Vamos ver quem é que manda nesta joça!
Enviado: 03 Nov 2010, 14:32
3 dias depois das eleições:
Por SANDRA MANFRINI, estadao.com.br, Atualizado: 3/11/2010 12:17
Dilma nega conflito com partido do seu vice
A presidente eleita Dilma Rousseff afirmou hoje que o seu governo vai se pautar não por uma partilha, 'mas por um processo de transição de uma equipe única'. Segundo ela, essa é a visão também do seu vice, Michel Temer. 'Tenho visto no PMDB toda uma postura favorável a essa visão', disse.
Dilma negou que haja conflito com o partido de Temer, e afirmou que o PMDB nunca chegou a ela pedindo cargo. Segundo a presidente eleita, durante todo o processo eleitoral, não houve conflito nesse sentido. Sobre o anúncio de nomes para os cargos do seu futuro governo, Dilma disse que fará isso com muita tranquilidade.
Questionada sobre uma data em que será feito esse anúncio, Dilma disse que não seria 'doida' de marcar uma data para isso, pois senão seria cobrada no caso de não cumprir o prazo. 'Vocês (imprensa) serão os primeiros a saber desses nomes', garantiu Dilma, ressaltando que sabe 'perfeitamente' que precisa da imprensa para que a população tome conhecimento de seus anúncios. Dilma disse ainda que não tem nomes para os ministérios do seu governo e que 'não cometeria a temeridade de lançar nomes individualmente'.
http://estadao.br.msn.com/ultimas-notic ... d=26209998
Por DAIENE CARDOSO, estadao.com.br, Atualizado: 3/11/2010 12:56
Dirceu: Lula deve se recolher e dar autonomia para Dilma
O ex-deputado José Dirceu (PT-SP), réu no processo do 'mensalão' no Supremo Tribunal Federal (STF), disse hoje que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve se recolher quando deixar o governo. Em entrevista à Rádio Bandeirantes AM, Dirceu apostou que Lula sairá de cena a partir de 1º de janeiro para dar autonomia à presidente eleita Dilma Rousseff.
'Ele vai se recolher. Ele tem um papel no mundo, ele vai continuar viajando, ajudando os partidos de centro-esquerda no mundo a crescer', afirmou. Entre os papéis que devem ser desempenhados por Lula, além de 'conselheiro' de Dilma, o ex-deputado do PT de São Paulo afirmou acreditar que ele se dedicará a uma fundação própria, atenderá a demanda do exterior pela 'experiência' como ex-presidente e se ocupará à implementação da reforma política.
Dirceu lembrou que, no domingo, 31, durante as comemorações da vitória da presidente eleita, Lula preferiu recolher-se a 'ofuscar' a festa. 'Nós já temos uma ideia do que ele será como ex-presidente', disse. De acordo com o ex-deputado do PT, Lula teve o mesmo comportamento ao deixar a presidência nacional do partido, em 1995, quando assumiu a liderança do partido. 'Ele saberá encontrar seu papel', concluiu.
Falando de Portugal, por telefone, o ex-deputado manifestou confiança na liderança de Dilma. 'Ela vai ter firmeza para tomar decisões com equilíbrio e diálogo, como o presidente Lula ensinou', previu. Ele aproveitou para criticar a oposição ao comparar os discursos do presidente americano Barack Obama, derrotado na eleição parlamentar, e dos tucanos, derrotados na eleição presidencial. Para Dirceu, faltou humildade ao PSDB em 'estender a mão' aos vitoriosos, como fez Obama hoje.
Quando questionado sobre quem seria o 'José Dirceu de Dilma' no próximo governo, ele tergiversou. 'Arrisco dizer que não haverá outro Zé Dirceu'. Sobre a possibilidade de Antonio Palocci ocupar a Casa Civil, Dirceu negou que se oponha à nomeação do colega de partido para a função. 'Palocci é importante em qualquer função. Ele tem competência e capacidade política', argumentou.
Inocência
Durante a entrevista, ele disse que nos últimos cinco anos longe de cargos públicos não se afastou do meio político e reclamou de ter sido transformado em 'bandido do dia para a noite'. 'Espero que o Supremo me julgue segundo os autos, segundo as leis do País. Sou inocente e sei que não há nada nos autos que me leve à condenação', disse.
Perguntado sobre sua participação no próximo governo, o petista disse que servirá ao País em qualquer circunstância. 'Estarei à disposição do meu partido ou do governo no que me for solicitado'. No entanto, ele disse aguardar o julgamento do STF para voltar 'plenamente' à vida política e que ainda precisa provar à parte da sociedade de que não é bandido. 'Eu tenho de convencer o País do contrário', afirmou.
http://estadao.br.msn.com/ultimas-notic ... d=26210654