Democracia Prostituta

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Judas
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Re: Democracia Prostituta

Mensagem por Judas »

Aranha escreveu:

- A verdade é que o Islã nega humanidade à mulher, a tratam como se fosse uma posse, o pior é que eles se reproduzem como moscas, podem descaracterizar a cultura do país que os recebe rapidamente, imaginem a França se tornando uma república Islâmica?!?!? - Nesse momento é importante mostrar aos cabeça-de-toalha que eles não tem liberdade de oprimir mulheres como fazem na terra deles, quem sabe assim eles param de ir ou passam a ir com disposição de se adaptar ao invés de se impor.

Abraços,


Maravilha isso aqui!
34. Para mim a mulher que usa de livre e espontânea vontade esse símbolo de opressão, em um lugar onde ele além de não ser obrigatório, é também mal quisto, está demonstrando sua vontade de que esta prática saia do buraco opressivo de onde foi criada e se espalhe pelo mundo.
Quando vejo um religioso protestando, irritado, exigindo respeito às suas crenças idiotas, penso logo...BOM SINAL! Sinal de que alguém esta fazendo alguma coisa certa.

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Edson Jr
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Re: Democracia Prostituta

Mensagem por Edson Jr »

Sinceramente, se mais ou menos 2000 mulheres (segundo o governo francês) usam burca e isso representa uma ameaça tão grande a ponto do governo proibir o seu uso, provavelmente os alicerces franceses são muito frágeis.

Ainda não vejo sentido algum nessa proibição...
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Edson Jr
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Re: Democracia Prostituta

Mensagem por Edson Jr »

Fernando Silva escreveu:Não é uma questão de bizarria e sim de significado.
É o mesmo que usar suásticas: ela, em si, não faz mal a ninguém.


Eu não usaria suástica, mas deveríamos proibir alguém de usar?! E se o cara disser que a suástica é um símbolo muito antigo e utilizado em muitas outras culturas (bem antes do nazismo)?! Ele estará certo ...

E se o cara apenas acha o símbolo bonitinho, sem passar nada desse negócio de nazismo pela cabeça?!

E, finalmente, se o cara gosta do símbolo por retratar o nazismo, mas suas atitudes não são ruim?! (não faz maldades a ninguém por isso?!)

Sei lá!

Pessoalmente acharia estranho, mas não seria favorável à repressão não ...
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Fernando Silva
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Re: Democracia Prostituta

Mensagem por Fernando Silva »

Edson Jr escreveu:Eu não usaria suástica, mas deveríamos proibir alguém de usar?! E se o cara disser que a suástica é um símbolo muito antigo e utilizado em muitas outras culturas (bem antes do nazismo)?! Ele estará certo ...

Símbolos são poderosos.

Você não pode dizer "merda" em qualquer ambiente, mesmo que depois explique que é uma palavra latina com mais de 2 mil anos. Mas pode dizer "caquinha" sem problemas.

Você não pode dizer "caralho" e depois explicar que significa "membro viril".

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Edson Jr
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Re: Democracia Prostituta

Mensagem por Edson Jr »

Fernando Silva escreveu:Símbolos são poderosos.

Você não pode dizer "merda" em qualquer ambiente, mesmo que depois explique que é uma palavra latina com mais de 2 mil anos. Mas pode dizer "caquinha" sem problemas.

Você não pode dizer "caralho" e depois explicar que significa "membro viril".


No caso em questão, o uso da burca, sua proibição seria válida em casos onde preocupação com a segurança seja necessária, em alguns cargos públicos e por aí vai ...

Agora, qual a razão em proibir seu uso em espaços e repartições públicas?!


Algumas opiniões colhidas na net com as quais concordo:

Antonio Carlos Santos:

"Bom, então vamos todos andar pelados, nus, como os índios. Debaixo do meu casaco ou dentro da minha calça posso esconder uma arma. E sermos obrigar a usar roupa não passa de uma opressão, que nos faz termos vergonha o nosso próprio corpo. Ou aí já é demais para você?

Toda conduta que não for aquela da “sociedade ocidental” deve ser rejeitada? Isto em nome: intolerância. Para justificá-la pode se usar várias desculpas, como a luta contra o terrorismo."


Ivan de Castro:

"Enquanto Pigmeu Sarkozy alega que a Burca não é um “símbolo religioso” e sim “um símbolo de subserviência contra as mulheres”, eu acho este projeto de lei uma medida de coação à liberdade de crença e dos costumes. Muitas dessas 2 mil mulheres usam por que querem e acreditam na importância de acordo com sua crença e não por coação de seus maridos. Acredito que salto-alto, modelos magérrimas, gostosas da cerveja e transtornos alimentares são muito mais opressivos do que a Burca."


