Governo de SP gasta 25 milhões em vacina letal
Enviado: 20 Ago 2010, 07:00
Desde segunda-feira, quando começou a vacinação na capital de SP, até ontem, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) registrou 823 reações adversas. Quando o número estava em 567, a estimativa do órgão era de que 38% das ocorrências eram graves. Os animais, 85,3% gatos, apresentaram sintomas como convulsão, hemorragia, prostração, anorexia e dificuldades respiratórias.
"É um número alto", admitiu a médica veterinária Ana Claudia Furlan Mori, gerente do CCZ. Segundo ela, o sistema de vigilância do órgão vinha acompanhando os casos. "(A suspensão) é até uma medida para garantir a credibilidade da campanha." A Prefeitura pretendia imunizar 1,1 milhão de animais.
A Secretaria de Estado da Saúde suspendeu ontem a campanha de vacinação contra a raiva em todo o Estado após relatos de mortes e efeitos colaterais em animais que foram imunizados. Um técnico do Ministério da Saúde virá hoje à capital para investigar as reações provocadas pela vacina adotada pela Prefeitura.
Fornecedor. As vacinas são fabricadas pelo Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e foram compradas pelo Ministério da Saúde. A pasta pagou R$ 24,5 milhões por 30,9 milhões de doses. Por enquanto, só o Estado de São Paulo suspendeu a campanha. O governo estadual havia repassado 7,2 milhões de doses para os municípios paulistas. A Tecpar não se pronunciou ontem. Anteriormente, havia dito que a vacina é moderna e eficiente.
De acordo com Clélia Aranda, secretária estadual adjunta de Saúde, a pasta decidiu orientar os municípios a suspender a vacinação até que se entenda melhor o que está ocorrendo. Clélia afirma que a suspensão não coloca em risco a saúde da população. "De uma maneira imediata não existe esse risco", diz. O último caso de raiva de origem canina no Estado foi em 1998. Na capital não são registrados casos da doença desde 1983.
A orientação do CCZ para os proprietários que já vacinaram seus animais é a de que eles sejam observados por 36 horas após a aplicação. Se houver sintomas, devem procurar o órgão.
Ontem à noite, o comerciante Paulo Roberto Palmer, de 42 anos, acompanhava apreensivo o estado de saúde dos nove gatos da família, vacinados na quarta-feira. "Dois ainda estão muito prostrados. Os demais já começaram a se recuperar." Os felinos, com idade entre 1 e 15 anos, foram imunizados em um posto móvel. "O mais absurdo é que os técnicos não nos avisaram das reações."
"É um número alto", admitiu a médica veterinária Ana Claudia Furlan Mori, gerente do CCZ. Segundo ela, o sistema de vigilância do órgão vinha acompanhando os casos. "(A suspensão) é até uma medida para garantir a credibilidade da campanha." A Prefeitura pretendia imunizar 1,1 milhão de animais.
A Secretaria de Estado da Saúde suspendeu ontem a campanha de vacinação contra a raiva em todo o Estado após relatos de mortes e efeitos colaterais em animais que foram imunizados. Um técnico do Ministério da Saúde virá hoje à capital para investigar as reações provocadas pela vacina adotada pela Prefeitura.
Fornecedor. As vacinas são fabricadas pelo Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e foram compradas pelo Ministério da Saúde. A pasta pagou R$ 24,5 milhões por 30,9 milhões de doses. Por enquanto, só o Estado de São Paulo suspendeu a campanha. O governo estadual havia repassado 7,2 milhões de doses para os municípios paulistas. A Tecpar não se pronunciou ontem. Anteriormente, havia dito que a vacina é moderna e eficiente.
De acordo com Clélia Aranda, secretária estadual adjunta de Saúde, a pasta decidiu orientar os municípios a suspender a vacinação até que se entenda melhor o que está ocorrendo. Clélia afirma que a suspensão não coloca em risco a saúde da população. "De uma maneira imediata não existe esse risco", diz. O último caso de raiva de origem canina no Estado foi em 1998. Na capital não são registrados casos da doença desde 1983.
A orientação do CCZ para os proprietários que já vacinaram seus animais é a de que eles sejam observados por 36 horas após a aplicação. Se houver sintomas, devem procurar o órgão.
Ontem à noite, o comerciante Paulo Roberto Palmer, de 42 anos, acompanhava apreensivo o estado de saúde dos nove gatos da família, vacinados na quarta-feira. "Dois ainda estão muito prostrados. Os demais já começaram a se recuperar." Os felinos, com idade entre 1 e 15 anos, foram imunizados em um posto móvel. "O mais absurdo é que os técnicos não nos avisaram das reações."