Pastor americano promete queimar o Alcorão e coloca autori

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pastorgentil
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Re: Pastor americano promete queimar o Alcorão e coloca auto

Mensagem por pastorgentil »

O idiota do pastorzinho tá se achando Apo. Chamou a atenção de todo o mundo. Quem sabe a igrejinha dele que era minguadinha agora dê uma alanvacada :emoticon33:
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Res Cogitans
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Re: Pastor americano promete queimar o Alcorão e coloca auto

Mensagem por Res Cogitans »

O que mais me espantou foi a mobilização nacional e internacional para evitar que um pastorzinho de merda queimasse o Alcorão. Não por questões de respeito religioso mas sim por puro e simples cagaço do ocidente. A mensagem passada é "por favor não importune a barbárie".
Quando o mundo islâmico se revoltou com os cartoons dinamarqueses a resposta da Dinamarca foi muito mais decente. Vários jornais republicaram as charges mandando a mensagem "Este é nosso país e aqui temos liberdade de expressão! VTNC!".
Queimar Alcorão é uma infantilidade, matar alguém por queimar o Alcorão é uma insanidade.
*Estou REALMENTE muito ocupado. Você pode ficar sem resposta em algum tópico. Se tiver sorte... talvez eu lhe dê uma resposta sarcástica.

*Deus deixou seu único filho morrer pendurado numa cruz, imagine o que ele fará com você.

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Re: Pastor americano promete queimar o Alcorão e coloca auto

Mensagem por Apáte »

Res Cogitans escreveu:O que mais me espantou foi a mobilização nacional e internacional para evitar que um pastorzinho de merda queimasse o Alcorão. Não por questões de respeito religioso mas sim por puro e simples cagaço do ocidente. A mensagem passada é "por favor não importune a barbárie".
Quando o mundo islâmico se revoltou com os cartoons dinamarqueses a resposta da Dinamarca foi muito mais decente. Vários jornais republicaram as charges mandando a mensagem "Este é nosso país e aqui temos liberdade de expressão! VTNC!".
Queimar Alcorão é uma infantilidade, matar alguém por queimar o Alcorão é uma insanidade.

Perfeito!
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Acauan
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Re: Pastor americano promete queimar o Alcorão e coloca auto

Mensagem por Acauan »

A questão da queima de livros sagrados - ou de qualquer livro - é muito simples.
Se o cara comprou os exemplares do Corão com o próprio dinheiro, então é dono dos livros e pode fazer com eles o que quiser, inclusive queimá-los, respeitadas as normas de segurança ou meio ambiente aplicáveis.

Se isto fere os sentimentos dos muçulmanos, cabe lembrar que nenhum deles deixa de comer carne de vaca porque isto pode ferir os sentimentos dos hindus ou - em alguns casos - de apedrejar mulheres adúlteras porque isto pode ferir os sentimentos dos ocidentais.

Liberdade de pensamento e expressão não existe só para as manifestações inócuas, que não pertubam ninguém.
É quando se pisa nos calos que nossa crença nesta liberdade é testada e a importância dela é medida.

O tal pastor pode ser um idiota, mas tá no direito dele.
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Acauan
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Re: Pastor americano promete queimar o Alcorão e coloca auto

Mensagem por Acauan »

Só para constar, neste ponto a legislação brasileira sobre vilipêndio público de objeto de culto religioso é bastante equilibrada.
A interpretação mais usual é que a lei só se aplica quando o objeto vilipendiado foi consagrado e é utilizado na liturgia religiosa.
Assim, um crucifixo comprado na feira pode ser apenas uma bugiganga, aos olhos da lei, ao contrário de um que em algum momento esteve em um altar católico.
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pastorgentil
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Re: Pastor americano promete queimar o Alcorão e coloca auto

Mensagem por pastorgentil »

Obama pede a religioso americano que desista de queimar o Alcorão
Presidente disse que ato será usado pela al-Qaeda para recrutar militantes.
Segundo ele, atitude pode causar violência no Paquistão e no Afeganistão.



O presidente dos EUA, Barack Obama, criticou nesta quinta-feira (9) o plano de um líder religioso da Flórida de queimar exemplares do Alcorão, o livro sagrado do Islã.
Em entrevista ao programa de TV "Good Morning America", Obama disse que a atitude está sendo usada pela rede terrorista da al-Qaeda como ferramenta para recrutar militantes. Ele pediu ao pastor que reconsidere a decisão.
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Re: Pastor americano promete queimar o Alcorão e coloca auto

Mensagem por pastorgentil »

O pastor Terry Jones dá entrevista nesta quarta-feira em frente a sua igreja em Gainesville, no estado americano da Flórida.

