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Aborto supera câncer em internações pelo SUS Out/2010
Enviado: 08 Out 2010, 15:29
por Johnny
Aborto supera câncer de mama em internações pelo SUS
Em 2010, a cada hora foram 12 internações por interrupção provocada da gravidez
Fernanda Aranda, iG São Paulo | 08/10/2010 10:36
A interrupção da gravidez provocada – sem ser a espontânea ou por motivos médicos – é um dos procedimentos que mais ocupa leitos dos serviços públicos e privados na área de saúde da mulher.
Nos seis meses primeiros meses de 2010 foram 54.339 internações por este tipo de ocorrência, uma média de 12 casos por hora.
Foto: Getty Images
Internações por aborto superam a soma de tratamentos para câncer de mama e útero
Os números registrados entre janeiro e julho são 41% superiores à soma de internações por câncer de mama e câncer de colo do útero (38.532), duas doenças consideradas pelos governos federais, estaduais e municipais como grandes desafios de assistência ao sexo feminino.
O assunto saiu do anonimato diário de muitas mulheres para virar tema político. Neste segundo turno das eleição presidencial, José Serra (PSDB) e Dilma Roussef (PT) pautaram suas agendas para falar sobre – ou evitar – o tema.
Custos
O levantamento, feito pelo Delas no banco virtual do Ministério da Saúde, mostra ainda os custos do aborto provocado considerado crime pela legislação brasileira. No período analisado, foram gastos R$ 12,9 milhões para internar mulheres com hemorragias, infecções ou perfurações desencadeadas após o procedimento realizado em clínicas clandestinas. Para chegar ao dado, a reportagem excluiu do mapeamento o total de internações por "aborto espontâneo" (66.903 registros em seis meses) e "aborto por razões médicas" (905). Só foi considerada a categoria "outras gravidezes que terminam em aborto".
“São dados que mostram como a criminalização e a manutenção do aborto na clandestinidade são ineficazes do ponto de vista da saúde”, afirma o médico Thomaz Gollop, diretor da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e coordenador do Grupo de Estudo sobre o Aborto (GEA), que reúne médicos, psicólogos e juristas.
“Ainda que a legislação faça com que estas mulheres não possam ser atendidas incialmente nos hospitais (para a realização do aborto) elas chegam depois, machucadas e em estado grave de saúde. Em Pernambuco, o aborto é a principal causa de morte”, diz Gollop, ao explicar porque considera a legislação atual um contrassenso.
Outros números
Além das internações por interrupção provocada da gravidez, outros números conseguem mapear a extensão do aborto no Brasil. Quando o procedimento não é completo, as mulheres submetidas a ele precisam recorrer a alguma unidade de saúde para fazer a curetagem – sucção de restos da placenta, do embrião ou do feto.
Segundo um estudo divulgado pelo Instituto do Coração (Incor) – divulgado este ano – a curetagem é o procedimento hospitalar mais realizado no País. Em média, são feitas 250 mil por ano, em valores que superam R$ 30 milhões.
No banco de dados do Ministério da Saúde, as notificações mostram que as curetagens são numerosas também no sistema privado de saúde. Das 110.483 feitas nos seis primeiros meses de 2010, 45.847 foram em unidades particulares (41,4% do total).
“O que precisa ser levado em conta é a diferença entre a condição de saúde das mulheres que chegam às unidades privadas de saúde e das que chegam às públicas”, afirma Margareth Arrilha, diretora da Comissão de Cidadania e Reprodução (CCR), ligada ao Centro Brasileiro de Análise de Planejamento (Cebrap).
Segundo ela, a experiência mostra que as pacientes da rede pública chegam com sequelas mais graves, em decorrência dos procedimentos mais inseguros, feitos em locais sem a menor garantia de higiene ou pela ingestão de medicamentos sem qualidade.
Remédios falsificados
De acordo com as pesquisas, seminários e levantamentos feitos pela CCR, metade dos abortos realizados no País acontece por meio do uso de medicamentos. Neste processo, avalia Margareth, o procedimento que já acontece de forma insegura fica ainda mais perigoso. “As drogas são adquiridas em camelôs ou produzidas em indústrias de esquina”, diz.
