O falido Welfairytales finlandês

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O falido Welfare State finlandês
KAJ GRUSSNER | 21 SETEMBRO 2010
ARTIGOS - ECONOMIA


Eu não pretendo encerrar o assunto, mas há algumas coisas que se deveria saber sobre esta utopia mística, "o melhor país do mundo" - a Finlândia.


Os progressistas americanos muitas vezes são ávidos em promover o Estado de bem-estar social europeu como um argumento a favor de governos grandes, e isto não foi diferente no debate sobre o sistema de saúde. Eles apontam para os países europeus, muitas vezes os países nórdicos social-democratas, como modelos, com seu sistema universal de saúde, sistema educacional público, generosa rede de proteção social e todas as pessoas felizes que lá vivem.

Esta linha de raciocínio ganhou significativo impulso quando a Newsweek proclamou que a Finlândia era o melhor país no mundo para se viver, seguida de perto pela Suécia e a Suíça. E é claro que eles são felizes. Afinal de contas, não há pobreza nestes grandes países, o povão é educado, e as pessoas em geral não têm nenhuma preocupação, porque o governo benevolente sempre está lá para resolver todos os problemas.
Muitas pessoas tentaram desfazer este mito, mas ele ainda persiste. Eu não pretendo encerrar o assunto, mas há algumas coisas que se deveria saber sobre esta utopia mística, "o melhor país do mundo" - a Finlândia.

Educação Governamental

Como outros países escandinavos, a Finlândia gosta de se gabar de seu sistema de educação pública. Todas as escolas são geridas pelo governo, até as universidades. Os alunos finlandeses não pagam mensalidades. Pelo contrário, os alunos, na verdade, ganham mais de 400 euros por mês para se formar, além de empréstimos estudantis, refeições, etc. A educação gratuita é vista como um direito e, como é um direito, deve ser acessível. Para isto, a Finlândia tem 20 universidades e 27 faculdades politécnicas. Este é um país com cerca de 5.3 milhões de habitantes, dos quais 1 milhão vivem na área metropolitana da capital, e no qual apenas cinco outras cidades têm uma população superior a 100 000 habitantes.

Alguém poderia achar ótimo que haja tantos centros de ensino superior em um país com tão poucos habitantes, uma prova de que seu povo é educado e civilizado. Poucas coisas poderiam estar mais longe da verdade.

Antes de tudo, a razão para haver tantas universidades é a política regional. Os políticos compram votos com a criação e a manutenção de empregos governamentais em áreas estagnadas - o truque mais velho da cartilha.

Em segundo lugar, a enorme quantidade de universidades e faculdades politécnicas rebaixa o nível geral da educação, porque não é possível uma população tão pequena manter um alto padrão de educação em tantos lugares diferentes. Simplesmente não há um número suficiente de gente competente para ser remanejada, isto para não falar do fato de que muitas das universidades e politécnicas estão localizadas em locais menos do que desejáveis. Muito poucas universidades finlandesas podem afirmar que possuem um padrão realmente alto de ensino. E, é claro, o ensino de Economia é medíocre de uma ponta a outra.

Em terceiro lugar, um ensino superior tão acessível atrai milhares de pessoas todos os anos em busca de um diploma, embora elas não tenham nada a ver com o mundo acadêmico. Isto produz um grande número de bacharéis, mestres e PhDs que não têm nenhum valor para o mercado de trabalho, porque eles estudaram literatura, história da arte, estudos da religião ou algo assim. Em muitos casos, eles nem escolheram seu curso porque realmente acharam que ele poderia lhe render um emprego; eles o escolheram porque parecia divertido ou porque era mais fácil de entrar do que a faculdade de direito ou o curso de medicina.

O desemprego entre as pessoas com estudo se tornou um problema crônico. O outro lado da história é que a Finlândia há muito tem sofrido de um problema agudo de falta de pessoas com habilidades profissionais: carpinteiros, encanadores, mecânicos e assim por diante - pessoas que possam de fato oferecer um serviço de valor. Esta carência, previsivelmente, empurrou para cima os preços e retardou a oferta.

Sistema de Saúde Universal

Como os outros países escandinavos, a Finlândia tem um sistema de saúde universal. Esta é apenas uma das coisas de que muitos gostam de se gabar. Entretanto, o sistema de saúde é ruim, mesmo para os padrões do sistema de saúde universal.

