O que acontece quando a gente deixa de crer?

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Apo
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O que acontece quando a gente deixa de crer?

Mensagem por Apo »

Considerando-se verdadeira a premissa de que é preciso crer em "algo" nesta vida, acreditar, ter fé ( não no sentido de esperança, por favor), se dedicar à alguma doutrina ou ideologia como se fosse o caminho para algum tipo de fim objetivo quase mágico, que nos sustenta para todos os fins, pergunta-se:

O que imaginam ou acreditam que acontece quando, por algum motivo, esta fé acaba, fica abalada, se torna questionável frente a alguns fatos duros da vida que parecem destruir, inviablizar, paradoxalizar ou tornar irrelevantes todos os conceitos e verdades demandadas pela crença e suas finalidades em si? O que acontece com a realidade, o que acontece com a "verdade". o que acontece com a mente, que novo formato pode emergir de um novo paradigma que surge com uma ruptura destas? A vida se despe de seu sentido? Não há outra vida depois disto? Virar esta página representa um risco de que tamanho à integridade do ser? Qual a percepção de uma fase pós-fé? Como os "crentes" acham que seja a vida para aqueles que não estão mais no time deles? Medonha? Sem sentido? Vazia? Desesperadora? Surge algum tipo de descontrole? Um caos em todos os sentidos? Sem amor, sem esperança, sem objetivos outros possíveis - já que tudo se reporta e sobrevive em função de alguma espécie de crença transcendental a priori, e que é a propulsão necessária à sobrevivência através de valores supostamente ideais? Acham que terminam-se as possibilidades de discernimento, e um buraco fundo e gelado se aproxima e nos engole ( o buraco fundo e gelado vem para todos, vocês sabem né? :emoticon1: )?
Por que os religiosos e "crentes" sempre alegam que os não-crentes não conhecem como é boa a vida com fé ou seguindo alguma religião? Parece haver uma negação frente ao fato de que muitos ateus ou descrentes já viveram na fé, na crença, na religião. Como se eles fossem ignorantes sobre "ter fé".
Em suma, o que acontece quando a fé nas forças metafísicas acaba? O que nos afeta quando a decisão de crer deixa de ser importante e vai ficando em segundo, terceiro, último plano? O que há "do lado de lá"?
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Johnny
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Re: O que acontece quando a gente deixa de crer?

Mensagem por Johnny »

Leia o Pequeno manual para entender os crentes.

No mais, creio que isso só se aplique aos crentes seguidores da bíblia ou outra doutrina baseada apenas na fé. Não sei explicar pois nunca fui de crer apenas pela fé. Tem gente que crê por obrigação e por aí vai.
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."

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Re: O que acontece quando a gente deixa de crer?

Mensagem por Apo »

Não quero a visão do Acauan. Quero que os que acreditam respondam.
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Re: O que acontece quando a gente deixa de crer?

Mensagem por Johnny »

Apo escreveu:Não quero a visão do Acauan. Quero que os que acreditam respondam.

Tirando nós "velhos" daqui, tem crente novo?
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Re: O que acontece quando a gente deixa de crer?

Mensagem por Apo »

Johnny escreveu:
Apo escreveu:Não quero a visão do Acauan. Quero que os que acreditam respondam.

Tirando nós "velhos" daqui, tem crente novo?


E não tem? Ou é tudo bogus como parece?
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Re: O que acontece quando a gente deixa de crer?

Mensagem por Johnny »

Apo escreveu:
Johnny escreveu:
Apo escreveu:Não quero a visão do Acauan. Quero que os que acreditam respondam.

Tirando nós "velhos" daqui, tem crente novo?


E não tem? Ou é tudo bogus como parece?

Quem APO? Pode ser no ouvido.
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Re: O que acontece quando a gente deixa de crer?

Mensagem por Apo »

Johnny escreveu:
Apo escreveu:
Johnny escreveu:
Apo escreveu:Não quero a visão do Acauan. Quero que os que acreditam respondam.

Tirando nós "velhos" daqui, tem crente novo?


E não tem? Ou é tudo bogus como parece?

Quem APO? Pode ser no ouvido.


Ué, não tem o pastor metido a gentil aí? Não precisa ser no ouvido, eu falo mesmo.

E aquele tachyon? Bicho estranho. Papo estranho.