As operações realizadas este ano pelo Ministério da Justiça, em parceria com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mostram que 42% dos 700 estabelecimentos fiscalizados este ano (drogarias, farmácias, laboratórios e academias) vendiam medicamentos falsos, contrabandeados ou sem procedência duvidosa. No total, foram apreendidas 60 toneladas de cápsulas. Apesar de não existir um ranking da classe destas drogas clandestinas, é sabido pelos técnicos que participam das fiscalizações que os abortivos – ao lado dos usados para disfunção erétil – são os mais falsificados e os mais vendidos ilegalmente.
As mulheres
O Ipas – entidade não governamental que atua na América Latina em favor dos direitos reprodutivos da mulher – fez uma pesquisa para traçar um perfil das que compram estes remédios ou fazem aborto no Brasil. Em sua publicação “O impacto da ilegalidade do aborto na saúde das mulheres e nos serviços de saúde em cinco Estados brasileiros” uma enquete foi aplicada a 2.002 mulheres, de 18 a 39 anos.
Das entrevistadas, 15% declaram já ter feito um aborto alguma vez na vida. “Projetado sobre a população feminina do País nessa faixa etária, que é de 35,6 milhões, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esse número representaria 5,3 milhões de mulheres”, diz a publicação. Segundo o texto, o perfil é "de casadas, com filhos e religião".
O aborto é criminalizado no Brasil desde a legislação de 1940. No Sistema Único de Saúde (SUS) mulheres vítimas de violência sexual podem fazer o chamado aborto legal. A Igreja Católica e algumas alas da Evangélica recriminam a prática independentemente da circunstância da fecundação.
No ano passado, em Recife, uma menina de 9 anos, grávida de gêmeos após abusos do padrasto realizou o aborto legal. Na época, o arcebispo de Olinda e Recife, Dom José Cardoso Sobrinho, anunciou a excomunhão da garota, da mãe e dos médicos que atenderam a menina. O estuprador não foi excomungado. Pouco tempo depois, o presidente da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Geraldo Lyrio Rocha, anunciou que a intenção era apenas chamar a atenção para um fato relevante e que uma excomunhão não significa uma condenação eterna.
Re: Aborto supera câncer em internações pelo SUS Out/2010
Enviado: 08 Out 2010, 15:43
por Acauan
E a mágica continua...
"Outras gravidezes que terminam em aborto" viram, sem mais, nem menos, "interrupção provocada da gravidez" e o resultado é apresentado como fato inquestionável.
Esta turma não tem vergonha na cara mesmo...
Re: Aborto supera câncer em internações pelo SUS Out/2010
Enviado: 08 Out 2010, 16:06
por Acauan
E antes da réplica, já desafio qualquer um que defenda os números pró-abortistas a demonstrá-los no site do Datasus abaixo, única fonte compilada destes dados em nível nacional.http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi ... /matuf.def
Re: Aborto supera câncer em internações pelo SUS Out/2010
Enviado: 08 Out 2010, 17:53
por Rapidfire
E os 5 Milhões de mulheres é também inventado?
Re: Aborto supera câncer em internações pelo SUS Out/2010
Enviado: 09 Out 2010, 06:32
por Johnny
Países adotam legislação mais liberal sobre aborto
Estudo mostra que a prática diminuiu nos últimos 15 anos. Metade foi feita de forma insegura
Levantamento feito pelas Nações Unidas e pelo Instituto Guttmacher, especializado em saúde reprodutiva, indicou que a maior parte dos países que promoveram mudanças nas leis sobre o aborto desde 1996 adotou normas mais permissivas.
De acordo com a BBC Brasil, a pesquisa mostra que dos 192 países da ONU, 47 aprovaram legislações mais liberais, entre 1996 e 2009. Na contramão, 11 optaram por leis mais rígidas.
Nos últimos 15 anos, houve uma queda no número de abortos praticados no mundo. Em 1995, a estimativa era de 46 milhões, contra 42 milhões em 2003, conforme dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).
A metade dos procedimentos foi feita de maneira insegura e clandestina.
Vinte e um países adotaram leis com artigos mais liberais que o Brasil. Neles, o aborto é previsto em casos de má-formação fetal, de a mãe não ter condições financeiras para manter o filho ou se ela solicitar o procedimento.
Ainda de acordo com a ONU e o Instituto Guttmacher, 29% dos países passaram a permitir o aborto por vontade da mãe. Em praticamente todos a retirada do feto é aprovada em caso de risco de vida da mãe.
Na América Latina, o tema gera polêmica. Argentina, Equador e Nicarágua tornaram mais rigorosas as leis, enquanto Colômbia liberou o procedimento em 2006, caso a mulher tenha sido vítima de estupro ou corra risco, ou de má-formação do feto.
