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História do Holocausto

Enviado: 07 Fev 2006, 11:23
por emmmcri
História do Holocausto


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Sob a doutrina racista do III Reich, cerca de 7,5 milhões de pessoas perderam a dignidade e a vida em campos de concentração, especialmente preparados para matar em escala industrial. Para os nazistas, aqueles que não possuíam sangue ariano não deveriam ser tratados como seres humanos. A política anti-semita do nazismo visou especialmente os judeus, mas não poupou também ciganos, negros, homossexuais, comunistas e doentes mentais. Estima-se que entre 5,1 e 6 milhões de judeus tenham sido mortos durante a Segunda Guerra, o que representava na época cerca de 60% da população judaica na Europa. Foram assassinados ainda entre 220 mil e 500 mil ciganos. O Tribunal de Nuremberg estimou em aproximadamente 275 mil alemães considerados doentes incuráveis que foram executados, mas há estudos que indicam um número menor, cerca de 170 mil. Não há dados confiáveis a respeito do número de homossexuais, negros e comunistas mortos pelo regime nazista. A perseguição do III Reich começou logo após a ascensão de Hitler ao poder, no dia 30 de janeiro de 1933. Ele extinguiu partidos políticos, instalou o monopartidarismo e passou a agir duramente contra os opositores do regime, que eram levados a campos de concentração -- em março de 1933 já havia 25 mil presos no campo de Dachau, no sul da Alemanha. Livros de autores judeus e comunistas -- entre ele Freud, Marx e Einstein -- foram queimados em praça pública. A intelectualidade, acuada, só assistia -- o Führer tinha o hábito de reprimir violentamente qualquer manifestação de protesto. Os condenados sofriam torturas, eram obrigados a fazer trabalhos forçados ou acabavam morrendo por fome ou doença. Eram também considerados inimigos do III Reich os comunistas -- embora Hitler tenha se associado à União Soviética para garantir a invasão da Polônia --, pacifistas e testemunhas de Jeová. Um após Hitler ter assumido o poder foram baixadas leis anti-judaicas iniciando o boicote econômico. Após a expulsão dos judeus poloneses da Alemanha, um jovem repatriado, Herschel Grynspan, assassinou em Paris o secretário da embaixada alemã, Ernst von Rath. Isso detonou entre os dias 9 e 11 de novembro de 1938 uma série de perseguições que ficaram conhecidas como a Noite dos Cristais. Centenas de sinagogas foram incendiadas, 20 mil judeus foram levados a campos de concentração e 91 foram mortos, segundo informações de fontes alemãs. Cerca de 7 mil lojas foram destruídas e os judeus ainda foram condenados a pagar uma multa de indenização de 1,5 bilhão de marcos.
http://www.geocities.com/Pentagon/Quart ... /holo.html

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Enviado: 07 Fev 2006, 11:32
por O ENCOSTO
maometanos e crentes postando no RV:

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The "German Christians" in action!!!

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Re.: História do Holocausto

Enviado: 07 Fev 2006, 11:43
por Acauan
Texto ruinzinho sobre o Holocausto, mas que pode ser aproveitado para a reflexão que mais importa quando o assunto é lembrado: Por que aconteceu e pode acontecer de novo?

Massacres sistemáticos não foram inventados no século XX. A História está lotada deles.

O Holocausto representa uma ruptura porque foi um massacre promovido por um povo de cultura cristã européia que usou toda sua sofisticação intelectual para transferir a eficiência dos processos industriais para a produção de morte.

Isto choca nossas consciências não apenas pelo número de vítimas, mas porque desta vez os algozes não eram bárbaros primitivos arrebentando cabeças enquanto soltavam urros selvagens. Os assassinos eram a fina flor da civilização ocidental.

Se aconteceu lá, pode acontecer de novo.
Como dizem os crentes, vigiai...

Re.: História do Holocausto

Enviado: 07 Fev 2006, 11:54
por Tranca
Imagina um certo Estado do Islã radical de posse de armas nucleares... Israel já foi avisado...

Enviado: 07 Fev 2006, 12:06
por Pug
Por que aconteceu e pode acontecer de novo?


Espermos que os homens sejam razoáveis, mas pelo que leio,mesmo neste forum o risco é bem grande.

Sejam cristãos, judeus, muçulmanos, ateus...e a lista seria longa.

Quando escolhemos um dos grupos como alvo, a porta fica aberta.

A Shoa é um dos momentos trágicos da humanidade, não foram somente os judeus as vitimas, mas a própia humanidade enquanto que tal...