Caipira Zé:

"Para a comunidade muçulmana a burca deve ser usada para preservar a mulher. Para que ela possa seduzir o homem apenas com os olhos e, desta forma, evitar que ela seja visto como mero objeto.

Você pode discordar. Não há problemas. Mas não diga que isso aqui não faz da mulher um objeto:"

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Fabio Hernandez:

"Pois bem. Vi, em vídeos, depoimentos de mulheres francesas que usam burca. Uma delas diz que ao usá-la se sentiu livre do machismo dos homens, que olham para a mulher como um objeto e, quando ela envelhece, viram o rosto.

Que mulher é mais objeto de um homem: a que veste burca ou a que não veste nada, como esta abaixo?"


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Fernando Silva
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Re: Democracia Prostituta

Mensagem por Fernando Silva »

Caipira Zé:

"Para a comunidade muçulmana a burca deve ser usada para preservar a mulher. Para que ela possa seduzir o homem apenas com os olhos e, desta forma, evitar que ela seja visto como mero objeto.

Você pode discordar. Não há problemas. Mas não diga que isso aqui não faz da mulher um objeto:"

Que tal perguntar o que as "preservadas" acham disto?
Será que elas querem se limitar a seduzir o homem apenas com os olhos?
E se ela quiser ter a opção de ser um objeto sexual?

Pergunta: você se casaria com uma mulher depois de conhecer apenas seus olhos?

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Huxley
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Re: Democracia Prostituta

Mensagem por Huxley »

Caipira Zé:

"Para a comunidade muçulmana a burca deve ser usada para preservar a mulher. Para que ela possa seduzir o homem apenas com os olhos e, desta forma, evitar que ela seja visto como mero objeto.

Você pode discordar. Não há problemas. Mas não diga que isso aqui não faz da mulher um objeto:"


Se se está falando de sedução física - ou mesmo de sedução como um todo - não há como se desconectar da parte sexual. Mesmo os olhos são um componente da atração sexual. Eu fico imaginando como um cara que faz uma declaração dessas faz sexo com uma mulher que está por cima dele. Provavelmente, ele inicia o ato sexual e, no momento em que começa a sentir prazer, começa a contar as lâmpadas do quarto para tirar o foco "impuro": "uma lâmpada, duas lâmpadas, três lâmpadas"...
“A boa sociedade é aquela em que o número de oportunidades de qualquer pessoa aleatoriamente escolhida tenha probabilidade de ser a maior possível”

Friedrich Hayek. “Direito, legislação e liberdade” (volume II, p.156, 1985, Editora Visão)

"Os homens práticos, que se julgam tão independentes em seu pensar, são todos na verdade escravos das idéias de algum economista morto."

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Edson Jr
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Re: Democracia Prostituta

Mensagem por Edson Jr »

Fernando Silva escreveu:Que tal perguntar o que as "preservadas" acham disto?


Seria interessante.

Fernando Silva escreveu:Será que elas querem se limitar a seduzir o homem apenas com os olhos?


Não sei.

Fernando Silva escreveu:E se ela quiser ter a opção de ser um objeto sexual?


Seria um problema dela.

Fernando Silva escreveu:Pergunta: você se casaria com uma mulher depois de conhecer apenas seus olhos?


Não, mas e daí!?
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Edson Jr
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Re: Democracia Prostituta

Mensagem por Edson Jr »

Huxley escreveu:Se se está falando de sedução física - ou mesmo de sedução como um todo - não há como se desconectar da parte sexual. Mesmo os olhos são um componente da atração sexual. Eu fico imaginando como um cara que faz uma declaração dessas faz sexo com uma mulher que está por cima dele. Provavelmente, ele inicia o ato sexual e, no momento em que começa a sentir prazer, começa a contar as lâmpadas do quarto para tirar o foco "impuro": "uma lâmpada, duas lâmpadas, três lâmpadas"...


Também acho tudo isso maior papo furado, mas o que tenho a ver com isso?! O que é idiota para mim pode ser valioso para outro. Posso não concordar, mas preciso respeitar.
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Judas
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Re: Democracia Prostituta

Mensagem por Judas »

Vou limitar minhas opiniões a respeito dessa corja de barbudos filhos-das-putas ao video do Pat Condell que postei. Tenho medo de ser expulso daqui se falar tudo o que eu acho que essa gente merece ouvir.
Quando vejo um religioso protestando, irritado, exigindo respeito às suas crenças idiotas, penso logo...BOM SINAL! Sinal de que alguém esta fazendo alguma coisa certa.