A legislação sobre o aborto no México é de competência estadual, e a capital do país permite, desde 2007, a prática sem restrições de motivos até a 12 semana de gestação.
Portugal e Espanha têm leis semelhantes, e após esse período limite, o aborto só é permitido em situações específicas: má-formação fetal, estupro ou risco para a mãe.
http://oglobo.globo.com/pais/noblat/pos ... 331005.aspO Ipas – entidade não governamental que atua na América Latina em favor dos direitos reprodutivos da mulher – fez uma pesquisa para traçar um perfil das que compram estes remédios ou fazem aborto no Brasil. Em sua publicação “O impacto da ilegalidade do aborto na saúde das mulheres e nos serviços de saúde em cinco Estados brasileiros” uma enquete foi aplicada a 2.002 mulheres, de 18 a 39 anos.
Das entrevistadas, 15% declaram já ter feito um aborto alguma vez na vida. “Projetado sobre a população feminina do País nessa faixa etária, que é de 35,6 milhões, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esse número representaria 5,3 milhões de mulheres”, diz a publicação. Segundo o texto, o perfil é "de casadas, com filhos e religião".
Re: Aborto supera câncer em internações pelo SUS Out/2010
Enviado: 09 Out 2010, 07:26
por Johnny
Acauan, como espírita eu devo repudiar o aborto de forma irrestrita, motivos pelos quais é explicitado na doutrina e que neste caso não vem a ser relevante por se tratar de certa forma, religião.
Mas, eu creio que o tema aborto está sendo levado de forma muito pouco produtiva por toda a sociedade. De um lado, temos os defensores da vida incondicional direcionada mais ao feto do que à mãe, sem levar em conta diversos motivos.
Não sou à favor da legalização irrestrita do aborto, principalmente em nosso país. Mas também acho que o tema deva ser discutido tanto com a sociede como com as instituições médicas de forma exaustiva e transparente. Não sou à favor de um plebiscito, que levaria à sociedade tomar uma posição religiosa ou sentimental sobre o assunto, apesar de ser uma opção.
Mas acho que o tema deveria ser filtrado, colocando o aborto em discussão em casos de má-formação fetal, estupro, falta de condições de criação digna do possível ser ou risco para a mãe. Ainda neste, discutir o período máximo em dias para tal.
Colocar tudo num mesmo saco e dizer que quem aborta é etiquetado como criminoso, baseado numa lei de 1940 é errado.
A sociedade de um modo geral é mais cupada do que quem pratica o aborto nos casos
sugeridos. Seja pela pressão familiar, religiosa ou moral.
Deveriam colocar o tema nas escolas, com todas as causas e situações, mostrando os riscos de uma gravidez prematura, os processos de aborto clínico (sucção, curetragem) e por meios não invasivos (drogas para este fim). Por mais que se queira fazer vista grossa, é muito comum hoje em dia encontrar adolescentes adquirindo pilulas abortivas em drogarias ali na esquina. Muitos destes casos não chegam a ser publicados em pesquisas pois quem o faz não depende de muito conhecimento e de dinheiro, e o fato fica somente entre quem comprou e quem tomou.
E liberar a mulher para abortar indiscriminadamente também é um erro grave na nossa sociedade pois seria um incentivo à não prevenção e ao controle de natalidade e planejamento familiar já conhecidos.
A educação em qualquer caso sempre deve ser a bandeira. Mas nossa sociedade não é nem religiosa o bastante para promover a auto-vigilia e o debate salutar na familia, e nem responsável o suficiente para pesar os prós e contras de uma concepção.
Basta olhar os emails politizados que recebemos quanto aos gastos do governo, relativos à distribuição de preservativos e anti-concepcionais. É cômico ver a mesma sociedade que criminaliza o aborto, criminalizar também os métodos anti-conceptivos, um contracenso. Mas o sexo juvenil está aí para todos verem, seja nos motéis, seja nos bailinhos funk debaixo das escadas, seja nas esquinas, moitas, banheiros.
É um assunto complexo e deve ser debatido ate chegar num senso comum, onde as perdas sejam superadas pelos ganhos.
Re: Aborto supera câncer em internações pelo SUS Out/2010
Enviado: 09 Out 2010, 11:13
por Acauan
Rapidfire escreveu:E os 5 Milhões de mulheres é também inventado?