Enviado: 07 Fev 2006, 12:07
por emmmcri
Eu vi um video de nome Infiltrator, q narra a investida de um reporter judeu para investigar gangs neo nazistas , e acaba chegando a assistir comicios de Nazistas na Alemanha.Apesar da denuncia feita atravez deste video,o governo Alemao silenciou.Fita super interessante q mostra como o Neo Nazismo encontra simpatizantes por todo o planeta,lamentavelmente.

)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Essa conversinha de que o cristianismo deu origem ao nazismo só tem o poder de ilustrar o que Platão disse em sua obra "Fedro". Em um debate muitas vezes as intenções se sobrepõe aos argumentos". Ou seja,dependendo das intenções, podemos construir a teoria que bem quisermos.
Embora eu não deseje realmente levantar esta questão, toco no assunto apenas para exemplificar como é fácil fazer este tópico tomar o rumo inverso.
Eu poderia afirmar que o embrião do nazismo se encontra na obra do filósofo alemão Friederich Nietzsche que por sua vez bebeu na fonte de Charles Darwin conforme veremos a seguir.
Basta passar os olhos pelo primeiro capítulo de sua Obra "O Anticristo" para perceber que ele, Nietzsche se achava um ser hiperbóreo, sentado no alto das montanhas observando toda a humanidade medíocre abaixo de seus pés.Eu acho que todo cristão poderia ler este livro um dia. Vai aprender muito a
respeito de um "Verdadeiro Ateu". De como se tem que descer até os subterrâneos da lógica para decidir que Deus não existe. Mas vamos ao texto:
"Chama-se cristianismo a religião da compaixão. - A compaixão está em posição a todas as paixões tônicas que aumentam a intensidade do sentimento
vital: tem ação depressora. O homem perde poder quando se compadece. Através
da perda de força causada pela compaixão o sofrimento acaba por multiplicar-se. O sofrimento torna-se contagioso através da compaixão; sob certas circunstancias pode levar a um total sacrifício da vida e da energia vital - uma perda totalmente desproporcional à magnitude da causa (- o caso
da morte de Nazareno). Essa é uma primeira perspectiva; há, entretanto,outra mais importante. Medindo os efeitos da compaixão através da intensidade das reações que produz, sua periculosidade à vida mostra-se sob uma luz muito mais clara. A compaixão contraria inteiramente lei da evolução, que é a lei da seleção natural. Preserva tudo que está maduro para
perecer; luta em prol dos desterrados e condenados da vida; e mantendo vivos malogrados de todos os tipos, dá à própria vida um aspecto sombrio e dúbio.
A humanidade ousou denominar a compaixão uma virtude (- em todo sistema de moral superior ela aparece como uma fraqueza -); indo mais adiante,chamaram-na a virtude, a origem e fundamento de todas as outras virtudes -
mas sempre mantenhamos em mente que esse era o ponto de vista de uma filosofia niilista, em cujo escudo há a inscrição negação da vida.
Schopenhauer estava certo nisto: através a compaixão a vida é negada, e tornada digna de negação - a compaixão é uma técnica de niilismo. Permita-me repeti-lo: esse instinto depressor e contagioso opõe-se a todos os instintos
que se empenham na preservação e aperfeiçoamento da vida: no papel de defensor dos miseráveis, é um agente primário na promoção da decadência -compaixão persuade à extinção..." Nietzsche - O Anticristo - Cap VII
É mais do que sabido que Hitler bebeu muito na fonte de Nietzsche. O outro livro dele “Assim Falou Zaratustra” trata do super-homem, uma teoria perfeitamente aplicável à filosofia racista e elitista do partido nazista.
Podemos até mesmo afirmar que Nietzsche usa a teoria darwinista da Seleção Natural, que por sinal ele considera “o aspecto mais importante”, para apoiar sua visão contrária a compaixão apoiando as idéias facistas do nazismo hitlerista. Ou seja: O mais fraco deve perecer pois se trata de uma lei
natural da vida.Onde se encontraria então o ovo da serpente?
POR CARLOS LIMA.

Enviado: 07 Fev 2006, 12:25
por emmmcri
Pug escreveu:
Por que aconteceu e pode acontecer de novo?


Espermos que os homens sejam razoáveis, mas pelo que leio,mesmo neste forum o risco é bem grande.
Espere sentado...ou melhor preparado para non.
Sejam cristãos, judeus, muçulmanos, ateus...e a lista seria longa.