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Judas
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Re: Democracia Prostituta

Mensagem por Judas »

Engraçado como funciona a cabeça das pessoas :emoticon19:

Para certas pessoas é aceitável, pois trata-se de "cultura", essa coisa de obrigar as mulheres a se vestir de Dart Vader.
É assunto de soberania nacional, sendo assim o resto do mundo (quer concorde ou não) não tem nada a ver com isso.
Mas e quanto ao direito de um país decidir dentro de suas próprias fronteiras o que afronta ou não sua respectiva cultura?
Não é isso o que certos países islâmicos fazem?
O Acauan escreveu algo parecido por aqui.
Eles não deixam de apedrejar pessoas, pelos mais diversos e fúteis motivos, simplesmente porque isso é ofensivo aos olhos do ocidente.
Mas se um país decide que, em seu território, em respeito a cultura local, eles não poderão tratar mulheres como gado, eles começam a gritar "ISLAMOFOBIA"
Editado pela última vez por Judas em 13 Fev 2011, 20:21, em um total de 1 vez.
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Judas
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Re: Democracia Prostituta

Mensagem por Judas »

Edson Jr escreveu:Sinceramente, se mais ou menos 2000 mulheres (segundo o governo francês) usam burca e isso representa uma ameaça tão grande a ponto do governo proibir o seu uso, provavelmente os alicerces franceses são muito frágeis.

Ainda não vejo sentido algum nessa proibição...


Pergunta simples:

Porque nos países islâmicos eles podem obrigar as mulheres a usar uma determinada roupa mas, os demais países em seus respectívos territórios nãopodem proibir o uso dessa mesma roupa, se, para ambos os casos, o argumento usado é o da defesa da cultura local?
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Fernando Silva
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Re: Democracia Prostituta

Mensagem por Fernando Silva »

Edson Jr escreveu:Também acho tudo isso maior papo furado, mas o que tenho a ver com isso?! O que é idiota para mim pode ser valioso para outro. Posso não concordar, mas preciso respeitar.

Assim como as pessoas teriam que me respeitar se eu decidir andar o tempo todo só de chinelo e bermudas, não importando onde eu for?

Afinal, não há nada de errado ou indecente numa bermuda.

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Apo
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Re: Democracia Prostituta

Mensagem por Apo »

Por Alá, Edson! Não seja ingênuo! Putz.
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Huxley
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Re: Democracia Prostituta

Mensagem por Huxley »

Fernando Silva escreveu:
Edson Jr escreveu:Também acho tudo isso maior papo furado, mas o que tenho a ver com isso?! O que é idiota para mim pode ser valioso para outro. Posso não concordar, mas preciso respeitar.

Assim como as pessoas teriam que me respeitar se eu decidir andar o tempo todo só de chinelo e bermudas, não importando onde eu for?

Afinal, não há nada de errado ou indecente numa bermuda.


Acho que tratar mulher igual a gado é bem pior do que a analogia aí acima faz pensar. Esta aqui estaria mais próxima da gravidade do tema:

"Temos que respeitar a opinião de quem acha que ver pedofilia na internet é saudável...Podemos até não fazer isso, mas temos que respeitar... " :emoticon26:

Como disse Dawkins em "Deus, um delírio", essa história de que "temos que respeitar" as opiniões dos outros é a prescrição que mais já blindou as religiões de críticas em toda a história, inclusive dos maiores absurdos de mandamentos que ela dissemina...Temos que respeitar aquilo que tiver pelo menos um bom argumento para defendê-lo, caso contrário eu não vou respeitar sua opinião coisíssima nenhuma.
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Edson Jr
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Re: Democracia Prostituta

Mensagem por Edson Jr »

Judas escreveu:Porque nos países islâmicos eles podem obrigar as mulheres a usar uma determinada roupa mas, os demais países em seus respectívos territórios nãopodem proibir o uso dessa mesma roupa, se, para ambos os casos, o argumento usado é o da defesa da cultura local?


A França possui todo o direito em proibir o uso da burca utilizando o argumento de defesa da cultura local, mas tal posicionamento não é condizente com um país que se julga democrático.
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Re: Democracia Prostituta

Mensagem por Edson Jr »

Fernando Silva escreveu:Assim como as pessoas teriam que me respeitar se eu decidir andar o tempo todo só de chinelo e bermudas, não importando onde eu for?


Em espaços públicos, sim.
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Edson Jr
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Re: Democracia Prostituta

Mensagem por Edson Jr »

Huxley escreveu:"Temos que respeitar a opinião de quem acha que ver pedofilia na internet é saudável...Podemos até não fazer isso, mas temos que respeitar... " :emoticon26:


Como se utilizar burca fosse similar ao fascínio pela pedofilia ...