E pode ser os velho daqui tb, especialmente os espíritas.
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Johnny
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Re: O que acontece quando a gente deixa de crer?

Mensagem por Johnny »

Os espíritas daqui que conheço, não crêem por fé pura e simples, como já foi fartamente discutido aqui. Por isso que perguntei.
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Tranca
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Re: O que acontece quando a gente deixa de crer?

Mensagem por Tranca »

Já que você deu uma de Johnny :emoticon12: , vou dar uma de Fernando Silva agora, Apo. :emoticon12:

Apo escreveu:Considerando-se verdadeira a premissa de que é preciso crer em "algo" nesta vida, acreditar, ter fé ( não no sentido de esperança, por favor), se dedicar à alguma doutrina ou ideologia como se fosse o caminho para algum tipo de fim objetivo quase mágico, que nos sustenta para todos os fins,


Acreditar em algo pode se resumir em acreditar no espírito humano, de que evoluímos do nada para "alguém" cuja natureza não permita a estagnação, estando sempre em busca de novas esferas evolutivas, nos mais diversos aspectos, como o emocional, o civilizacional, etc.

Eu vivo bem com isso. Não fico procurando muito com o que me preocupar no sentido metafísico da vida. Aliás, se Deus quisesse que nós o encontrássemos, não teria mandado manuais de intruções tão confusos como a Bíblia e o Alcorão por exemplo. :emoticon12:


pergunta-se:

O que imaginam ou acreditam que acontece quando, por algum motivo, esta fé acaba, fica abalada, se torna questionável frente a alguns fatos duros da vida que parecem destruir, inviablizar, paradoxalizar ou tornar irrelevantes todos os conceitos e verdades demandadas pela crença e suas finalidades em si?


Depende de cada um. No meu caso, foi uma transição tranquila. Passei a deixar de crer em um ente mágico e de depositar as esperanças da felicidade concentrada num mundo distante (em outra vida e outro plano) para concentrar minhas atenções no "aqui e agora", em buscar meu "pote de ouro no final do arco-íris" nesta vida e fazer as coisas as quais acredito certas (e outras nem tanto, pois sou humano, né?) e lutar pelas minhas convicções, buscando princípios e valores mais elevados e condizentes com a busca pela felicidade, não fazendo aos outros o que não quero que façam para mim.

Acho que a cada geração o ser humano tem chances de dar um passo à frente.


O que acontece com a realidade, o que acontece com a "verdade". o que acontece com a mente, que novo formato pode emergir de um novo paradigma que surge com uma ruptura destas?


Não sei se a mente é reformatada tão sensivelmente a ponto de surgir uma nova "verdade". Muitas dúvidas continuam e há quem se converta em um "questionador de tudo" ou um "novo crente", só que do lado de lá, pregando contra as crenças de outrora. Cada pessoa vive no âmbito daquilo que sua percepção diária capta. Essa é a beleza da vida, não tem ninguém igual, não tem fórmula para a "verdade". Cada qual busca determinado fim, mas vai aprendendo no meio do caminho de acordo com sua experiência. Existem os que são mais aptos e os que enveredam por via oblíquas (veja os petralhas por exemplo :emoticon12: , um dia eles aprendem, "se Deus quiser").


A vida se despe de seu sentido?


Acho que não.

Damos à vida o sentido que quisermos.


Não há outra vida depois disto?


Só vamos saber depois que morrermos. Pode ser que Deus apareça e diga: "Pegadinha do Mallandro!"


Virar esta página representa um risco de que tamanho à integridade do ser?


Acho que depende de cada ser e os riscos são inerentes a todo estado de ruptura.

Fui claro?

Achei esta resposta quando comi um biscoito da sorte chinês.


Qual a percepção de uma fase pós-fé?


Ilimitada. "Audaciosamente, onde nenhum crente jamais esteve."


Como os "crentes" acham que seja a vida para aqueles que não estão mais no time deles? Medonha?


Sim. Ponto.


Sem sentido?


Sim. Ponto.


Vazia?


Sim. Ponto.


Desesperadora?


Sim. Ponto.


Surge algum tipo de descontrole? Um caos em todos os sentidos?