Militantes prometem queimar bandeiras dos EUA

"Isso pode provocar violência em lugares como o Paquistão e o Afeganistão", disse Obama. "Isso poderia aumentar o recrutamento de indivíduos que gostariam de se explodir em cidades americanas ou europeias."
A pequena igreja da Flórida vem ignorando as críticas mundiais e mantém seus planos de queimar em torno de 200 exemplares do Alcorão.
Apesar das condenações feitas por governos, funcionários americanos, militares e líderes religiosos mundiais, a igreja informou vai queimar livros sagrados do islã no aniversário dos ataques de 11 de setembro.
"Nós sentimos que essa mensagem é importante. Nós ainda estamos determinados a fazê-lo, sim", declarou o pastor Terry Jones à CBS nesta quarta-feira.
Ele disse que a mensagem da igreja é destinada a deter os radicais do islã.
"Nós queremos que eles saibam que, se estão na América, precisam obedecer nossas leis e Constituição e não empurrar lentamente a agenda deles sobre nós", completou.
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Re: Pastor americano promete queimar o Alcorão e coloca auto

Mensagem por pastorgentil »

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Re: Pastor americano promete queimar o Alcorão e coloca auto

Mensagem por pastorgentil »

Está pipocando queimas do alcorão em toda a parte do USA

Um manifestante queimou uma página do Alcorão, o livro sagrado do islamismo, neste sábado (11) durante protestos a favor e contra a construção de um centro islâmico perto do marco zero, o local onde se erguiam as torres gêmeas destruídas por um ataque terrorista há exatos nove anos.
O fotógrafo da agência Reuters flagrou, atrás dele, um outro manifestante segurando um cartaz com os dizeres “Verdadeiros americanos não queimam Alcorões”.
O homem acabou sendo detido pela polícia de Nova York.

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/ ... ranca.html
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Re: Pastor americano promete queimar o Alcorão e coloca auto

Mensagem por salgueiro »

Mídia americana questiona se não deu atenção demais ao pastor radical

http://www1.folha.uol.com.br/dw/797345- ... ical.shtml
“Um homem é rico na proporção do número de coisas das quais pode prescindir”, Thoreau

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Fernando Silva
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Re: Pastor americano promete queimar o Alcorão e coloca auto

Mensagem por Fernando Silva »

pastorgentil escreveu:O idiota do pastorzinho tá se achando Apo. Chamou a atenção de todo o mundo. Quem sabe a igrejinha dele que era minguadinha agora dê uma alanvacada :emoticon33:

Pelo contrário: talvez a metade dos fiéis achou melhor ir embora.

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pastorgentil
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Re: Pastor americano promete queimar o Alcorão e coloca auto

Mensagem por pastorgentil »

Homens tentam invadir igreja de pastor que queria queimar Alcorão
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DA FRANCE PRESSE, EM GAINESVILLE
DE SÃO PAULO
Dois homens que tentavam entrar neste sábado com uma caminhonete cheia de armas e munições na igreja evangélica americana do pastor Terry Jones, que ia queimar livros do Alcorão. Eles foram presos temporariamente pela polícia, constatou um jornalista da AFP.

Os presos foram interrogados e depois liberados pela polícia, que montou um enorme dispositivo de segurança em frente à igreja Dove World Outreach Center, depois que o pastor americano Jones anunciou que realizaria uma queima de 200 exemplares do Alcorão no aniversário dos atentados de 11 de setembro.

A questionada queima de livros sagrados originou uma onda de críticas no mundo e fortes reações em vários países muçulmanos nos últimos dias.

POLÊMICA

Jones ameaçava queimar os exemplares do Alcorão, caso uma mesquita for construída no Marco Zero, palco dos ataques terroristas do 11 de Setembro.

O projeto da mesquita e centro cultural, orçado em US$ 100 milhões, opôs republicanos e democratas e dividiu até mesmo os familiares das vítimas do ataque às Torres Gêmeas, que matou quase 3.000 pessoas, entre elas cerca de 60 muçulmanos. Enquanto uns defendem a liberdade religiosa e o direito à construção --como o presidente Barack Obama--, outros --como a republicana Sarah Palin-- dizem que se trata de desrespeito aos mortos pela Al Qaeda.

A maioria da população ficou do lado de Palin. Pesquisa divulgada quarta-feira pelo "Washington Post" mostra que dois terços dos americanos se opõem à construção. Enquanto 82% daqueles que são contra citam a localização como principal problema, 14% afirmam que se oporiam a uma construção como essa em qualquer parte do país. A pesquisa concluiu que 49% dos americanos têm uma visão negativa do islã.