O simples uso de uma burca não agride ninguém, mas um fascinado pela pedofilia é obviamente um perigo em potencial.

Huxley escreveu:Como disse Dawkins em "Deus, um delírio", essa história de que "temos que respeitar" as opiniões dos outros é a prescrição que mais já blindou as religiões de críticas em toda a história, inclusive dos maiores absurdos de mandamentos que ela dissemina...Temos que respeitar aquilo que tiver pelo menos um bom argumento para defendê-lo, caso contrário eu não vou respeitar sua opinião coisíssima nenhuma.


Dawkins apenas quer justificar sua própria intolerância.
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Re: Democracia Prostituta

Mensagem por Edson Jr »

Apo escreveu:Por Alá, Edson! Não seja ingênuo! Putz.


Só procuro ver a mesma questão em várias perspectivas, Apo!

Por exemplo: Tal postura da França, assim como a de outros países ditos democráticos não pode ser um indício de que a democracia, na prática, não existe e que no fundo somos tão selvagens como outros países (apenas mudamos de roupagem)?!

Ou não ...
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Re: Democracia Prostituta

Mensagem por Lúcifer »

Um bom motivo para para se proibir a burca é a segurança nacional, pois embaixo de uma inocente burca pode-se esconder alguns quilos de explosivos plástico.

Tudo bem que muitos homens e mulheres bomba estavam com roupas mais civis, mas imagine o estrago que dá pra fazer com dez kilos de sentex ou c-4 escondidos embaixo de uma burca??
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Judas
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Re: Democracia Prostituta

Mensagem por Judas »

Edson Jr escreveu:
Judas escreveu:Porque nos países islâmicos eles podem obrigar as mulheres a usar uma determinada roupa mas, os demais países em seus respectivos territórios nãopodem proibir o uso dessa mesma roupa, se, para ambos os casos, o argumento usado é o da defesa da cultura local?


A França possui todo o direito em proibir o uso da burca utilizando o argumento de defesa da cultura local, mas tal posicionamento não é condizente com um país que se julga democrático.


A burca é um símbolo do status da mulher no mundo islâmico, onde:
1- Mulher não vota
2- Sua palavra vale metade da de um homem
3- Se o marido encontrar a sua mulher tendo relações sexuais com outro homem, tem direito a matar os dois. Toda mulher comprovadamente adúltera pode ser apedrejada até a morte.
4- Os homens também podem ser condenados por adultério, mas têm direito ao chamado "casamento temporário", que lhes permite casar com várias mulheres, inclusive, durante só algumas horas, para poder ter relações sexuais com elas.
5- Pelo chamado "preço do sangue", no Irã, quem mata uma pessoa, além de cumprir pena correspondente, tem que pagar uma quantia aos parentes da vítima.
"Matar uma mulher, da mesma forma que um estrangeiro, custa a metade do que matar um homem", explica o advogado do centro de Ebadi, que prefere ficar anônimo, devido à pressão exercida pelas autoridades iranianas

Nada disso aqui tem a ver com democracia, muito pelo contrário. Sendo assim, o estado democrático pode e deve manter essa desgraça de burca o mais longe possível de suas fronteiras. Chame do que quiser a atitude do governo francês, "truculenta", "antidemocrática", "unilateral", não interessa, quando se trata de liberdade não há espaço para debates. Proibir a burca é zelar pela liberdade das mulheres. Se essas mulheres têm tanta vontade assim de usar a burca, a porque elas não voltam pro buraco de rato repressivo que é o país de onde elas saíram?
.O que estes desgraçados querem é espalhar essa prática maldita pela europa. Torná-la aceitável na marra.
O que o governo francês disse foi o seguinte:
"Aqui mulher também é gente, se quiserem destratá-las vão fazer isso em outro lugar!"
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Re: Democracia Prostituta

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Edson Jr escreveu:
Huxley escreveu:Como disse Dawkins em "Deus, um delírio", essa história de que "temos que respeitar" as opiniões dos outros é a prescrição que mais já blindou as religiões de críticas em toda a história, inclusive dos maiores absurdos de mandamentos que ela dissemina...Temos que respeitar aquilo que tiver pelo menos um bom argumento para defendê-lo, caso contrário eu não vou respeitar sua opinião coisíssima nenhuma.


Dawkins apenas quer justificar sua própria intolerância.




Onde existe intolerância em exigir que um ponto de vista, seja ele qual for, esteja embasado por no mínimo um argumento que o faça minimamente válido?
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Judas
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Re: Democracia Prostituta

Mensagem por Judas »

Edson Jr escreveu:
Apo escreveu:Por Alá, Edson! Não seja ingênuo! Putz.