Acho que os crentes pensam que os agnósticos e ateus são pessoas dominadas por Satanás que além de servirem ao maligno, não possuem controle sobre suas necessidades fisiológicas, que andam por aí bebendo, brigando, comendo, copulando, jogando, tudo numa busca frenética para preencher um vazio interno, que somente seria preenchido por "Deus, Nosso Senhor".

Ledo engano.

Eu, por exemplo busco preencher meu vazio interior bebendo, brigando, comendo, copulando, jogando, como qualquer cristão. Só que sem ter que me desculpar com Deus e justificar nele meus atos falhos.


Sem amor, sem esperança, sem objetivos outros possíveis - já que tudo se reporta e sobrevive em função de alguma espécie de crença transcendental a priori, e que é a propulsão necessária à sobrevivência através de valores supostamente ideais?


Por que diabos os do lado de lá da crença transcendental não podem ter um pouco de amor, esperança, objetivos e ideais?

Nós incréus também temos coração, viu?

Provavelmente o Acauan vai aparecer falando que "tupis só possuem os corações de seus inimigos devidamente processados em seus intestinos", mas isso é só conversa de índio.

Até índio tem coração. :emoticon12:


Acham que terminam-se as possibilidades de discernimento, e um buraco fundo e gelado se aproxima e nos engole ( o buraco fundo e gelado vem para todos, vocês sabem né? :emoticon1: )?


Nada. Tudo intriga da oposição.

Espero que quando eu terminar em um buraco fundo e gelado, tenha ao menos aproveitado a vida para que possam escrever em minha lápide: "Foi tarde".


Por que os religiosos e "crentes" sempre alegam que os não-crentes não conhecem como é boa a vida com fé ou seguindo alguma religião?


Porque são uns bestas. Ponto.


Parece haver uma negação frente ao fato de que muitos ateus ou descrentes já viveram na fé, na crença, na religião. Como se eles fossem ignorantes sobre "ter fé".


Por isso e mais um pouco é que são uns bestas. Ponto.

Ah, no geral, são bestas neste ponto (quanto à fé, julgando serem os "donos do mundo"), no mais são normais como qualquer um. Claro que tem os crentes exagerados, que querem a cabeça dos descrentes de sua fé numa bandeja.


Em suma, o que acontece quando a fé nas forças metafísicas acaba?


É um admirável mundo novo.

Ou não. Pode ser somente o descortinar de um novo dia sem o peso do temor no sobrenatural nas costas.

Mas não nego que seria legal uns espíritos, duendes e fadas rondando por aí. Adoraria ser atormentado por Súcubos nas horas frias da madrugada de vez em quando. :emoticon12:


O que nos afeta quando a decisão de crer deixa de ser importante e vai ficando em segundo, terceiro, último plano?


Sabe que nunca pensei nisso?

Acho que deixei isso para segundo, terceiro, último plano...


O que há "do lado de lá"?


:emoticon46: "Ainda" não sei. :emoticon34:
Palavras de um visionário:

"Seria uma ressurreição satânica retirarmos Lula e Brizola - esse casamento do analfabetismo econômico com o obsoletismo ideológico - do lixo da história para o palco do poder."

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Tranca
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Re: O que acontece quando a gente deixa de crer?

Mensagem por Tranca »

Fui claro, Johnny?

Quer dizer, fui claro, Apo?

Beijos (para a Apo, não para o Johnny e nem para a parte Johnny da Apo).
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Re: O que acontece quando a gente deixa de crer?

Mensagem por Apo »

Tranca escreveu:Fui claro, Johnny?

Quer dizer, fui claro, Apo?


Claríssimo! Eu sei as respostas porque fui criada numa doutrina, que era uma verdade na minha vida. E isto que, quando pequenos não sabemos que existem outras no mundo. Pensamos que todos são iguais e aquilo é um pouco do que nos faz sermos quem somos. Até hoje me lembro da sensação estranha que senti quando minha tia ( católica fervorosa e professora primária) me revelou que havia judeus e que, para eles, o filho de deus nunca tinha existido ou algo assim. Eu tinha uns 10 anos, talvez. Aquilo me soou como uma porta aberta ao desconhecido, uma espécie de portal sombrio. Devo ter achado que pessoas que pensam assim estariam equivocadas e que era uma questão de acreditar. O fato é que Jesus era o que me diziam que era. Depois, ao longo dos anos é que fui juntando ( não sem conflito interno) as partes do quebra-cabeças. Como sempre achei o catolicismo um seio materno que me confortava na infância ( não vem ao caso se era leite envenenado), acabei por ver as pessoas de minha família como gente muito ignorante, servos de uma missão da qual jamais escaparam em vida. Isto não resultou em uma florada muito bonita na minha formação. Mas prefiro ter a imagem deles desmoralizada do que seguir pelo mesmo caminho e ser enterrada naquele mesmo buraco.