Antes de mais nada, não é um sistema de pagante único, do modo que se imaginaria que um sistema de saúde gerido e financiado pelo governo fosse - ou seja, no qual o Estado central gere e arca com o sistema. Ao invés disto, o sistema de saúde é municipal. É claro que nem todo município pode arcar com um hospital ou mesmo com um posto de saúde. É por esta razão que a Finlândia está dividida em uma miríade de distritos de saúde, cada um servido por hospitais e postos de saúde localizados em algum dos municípios que compõe cada distrito. Isto pode parecer razoável. Afinal de contas, que diferença faz se o sistema de saúde é nacional ou municipal? Acontece que faz, e muita.

Um dos maiores problemas de um sistema de saúde municipal é que ele é muito restritivo. Só pessoas que estejam registradas no distrito podem usar os serviços de saúde lá. Se o caso for uma emergência, a pessoa tem o direito de receber tratamento, mas assim que ela sair da UTI , ela terá que se transferir para um hospital em seu próprio distrito. Isto levou a muitos casos em que pessoas foram levadas para lá e para cá, às custas do contribuinte, para cumprir estas regras administrativas.

Um dos exemplos mais bizarros disto ocorreu quando uma mulher adoeceu na capital, Helsinki. Ela recebeu tratamento de emergência, mas assim que a emergência terminou, ela teve que ser transferida de volta para seu próprio distrito, que era em Rvaniemi, mais de quinhentas milhas ao norte. Não se esqueça de que só porque uma pessoa está fora da sala de emergência, isto não quer dizer que ela esteja muito bem e pronta para ser liberada. Por causa do modo como o sistema de saúde municipal está montado, uma pessoa doente teve que ser transferida para um hospital diferente, a mais de 500 milhas de distância.

Uma das leis mais básicas da sociedade é que, quanto mais áreas administrativas houver em um Estado, mais burocracia se criará. Todos estes distritos de saúde devem ter suas próprias administrações, as quais, por sua vez, têm que ficar em contato com as autoridades da saúde em cada município do distrito e eles todos têm que planejar tudo com os administradores de cada hospital e posto de saúde. E aí é preciso ter autoridades de saúde, todo um departamento cheio deles, no nível nacional, por cima de tudo.

Como você pode imaginar, a eficiência não é um dos principais atributos do sistema de saúde finlandês. Estudos têm mostrado excessos de médicos em alguns lugares, com carências correspondentes em outros. Muito poucos dos municípios conseguem arcar com os serviços de saúde que a lei determina. Centros de saúde foram e são fechados o tempo todo, mas nenhum administradror é jamais dispensado. O governo central tem que transferir dinheiro para os distritos, para mantê-los em funcionamento de forma contínua. Em outras palavras, a Finlândia parece ter um sistema de saúde financiado e gerido por um Estado central, mas na realidade tem um sistema municipal, que resultou em ainda mais burocracia.

Qualquer país que queira um sistema universal de saúde não deveria olhar para a Finlândia como exemplo a seguir. Uma das verdadeiras tragédias deste fiasco é o fato de que a Finlândia tem alguns dos melhores hospitais particulares do mundo, mas por causa de nosso sistema universal de saúde, pouquíssimos cidadãos finlandeses chegam a se beneficiar deles.

Com Licença para Roubar

Como consultor fiscal, eu me envolvi frequentemente em batalhas legais com as autoridades fiscais, representando meus clientes e tentando proteger seus direitos. Nestas lutas, eu me deparo com a arrogância e, em alguns casos, com a pura malícia do fiscal do imposto de renda, completamente explícita. Eu nunca deixo de me impressionar com a ignorância e a insensibilidade deste departamento estatal em particular.

Invariavelmente, as autoridades fiscais não se importam com a lei, no raro caso de elas sequer a conhecerem. Não só isto, mas fica claro que eles consideram cada centavo como sendo seu, e só podendo ser retido pelo contribuinte à sua discrição. E chega a acontecer de eles fabricarem argumentos patentemente falsos e sem qualquer base legal que seja, a fim de impor várias outras sanções. Quando os contribuintes contestam suas alegações absurdas, eles simplesmente ignoram as contestações e continuam como se nada tivesse acontecido - muito embora a constituição determine que todas as decisões tomadas por uma agência governamental sejam baseadas na lei e detalhadamente explicadas.

Isto, entretanto, não parece se aplicar às autoridades fiscais, e tampouco outros princípios legais. Em todas as outras matérias, uma pessoa é considerada inocente até que se prove sua culpa, mas se o fiscal da receita acusa uma pessoa de algo, é ela que tem que provar sua inocência. Se não conseguir, ela é culpada e são as autoridades fiscais que decidem se ela não conseguiu.

