinha que deveriam servir para fabricação de vacinas da gripe vão para o lixo. Segundo Mentor, ao menos 160 mil ovos chegavam a ser entregue por dia. “Isso pode ter causado grandes prejuízos para o instituto”, alerta o líder da bancada.
Os deputados também questionaram sobre as denúncias de que 14 milhões de doses da vacina H1N1 foram jogadas fora por contaminação durante o processo de envase e que dois lotes da vacina da gripe comum foram inutilizados por não passarem no teste de pirogênio (teste do sistema de água WFI).
Fausto Figueira explicou que também estão sendo aguardadas informações sobre os problemas que ocasionaram o incêndio do último dia 15; números da produção de vacinas de dengue, hepatite B e leishmaniose.
O diretor do instituto, Otávio Mercadante, disse que discutirá o caso com o secretário estadual de Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, e prometeu dar uma resposta rápida do porquê a fábrica não está operando.”
Três anos após a sua reinauguração, a fábrica de vacina contra a gripe comum do Instituto Butantan, em São Paulo, não produziu nenhuma dose. O prédio e os equipamentos do instituto estadual custaram R$ 70 milhões ao governo de São Paulo e ao Ministério da Saúde, que promove a vacinação anual dos idosos contra a doença. A fábrica ainda não entrou em funcionamento devido à demora para a obtenção das certificações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Sanofi Pasteur, multinacional que detém a tecnologia de produção da vacina. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Reinaugurada em abril de 2007, a fábrica tinha previsão de início das operações em 2008. Segundo o diretor do Butantan, Otávio Mercadante, a demora está dentro do prazo previsto. A produção nacional de vacinas representaria uma economia de R$ 100 milhões por ano ao País, que atualmente importa a droga. Após o incêndio que destruiu parte do acervo de cobras do Butantan há duas semanas, deputados estaduais do PT colhem assinaturas para tentar abrir uma CPI que investigue o instituto.
28/05/2010 - 06:51
A fábrica de vacinas do PSDB
Por Wiseman
Butantan nunca fabricou uma dose de vacina contra a gripe
Em diligência no final da tarde de ontem (26/5), Fausto Figueira (presidente da Comissão de Saúde e Higiene), foram ao Instituto Butantã para apurar a denúncia de que a fábrica de vacinas da gripe comum e H1N1 do local não funciona. Recebidos pelo diretor Otávio Mercadante, houve uma conversa preliminar para entrega de ofício solicitando informações, mas, na ocasião, já foi confirmado pelo diretor que a fábrica não está operando.
Reinaugurada várias vezes pelos sucessivos governos tucanos, conforme constam em notícias publicadas por jornais desde outubro de 1999, a fábrica de vacinas do Instituto Butantã ainda não produziu uma dose sequer de vacina da gripe até hoje.
“Em várias ocasiões, saíram matérias assim na imprensa: ‘mês que vem a fábrica começa a produzir a vacina para dengue’, depois repetiam a mesma história em outro mês. É inaceitável o Butantan não fabricar vacina”, critica Mentor. Segundo o parlamentar, o diretor confirmou que o instituto apenas envasa as vacinas, e não as fabrica.
A produção de vacinas estava prevista para iniciar a produção em 2005, foi adiada para setembro de 2008, passou para março de 2009, depois para setembro, dezembro, março de 2010 e, agora, setembro de 2010. Em 2006, diversos funcionários foram contratados para a produção de vacinas, contudo tiveram de ser realocados para outros setores, tendo em vista que as vacinas não estavam sendo produzidas.
Prejuízos
Os parlamentares relataram denúncias de que diariamente centenas de milhares de ovos de galinha que deveriam servir para fabricação de vacinas da gripe vão para o lixo. Segundo Mentor, ao menos 160 mil ovos chegavam a ser entregue por dia. “Isso pode ter causado grandes prejuízos para o instituto”, alerta o líder da bancada.
Os deputados também questionaram sobre as denúncias de que 14 milhões de doses da vacina H1N1 foram jogadas fora por contaminação durante o processo de envase e que dois lotes da vacina da gripe comum foram inutilizados por não passarem no teste de pirogênio (teste do sistema de água WFI).
Fausto Figueira explicou que também estão sendo aguardadas informações sobre os problemas que ocasionaram o incêndio do último dia 15; números da produção de vacinas de dengue, hepatite B e leishmaniose.
O diretor do instituto, Otávio Mercadante, disse que discutirá o caso com o secretário estadual de Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, e prometeu dar uma resposta rápida do porquê a fábrica não está operando.”
Três anos após a sua reinauguração, a fábrica de vacina contra a gripe comum do Instituto Butantan, em São Paulo, não produziu nenhuma dose. O prédio e os equipamentos do instituto estadual custaram R$ 70 milhões ao governo de São Paulo e ao Ministério da Saúde, que promove a vacinação anual dos idosos contra a doença. A fábrica ainda não entrou em funcionamento devido à demora para a obtenção das certificações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Sanofi Pasteur, multinacional que detém a tecnologia de produção da vacina. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Reinaugurada em abril de 2007, a fábrica tinha previsão de início das operações em 2008. Segundo o diretor do Butantan, Otávio Mercadante, a demora está dentro do prazo previsto. A produção nacional de vacinas representaria uma economia de R$ 100 milhões por ano ao País, que atualmente importa a droga. Após o incêndio que destruiu parte do acervo de cobras do Butantan há duas semanas, deputados estaduais do PT colhem assinaturas para tentar abrir uma CPI que investigue o instituto.