Eleitores da Califórnia rejeitam a legalização da maconha
Enviado: 03 Nov 2010, 04:42
03 de novembro de 2010 • 04h38 • atualizado às 05h22
Os californianos votaram nesta terça-feira contra a legalização da maconha no estado, em resultado que põe fim a uma intensa campanha que foi seguida com grande interesse dentro e fora dos Estados Unidos.
O resultado, baseado em projeções oficiais da imprensa americana, coincidiu com o antecipado pelas últimas pesquisas, que mostravam a oposição majoritária à descriminalização da droga, que atualmente é autorizada na Califórnia sob prescrição facultativa e para o tratamento de doenças que vão desde a insônia até o câncer.
Horas antes do fechamento dos colégios eleitorais os promotores do projeto anteciparam a possível derrota da Proposta 19, nome dado a esta proposta legislativa.
"O mundo inteiro está vendo", comentou Dale Sky Jones, um dos responsáveis pelo centro educativo sobre a maconha Oaksterdam University, que foi apoiado por Stephen Gutwillig, diretor da organização Drug Policy Alliance.
"A Proposta 19 teve impacto no debate nacional sobre a maconha e colocou a legalização entre os temas principais da política nos Estados Unidos", afirmou Gutwillig.
Longe de jogarem a toalha, os grupos que integram o movimento que persegue a descriminalização da maconha fizeram o apelo para que as pessoas que apoiaram a Proposta 19 não percam a esperança.
"Como muitas outras coisas pelas quais o povo trabalhou pela Justiça e pelo bom senso, algumas vezes requerem um caminho mais longo do que nós gostaríamos", disse John Russo, promotor da cidade de Oakland, no norte da Califórnia.
A Proposta 19, popular entre os jovens e o eleitorado democrata, tinha o objetivo de equiparar a maconha com o tabaco e o álcool, o que regularia seu cultivo, comércio e consumo para maiores de 21 anos no estado.
Seus defensores, entre os quais o bilionário George Soros, especialistas de Direito e economistas, argumentam que sua aprovação representaria uma importante fonte de receitas para os cofres públicos e a redução substancial dos custos de detenções associadas à maconha.
Os críticos entenderam que as razões econômicas não são suficientes para transformar a droga em um produto de consumo e consideraram que a legalização estimularia a dependência, o maior risco de acidentes associados ao uso em exagero e um acesso mais fácil para os jovens.
Diversos estudos questionaram, além disso, o efeito que a descriminalização da maconha na Califórnia teria sobre o narcotráfico.
Na mesma linha se manifestaram os líderes latino-americanos e sócios dos EUA na luta contra os cartéis da droga no continente, que qualificaram o referendo de legalização da maconha como "incongruente" com os esforços para acabar com o tráfico de entorpecentes.
A aprovação da Proposta 19 teria sido uma dor de cabeça para a administração de Barack Obama, já que a maconha é ilegal em nível federal no país.
Além da proposta da Califórnia, duas iniciativas a favor da regulamentação da maconha, neste caso só sob prescrição facultativa, passaram pelas urnas nesta terça-feira na Dakota do Sul, onde não prosperou, e no Arizona, onde deverá ter o mesmo destino.
Atualmente, 14 estados americanos, além da capital do país, autorizam a maconha como tratamento médico.
Os californianos votaram nesta terça-feira contra a legalização da maconha no estado, em resultado que põe fim a uma intensa campanha que foi seguida com grande interesse dentro e fora dos Estados Unidos.
O resultado, baseado em projeções oficiais da imprensa americana, coincidiu com o antecipado pelas últimas pesquisas, que mostravam a oposição majoritária à descriminalização da droga, que atualmente é autorizada na Califórnia sob prescrição facultativa e para o tratamento de doenças que vão desde a insônia até o câncer.
Horas antes do fechamento dos colégios eleitorais os promotores do projeto anteciparam a possível derrota da Proposta 19, nome dado a esta proposta legislativa.
"O mundo inteiro está vendo", comentou Dale Sky Jones, um dos responsáveis pelo centro educativo sobre a maconha Oaksterdam University, que foi apoiado por Stephen Gutwillig, diretor da organização Drug Policy Alliance.
"A Proposta 19 teve impacto no debate nacional sobre a maconha e colocou a legalização entre os temas principais da política nos Estados Unidos", afirmou Gutwillig.
Longe de jogarem a toalha, os grupos que integram o movimento que persegue a descriminalização da maconha fizeram o apelo para que as pessoas que apoiaram a Proposta 19 não percam a esperança.
"Como muitas outras coisas pelas quais o povo trabalhou pela Justiça e pelo bom senso, algumas vezes requerem um caminho mais longo do que nós gostaríamos", disse John Russo, promotor da cidade de Oakland, no norte da Califórnia.
A Proposta 19, popular entre os jovens e o eleitorado democrata, tinha o objetivo de equiparar a maconha com o tabaco e o álcool, o que regularia seu cultivo, comércio e consumo para maiores de 21 anos no estado.
Seus defensores, entre os quais o bilionário George Soros, especialistas de Direito e economistas, argumentam que sua aprovação representaria uma importante fonte de receitas para os cofres públicos e a redução substancial dos custos de detenções associadas à maconha.
Os críticos entenderam que as razões econômicas não são suficientes para transformar a droga em um produto de consumo e consideraram que a legalização estimularia a dependência, o maior risco de acidentes associados ao uso em exagero e um acesso mais fácil para os jovens.
Diversos estudos questionaram, além disso, o efeito que a descriminalização da maconha na Califórnia teria sobre o narcotráfico.
Na mesma linha se manifestaram os líderes latino-americanos e sócios dos EUA na luta contra os cartéis da droga no continente, que qualificaram o referendo de legalização da maconha como "incongruente" com os esforços para acabar com o tráfico de entorpecentes.
A aprovação da Proposta 19 teria sido uma dor de cabeça para a administração de Barack Obama, já que a maconha é ilegal em nível federal no país.
Além da proposta da Califórnia, duas iniciativas a favor da regulamentação da maconha, neste caso só sob prescrição facultativa, passaram pelas urnas nesta terça-feira na Dakota do Sul, onde não prosperou, e no Arizona, onde deverá ter o mesmo destino.
Atualmente, 14 estados americanos, além da capital do país, autorizam a maconha como tratamento médico.