Jones protagoniza há anos uma dura campanha contra o islamismo, que rendeu até mesmo o livro "Islam Is of the Devil" ("Islã É do Demônio", em tradução livre). Nele, Jones conta que a religião islâmica é um risco à liberdade de todas as nações e tem como preceito a opressão e a violência. Sua causa, contudo, ganhou o mundo após começar a divulgar na internet a proposta para a data anual de queima do Alcorão.

Após grande destaque na imprensa americana e mundial, Jones afirmou na quinta-feira que a condição para cancelar seus planos --condenados duramente ao redor do mundo e por todo o alto escalão dos EUA-- era que o imame Feisal Abdul Rauf mudasse o local de construção da mesquita. Ele chegou a anunciar que o acordo havia sido concretizado, informação negada pouco depois pelos lideres muçulmanos.

Na sexta-feira, em uma sequência de confusas mensagens sobre seus planos, Jones disse que suspenderia os planos da queima do Alcorão se conseguisse um encontro com Rauf. Horas depois, voltou atrás e deu um ultimato de duas horas para que os muçulmanos concordassem em mudar a mesquita de lugar.

No fim do dia, Jones falou diante de um grande número de jornalistas de todas as partes do mundo que transmitiam as últimas informações ao vivo da frente da igreja que não haverá queima do livro sagrado muçulmano neste sábado. Hoje, confirmou, em entrevista ao programa "Today", da rede NBC, que não queimará "nem hoje, nem nunca" cópias do Alcorão.
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Apo
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Re: Pastor americano promete queimar o Alcorão e coloca auto

Mensagem por Apo »

O ser humano é mesmo um verme completo. E gosta duma maldade, duma vingança, duma arruaça, duma fofoca, duma intriga, duma guerra! Eita criatura escrota!

Mas gostei mais do que fez as folhas do Corão de papel higiênico e, para não ser totalmente explícito, limpou as solas dos sapatos!

Já no mundo muçulmano, o fim de semana se transformou dum carnaval de ódio e queimação de bandeiras americanas. Normal.
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Fernando Silva
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Re: Pastor americano promete queimar o Alcorão e coloca auto

Mensagem por Fernando Silva »

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/7979 ... orao.shtml
"Do ponto de vista da jurisprudência, é obrigatório e necessário opor-se a tais pensamentos e é obrigatório matar as pessoas que tenham cometido este ato", declarou o aiatolá Hossein Nuri Hamedani.

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Re: Pastor americano promete queimar o Alcorão e coloca auto

Mensagem por Tranca »

13/09/2010 - 12h08
Professor australiano "fuma" o Alcorão e a Bíblia.

"Um professor australiano rasgou páginas do Alcorão e da Bíblia e utilizou as folhas como papel de fumo, em um vídeo publicado no YouTube. Alex Stewart, que é membro de um grupo de ateus de Brisbane, titulou o vídeo como 'A Bíblia ou o Alcorão, qual queima melhor?'"

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/multimidia ... veja.shtml
Palavras de um visionário:

"Seria uma ressurreição satânica retirarmos Lula e Brizola - esse casamento do analfabetismo econômico com o obsoletismo ideológico - do lixo da história para o palco do poder."

Roberto Campos

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salgueiro
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Re: Pastor americano promete queimar o Alcorão e coloca auto

Mensagem por salgueiro »

Tranca escreveu:
13/09/2010 - 12h08
Professor australiano "fuma" o Alcorão e a Bíblia.

"Um professor australiano rasgou páginas do Alcorão e da Bíblia e utilizou as folhas como papel de fumo, em um vídeo publicado no YouTube. Alex Stewart, que é membro de um grupo de ateus de Brisbane, titulou o vídeo como 'A Bíblia ou o Alcorão, qual queima melhor?'"

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/multimidia ... veja.shtml


:emoticon4:

viewtopic.php?f=1&t=21631
“Um homem é rico na proporção do número de coisas das quais pode prescindir”, Thoreau

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Tranca
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Re: Pastor americano promete queimar o Alcorão e coloca auto

Mensagem por Tranca »

Só.
Palavras de um visionário:

"Seria uma ressurreição satânica retirarmos Lula e Brizola - esse casamento do analfabetismo econômico com o obsoletismo ideológico - do lixo da história para o palco do poder."

Roberto Campos

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Zato-one
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Re: Pastor americano promete queimar o Alcorão e coloca auto

Mensagem por Zato-one »

Olá pessoal, há quanto tempo? A nova do pastor lá agora é queimar livros de Richard Dawkins...