Só procuro ver a mesma questão em várias perspectivas, Apo!

Por exemplo: Tal postura da França, assim como a de outros países ditos democráticos não pode ser um indício de que a democracia, na prática, não existe e que no fundo somos tão selvagens como outros países (apenas mudamos de roupagem)?!

Ou não ...



Você está sendo ingênuo, e muito Edson.
A quem você acha que interessa essa coisa de burca na europa?
De quem é o interesse de que o povo islâmico sempre esteja em pé de guerra com alguém?
A quem interessa que o islam continue pra sempre sendo visto como uma religião problemática e violenta.

Uma dica, não interessa em nada ao povo que pratica sua religião de forma pacífica e sem encher o saco de ninguém.
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Huxley
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Re: Democracia Prostituta

Mensagem por Huxley »

Edson Jr escreveu:

Como se utilizar burca fosse similar ao fascínio pela pedofilia ...

O simples uso de uma burca não agride ninguém, mas um fascinado pela pedofilia é obviamente um perigo em potencial.


Até agora não entrei na discussão da proibição da burca. O que analisei foi o comentário de um tal de Caipira Zé...que considera que mulher com pouca roupa é mulher-objeto, o que inclui obviamente todas as mulheres que vão a praia de biquini. Pessoalmente, eu acho que a gravidade dessa declaração é mais próxima daquela de um simpatizante de pedofilia do que a de alguém que tem simpatia pela liberação, em qualquer ambiente, do uso de bermudas e chinelos.
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Friedrich Hayek. “Direito, legislação e liberdade” (volume II, p.156, 1985, Editora Visão)

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Re: Democracia Prostituta

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Europa já tem tribunais islâmicos

Janer Cristaldo


Ainda os muçulmanos. Segundo Vincent Geisser, estudioso do islamismo e da imigração no Centro Nacional de Pesquisas Científicas francês, quanto mais os muçulmanos da Europa se firmam como parte permanente dos cenários nacionais, mais assustam alguns europeus que pensam que suas identidades nacionais podem ser mudadas para sempre. "Hoje, na Europa, o medo do Islã cristaliza todos os outros medos", disse Geisser. "Na Suíça, são os minaretes. Na França, é o véu, a burca e a barba."

Geisser sofisma. Os europeus não têm exatamente medo do Islã. Antes de ter medo, têm asco. Islamofobia é um neologismo safado. Melhor se diria se falássemos em islamojeriza, ou palavra semelhante. Os suíços não temem os minaretes. Apenas não os querem desfigurando o desenho de suas cidades. Muito menos como símbolo de um poder religioso que quer impor-se ao Estado. Tampouco os franceses temem o véu ou a burca. Apenas não querem símbolos religiosos – que denotam a opressão da mulher – em suas escolas. Quanto à barba, os franceses não têm nada contra. Geisser, que só pode ser porta-voz das esquerdas derrotadas no final do século passado, a incluiu apenas para envenenar a discussão.

"Existe na Europa uma angústia existencial em torno da identidade", diz Geisser. "Há uma sensação de que a Europa está encolhendo e perdendo importância. A Europa é como uma senhora idosa que, a cada vez que ouve um barulho, pensa que é um ladrão." Esse clima generalizado de ansiedade se traduz em um medo específico, diz ele: o medo do islã, "uma caixa que recebe os medos de todos".

Não há sensação que a Europa está encolhendo. Com sua atual taxa de natalidade, a Europa está de fato encolhendo. Não que a Europa esteja perdendo importância. Mas está cedendo terreno ao Islã. Não é que a senhora idosa, a cada barulho, pense que se trata de um ladrão. O ladrão já está dentro de sua casa, roubando seus impostos, sua segurança, sua assistência social, quando não suas vidas.

Segundo Youcef Mammeri, escritor e membro do Conselho Conjunto de Muçulmanos de Marselha, o racismo na França passou de antiárabe para antimuçulmano, o que, para ele, é "um retrocesso terrível". Em primeiro lugar, nunca houve racismo antiárabe, nem na França nem na Europa. Tanto que a UE acolhe hoje algo entre 15 e 20 milhões de imigrantes muçulmanos, isto é, árabes. Continuando, Islã não é raça. É religião. Se pessoas se opõe a uma religião, não se pode falar de racismo. Mammeri desloca o cerne da discussão, para acusar os europeus de racistas.

Há árabes que são muito bem vistos na Europa. Para começar, todos os que lecionam em suas universidades. Foram chamados a contribuir com a cultura européia e contra estes nada consta. A restrição dos europeus não é a uma raça, ou mesmo nacionalidade. Mas a uma religião intolerante e invasiva que começa a minar inclusive as leis do Velho Continente.