Sim!
Reparou que todos os dados vem de uma sopa de letrinhas - GEA, CCR, IPAS... - que nada mais são que um bando de ONG's abortistas?
Notou que a tal IPAS é chamada de "entidade que atua em favor dos direitos reprodutivos da mulher" que é apenas um modo mentiroso de se referir a uma organização abortista que esconde do público o que de fato é?
De novo.
A única base de dados sobre o assunto é o DATASUS.
Eu tive a pachorra de procurar estes números nas estatísticas disponíveis e não achei.
Qualquer um pode fazer uma pesquisa sobre qual é o melhor clube de futebol do Brasil, entrevistar 5000 pessoas e concluir que é o Corinthians.
Basta fazer a pesquisa na sede da Gaviões da Fiel.
Gostaria de ver a base de dados e a representatividade amostral desta pesquisa que fala em 5 milhões.
Como no caso do DATASUS, duvido que alguém me mostre.
Re: Aborto supera câncer em internações pelo SUS Out/2010
Enviado: 09 Out 2010, 11:41
por Apáte
Pronto, mais um mito abortista jogado no chão.
Vlw Índio Velho.
Re: Aborto supera câncer em internações pelo SUS Out/2010
Enviado: 09 Out 2010, 11:45
por Acauan
Johnny escreveu:Acauan, como espírita eu devo repudiar o aborto de forma irrestrita, motivos pelos quais é explicitado na doutrina e que neste caso não vem a ser relevante por se tratar de certa forma, religião.
Mas, eu creio que o tema aborto está sendo levado de forma muito pouco produtiva por toda a sociedade. De um lado, temos os defensores da vida incondicional direcionada mais ao feto do que à mãe, sem levar em conta diversos motivos.
Errado.
Quem é contra o aborto defende ao mesmo tempo a vida do feto e da mãe.
É a coisa mais óbvia do mundo, se aborto é perigoso para a mãe e letal para o feto, evitá-lo é benéfico para os dois.Johnny escreveu:Não sou à favor da legalização irrestrita do aborto, principalmente em nosso país. Mas também acho que o tema deva ser discutido tanto com a sociede como com as instituições médicas de forma exaustiva e transparente. Não sou à favor de um plebiscito, que levaria à sociedade tomar uma posição religiosa ou sentimental sobre o assunto, apesar de ser uma opção.
Fundamentos civilizacionais estão acima das questões técnicas ou interesses momentâneos considerados por uma determinada população de determinada época.
A dignidade da vida humana é um fundamento civilizacional de nossa sociedade, uma conquista consolidada por milhares de anos de tentativa e erro no que é certo ou errado.
Se aceitarmos exceções no ideal da dignidade humana, se começarmos a considerar que algumas vidas humanas não têm dignidade e não merecem ser protegidas, então tudo estará perdido.Johnny escreveu:Mas acho que o tema deveria ser filtrado, colocando o aborto em discussão em casos de má-formação fetal, estupro, falta de condições de criação digna do possível ser ou risco para a mãe. Ainda neste, discutir o período máximo em dias para tal.
Se aceitarmos que "falta de condições de criação digna" é motivo justo para aborto, poderíamos aceitar que é motivo justo para matar bebês ou crianças pobres. A lógica é exatamente a mesma, aberta a exceção é fácil expandi-la indefinidamente. Isto não é Declive Escorregadio – antes que digam – é um fato que pode ser constatado historicamente.Johnny escreveu:Colocar tudo num mesmo saco e dizer que quem aborta é etiquetado como criminoso, baseado numa lei de 1940 é errado.
Leis que proíbem o assassinato são ainda mais antigas, nem por isto é errado punir assassinos. Johnny escreveu:A sociedade de um modo geral é mais cupada do que quem pratica o aborto nos casos sugeridos. Seja pela pressão familiar, religiosa ou moral.
Deveriam colocar o tema nas escolas, com todas as causas e situações, mostrando os riscos de uma gravidez prematura, os processos de aborto clínico (sucção, curetragem) e por meios não invasivos (drogas para este fim). Por mais que se queira fazer vista grossa, é muito comum hoje em dia encontrar adolescentes adquirindo pilulas abortivas em drogarias ali na esquina. Muitos destes casos não chegam a ser publicados em pesquisas pois quem o faz não depende de muito conhecimento e de dinheiro, e o fato fica somente entre quem comprou e quem tomou.