Vão queimar “Deus: Um delírio”. Faz alguma coisa, Dawkins! Deixa de brincadeira, Rushdie!
Sep 16th, 2010
by daniel.

Terry Jones, o pastor texano que tacaria fogo no Alcorão e desistiu, ainda está com vontade de inflamar alguns papéis, antes que a chama apague, e decidiu atear no ateu Deus: Um delírio, de Richard Dawkins. Com a aquisição dos volumes a serem reduzidos a cinzas, o pastor estará indiretamente contribuindo com a Fundação Richard Dawkins, mas não contem isso a ele.

E aí, vamos sair nas ruas como os muçulmanos radicais, em protesto contra a cristandade estadunidense? Não, não, a gente é preguiçoso demais pra essas coisas, e prefere ir comer uns amendoins.

Mas o que o Dawkins acha disso?

Me parece um pouco fora de moda e sem sentido queimar um livro na era da internet. É como agredir um pregoeiro. Ainda assim, queimar um livro é uma liberdade tanto quanto ler um. É, de fato, insensível e provocativo, talvez imprudente. Mas se liberdade de expressão não fosse, às vezes, tudo isso, ela não precisaria de proteção por lei.

Leia a notícia nesse jornal australiano. Por sinal, a matéria encerra com o Rushdie:

Salman Rushdie, de um local seguro na Groelândia, pediu calma e ofereceu ao pastor Jones uma carrada de seu romance Os versos satânicos para ser queimada no lugar de outros textos. Ele afirmou que isso deveria satisfazer todas as partes envolvidas, e se ele não puder ganhar o Prêmio Nobel de literatura, poderia muito bem ganhar o da paz.

“Meus livros já viraram fumaça em ambos os hemisférios”, disse Salman, “então eu não sou tão facilmente perturbado como alguns desses autores de um livro só, como Maomé e Deus.”


http://index.opsblog.org/09/2010/queima ... m-delirio/
http://www.theage.com.au/opinion/societ ... 15atz.html

É... o pastor quer os holofotes, sem sombra de dúvida.
"As religiões proliferam com o sofrimento de nosso povo."

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pastorgentil
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Re: Pastor americano promete queimar o Alcorão e coloca auto

Mensagem por pastorgentil »

Zato-one escreveu:Olá pessoal, há quanto tempo? A nova do pastor lá agora é queimar livros de Richard Dawkins...

Vão queimar “Deus: Um delírio”. Faz alguma coisa, Dawkins! Deixa de brincadeira, Rushdie!
Sep 16th, 2010
by daniel.

Terry Jones, o pastor texano que tacaria fogo no Alcorão e desistiu, ainda está com vontade de inflamar alguns papéis, antes que a chama apague, e decidiu atear no ateu Deus: Um delírio, de Richard Dawkins. Com a aquisição dos volumes a serem reduzidos a cinzas, o pastor estará indiretamente contribuindo com a Fundação Richard Dawkins, mas não contem isso a ele.



o]lá Zato-one :emoticon12: a quanto tempo, pois é... pra quê fazer isso com o livro do Dawkins que tem ajudado tanto a comunidade dos pensadores seja cristã ou não?

gente besta essa. Deveria queimar o escritor do livro :emoticon12:
Brincadeira. :emoticon33:


SENHOR, OBRIGADO PELO HEREGE!


Minha admiração pelos hereges é indisfarçável. Eles mexem com os meus desejos mais escondidos. São capazes de me sensibilizar mais que quaisquer outros. Falam a minha alma. Adrenalizam meus pensamentos. Suas déias desconcertantes é que me fazem continuar vivo.

Eu confesso, preciso de suas heresias como da endorfina espalhada pelo meu corpo ao fim de cada corrida. Como um prazer vital. A estética da alma. A cada exercício fico suado e mais feliz. A cada heresia, desestabilizado e mais humano.

Mas antes que minha declaração de amor e gratidão aos hereges seja confundida com um delírio, preciso expor meus motivos e compreensões. Estou certo de que ganharei sua companhia em meus afetos.

Heresia é uma escolha e essa é a sua gravidade. A conceituação não é aleatória. A palavra grega para a ‘heresia’ que conhecemos é /haíresis/, seu significado literal é ‘escolha’. Heresia é como chamamos algo que não deveria ser escolhido como algo a dizer. Herege é o que faz a escolha que, mesmo podendo ser feita, não deveria.

Mas heresia nunca é um nome que quem nela incorre se dá. É uma palavra que apenas se encontra na boca de quem se sente contrariado, nunca na boca de quem contraria. Herege não é como quer se sentir quem discorda de um pensamento.

