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Bilhões de royalties não são aplicados no RJ

Enviado: 21 Jun 2010, 07:03
por Johnny
Moradores buscam condomínios para driblar infraestrutura falha
Em Macaé, população sofre com falta de água, esgoto e ruas sem pavimentação; cidade recebeu R$ 345 milhões em royalties em 2009

Marina Gazzoni, enviada a Macaé | 21/06/2010 05:10

O lançamento de condomínios-clubes é uma tendência dos grandes centros e atrai moradores por oferecer piscina, academia e salão de festas a preços reduzidos. Na região de Macaé, polo de exploração de petróleo no litoral norte do Rio de Janeiro, a modalidade ganha força porque oferece infraestrutura própria de serviços urbanos como abastecimento de água, tratamento de esgoto e ruas pavimentadas, deficientes na região.

Os moradores da cidade reclamam de falta de água, inclusive em bairros nobres de Macaé e de suas cidades vizinhas, como Rio das Ostras. A situação surpreende porque esses municípios compõem a bacia de Campos e recebem royalties pela exploração de petróleo _apenas Macaé arrecadou R$ 345 milhões em 2009. Para não ficar sem água, a população depende do serviço de caminhões-pipas, que cobram entre R$ 200 e R$ 250 para encher as caixas de água com 15 mil litros. Robson Cerveira, um dos empresários que oferece o serviço na região, calcula que realiza cerca de 150 saídas por mês, a maioria para bairros nobres. “No verão, a demanda é maior.”

Foto: Hélio Motta

Terreno de Alphaville em Rio das Ostras, área soma 2,4 milhões de metros quadrados

Nesta realidade, as incorporadoras têm um ponto a favor na hora de vender seus lançamentos. A Alphaville Urbanismo, por exemplo, oferece um loteamento com sistemas próprios para tratamento de esgoto e abastecimento de água. A empresa lançou três loteamentos residenciais e seu primeiro condomínio de casas prontas em um terreno de 2,4 milhões de metros quadrados, onde ficava uma antiga fazenda de gado em Rio das Ostras.

O terreno também vai receber uma escola internacional, um conjunto comercial e uma área de preservação com mata nativa. A procura já se refletiu nos preços. Um lote de 450 metros quadrados, lançado a R$ 110 mil no final de 2007, vale o dobro hoje, afirma o gerente regional de Alphaville, Mário Jorge Monteiro. Segundo ele, o preço pode subir até 200% em um ano, já que o loteamento foi entregue neste mês para a construção das casas pelos moradores.

O bom desempenho das vendas fez a empresa escolher a região para testar uma modalidade de empreendimento que ainda não opera: o lançamento de condomínios fechados de casas prontas. Batizado de Conceito A, o empreendimento terá casas de 109 ou 104 metros quadrados, que serão vendidas com preços a partir de R$ 320 mil. “A empresa veio para a região pelo potencial de desenvolvimento e pela quantidade de pessoas de alta renda que mudam para cá para trabalhar no setor de petróleo e precisam de residências para morar”, afirma Monteiro.

Cerca de 40% das vendas de Alphaville na região foi para trabalhadores diretos ou indiretos da Petrobras. Um deles foi o engenheiro Aldo Franzoi, funcionário da Petrobras e dono de dois lotes residências e um comercial. “Comprei por oportunidade. A infraestrutura é melhor do que as opções disponíveis na região e os preços são os mesmos”, diz.

Pavimentação

Outra que precisou se adaptar à região e investir em infraestrutura foi a MRV. A empresa pavimentou ruas próximas ao lançamento Spazio Macaé Buena Vista, em Macaé, para não perder negócios. O empreendimento também terá um castelo de água para evitar que falta água nos apartamentos.

Re: Bilhões de royalties não são aplicados no RJ

Enviado: 21 Jun 2010, 07:04
por Johnny
Para onde iria este dinheiro mesmo? Ah sim, é que está faltando mais alguns trilhõeszinhos do pré-sal, sabem...