Beijos (para a Apo, não para o Johnny e nem para a parte Johnny da Apo).


Como é que é? :emoticon22:
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Re: O que acontece quando a gente deixa de crer?

Mensagem por Tachyon »

Creio que ateus e religiosos são todos iguais. Não há mistério nesse aspecto.
Ateus são pessoas que não acreditam em entidades sobrenaturais, só isso.
Creio que se ateus não se converterem vão queimar no mármore do inferno.
Não sou bogus e a Apo é chata pra caralho.

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Johnny
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Re: O que acontece quando a gente deixa de crer?

Mensagem por Johnny »

Tranca escreveu:Fui claro, Johnny?

Quer dizer, fui claro, Apo?

Beijos (para a Apo, não para o Johnny e nem para a parte Johnny da Apo).

Putz, estas cantadas mascaradas nunca me enganam. Começam sempre do mesmo jeito.
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Fernando Silva
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Re: O que acontece quando a gente deixa de crer?

Mensagem por Fernando Silva »

Tachyon escreveu:Creio que ateus e religiosos são todos iguais. Não há mistério nesse aspecto.
Ateus são pessoas que não acreditam em entidades sobrenaturais, só isso.
Creio que se ateus não se converterem vão queimar no mármore do inferno.
Não sou bogus e a Apo é chata pra caralho.

Creio que um deus bom e justo respeitará mais a descrença sincera de um ateu do que a crença hipócrita, "por via das dúvidas" de um religioso.

Creio que, se Deus não for justo, todos os religiosos correm o risco de queimar no inferno do verdadeiro deus por ter escolhido o deus errado.

Aliás, se Deus não for justo, provavelmente ele castigará os religiosos e poupará os ateus.

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Re: O que acontece quando a gente deixa de crer?

Mensagem por Apo »

Tachyon escreveu:Creio que ateus e religiosos são todos iguais. Não há mistério nesse aspecto.
Ateus são pessoas que não acreditam em entidades sobrenaturais, só isso.


Não. Ateus e céticos não tem o chip.

Creio que se ateus não se converterem vão queimar no mármore do inferno.


Deixem o Inferno quieto e todo prá nós. Vão todos os crentes praquele tédio hipócrita ( porque deve ser uma suruba o tempo todo!) que é o Céu que vocês inventaram.

Não sou bogus e a Apo é chata pra caralho.


Perturbo demais a sua Fé cega? Não tem importância. Se não gostar, pode ir embora. Estou aqui faz meia década e não pretendo sair tão cedo. Beijos!
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Re: O que acontece quando a gente deixa de crer?

Mensagem por Apo »

Johnny escreveu:
Tranca escreveu:Fui claro, Johnny?

Quer dizer, fui claro, Apo?

Beijos (para a Apo, não para o Johnny e nem para a parte Johnny da Apo).

Putz, estas cantadas mascaradas nunca me enganam. Começam sempre do mesmo jeito.


Pô eu nunca tinha percebido que o Tranca tinha esta queda vertiginosa por ti, Johhny...caramba... :emoticon22:
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Re: O que acontece quando a gente deixa de crer?

Mensagem por Johnny »

Apo escreveu:
Johnny escreveu:
Tranca escreveu:Fui claro, Johnny?

Quer dizer, fui claro, Apo?

Beijos (para a Apo, não para o Johnny e nem para a parte Johnny da Apo).

Putz, estas cantadas mascaradas nunca me enganam. Começam sempre do mesmo jeito.


Pô eu nunca tinha percebido que o Tranca tinha esta queda vertiginosa por ti, Johhny...caramba... :emoticon22:

Tudo começou quando um Exu que apagava postes começou a acompanhar as andanças do Tranca. Depois, numa encruzinhada...epa, eu sou o Johnny, não o Lucifer. Foi mal..
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Re: O que acontece quando a gente deixa de crer?