Herege é como quem sofre a oposição de idéias precisa que se sinta quem ousa fazê-lo. Porque a escolha feita por quem sofre a sentença de que é um herege é a escolha de não se submeter à hegemonia representada por quem pode assim sentenciar. Portanto, heresia não é uma questão sobre a verdade das coisas. Mas sobre quem manda de verdade.

Rubem Alves fala dos fortes e dos fracos como uma relação marcada pela heresia. “A heresia é a voz dos fracos. Do ponto de vista dos sacerdotes, os profetas sempre foram hereges. Do ponto de vista dos fariseus e escribas, Jesus foi também herege. E, como as Escrituras sistematicamente se situam ao lado dos fracos contra os fortes, é melhor dar mais atenção às heresias do que às ortodoxias.

É preciso situar a heresia, portanto, nas relações de poder. Quem levanta a suspeita de heresia não é quem está ingenuamente interessado na verdade, mas quem precisa se livrar de alguém que ameaça sua condição de dono da razão. O herege assalta o que se sente no direito de ter a última palavra.

Quem se sente com a última palavra é aquele que pratica o poder mais que o pensamento. Quem pratica o poder busca sempre se afirmar em detrimento do outro, do diferente. É preciso esvaziar de valor aquele que ameaça sua condição de superioridade.

Declarar que alguém é um herege é bem mais que dizer que ele discorda de suas idéias. Mas é fazer convergir sobre ele toda a violência acumulada em uma sociedade por seus medos, culpas, inadequações, acidentes, injustiças, frustrações. O herege é como o “bode expiatório” de René Girard. Alguém sobre quem incide a violência de todos em um acordo social silencioso, em uma compensação inconsciente.

Como aconteceu na tradição cristã com a personagem Judas Escariotes, aquele que traiu. Todos vacilaram e negaram fidelidade a Jesus, mas apenas Judas encarnou, no imaginário coletivo, o mal da humanidade. Como as bruxas na Idade Média, responsabilizadas por todas as desventuras de uma sociedade, eliminá-las era livrar-se do próprio mal humano.

Com o herege parece ser repetida a mesma mística coletiva e
inconsciente. Ele é o culpado pela instabilidade da vida. Declará-lo
herege é eliminá-lo de sua influência no destino de uma comunidade, como quem se livra do próprio mal da humanidade. Em uma sociedade ocidental do século XXI a fogueira tornou-se simbólica, mas não menos violenta. Destruído em sua integridade, o herege tem sua humanidade apagada. Suas palavras são pulverizadas e perdem o poder legítimo de interação.

Alguém sob a suspeita de heresia é sempre ouvido por todos com pedras nas mãos. Como nas cenas freqüentes dos evangelhos, quando os religiosos acusavam Jesus de blasfemar contra Deus ao se afirmar como um ser que sua religião não concebia: Filho de Deus. Em suas mãos, registra bem o detalhe quem narra, já estavam as pedras preparadas para serem desferidas em punição contra o blasfemo. O herege é alguém cujas idéias são ouvidas com as pedras nas mãos.

Há quatro palavras que precisam se associar para uma melhor compreensão do fenômeno herege. Instituição, ortodoxia, contingência e heresia.A instituição é via de mão única para um ser finito não entrar em inércia. Ninguém segue em frente em nenhum projeto ou relação sem institucionalizar.

Ninguém precisa parar e organizar friamente uma instituição para que ela surja. Basta seguir em frente no desenvolvimento natural de qualquer projeto ou relação.

Porque instituir é estabelecer a memória de uma viagem feita em comum com outros viajantes. Esta memória é constituída pelos hábitos, critérios, compromissos, regras, objetivos e teorias confeccionados ao longo do caminho. Eles são o mapa do caminho que já se fez e o que ainda precisa ser feito.

Sem esses valores nos transformamos em Sísifos, cujos trabalhos nunca se concluem. Sísifo foi o deus da mitologia grega conhecido por sua esperteza.

Por várias vezes conseguiu enganar /Tanatos /e /Hades/, deuses da morte e dos mortos. Ao morrer de velhice, Sísifo foi condenado a rolar montanha acima uma pedra de mármore. Cada vez que se aproximava do topo a pedra rolava montanha abaixo de novo com uma força insuperável, obrigando a começar de novo sem nunca terminar a tarefa.

Uma instituição é assim. Uma igreja, para falar mais de perto, precisa de uma programação a ser cumprida como uma agenda sagrada. São seus cultos. De uma linguagem que expresse suas crenças nos cultos. É a sua liturgia. De um conteúdo que responda aos seus questionamentos. É a sua pregação. De idéias que solidifiquem sua fé.