De fato
Quando escolhemos um dos grupos como alvo, a porta fica aberta.
Correto

A Shoa é um dos momentos trágicos da humanidade, não foram somente os judeus as vitimas, mas a própia humanidade enquanto que tal...


Infelizmente, correto de novo.Lamentavel situa;ao da humanidade.

Enviado: 07 Fev 2006, 13:24
por Najma
Pug escreveu:
Por que aconteceu e pode acontecer de novo?


Espermos que os homens sejam razoáveis, mas pelo que leio,mesmo neste forum o risco é bem grande.

Sejam cristãos, judeus, muçulmanos, ateus...e a lista seria longa.

Quando escolhemos um dos grupos como alvo, a porta fica aberta.

A Shoa é um dos momentos trágicos da humanidade, não foram somente os judeus as vitimas, mas a própia humanidade enquanto que tal...


Vero, concordo... :emoticon15:

Re: Re.: História do Holocausto

Enviado: 07 Fev 2006, 13:45
por Samael
Acauan escreveu:Texto ruinzinho sobre o Holocausto, mas que pode ser aproveitado para a reflexão que mais importa quando o assunto é lembrado: Por que aconteceu e pode acontecer de novo?

Massacres sistemáticos não foram inventados no século XX. A História está lotada deles.

O Holocausto representa uma ruptura porque foi um massacre promovido por um povo de cultura cristã européia que usou toda sua sofisticação intelectual para transferir a eficiência dos processos industriais para a produção de morte.

Isto choca nossas consciências não apenas pelo número de vítimas, mas porque desta vez os algozes não eram bárbaros primitivos arrebentando cabeças enquanto soltavam urros selvagens. Os assassinos eram a fina flor da civilização ocidental.

Se aconteceu lá, pode acontecer de novo.
Como dizem os crentes, vigiai...


São os frutos amargos de Estados totalitários, Gavião. A necessidade de se criar um inimigo interno...

É isso que devemos viver para combater.

Enviado: 07 Fev 2006, 14:03
por Carlos Castelo
Tranca-Ruas escreveu:Imagina um certo Estado do Islã radical de posse de armas nucleares... Israel já foi avisado...


Partindo do pressuposto de que todos os que não seguem o islã são infiéis, não iria sobrar ninguém pra contar a história!

O mundo seria um mundo mulçumano! :emoticon12:

Enviado: 07 Fev 2006, 15:04
por Pug
[Rapha]Deixem os muçulmanos fora disso :emoticon8: [/rapha]

Enviado: 11 Fev 2006, 13:15
por Pug
A INDÚSTRIA DO HOLOCAUSTO

Norman G. Finkelstein

"Este é, em poucas palavras, um livro Lúcio e apaixonado. Todas as pessoas de mente aberta e que se interessam pelo assunto devem ler o que Finkelstein tem a dizer".
New Statesman

Parte da Introdução

Meu interesse original no Holocausto nazista foi pessoal. Meu pai e minha mãe foram sobreviventes do Gueto de Varsóvia e dos campos de concentração nazistas. Exceto meus pais, todos os membros de ambas as famílias foram exterminados pelos nazistas. Posso dizer que minha mais remota lembrança do Holocausto nazista é a de ver minha mãe, grudada na tela de televisão, assistindo ao julgamento de Adolf Eichmann (1961), ao voltar da escola. Embora eles tivessem sido libertados dos campos apenas dezesseis anos antes do julgamento, um abismo intransponível sempre separou, na minha cabeça, os pais que eu conhecia daquilo. Fotografias da família de minha mãe ficavam penduradas na parede do living. (Nenhuma foto da família de meu pai sobreviveu à guerra). Nunca estabeleci uma conexão com aqueles parentes, deixaram-me descobrir sozinho o que aconteceu. Eles eram as irmãs, o irmão e os pais de minha mãe, não minhas tias, meus tios ou avós. Lembro-me de ter lido na infância O muro, de John Hersey, e Mila 18, de Leon Uris, ambos relatos romanceados do Gueto de Varsóvia. (Não esqueço minha mãe se queixando de que, mergulhada na leitura de O muro, esqueceu de descer na estação do metrô a caminho do trabalho). Apesar de muito tentar, sequer por um momento consegui transpor na imaginação a ponte que ligava meus pais, em todo seu cotidiano, àquele passado. Francamente, ainda não consigo.