Mensagem por Lúcifer »

Johnny escreveu:
Apo escreveu:
Johnny escreveu:
Tranca escreveu:Fui claro, Johnny?

Quer dizer, fui claro, Apo?

Beijos (para a Apo, não para o Johnny e nem para a parte Johnny da Apo).

Putz, estas cantadas mascaradas nunca me enganam. Começam sempre do mesmo jeito.


Pô eu nunca tinha percebido que o Tranca tinha esta queda vertiginosa por ti, Johhny...caramba... :emoticon22:

Tudo começou quando um Exu que apagava postes começou a acompanhar as andanças do Tranca. Depois, numa encruzinhada...epa, eu sou o Johnny, não o Lucifer. Foi mal..


Huummm, estou começando a achar que foi o seu ectoplasma pink que tava atrá do Tranca aquela noite.
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Re: O que acontece quando a gente deixa de crer?

Mensagem por salgueiro »

Ectoplasma pink foi da hora :emoticon22:
“Um homem é rico na proporção do número de coisas das quais pode prescindir”, Thoreau

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Re: O que acontece quando a gente deixa de crer?

Mensagem por pastorgentil »

Tachyon escreveu:Creio que ateus e religiosos são todos iguais. Não há mistério nesse aspecto.
Ateus são pessoas que não acreditam em entidades sobrenaturais, só isso.
Creio que se ateus não se converterem vão queimar no mármore do inferno.
Não sou bogus e a Apo é chata pra caralho.


tudo bem que vc não é um bogus. Mas com essa boca suja de quem é do mundo,
vc vai pro inferno também.


um abraço
Eles vieram com uma Bíblia e sua religião - roubaram nossa terra, nosso espírito esmagado ... e agora nos dizem que devemos ser gratos ao "Senhor" por sermo salvos. (Chefe Pontiac, Chefe Indígena Americano)
(assinatura provisória)

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Re: O que acontece quando a gente deixa de crer?

Mensagem por pastorgentil »

Fernando Silva escreveu:
Tachyon escreveu:Creio que ateus e religiosos são todos iguais. Não há mistério nesse aspecto.
Ateus são pessoas que não acreditam em entidades sobrenaturais, só isso.
Creio que se ateus não se converterem vão queimar no mármore do inferno.
Não sou bogus e a Apo é chata pra caralho.


Fernando Silva escreveu:Creio que um deus bom e justo respeitará mais a descrença sincera de um ateu do que a crença hipócrita, "por via das dúvidas" de um religioso.


Isso pode ser verdade. Mas naõ se esqueça que já estivemos discorrendo sobre a sinceridade e verdade? Existe muito religioso sincero e cheio de verdade. E ateus cheios de verdade, sem nem uma sinceridade no que fazem

Fernando Silva escreveu:Creio que, se Deus não for justo, todos os religiosos correm o risco de queimar no inferno do verdadeiro deus por ter escolhido o deus errado.


Você quis dizer : " Se Deus for justo..." E nisso vc tem razão.

Fernando Silva escreveu:Aliás, se Deus não for justo, provavelmente ele castigará os religiosos e poupará os ateus.

Você não quis dizer: " Se Deus for justo ele castigaráos religiosos e poupará os ateus?" Todos nós pagaremos pelos nossos erros cedo ou tarde.

Um abraço.
Eles vieram com uma Bíblia e sua religião - roubaram nossa terra, nosso espírito esmagado ... e agora nos dizem que devemos ser gratos ao "Senhor" por sermo salvos. (Chefe Pontiac, Chefe Indígena Americano)
(assinatura provisória)

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Fernando Silva
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Re: O que acontece quando a gente deixa de crer?

Mensagem por Fernando Silva »

pastorgentil escreveu:
Fernando Silva escreveu:Creio que, se Deus não for justo, todos os religiosos correm o risco de queimar no inferno do verdadeiro deus por ter escolhido o deus errado.

Aliás, se Deus não for justo, provavelmente ele castigará os religiosos e poupará os ateus.

Você não quis dizer: " Se Deus for justo ele castigaráos religiosos e poupará os ateus?" Todos nós pagaremos pelos nossos erros cedo ou tarde.