Este tipo de comportamento certamente é familiar ao público americano, depois que o IRS o submeteu a todos os tipos de violações. Entretanto, estas violações, que não acontecem com menos frequência na Finlândia do que nos Estados Unidos, desmentem a aura de utopia que parece envolver os estados de bem-estar social-democratas do Norte da Europa.

Os estatistas podem estar muito satisfeitos com os altos impostos, mas mesmo eles tendem a esmorecer quando ouvem falar do estrago causado aos indivíduos privados e suas famílias pelas autoridades do fisco. E, claro, são os indivíduos privados e os pequenos negócios que mais têm sofrido, porque eles raramente têm o conhecimento ou os recursos para se defenderem. Os bilionários e as grandes corporações ao menos têm a chance de lutar; as pessoas comuns, não. Eis aí a sociedade da compaixão.

Em um sistema como este - com um código fiscal muito vago; autoridades fiscais isentas de qualquer responsabilidade por sua conduta; e despesas legais onerosas e nunca restituídas, advindas de litígios com as autoridades fiscais - os direitos dos contribuintes são rotineiramente violadas. As autoridades não têm interesse em dar a sentença correta, então, a menos que o caso não seja completa e totalmente óbvio, elas decidem em favor do estado.

Em seguida, o contribuinte pode escolher entre pagar o imposto adicional, e muitas vezes ilegal, ou gastar tempo e dinheiro contestando a decisão. E como estas autoridades fiscais podem e de fato ignoram rotineiramente os argumentos do contribuinte, até o mais trivial dos casos pode ser recorrido até Tribunal Superior Administrativo, a corte mais alto do país. Se o contribuinte não tiver sorte, pode levar até dez anos para resolver uma disputa, a um custo de dezenas de milhares em custos legais. E se ele vencer, ele não é ressarcido pelo tempo e dinheiro gasto defendendo seus direitos, nem as autoridades fiscais responsáveis são punidas por sua conduta. Por este motivo, a maioria das disputas é resolvidas pela aplicação de precedentes, e os casos precedentes foram em grande parte pagos pelos contribuintes. Em outras palavras, o Estado aprova legislações vagas e aí faz o contribuinte a pagar por sua interpretação.

Dívida Crescente

A realidade e o futuro do Estado de bem-estar finlandês não é muito brilhante. A crise na Grécia e nos outros países do PIIGS (Portugal, Irlanda, Itália e Espanha), trouxe à tona uma discussão muito necessária sobre o estado das finanças públicas na Europa. Pela primeira vez em muito tempo, os políticos estão realmente falando sobre a necessidade de cortar gastos governamentais. Embora isto seja indubitavelmente positivo, mesmo os políticos que de fato advogam o corte de gastos não parecem compreender o que isto realmente significa.

Os déficits e a dívida nacional crescentes não são resultado de uma carência de arrecadação de impostos. Na Finlândia, a taxa de imposto de renda marginal máximo por pessoa é de mais de 50% . Uma taxa de valor agregado é cobrada sobre todos os bens e serviços, em todos os níveis de produção. A taxa de impostos sobre bens de consumo e serviços normais foi recentemente aumentada de 22 para 23%. Como nos Estados Unidos, há uma grande quantidade de outras taxas e encargos cobrados sobre tudo sob o sol.

O que trouxe o Estado de bem-estar finlandês tão próximo da calamidade fiscal foi seu crescimento sempre crescente de gastos. Mesmo durante os quinze anos anteriores ao colapso de 2008, um período considerado de contínuo crescimento econômico, a dívida nacional não foi paga. Em 1994, a dívida nacional finlandesa foi de 51.7 bilhões de euros. Em 2007, ela subiu para €56.1 bilhões. No fim de 2009, a dívida disparou para €64.3 bilhões, e no fim de junho de 2010, ela subiu para €69.8 bilhões. Isto a pesar do fato de que a arrecadação de impostos havia permanecido estável e até subido, de 2000 a 2009. As cifras mostram que os gastos governamentais durante o mesmo tempo subiram de €33 bilhões, em 2000, para €46.9 bilhões, em 2009. Osgastos previstos em 2010 e 2011 são de €52.5 bilhões e €50.4 bilhões, respectivamente. Estima-se que a dívida nacional atingirá €85 bilhões no fim do ano fiscal de 2010.