Este argumento do "muitos fazem" é a maior falácia dos abortistas (não o estou chamando disto).
O fato de muitos fazerem não define em nada se o ato é certo ou errado.
Só as medidas preventivas e corretivas para se combater o que é errado deve ser definidas de modo prático, considerando as questões que citou.Johnny escreveu:E liberar a mulher para abortar indiscriminadamente também é um erro grave na nossa sociedade pois seria um incentivo à não prevenção e ao controle de natalidade e planejamento familiar já conhecidos.
Liberar o aborto é liberar o aborto indiscriminado.
O argumento abortista de liberar o aborto até determinado período da gravidez torna a prática irrestritamente acessível dentro deste período.Johnny escreveu:A educação em qualquer caso sempre deve ser a bandeira. Mas nossa sociedade não é nem religiosa o bastante para promover a auto-vigilia e o debate salutar na familia, e nem responsável o suficiente para pesar os prós e contras de uma concepção.
Ou seja, somos uma sociedade imperfeita.
Sociedades perfeitas não precisam de leis, pois nelas basta consensar e instruir as pessoas nos direitos e deveres de cada um e todos buscarão entre si o equilíbrio entre tais direitos e deveres.
Sociedades imperfeitas fazem leis e obrigam seu cumprimento. Esta imperfeição implicará que nem sempre todas as partes ficarão satisfeitas e o máximo que podemos obter nestes casos é o mal menor.Johnny escreveu:Basta olhar os emails politizados que recebemos quanto aos gastos do governo, relativos à distribuição de preservativos e anti-concepcionais. É cômico ver a mesma sociedade que criminaliza o aborto, criminalizar também os métodos anti-conceptivos, um contracenso. Mas o sexo juvenil está aí para todos verem, seja nos motéis, seja nos bailinhos funk debaixo das escadas, seja nas esquinas, moitas, banheiros.
A sociedade não criminaliza os contraceptivos, pelo contrário os incentiva. A Igreja Católica o proíbe aos seus fiéis, mas isto é problema dela e deles.Johnny escreveu:É um assunto complexo e deve ser debatido ate chegar num senso comum, onde as perdas sejam superadas pelos ganhos.
Esperar que questões de vida e morte sejam decididas pelo senso comum é apostar muito na sorte.
Re: Aborto supera câncer em internações pelo SUS Out/2010
Enviado: 09 Out 2010, 11:59
por Acauan
Apáte escreveu:Vlw Índio Velho.
ANAUÊ!
Re: Aborto supera câncer em internações pelo SUS Out/2010
Enviado: 09 Out 2010, 12:18
por Rapidfire
Acauan escreveu:Rapidfire escreveu:E os 5 Milhões de mulheres é também inventado?
Sim!
Reparou que todos os dados vem de uma sopa de letrinhas - GEA, CCR, IPAS... - que nada mais são que um bando de ONG's abortistas?
Notou que a tal IPAS é chamada de "entidade que atua em favor dos direitos reprodutivos da mulher" que é apenas um modo mentiroso de se referir a uma organização abortista que esconde do público o que de fato é?
Realmente não é um pesquisa muito isenta, hahaha! Acauan você que é um cara razoável e escritor do épico manual para entender crente: Acha que o plebiscito é uma boa medida? É contra a pílula do dia seguinte? E o aborto até a 10ª semana é contra?
Re: Aborto supera câncer em internações pelo SUS Out/2010
Enviado: 09 Out 2010, 12:56
por Acauan
Rapidfire escreveu:Realmente não é um pesquisa muito isenta, hahaha! Acauan você que é um cara razoável e escritor do épico manual para entender crente: Acha que o plebiscito é uma boa medida? É contra a pílula do dia seguinte? E o aborto até a 10ª semana é contra?
Pois é Rapidfire,
O problema com os plebiscitos é que são muito vulneráveis à ação dos marketeiros, que são capazes de manipular aspectos da opinião pública momentânea em favor de determinado resultado. Isto não é problema no que se refere às eleições convencionais para cargos legislativos e executivos, pois o objetivo delas é justamente determinar e quantificar esta opinião pública momentânea na forma de escolhas deste ou aquele candidato. Questões como legalização do aborto pairam acima das opiniões públicas momentâneas, dadas suas implicações.