Eu quis dizer justamente "se ele não for justo", porque, se for justo, ele nos julgará por nossas obras e intenções e não por nossa crença.

E, se for injusto, ele castigará seus adoradores e recompensará os ateus. Justamente porque isto será uma injustiça com quem passou a vida babando seu ovo e achando que seria salvo.

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pastorgentil
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Re: O que acontece quando a gente deixa de crer?

Mensagem por pastorgentil »

Acreditamos que Deus é Justo, misericordioso e bom. E a graça de deus se estende sobre maus e bns, ou seja. Pode ser que os ateus sejam justificados, enquanto os que se dizem DELE terá que pagar com a propria vida, por serem falsos. os ateus sendo integros e justos e bons, serão salvos por causa da graça...

http://www.baciadasalmas.com/2007/voce- ... -onde-vai/

Você ainda pode Ler:

Fé e Crença

A distinção mais útil que encontrei nesta caminhada foi a que estabeleceu Jacques Ellul entre fé e crença. Crença é aquilo que professamos acreditar; é o contéudo doutrinário peculiar à nossa facção religiosa, expresso com palavras muito bem escolhidas em nossas declarações de fé. Não há, por outro lado, conjunto de palavras suficiente para definir adequadamente a fé. Nossas crenças são passíveis de exposição, mas nossa fé é questão pessoal – seu conteúdo é o mistério tremendo, a tensão superficial entre eu e o universo, entre eu e o desconhecido, entre eu e o futuro, entre eu e a morte, entre eu e o outro, entre eu e Deus.

Os religiosos de todas as estirpes vivem em geral muito mais preocupados com as filigranas da crença do que com a vivência da fé – e posso dizê-lo por experiência própria. As divisões que fazemos questão de estabelecer entre a nossa e as demais facções da cristandade, e entre a cristandade e as outras heranças religiosas, estão fundamentados, naturalmente, em diferenças de crença. Às vezes dizemos que diante de Deus o desafio da fé é o mesmo para todos, mas agimos claramente como se nossa identidade de cristãos e de seres humanos fosse adequadamente definida pelo teor de nossas crenças. Sentimo-nos devidamente legitimados, devidamente representados, pela felicidade de pertencermos ao grupo ou denominação que professa (ao contrário, naturalmente, de todas os outros grupos ou denominações) a crença mais pura, destilada e correta. Fingimos que nos dobramos diante de Deus e de seu Cristo, mas nosso cristianismo é ortodoxolatria.

“A fé”, explica Ellul, “isola o indivíduo; a crença, (qualquer que seja, inclusive a cristã) ajunta pessoas. Na crença nos vemos unidos a outros na mesma corrente institucional, todos orientados em direção ao mesmo objeto de crença, compartilhando das mesmas idéias, seguindo os mesmos rituais, arrolados na mesma organização, falando o mesmo dialeto.”

Diante disso, sinto-me cada vez menos inclinado a responder aos que perguntam em que acredito, ou aos que levantam-se em indignação quando ouvem a temerária confissão de alguma crença minha (“O quê? O Brabo acredita na evolução?” “O quê? O Brabo não condena a fé dos católicos?” “O quê? O Brabo crê que igreja bem-sucedida é a que fecha as portas?” “O quê? O Brabo acredita em [inserir crença arbitrária aqui]“). Sinto-me cada vez menos motivado a responder aos que perguntam sobre minha tradição religiosa, a qual denominação pertenço, se faço parte de alguma igreja, se endosso determinado autor ou se fico devidamente escandalizado diante de determinada barbárie doutrinária.

Não devo iludir a mim mesmo ou a quem quer que seja dando a impressão de que resta algo de importância na vida espiritual (ou na vida) que não seja a fé, e – minha gente – minha fé não é aquilo em que acredito. Minha fé não está naquilo em que acredito, e nem poderia estar. Minha fé não é adequadamente expressa por aquilo em que acredito, e nem poderia ser.

Em primeiro lugar, porque minhas crenças mudam, mesclam-se e transformam-se constantemente. Minhas crenças nascem, reproduzem-se e morrem num plano totalmente independente do desafio que está na fé. Em segundo lugar porque, como lembra Ellul, “toda crença é um obstáculo à fé. As crenças atrapalham porque satisfazem a nossa necessidade de religião”. Quem pergunta aquilo em que acredito está tentando estabelecer comigo a mais rasteira das conexões; está querendo legitimar a sua crença a partir da minha, e isso não tem como ser saudável para ninguém.