Conclusão

A Finlândia é, e há muito tempo tem sido, um cartão postal do Estado de bem-estar social utópico da social-democracia européia e agora foi denominada como o melhor país do mundo, em uma re-elaboração bizarra do prêmio de Pessoa do Ano para Ben Bernake.

Na Finlândia, acreditam os progressistas, um Estado grande funciona. Um sistema de saúde universal e um ensino público e "gratuito", também. E se a Finlândia consegue, os Estados Unidos também conseguem. A falha neste argumento é que a Finlândia na verdade não consegue, não mais do que Obama consegue manter suas promessas.

O Estado finlandês de bem-estar social chega a um preço pelo qual não podemos pagar. O sistema de saúde é grosseiramente ineficiente e custoso e dificulta o acesso das pessoas ao tratamento médico de excelência oferecido pelo setor privado. A educação pública também é muito cara e está sempre com pouco dinheiro. Os livros escolares são repassados de geração em geração, todos aprendendo as mesmas falácias que os outros, antes deles, bastando apenas que sejam legíveis.

A idéia de um direito de todos a um diploma universitário resultou em um número muito alto de pessoas com curso superior, mas seus diplomas muitas vezes não têm valor no mercado de trabalho. Devido aos altos impostos e a combinação dos riscos legal e financeiro de contratar pessoal, uma taxa de desemprego de 8 por cento é considerada normal. E eu não sei se eu já disse, mas o sistema previdenciário é um golpe da pirâmide igualzinho ao sistema de segurança social dos Estados Unidos e está a beira do colapso.
A dívida pública do país já alcançou níveis alarmantes. E o que é pior, nunca houve um período de tempo prolongado durante o qual a maior parte da dívida fosse sistematicamente paga. No máximo, ela ficou bastante estável, disparando em quase 50% nos últimos anos, se as projeções se verificarem. A falência virá, a menos que mudanças significativas sejam feitas.

Eu, entretanto, quero muito terminar com uma nota positiva. Em sucessivas pesquisas, o povo finlandês tem apoiado maciçamente cortes nos gastos do governo como um meio de pôr sob controle as finanças públicas. Anteriormente, os finlandeses não se importavam em pagar impostos, mas agora estão acordando para o fato de que aumentar impostos não é mais uma opção viável.

Ano que vem, nós finlandeses vamos às urnas eleger um novo parlamento. Eu espero que o resultado da eleição reflita esta importante e recente descoberta.



Kaj Grüssner é consultor fiscal na Finlândia. Veja seu blog (em sueco). [url=vindician@gmail.com]Escreva[/url] para ele. Veja os arquivo de artigos de Kaj Grussner.


Tradução de Larry Martins, do blog Dextra.

Artigo no original Aqui


FONTE:. http://www.midiasemmascara.org/artigos/ ... andes.html
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Re: O falido Welfairytales finlandês

Mensagem por Fernando Silva »

O exemplo da Finlândia se aplica à Suécia, Dinamarca e Noruega, por exemplo?

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Re: O falido Welfairytales finlandês

Mensagem por Apáte »

O exemplo da Suécia pode ser explicado aqui: viewtopic.php?f=1&t=10407
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Re: O falido Welfairytales finlandês

Mensagem por Fernando Silva »

Então, se bem entendi, os países escandinavos tiveram algum sucesso ao implantar o "welfare state" porque eram ricos o bastante, civilizados o bastante para isto.

Não ficaram ricos nem a desigualdade diminuiu por causa do socialismo e sim, ao contrário, porque o capitalismo e o liberalismo, que continuam em vigor, lhes deram os meios financeiros para distribuir a riqueza.

Enquanto isto, os esquerdinhas acham que, por obra e graça do divino Espírito Santo, a prosperidade será geral assim que a propriedade for abolida e o capitalismo proibido, mas acabam repartindo apenas a miséria.

E a Finlândia pode ser um exemplo de que o "welfare state" é uma situação artificial e instável.

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Re: O falido Welfairytales finlandês

Mensagem por Apáte »

Parece que sim.

ps: acho que trocou igualdade por desigualdade.
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Re: O falido Welfairytales finlandês

Mensagem por Fernando Silva »

Apáte escreveu:Parece que sim.

ps: acho que trocou igualdade por desigualdade.

Corrigido.

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Re: O falido Welfairytales finlandês

Mensagem por Apáte »

Ah, e só pra constar, a Dinamarca é um dos 10 países mais liberais do mundo, logo atrás dos Estados Unidos, e só recebe nota baixa em liberdade fiscal e gastos governamentais.