Na França há um personagem muito particular, é o chamado “arabe du coin”, o árabe da esquina. É aquele árabe que tem uma quitandinha que fica aberta até altas horas da noite, quando todo francês está entregue ao lazer. É o último recurso de quem precisa de um vinho, patê ou queijo e não tem mais onde comprar. O árabe da esquina não precisa ser da esquina e nem mesmo árabe. Pode ser até um chinês e ficar no meio da quadra. São pessoas que trabalham, estão integradas à sociedade francesa, respeitam as leis do país e jamais lhes ocorreria sair a quebrar vitrines e queimar carros. Francês algum tem algo contra este imigrante.

O que o francês – e o europeu em geral – não suporta é a pretensão de imigrantes que querem criar um Estado dentro do Estado. Houve época em que um imigrante chegava à Europa perguntando quais seriam seus deveres. Hoje, o imigrante chega exigindo seus direitos. Exige inclusive o direito de permanecer ilegalmente no país. Europeu é o que não falta para dar apoio a esta pretensão descabida. Quem é contra a permanência ilegal de um imigrante no continente não é considerado um defensor do Estado de direito. Mas racista. As viúvas do Kremlin, que não conseguiram destruir a idéia de Europa com o marxismo, são os primeiros a apoiar os imigrantes ilegais. Se não conseguimos destruir a Europa e suas instituições com o comunismo, vamos agora destruí-las com o Islã.

Muçulmanos não aceitam as leis dos países que os acolhem. Viciados por Estados teocráticos, onde a religião tem força de lei, querem impor suas leis – isto é, sua religião – para os Estados para onde migram. Leio no Estadão que uma investigação da polícia da Catalunha revelou a existência de tribunais islâmicos clandestinos em plena Espanha. A primeira corte ilegal descoberta na Espanha operaria como em um país muçulmano, com a aplicação do rigor da Sharia, a lei islâmica. O tribunal foi revelado no início de dezembro quando a Justiça da região de Tarragona indiciou dez imigrantes por liderar uma corte que teria sentenciado à morte uma mulher muçulmana.

Ou seja, o imigrante muçulmano – ao arrepio da legislação dos países que os acolhem – criam tribunais paralelos de exceção. Segundo a polícia espanhola, é "provável que se tenha estabelecido um tribunal de honra islâmico". Sete dos acusados estão em prisão preventiva. Se condenados, podem pegar até 23 anos de prisão por cárcere privado, tentativa de homicídio e associação ilícita. E nunca falta um intelectual qualquer na Europa que acuse os europeus de racismo quando os europeus querem apenas defender suas leis e modus vivendi. O “provável” da polícia espanhola é eufemismo. Os tribunais de honra islâmico existem de fato.

O primeiro indício do tribunal foi registrado em março, quando uma marroquina denunciou o marido em uma corte espanhola por maus-tratos e tentativa de assassinato. A Justiça concluiu que o marido, Hassan Oulad Omar, havia denunciado sua mulher a um tribunal islâmico clandestino por desobediência. Ela estava grávida e o marido queria obrigá-la a abortar. Segundo a vítima, cujo nome é mantido em sigilo, ela foi sequestrada e julgada por 20 homens, que deliberaram sobre seu destino por horas. No fim do dia, foi levada para a casa de um dos membros do tribunal, mas conseguiu escapar durante a noite.

Segundo o jornal, na Grã-Bretanha, onde há uma grande população muçulmana, a Sharia começa a ser usada para resolver disputas familiares e pequenas causas. O primeiro tribunal foi identificado em 2008, mas opera desde 2007. Já comentei caso na Escandinávia em que um muçulmano, junto com seus filhos, executou uma filha porque esta tinha relações antes do casamento com um sueco. Não foi preciso tribunal algum. A família se erigiu em tribunal.

Ninguém põe na cabeça de um muçulmano que ele precisa respeitar as leis e os costumes do país que o acolhe. Pior ainda, já há juízes europeus, em plena Europa, julgando segundo as leis do Corão. Há três anos, comentei o caso da juíza Christa Datz-Winter, de Frankfurt, que negou o pedido de divórcio feito por uma mulher muçulmana que se queixava da violência do marido. A juíza declarou que os dois vieram de um "ambiente cultural marroquino em que não é incomum um homem exercer um direito de castigo corporal sobre sua esposa". A recomendação de Christa foi condenada até mesmo por líderes muçulmanos.