Quem se abraça dessa forma à crença está buscando, evidentemente, o conforto do terreno conhecido e palmilhado. “A crença é confortadora”, observa Ellul. “A pessoa que vive no mundo da crença sente-se segura”. A fé, por outro lado, é coisa terrível, a que ninguém em são juízo deveria aspirar. A fé deixa-me sozinho com um Deus que pode não estar lá. A fé convida-me a um grau de liberdade que posso não ter o desejo de experimentar. A fé quer tirar-me da zona de conforto da crença e levar-me para regiões de mim mesmo e dos outros aonde não quero ir. A fé pressupõe a dúvida, a crença exclui a dúvida. A crença explica sensatamente aquilo em que acredito, a fé exige loucamente que eu prove.

Nossas crenças são âncoras de legitimação, que nos mantém seguros no lugar mas nos impedem de seguir adiante – o que, convenhamos, é muito conveniente. Quem iria em sã consciência escolher abandonar o abraço confirmatório da crença comum e dar um passo em direção à vertigem da fé, ao desafio de tornar-se um indivíduo separado, distinto e singular (numa palavra, santo) diante de Deus? Queremos voltar para o Egito, onde havia cebolas; não suportamos o desafio constante, sempre iminente, sempre exigente, do deserto.

Não tenho como recomendar a crença; sua única façanha é nos reunir em agremiações, cada uma crendo-se mais notável do que a outra e chamando o seu próprio ambiente corporativo de espiritualidade. Não tenho como endossar a crença; não devo dar a entender que a espiritualidade pode ser adequadamente transmitida através de argumentos e explicações. Não devo buscar o conforto da crença; o Mestre tremeu de pavor e não tinha onde reclinar a cabeça. Não devo ouvir quem pede a tabulação da minha crença; minha fé não é aquilo em que acredito.

Nunca deixa de me surpreender que para o cristianismo Deus não enviou para nos salvar um apanhado de recomendações ou uma lista suficiente de crenças, mas uma pessoa. Minha espiritualidade não deve ser vivida ou expressa de forma menos revolucionária. Não pergunte em que acredito. Mande um email, pegue uma condução, venha até minha casa, tome um café na minha mesa e aceite o meu abraço. Não devo esperar ato maior de fé, e não tenho fé maior para oferecer.

Paulo Brabo.
Eles vieram com uma Bíblia e sua religião - roubaram nossa terra, nosso espírito esmagado ... e agora nos dizem que devemos ser gratos ao "Senhor" por sermo salvos. (Chefe Pontiac, Chefe Indígena Americano)
(assinatura provisória)

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Re: O que acontece quando a gente deixa de crer?

Mensagem por Apo »

pastorgentil escreveu:
Tachyon escreveu:Creio que ateus e religiosos são todos iguais. Não há mistério nesse aspecto.
Ateus são pessoas que não acreditam em entidades sobrenaturais, só isso.
Creio que se ateus não se converterem vão queimar no mármore do inferno.
Não sou bogus e a Apo é chata pra caralho.


tudo bem que vc não é um bogus. Mas com essa boca suja de quem é do mundo,
vc vai pro inferno também.


um abraço


OLHAÍ OLHAÍ!!!

:emoticon12: :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:
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Re: O que acontece quando a gente deixa de crer?

Mensagem por Apo »

Fernando Silva escreveu:
pastorgentil escreveu:
Fernando Silva escreveu:Creio que, se Deus não for justo, todos os religiosos correm o risco de queimar no inferno do verdadeiro deus por ter escolhido o deus errado.

Aliás, se Deus não for justo, provavelmente ele castigará os religiosos e poupará os ateus.

Você não quis dizer: " Se Deus for justo ele castigaráos religiosos e poupará os ateus?" Todos nós pagaremos pelos nossos erros cedo ou tarde.

Eu quis dizer justamente "se ele não for justo", porque, se for justo, ele nos julgará por nossas obras e intenções e não por nossa crença.

E, se for injusto, ele castigará seus adoradores e recompensará os ateus. Justamente porque isto será uma injustiça com quem passou a vida babando seu ovo e achando que seria salvo.


Exatamente.
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