A Finlândia também está bem posicionada, na frente do Japão, e mesmo a Suécia está na área de "maior parte livre", algumas posições na frente do Tigre Asiático Taiwan. Esta última teve uma boa progressão no índice esse ano.

A Noruega, que seria o país menos liberal entre as sociais democracias, está em 37º lugar na área de moderadamente livre.

Em todos os casos, alguns pontos cruciais que são usados como parâmetro no índice essas sociais democracias ficam entre os primeiros lugares, talvez o primeiro. Além da tendência de longo prazo de se tornarem mais liberal.

Já o Brasil a cada ano perde várias posições no ranking, vem se tornando menos liberal desde 95 (quando o índice foi criado) até agora, não atingiu o nível de renda que essas nações atingiram, nem perto disso, assim como não tem um modelo econômico que se aproxima do delas em termos de livre-mercado.
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Re: O falido Welfairytales finlandês

Mensagem por Aranha »

Apáte escreveu:
Conclusão

A Finlândia é, e há muito tempo tem sido, um cartão postal do Estado de bem-estar social utópico da social-democracia européia e agora foi denominada como o melhor país do mundo, em uma re-elaboração bizarra do prêmio de Pessoa do Ano para Ben Bernake.

Na Finlândia, acreditam os progressistas, um Estado grande funciona. Um sistema de saúde universal e um ensino público e "gratuito", também. E se a Finlândia consegue, os Estados Unidos também conseguem. A falha neste argumento é que a Finlândia na verdade não consegue, não mais do que Obama consegue manter suas promessas.

O Estado finlandês de bem-estar social chega a um preço pelo qual não podemos pagar. O sistema de saúde é grosseiramente ineficiente e custoso e dificulta o acesso das pessoas ao tratamento médico de excelência oferecido pelo setor privado. A educação pública também é muito cara e está sempre com pouco dinheiro. Os livros escolares são repassados de geração em geração, todos aprendendo as mesmas falácias que os outros, antes deles, bastando apenas que sejam legíveis.

A idéia de um direito de todos a um diploma universitário resultou em um número muito alto de pessoas com curso superior, mas seus diplomas muitas vezes não têm valor no mercado de trabalho. Devido aos altos impostos e a combinação dos riscos legal e financeiro de contratar pessoal, uma taxa de desemprego de 8 por cento é considerada normal. E eu não sei se eu já disse, mas o sistema previdenciário é um golpe da pirâmide igualzinho ao sistema de segurança social dos Estados Unidos e está a beira do colapso.
A dívida pública do país já alcançou níveis alarmantes. E o que é pior, nunca houve um período de tempo prolongado durante o qual a maior parte da dívida fosse sistematicamente paga. No máximo, ela ficou bastante estável, disparando em quase 50% nos últimos anos, se as projeções se verificarem. A falência virá, a menos que mudanças significativas sejam feitas.

Eu, entretanto, quero muito terminar com uma nota positiva. Em sucessivas pesquisas, o povo finlandês tem apoiado maciçamente cortes nos gastos do governo como um meio de pôr sob controle as finanças públicas. Anteriormente, os finlandeses não se importavam em pagar impostos, mas agora estão acordando para o fato de que aumentar impostos não é mais uma opção viável.

Ano que vem, nós finlandeses vamos às urnas eleger um novo parlamento. Eu espero que o resultado da eleição reflita esta importante e recente descoberta.



Kaj Grüssner é consultor fiscal na Finlândia. Veja seu blog (em sueco). [url=vindician@gmail.com]Escreva[/url] para ele. Veja os arquivo de artigos de Kaj Grussner.


Tradução de Larry Martins, do blog Dextra.

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FONTE:. http://www.midiasemmascara.org/artigos/ ... andes.html
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- Na boa, só vi mimimi bobo, ele apontou problemas com o sistema, como se ele tivesse que ser perfeito, não mudou o fato de o Finlandês viver melhor que o americano, mesmo o Finlandês desempregado, aliás a taxa de desemprego dos americanos é maior, a espectativa de vida dos americanos é menor e a dívida americana é muitíssimo maior.

Abraços,
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Re: O falido Welfairytales finlandês

Mensagem por Fernando Silva »

Aranha escreveu:- Na boa, só vi mimimi bobo, ele apontou problemas com o sistema, como se ele tivesse que ser perfeito, não mudou o fato de o Finlandês viver melhor que o americano, mesmo o Finlandês desempregado, aliás a taxa de desemprego dos americanos é maior, a espectativa de vida dos americanos é menor e a dívida americana é muitíssimo maior.