A pílula do dia seguinte habita um limbo ético perigoso. Como não se sabe se há ou não gravidez quando da utilização, não se sabe se houve ou não interrupção da gravidez, logo, aborto. Na dúvida, prefiro ser cauteloso e dar preferência a outros métodos contraceptivos que sejam 100% preventivos.
O aborto até a décima semana é uma bandeira abortista, em geral justificada pelo fato de que o sistema nervoso do feto ainda não está formado, o que caracteriza o argumento como uma petição de princípio. Cria-se uma premissa favorável à sua causa e defende-se a causa com base na premissa criada.
O problema aqui é que se o fator predominante para julgar a humanidade do feto é o estágio de desenvolvimento embrionário, teremos que considerar que antes da décima semana não existe diferença entre um feto humano e um feto de chimpanzé em estágio análogo de desenvolvimento, o que obviamente não é verdadeiro, uma vez que o que nos faz humanos, ou o que faz a eles macacos, já está presente nos respectivos fetos em todas as fases de seu desenvolvimento.
Re: Aborto supera câncer em internações pelo SUS Out/2010
Enviado: 09 Out 2010, 13:05
por Fernando Silva
Acauan escreveu:O problema com os plebiscitos é que são muito vulneráveis à ação dos marketeiros, que são capazes de manipular aspectos da opinião pública momentânea em favor de determinado resultado.
Plebiscitos tendem a funcionar como reuniões de condomínio: um bando de moradores do prédio que não sabe direito de que se trata o assunto, que não esteve envolvido até então e que, de repente, tem que votar "sim" ou "não" sem pensar muito. Além do que, costuma comparecer apenas uma minoria.
A escolha acaba se baseando na opinião de quem propôs a votação (e na sua explanação resumida e tendenciosa) - ou na simpatia ou não do votante pelo proponente. Ou por imitação, se várias pessoas resolvem aplaudir a proposta.
No caso do aborto, haverá mais envolvimento pessoal do que no caso de "vamos contratar a empresa A ou a B para pintar o prédio?", mas ainda resta o problema da decisão pouco informada ou emocional.
Re: Aborto supera câncer em internações pelo SUS Out/2010
Enviado: 09 Out 2010, 13:15
por Anna
O problema é q, de maneira geral, o brasileiro não se envolve com as questões a fundo, não pensa verdadeiramente sobre elas. Em geral, toma partido, ou optam por um lado da questão pq o pastor, padre, mãe, pagagaio ou periquito disseram ser melhor. Discussões no nível que temos aqui são raras, e vemos as repetições de superficialidade até mesmo entre estudantes acadêmicos. E até mesmo profissionais.
Vemos isso também, claramente nas eleições, o povo vota em quem vai comandar o país e decidir suas vidas como se estivesse votando em time de futebol, ou atores de cinema. Ouve o galo cantar e dá trela sem se aprofundar, e pesquisar sobre o que foi dito. Esperar o que na hora de discutir assuntos sérios? Os comentários são deploráveis e superficiais.
Re: Aborto supera câncer em internações pelo SUS Out/2010
Enviado: 09 Out 2010, 13:41
por Apáte
Eu já li uma vez que depois do óvulo fecundado, a pílula do dia seguinte já não tem mais efeito. Ela serve apenas para prevenir que um dos espermatozóides que ficam vivos na vagina chegue até o óvulo sadio. Seria uma espécie de "ovulocida".
Assim como os espermicidas, a pílula não teria poder de matar o zigoto (não é zigotocida), não sendo abortiva.
Sempre achei que essa coisa de píula do dia seguinte matar o embrião era coisa de gente que dizia que as indústrias de camisinha fabricam produtos com defeitos de fábrica propositalmente para manter a empresa que faz os coquetéis da aids.
Re: Aborto supera câncer em internações pelo SUS Out/2010
Enviado: 09 Out 2010, 14:37
por Apáte
Apáte escreveu:Assim como os espermicidas, a pílula não teria poder de matar o zigoto (não é zigotocida), não sendo abortiva.
Parece que a pílula pode causar uma descamação do útero que impediria a nidação (não sei qual a porcentagem de sucesso do procedimento), matando o zigoto.
O fato de não ser tida como abortiva seria um jogo de palavras, uma vez que o aborto é tido como interrupção da gravidez, e a gestação se inicia quando o zigoto cola na parede do útero formando a mórula e depois a blástula.
Depois leio mais sobre a pílula, mas se ela interromper a nidação intencionalmente, eu também não sou a favor.