Quando a mulher protestou, Datz-Winter citou uma passagem do Corão, onde consta que "os homens são encarregados das mulheres". Ironicamente, coube ao Conselho Central dos Muçulmanos na Alemanha defender as leis da Alemanha. A juíza "deveria ter decidido exclusivamente nas linhas da Constituição alemã", declarou o grupo muçulmano. "Violência e abuso contra pessoas - sejam elas homens ou mulheres - também são razões para conceder um divórcio no Islã, é claro".

Quando uma juíza alemã troca o Código Civil pelo Corão e muçulmanos precisam defender a constituição de um país europeu, o Ocidente está mal das pernas. Há horas líderes muçulmanos pedem, na Suécia, a adoção da legislação muçulmana para regulamentar os casamentos de muçulmanos.

Na Alemanha, já nem é preciso pedir.
Europa já tem tribunais islâmicos

Janer Cristaldo


Ainda os muçulmanos. Segundo Vincent Geisser, estudioso do islamismo e da imigração no Centro Nacional de Pesquisas Científicas francês, quanto mais os muçulmanos da Europa se firmam como parte permanente dos cenários nacionais, mais assustam alguns europeus que pensam que suas identidades nacionais podem ser mudadas para sempre. "Hoje, na Europa, o medo do Islã cristaliza todos os outros medos", disse Geisser. "Na Suíça, são os minaretes. Na França, é o véu, a burca e a barba."

Geisser sofisma. Os europeus não têm exatamente medo do Islã. Antes de ter medo, têm asco. Islamofobia é um neologismo safado. Melhor se diria se falássemos em islamojeriza, ou palavra semelhante. Os suíços não temem os minaretes. Apenas não os querem desfigurando o desenho de suas cidades. Muito menos como símbolo de um poder religioso que quer impor-se ao Estado. Tampouco os franceses temem o véu ou a burca. Apenas não querem símbolos religiosos – que denotam a opressão da mulher – em suas escolas. Quanto à barba, os franceses não têm nada contra. Geisser, que só pode ser porta-voz das esquerdas derrotadas no final do século passado, a incluiu apenas para envenenar a discussão.

"Existe na Europa uma angústia existencial em torno da identidade", diz Geisser. "Há uma sensação de que a Europa está encolhendo e perdendo importância. A Europa é como uma senhora idosa que, a cada vez que ouve um barulho, pensa que é um ladrão." Esse clima generalizado de ansiedade se traduz em um medo específico, diz ele: o medo do islã, "uma caixa que recebe os medos de todos".

Não há sensação que a Europa está encolhendo. Com sua atual taxa de natalidade, a Europa está de fato encolhendo. Não que a Europa esteja perdendo importância. Mas está cedendo terreno ao Islã. Não é que a senhora idosa, a cada barulho, pense que se trata de um ladrão. O ladrão já está dentro de sua casa, roubando seus impostos, sua segurança, sua assistência social, quando não suas vidas.

Segundo Youcef Mammeri, escritor e membro do Conselho Conjunto de Muçulmanos de Marselha, o racismo na França passou de antiárabe para antimuçulmano, o que, para ele, é "um retrocesso terrível". Em primeiro lugar, nunca houve racismo antiárabe, nem na França nem na Europa. Tanto que a UE acolhe hoje algo entre 15 e 20 milhões de imigrantes muçulmanos, isto é, árabes. Continuando, Islã não é raça. É religião. Se pessoas se opõe a uma religião, não se pode falar de racismo. Mammeri desloca o cerne da discussão, para acusar os europeus de racistas.

Há árabes que são muito bem vistos na Europa. Para começar, todos os que lecionam em suas universidades. Foram chamados a contribuir com a cultura européia e contra estes nada consta. A restrição dos europeus não é a uma raça, ou mesmo nacionalidade. Mas a uma religião intolerante e invasiva que começa a minar inclusive as leis do Velho Continente.

Na França há um personagem muito particular, é o chamado “arabe du coin”, o árabe da esquina. É aquele árabe que tem uma quitandinha que fica aberta até altas horas da noite, quando todo francês está entregue ao lazer. É o último recurso de quem precisa de um vinho, patê ou queijo e não tem mais onde comprar. O árabe da esquina não precisa ser da esquina e nem mesmo árabe. Pode ser até um chinês e ficar no meio da quadra. São pessoas que trabalham, estão integradas à sociedade francesa, respeitam as leis do país e jamais lhes ocorreria sair a quebrar vitrines e queimar carros. Francês algum tem algo contra este imigrante.