Abraços,

Sim, também há o fato de que, quando os grandes problemas são resolvidos, os pequenos parecem muito maiores que antes.

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Re: O falido Welfairytales finlandês

Mensagem por zumbi filosófico »

Transmitiria maior credibilidade se colocasse mais números e menos alfinetadas em que devemos apenas confiar nele, em coisas como "ensinando as mesmas falácias", quando tenta criticar coisas que nem são ruins, como essa irem repassando os livros, em vez de ir sempre comprando mais. O cara ironicamente se coloca numa posição onde não pode criticar gastos inúteis.

Mas não estou defendendo o welfare state finlandês ou qualquer outro. Uma vez li de um libertário que, diferentemente do que esse cara diz aí, funciona, e a Finlândia vai bem de modo geral e etc, mas isso não é escalável/aplicável a todas situações, mas depende bastante do pequeno porte implícito na Finlândia, e, se bem me lembro, até de haver homogeneidade étnica (ainda que esse ponto não me seja claro, a menos que se assuma um conflito entre etnias, ou que elas tenham perfis sócio-econômicos díspares, de forma que um grupo fique sempre ajudando o outro mais do que vice-versa, em vez de serem todos "iguais" e "ajudando a si mesmos", ao ajudarem uns aos outros).
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Re: O falido Welfairytales finlandês

Mensagem por user f.k.a. Cabeção »

zumbi filosofico escreveu:até de haver homogeneidade étnica (ainda que esse ponto não me seja claro, a menos que se assuma um conflito entre etnias, ou que elas tenham perfis sócio-econômicos díspares, de forma que um grupo fique sempre ajudando o outro mais do que vice-versa, em vez de serem todos "iguais" e "ajudando a si mesmos", ao ajudarem uns aos outros).




Esse e um problema particularmente interessante.

Eu ainda nao estabeleci uma framework muito clara a respeito, mas eu especulo que esse tipo de questao possa ser melhor abordada dentro de uma problematica da competicao entre dois meta-programas cognitivos operando em paralelo: o Homo Biologicus vs Homo Oeconomicus.

Como eu estou usando termos consagrados em definicoes ligeiramente adaptadas, e melhor eu apresentar as minhas definicoes.

Por Homo-biologicus entende-se os elementos de design cognitivo resultante da historia evolutiva biologica.
Seu input e genetico.
Sua release mais recente data de aprox. 2-3 milhoes de anos atras, embora algumas "distros" e "mods" locais tenham sido criadas nos ultimos milhares de anos.

Homo-oeconomicus compreende os elementos de design cognitivo resultantes da historia civilizada.
Seu input e linguistico e imitativo (ou memetico).
Sua versao beta foi lancada ha aprox 20 mil anos, mas apenas nos ultimos milenios e seculos que sua presenca passou a dominar o mercado de cerebros.


Par default, O Homo-biologicus define parametros coletivistas, fobicos e amorais para o comportamento humano.
Esse sistema se desenvolveu para a realidade das savanas africanas e bandos de poucos membros.

Nela nao existia comercio.
Nela a ordem social se estruturava em torno da hierarquia da violencia conforme visto em outras sociedades animais.
Nela se afastar ou nao aceitar sua posicao no grupo ou tentar copular com uma femea do lider significava morte.
Nela estrangeiros cujas feicoes indicassem outra etnia eram potenciais inimigos.

O Homo-biologicus e programado para ser um comunista.

Contudo, o modulo do Homo-biologicus tinha como extra features amplas capacidades de memoria, abstracao, interpretacao e representacao linguistico-simbolica, algo que evoluiu de mecanismos de comunicacao primitivos.

Essa ferramenta permitiu o desenvolvimento e transferencia tecnologica.

E algumas tecnologias que emergiram (idiomas, tecnicas agricolas, codigos de leis, escrita) afetaram direta ou indiretamente a organizacao hierarquica coletivista natural.
Esse foi o processo de superimposicao lenta do Homo-Oeconomicus sobre a plataforma biologica.


O meta-programa economico pressiona na direcao do individualismo, da comunicacao e xenofilia, da moralidade; os valores basicos da etica capitalista.

Mas ele nao elimina o meta-programa biologico, ele e uma macro (ou um virus) rodando sobre ele, desfazendo suas rotinas e superimpondo outras.

Nenhum dos dois processos e necessariamente consciente.