São seus dogmas. De pessoas que zelem por seus valores. É a sua hierarquia. É a memória que se cria ao longo de um caminho de fé compartilhado. Esta memória é que dará condição de sustentar um projeto com o passar do tempo, conquistando a confiança daqueles que a ele aderem e que anseiam por estabilidade. Esta adesão em busca de estabilidade é que autoriza a instituição.

A autoridade de uma instituição é o modo como é mistificada. A
instituição, seja ela casamento, igreja, estado, partido político,
agremiação, clube, faz o discurso, sempre e necessariamente, convincente de que é a resposta mais confiável para satisfazer determinadas necessidades ou aspirações. É a resposta persuasiva de que veio para ficar de tão pertinente.

O que a torna, então, um valor que precisa ser religiosamente perpetuado, com o risco de se desperdiçar algo essencial para a vida. Não demoram tanto, muitos estarão persuadidos sobre sua hegemonia: ela é a melhor resposta.

Sua perpetuidade: parece que sempre foi assim e, portanto, não deve ser de outro jeito. Sua heteronomia (uma regra que vem de outro): um deus a determinou, logo, é sagrada. Sua intocabilidade: opor-se a ela é quebrar um ciclo sagrado e, por isso, provocar a ira dos deuses, ou de Deus.

Mas curiosamente, a força que a torna necessária, a princípio, é a mesma que a fará questionável, depois. A contingência. Essa é a dinâmica da vida, sua “irresistível leveza de ser”, como no romance de Milan Kundera. A vida é fluida demais para ser emoldurada por uma instituição. O que hoje é, amanhã não mais será. Lulu Santos e Nelson Mota compuseram uma das mais belas canções que conheço: “Como uma onda no mar”, nela os poetas retratam a fluidez da vida. Uma de suas estrofes diz: “Tudo o que se vê não é/ Igual ao que a gente viu a um segundo/ Tudo muda o tempo todo no mundo/ Não adianta fugir/ nem mentir pra si mesmo agora/ Há tanta vida lá fora/ Aqui dentro sempre/ Como uma onda no mar!”

A vida não se repete. É inédita, imprevisível e incontrolável. As necessidades que geraram determinada instituição e suas respostas ou deixam de existir ou mudam.

Tornam-se mais complexas ou sem importância diante das outras e novas necessidades. Se mudam as necessidades, ou se deixam de
existir para existirem outras, mudam também as perguntas ou novas questões se impõem. É nessa dinâmica que surgem os hereges, “como uma onda no mar”. Como aqueles que ousam sugerir as novas respostas para as perguntas que ninguém quer ouvir. Quebram o encanto da estabilidade falando do que não estava previsto ou do que não era plausível dentro das teorias da instituição.

O herege é um desritmado. Todos dançam na mística do que está
instituído, em seu único ritmo. O herege por razões várias sai do ritmo. Viveu uma crise, divagou em um insight, sentiu-se entediado e insatisfeito, intuiu variações possíveis.

Qualquer ou quaisquer coisas que quebrem a seqüência e a unanimidade podem fazê-lo perceber o diferente. Ao sair do ritmo descobre uma nova possibilidade de dançar no mesmo salão. Descobre o improviso e o contratempo. Percebe que é possível, faz sentido e é bom ser diferente.

Thomas Kuhn chama o fenômeno que inicia a quebra de um paradigma de anomalia, um fator não explicado satisfatoriamente pela Ciência Normal. Até que um cientista, desprovido de muitas explicações, movido mais por intuição que por certeza, arrisca uma outra e heterodoxa explicação.

Logo terá em torno de si outros cientistas que também trabalharão com o candidato a novo paradigma até que ele venha a se tornar a Ciência Normal. O herege é como o cientista que, diante do acúmulo de perguntas não respondidas, destoa arriscadamente do modo como se vinha fazendo e explicando as coisas.

Mas há ainda outra palavra a ser associada para a compreensão do
fenômeno herege, a ortodoxia. Ela é o discurso a serviço da instituição.

Tem o seu bom valor em seu tempo real. Em determinadas condições aquelas respostas eram boas o bastante para serem levadas a sério e às últimas conseqüências. Ninguém constrói uma crença sem acreditar que ela faz sentido, que precisa ser ampliada e deve ganhar a coerência interna de seus argumentos.

Tanto quanto é relevante o bastante para ser objeto de persuasão do maior número de pessoas. Mas o grande problema da ortodoxia não é ela mesma e sim os ortodoxos.