O que o francês – e o europeu em geral – não suporta é a pretensão de imigrantes que querem criar um Estado dentro do Estado. Houve época em que um imigrante chegava à Europa perguntando quais seriam seus deveres. Hoje, o imigrante chega exigindo seus direitos. Exige inclusive o direito de permanecer ilegalmente no país. Europeu é o que não falta para dar apoio a esta pretensão descabida. Quem é contra a permanência ilegal de um imigrante no continente não é considerado um defensor do Estado de direito. Mas racista. As viúvas do Kremlin, que não conseguiram destruir a idéia de Europa com o marxismo, são os primeiros a apoiar os imigrantes ilegais. Se não conseguimos destruir a Europa e suas instituições com o comunismo, vamos agora destruí-las com o Islã.

Muçulmanos não aceitam as leis dos países que os acolhem. Viciados por Estados teocráticos, onde a religião tem força de lei, querem impor suas leis – isto é, sua religião – para os Estados para onde migram. Leio no Estadão que uma investigação da polícia da Catalunha revelou a existência de tribunais islâmicos clandestinos em plena Espanha. A primeira corte ilegal descoberta na Espanha operaria como em um país muçulmano, com a aplicação do rigor da Sharia, a lei islâmica. O tribunal foi revelado no início de dezembro quando a Justiça da região de Tarragona indiciou dez imigrantes por liderar uma corte que teria sentenciado à morte uma mulher muçulmana.

Ou seja, o imigrante muçulmano – ao arrepio da legislação dos países que os acolhem – criam tribunais paralelos de exceção. Segundo a polícia espanhola, é "provável que se tenha estabelecido um tribunal de honra islâmico". Sete dos acusados estão em prisão preventiva. Se condenados, podem pegar até 23 anos de prisão por cárcere privado, tentativa de homicídio e associação ilícita. E nunca falta um intelectual qualquer na Europa que acuse os europeus de racismo quando os europeus querem apenas defender suas leis e modus vivendi. O “provável” da polícia espanhola é eufemismo. Os tribunais de honra islâmico existem de fato.

O primeiro indício do tribunal foi registrado em março, quando uma marroquina denunciou o marido em uma corte espanhola por maus-tratos e tentativa de assassinato. A Justiça concluiu que o marido, Hassan Oulad Omar, havia denunciado sua mulher a um tribunal islâmico clandestino por desobediência. Ela estava grávida e o marido queria obrigá-la a abortar. Segundo a vítima, cujo nome é mantido em sigilo, ela foi sequestrada e julgada por 20 homens, que deliberaram sobre seu destino por horas. No fim do dia, foi levada para a casa de um dos membros do tribunal, mas conseguiu escapar durante a noite.

Segundo o jornal, na Grã-Bretanha, onde há uma grande população muçulmana, a Sharia começa a ser usada para resolver disputas familiares e pequenas causas. O primeiro tribunal foi identificado em 2008, mas opera desde 2007. Já comentei caso na Escandinávia em que um muçulmano, junto com seus filhos, executou uma filha porque esta tinha relações antes do casamento com um sueco. Não foi preciso tribunal algum. A família se erigiu em tribunal.

Ninguém põe na cabeça de um muçulmano que ele precisa respeitar as leis e os costumes do país que o acolhe. Pior ainda, já há juízes europeus, em plena Europa, julgando segundo as leis do Corão. Há três anos, comentei o caso da juíza Christa Datz-Winter, de Frankfurt, que negou o pedido de divórcio feito por uma mulher muçulmana que se queixava da violência do marido. A juíza declarou que os dois vieram de um "ambiente cultural marroquino em que não é incomum um homem exercer um direito de castigo corporal sobre sua esposa". A recomendação de Christa foi condenada até mesmo por líderes muçulmanos.

Quando a mulher protestou, Datz-Winter citou uma passagem do Corão, onde consta que "os homens são encarregados das mulheres". Ironicamente, coube ao Conselho Central dos Muçulmanos na Alemanha defender as leis da Alemanha. A juíza "deveria ter decidido exclusivamente nas linhas da Constituição alemã", declarou o grupo muçulmano. "Violência e abuso contra pessoas - sejam elas homens ou mulheres - também são razões para conceder um divórcio no Islã, é claro".

Quando uma juíza alemã troca o Código Civil pelo Corão e muçulmanos precisam defender a constituição de um país europeu, o Ocidente está mal das pernas. Há horas líderes muçulmanos pedem, na Suécia, a adoção da legislação muçulmana para regulamentar os casamentos de muçulmanos.

Na Alemanha, já nem é preciso pedir.

http://pugnacitas.blogspot.com/2010/01/ ... micos.html
Quando vejo um religioso protestando, irritado, exigindo respeito às suas crenças idiotas, penso logo...BOM SINAL! Sinal de que alguém esta fazendo alguma coisa certa.

Trancado