Reacoes coletivistas sao o produto de disparos emocionais basicos.
Ninguem precisa racionalizar que sente ameaca de um membro de outra raca porque esse mecanismo provavelmente salvou a vida de seus antepassados.
Ele apenas tem medo e receio de pessoas cuja aparencia difere da dele.

Reacoes individualistas sao o resultado de inputs linguisticos indiretos e respostas behavioristas nao necessariamente bem compreendidas.
Os sinais de precos criam uma ordem global que nao precisa ser compreendida para que emissores e receptores saibam o que devem fazer diante de um certo cenario.
Eles apenas compram onde/quando e barato e vendem onde/quando e caro, porque isso permite sair com mais valor do que quando eles entraram.


[Time is up here, talvez eu continue outra hora...]

"Let 'em all go to hell, except cave 76" ~ Cave 76's national anthem

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Re: O falido Welfairytales finlandês

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Aranha escreveu:
- Na boa, só vi mimimi bobo, ele apontou problemas com o sistema, como se ele tivesse que ser perfeito, não mudou o fato de o Finlandês viver melhor que o americano, mesmo o Finlandês desempregado, aliás a taxa de desemprego dos americanos é maior, a espectativa de vida dos americanos é menor e a dívida americana é muitíssimo maior.

Abraços,

Os gastos do governo americano já são astronômicos. O autor quis apontar que aumentar esses gastos ainda mais é tudo que os EUA não precisam.

Concordo com o anátema que ele deveria ter citado mais fontes e explicado melhor a relação de causalidade entre os fatores. Citar apenas a dívida pública, mesmo com link para os números oficiais, não vale muita coisa se ele não explicar, também com números oficiais, que esse endividamento é decorrente dos gastos para manutenção do welfairy. Até porque, dívida por dívida, social por social, os EUA também têm seus problemas.
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Re: O falido Welfairytales finlandês

Mensagem por Apáte »

user f.k.a. Cabeção escreveu:


Esse e um problema particularmente interessante.


Não tinha comprado um teclado brasileirinho?
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Re: O falido Welfairytales finlandês

Mensagem por user f.k.a. Cabeção »


[aterrissando meu aviao]

O coletivismo e a ordem social gerada onde prevalece o meta programa Homo-biologicus. E a logica do bando, que se faz presente em pequenos grupos como tribos selvagens, certas estruturas familiares, gangues urbanas e Estados nacionais. A identidade racial e um arquetipo quase que onipresente, ja que esta incluida na template basica desse programa.

A ordem individualista voluntaria, ou o capitalismo, e o output global do meta programa Homo-Oeconomicus.

Por corresponder a uma resposta instintiva basica, quando certas condicoes favoraveis sao fornecidas, o coletivismo costuma ter alta penetracao e aceitacao, ja que modelos de mundo coletivistas costumam ser mais simplistas e legiveis para a mente humana do que o rico e complexo mosaico de interacoes e possibilidades de uma sociedade livre.

A forma como a ordem individualista prevalece envolve sutilezas e nao-linearidades que escapam a exames apressado.

Ela e um resultado inesperado da razao humana limitada, como diria Hayek. E a razao humana limitada e tambem sua principal nemesis.

"Let 'em all go to hell, except cave 76" ~ Cave 76's national anthem

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Aranha
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Re: O falido Welfairytales finlandês

Mensagem por Aranha »

Apáte escreveu:
Aranha escreveu:
- Na boa, só vi mimimi bobo, ele apontou problemas com o sistema, como se ele tivesse que ser perfeito, não mudou o fato de o Finlandês viver melhor que o americano, mesmo o Finlandês desempregado, aliás a taxa de desemprego dos americanos é maior, a espectativa de vida dos americanos é menor e a dívida americana é muitíssimo maior.

Abraços,

Os gastos do governo americano já são astronômicos. O autor quis apontar que aumentar esses gastos ainda mais é tudo que os EUA não precisam.


- Não vi isto claramente no texto, mas para ele demonstrar isso deveria comparar a dívida americana e finlandesa apontando proporcionalidades e taxas de crescimento, e, como você mesmo diz abaixo, mostrar que a dívida Finlandesa está diretamente ligada ao "Welfairytales finlandês".

Apáte escreveu:Concordo com o anátema que ele deveria ter citado mais fontes e explicado melhor a relação de causalidade entre os fatores. Citar apenas a dívida pública, mesmo com link para os números oficiais, não vale muita coisa se ele não explicar, também com números oficiais, que esse endividamento é decorrente dos gastos para manutenção do welfairy. Até porque, dívida por dívida, social por social, os EUA também têm seus problemas.