Os ortodoxos são aqueles que atrelam ao discurso da ortodoxia seus valores pessoais. Um discurso feito sempre se confunde com o valor próprio de quem o publica. Quem doutrina sente a necessidade de perpetuar o pensamento ora defendido como quem salva a própria pele. São os ortodoxos que por auto-afirmação precisam sustentar a hegemonia de um pensamento: uma ortodoxia.

A perpetuação de uma doutrina a todo custo é sempre auto-perpetuação. Os estudiosos da psicologia interativa tratam da relação da fala com as paixões ideológicas. Uma vez que alguém se pronuncie a favor de determinada posição tende a associá-la a seu valor pessoal e, em defesa deste valor, lutar incansavelmente. Por isso o engajamento e a passionalidade. Certamente é por essa razão que quando alguém discorda de uma ortodoxia sofre uma reação tão violenta dos ortodoxos. Porque feriu sua própria carne.

Sem os ortodoxos a ortodoxia seguiria seu curso finito e natural: a
morte. Mas como a morte de uma ortodoxia é o fim dos valores de um ortodoxo e de sua auto-perpetuação, é preciso impedi-la como quem luta contra a própria morte.

Com o desenvolvimento das novas tecnologias na medicina, passamos a conviver com mais uma difícil ambigüidade. Algumas pessoas, ao fim anunciado de suas vidas, que já deram sinais de extrema debilidade física e, às vezes, de morte ‘existencial’, porque já não mais respondem às conversas, nem demonstram qualquer afetação emocional, mas estão tecnicamente vivas, sobrevivem mecanicamente.

São assim mantidas pelo enorme recurso tecnológico da ciência médica, com os antibióticos cada vez mais potentes, os aparelhos que substituem o funcionamento de órgãos vitais e o monitoramento fino que rastreia qualquer aproximação da morte. É a morte adiada. A complexidade está em definir até que ponto se pode manter um corpo vivo artificialmente sem o comprometimento ético da vida.

Afinal de contas somos seres finitos e a morte é o destino natural de todos. Fico sempre com a sensação de que se macula a dignidade de quem precisa se despedir com naturalidade da vida, mas é tecnicamente impedido.

Decidir por não usar recursos que vão apenas adiar a morte e protelar uma vida vegetativa, já tão bem anunciada, é muito difícil. Mas pode ser uma alternativa mais digna e, por que não, mais reverente à vida. Sei que o assunto é mais complexo do que minha intenção de que apenas sirva como ilustração.

A ortodoxia parece seguir a mesma terrível ambigüidade. Já não responde mais ao seu tempo como outrora. Tem aporias diversas em seu interior que comprometem sua pertinência. Não se comunica mais com as pessoas ao seu redor. Mas é mantida viva pela mística da instituição e o monitoramento zeloso dos ortodoxos.
A ortodoxia morre existencialmente, asfixia quem a ela está sujeito, combate com altas doses de apologia seus oponentes, mantém com culpa muitos ao redor de si e impede que a vida prossiga com a fluidez que a torna tão surpreendente e bela.

A heresia é a reverência à vida quando se escolhe não adiar a morte de uma ortodoxia. São as línguas confundidas do mito da Torre de Babel na Bíblia. Desaba a torre com suas pretensões de poder eterno, mas a vida se espalha sobre a terra em sua rica diversidade.
A confusão da linguagem libertou a humanidade da escravidão da ortodoxia. E no mito babélico, Deus é o grande herege: /“Vinde! Desçamos! Confundamos a sua linguagem para que não mais se entendam uns aos outros. (...)Deu-se-lhe por isso o nome de Babel, pois foi lá que Iahweh confundiu a linguagem de todos os habitantes da terra e foi lá que ele os dispersou sobre toda a face da terra.

Mas não foi a primeira e a única vez que Deus agiu hereticamente ou se colocou ao lado dos hereges. A história dos profetas confirma a sacralidade das heresias. Chama à atenção a profecia de Jeremias.

Enquanto grassa entre o povo a idéia otimista de que tudo estava bem e que o futuro seria de paz e prosperidade, Jeremias contrapõe. Denuncia as ruínas da nação dos judeus e anuncia a tragédia que bate a porta.

Todos se revoltam, alguém feriu a ortodoxia de uma ilusão. O profeta herege é lançado ao calabouço para que a sua voz não fale o que todos não aceitam que se diga. Somente depois, tudo o que o profeta-herege vaticinou fez sentido na mente de todos. Sem sua heresia, sequer haveria lucidez e aprendizado no meio da destruição da nação. Mas essa história é a história freqüente dos profetas, razão porque Deus se queixou do modo como o povo perseguia os profetas.