A questão mais importante, no entanto, é esta. Fora este fantasma, não me lembro de o Holocausto nazista alguma vez ter feito parte da minha infância. A razão principal era que ninguém além da família parecia se interessar pelo que aconteceu. Meu círculo de amigos de infância lia muito e debatia com paixão os acontecimentos do dia. Mas, honestamente, não me recordo de algum amigo (ou pai de amigo) ter feito uma única pergunta sobre o que os meus pais sofreram. Não era um silêncio respeitoso. Era apenas indiferença. Deste ponto de vista, só se pode duvidar da explosão de angústias nas últimas décadas, depois que a indústria do Holocausto foi pesadamente estabelecida.

Às vezes penso que a "descoberta" do Holocausto nazista pela colônia judaica americana foi pior que seu esquecimento. Claro, meus pais penaram privadamente; o sofrimento pelo qual passaram não foi validado em público. Mas não era melhor do que a atual e grosseira exploração do martírio judeu? Antes que o Holocausto nazista se tornasse O Holocausto, apenas alguns estudos universitários, como o de Raul Hilbergm The Destruction of the European Jews, e memórias como as de Viktor Frankl, Man's Search for Meaning, e Ella Lingens-Reiner, Prisioners of Fear, foram publicados sobre o assunto. Mas esta pequena coleção de jóias é melhor do que a infinidade de prateleiras de sensacionalismo que hoje ocupam bibliotecas e livrarias.

Meu pai e minha mãe, embora rememorando diariamente aquele passado até o dia da morte, no final de suas vidas perderam o interesse pelo Holocausto como espetáculo público. Um dos mais antigos amigos de meu pai, companheiro de Auschwitz, era um suposto idealista de esquerda incorruptível que, por princípios, recusou uma compensação alemã após a guerra. Por acaso, veio a se tornar diretor do Museu do Holocausto de Israel, Yad Vashem. Com muita relutância e evidente desapontamento, meu pai teve de admitir que mesmo este homem havia sido corrompido pela indústria do Holocausto, desvirtuando suas crenças em favor do poder e do lucro. Como a interpretação do Holocausto assumiu formas cada vez mais absurdas, minha mãe gostava de citar Henry Ford (com uma ironia intencional): "História é bobagem". As narrativas de "sobreviventes do Holocausto" – todos internos de campos de concentração, todos heróis da resistência – serviram de fonte para um humor negro especial em minha casa. Há muito tempo, John Stuart Mill reconheceu que as verdades, quando não submetidas a permanentes questionamentos, podem às vezes "perder o efeito da verdade pelo exagero da falsidade".

Meus pais muitas vezes se perguntaram por que eu teria crescido tão indignado com a falsificação e exploração do genocídio nazista. A resposta mais óbvia é que ele tem sido usado para justificar políticas criminosas do Estado de Israel e o apoio americano a tais políticas. Há também um motivo pessoal. Eu me importo com a memória da perseguição de minha família. A campanha atual da indústria do Holocausto para extorquir dinheiro da Europa, em nome das "necessitadas vítimas do Holocausto", rebaixou a estatura moral de seu martírio para a de um cassino de Monte Carlo. Além dessas preocupações, no entanto, estou convencido de que é importante preservar – lutar – pela integridade do registro histórico. Nas últimas páginas deste livro sugiro que, ao estudar o Holocausto nazista, podemos aprender muito não só sobre "os alemães" ou os "gentios", mas também sobre todos nós. Acredito que ao fazer isso, ao aprender realmente sobre o Holocausto nazista, sua dimensão física será reduzida e sua dimensão moral expandida. Uma infinidade de recursos públicos e privados tem sido investida para manter a memória do genocídio nazista. A maioria do que foi produzido não presta. Não passa de um tributo ao engrandecimento judeu e não ao seu sofrimento. Muito tempo já se passou para que possamos abrir nossos corações a outros sofrimentos da humanidade. Esta foi a grande lição partilhada por minha mãe. Nunca a ouvi dizer: Não compare. Minha mãe sempre comparou. Não há dúvida de que distinções históricas precisam ser feitas. Mas aceitar distinções morais ente o "nosso" sofrimento e o "deles" é uma caricatura de moral. "Você não pode comparar dois povos miseráveis", observou humanamente Platão, "e dizer que um é mais feliz que o outro". Diante dos sofrimentos de afro-americanos, vietnamitas e palestinos, o credo de mim mãe sempre foi: Somos todos vítimas do Holocausto.

Norman G. Finkelstein

Abril de 2000

Nova York