- Pois é, o mote principal do texto é que a Finlãndia é considerado "o melhor país do mundo", apresentar problemas pontuais como livros desatualizados e desconforto no transporte de doentes não vai convencer ninguem que a Finlândia é, na verdade, um inferno.

- O texto é só um panfleto anti-estado-de-bem-estar-social.

Abraços,
"Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades"
Ben Parker

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user f.k.a. Cabeção
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Re: O falido Welfairytales finlandês

Mensagem por user f.k.a. Cabeção »


Quote Vernon Smith Quote Friedrich von Hayek...




Vernon Smith escreveu:So let me read the part from Hayek that relates to this. Most people, I think, who read
this may not fully understand what Hayek is talking about. When I read it I immediately
realized that it related directly to what I had learned from the laboratory, and now, in effect,
I am getting a summary of what it means from F. Hayek. He says “we constantly must
adjust our lives, our thoughts and our emotions in order to live simultaneously within two
different kinds of orders according to different rules. If we were to apply the unmodified,
uncurbed rules (and this refers to caring intervention to do visible good) of the small band
or our families to the extended order of cooperation through markets, as our instincts and
our sentimental yearnings often make us wish to do, we would destroy it. Yet if we were
always to apply the (competitive, self seeking) rules of the extended order to our more
intimate groupings we would crush them.”




Li esse texto hoje por acidente (estava procurando outra coisa).

Eu tinha formulado essas ideias depois de ler ambos os autores (Fatal Conceit de Hayek e Rationality in Economics de Smith).

Mas nao tinha visto que ambos tinham chamado a atencao para essa dualidade especificamente de meta-programas.

E exatamente a mesma ideia.

Eu apenas usei uma terminologia mais fashionable, e adicionei um pouco de evolutive psychology flavor que esta implicito no que eles escreveram.

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docdeoz
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Re: O falido Welfairytales finlandês

Mensagem por docdeoz »

Esses países sem religião são realmente um problema...

http://www.mdig.com.br/index.php?itemid=5845
(HNT) ויאמר אלי אחד מן־הזקנים אל־תבכה הנה נצח האריה אשר הוא משבט Rev 5:5
http://www.rv.cnt.br/viewtopic.php?t=13986
http://rv.cnt.br/viewtopic.php?t=14653

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docdeoz
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Re: O falido Welfairytales finlandês

Mensagem por docdeoz »

http://www.youtube.com/watch?v=3zSLtRWTOFw

Nem tudo é ruim na Finlândia...
(HNT) ויאמר אלי אחד מן־הזקנים אל־תבכה הנה נצח האריה אשר הוא משבט Rev 5:5
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Judas
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Re: O falido Welfairytales finlandês

Mensagem por Judas »

Nem nos EUA



Bad Religion Faith Alone


Heard a sermon from a creaky pul pit with no one in the nave
I paid a visit to the synagogue and I left there feeling blame
No one could tell me what to do, they had not the capacity to answer me

What the world needs now is some answers to our problems
We can't buy more time 'cause our tender isn't valid
If your soul needs love you can get consoled by pity
But it looks as though faith alone won't sustain us no more

Watched the scientists throw up their hands conceding, "progress will resolve it all"
Saw the manufacturers of earth's debris ignore another green peace call
No one could tell me what to do, no one had the ability to answer me

What the world needs now is some accountability
We can't buy more time 'cause time won't accept our money
If your soul needs love you can always have my pity
But it looks as though faith alone won't sustain us no more...

What the world needs now is some answers to our problems
We can't buy more time 'cause our tender isn't valid
What the world needs now is some accountability
If your soul needs love you can get consoled by pity
But faith alone won't sustain us anymore
faith alone won't sustain us anymore
Quando vejo um religioso protestando, irritado, exigindo respeito às suas crenças idiotas, penso logo...BOM SINAL! Sinal de que alguém esta fazendo alguma coisa certa.

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Fernando Silva
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Re: O falido Welfairytales finlandês

Mensagem por Fernando Silva »

docdeoz escreveu:Esses países sem religião são realmente um problema...

http://www.mdig.com.br/index.php?itemid=5845

É, para os religiosos.
O curioso é que o ateísmo é diretamente proporcional as melhores condições sociais, culturais e de saúde; ou seja, quanto mais desenvolvido o país, maior o número de ateus.

Bom, eles sempre podem dizer que essa gente irá para o inferno.

Trancado