Mas a maior e redentora heresia de todos os tempos foi a encarnação de Deus. Deus feito gente, Cristo Jesus. Sua relação com a ortodoxia de então foi de profunda tensão: /“ele veio para o que era seu e os seus não o receberam. Mas a todos que o receberam deu o poder de se tornarem filhos de Deus: aos que crêem em seu nome.”

Jesus não foi o que a ortodoxia de sua religião e cultura determinava que fosse, uma reafirmação sobrenatural e violenta do judaísmo frente ao poder ultrajante dos romanos. Ele foi uma negação pacífica e radicalmente humana da pretensão sempre perversa de qualquer tipo de dominação sobre quem quer seja.

Não foi pela prática da força que Jesus anunciou a chegada do Reino de Deus. Ele escolheu praticar a fraqueza em uma cultura de forças, o amor que amadurece contra o poder que infantiliza. Acolheu a humilhação em uma disputa cujas armas eram a imponência e a ovação popular. Espalhava quando todos queriam aderir. Escondia-se quando todos reivindicavam visibilidade. Pedia silêncio quando os resultados serviam a mais poderosa propaganda.
Questionava e afligia as mentes quando muitos pressionavam pelas respostas simplistas e conclusivas. Era agressivo quando o mais politicamente estratégico era a polidez. Era Jesus quando todos esperavam um outro Cristo.

Jesus foi o vinho novo que reivindicou um novo odre, ou um tecido novo em negação aos remendos que apenas adiavam o fim de uma cultura e espiritualidade esgarçadas por suas contradições.

A cruz era a mão mais pesada do poder dominante. A mão forte do Império que só se justificava contra a mais terrível ameaça. Tanta força e violência convergindo sobre alguém tão frágil e suscetível – / "como uma ovelha muda que vai para o matadouro”, que não desejou os tronos instituídos de Roma ou dos judeus, tiveram ação reversa.

Refluíram contra os próprios autores, contra os poderosos de Roma e dos Judeus, como uma exibição de sua mesquinhez e tolice. A morte de Jesus foi a vitória da vida contra as forças mórbidas da ortodoxia. O Cristo morto desmascarou o perverso e tolo poder das instituições e ortodoxias sobre a vida e libertou a humanidade de sua tirania. O que parecia um poder inquestionável tornou-se um poder idiotizado.

A ressurreição de Jesus é muito mais que a vingança de Deus contra o mal. A ressurreição é insurreição. É Deus se insurgindo ao nosso lado contra toda e qualquer forma de sentença final sobre a vida humana.

Jesus ressuscitando é Deus se insurgindo a favor da vida. Contra todas as forças que pretendem congelar a vida para perpetuar poderosos. A ressurreição é a heresia de Deus contra a ortodoxia da morte.

Por isso, Senhor, obrigado pela heresia.

( Elienai Cabral Junior )
Eles vieram com uma Bíblia e sua religião - roubaram nossa terra, nosso espírito esmagado ... e agora nos dizem que devemos ser gratos ao "Senhor" por sermo salvos. (Chefe Pontiac, Chefe Indígena Americano)
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Fernando Silva
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Re: Pastor americano promete queimar o Alcorão e coloca auto

Mensagem por Fernando Silva »

pastorgentil escreveu:Refluíram contra os próprios autores, contra os poderosos de Roma e dos Judeus, como uma exibição de sua mesquinhez e tolice. A morte de Jesus foi a vitória da vida contra as forças mórbidas da ortodoxia. O Cristo morto desmascarou o perverso e tolo poder das instituições e ortodoxias sobre a vida e libertou a humanidade de sua tirania. O que parecia um poder inquestionável tornou-se um poder idiotizado.

A ressurreição de Jesus é muito mais que a vingança de Deus contra o mal. A ressurreição é insurreição. É Deus se insurgindo ao nosso lado contra toda e qualquer forma de sentença final sobre a vida humana.

Jesus ressuscitando é Deus se insurgindo a favor da vida. Contra todas as forças que pretendem congelar a vida para perpetuar poderosos.

O texto é interessante na parte em que conceitua heresia e hereges, mas será que o autor gostaria de que discordassem dele? Que algum herege afirmasse que Jesus não era divino e nem ressuscitou?
pastorgentil escreveu: A ressurreição é a heresia de Deus contra a ortodoxia da morte.

Por isso, Senhor, obrigado pela heresia.

( Elienai Cabral Junior )

Isto é ridículo, já que Deus é o criador de tudo, inclusive da morte. Como Deus pode se "insurgir" contra alguma coisa se ele já é tudo?

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Zato-one
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Re: Pastor americano promete queimar o Alcorão e coloca auto

Mensagem por Zato-one »

"As religiões proliferam com o sofrimento de nosso povo."

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