Religião é Veneno. Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico.
Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico. Combate ao fanatismo e ao fundamentalismo religioso.
Apo escreveu:Porque votam em quem votam, rezam pra rezam. Ao mesmo tempo, são vítimas deles mesmos e suas escolhas? Não, são vítimas " da sociedade". Assim serão coitados eternamente..
...mas são vítimas da sociedade mesmo.
E a sociedade é quem? Eles que escolhem o que escolhem ( mesmo tendo outras opções, sim!), aqueles em quem eles votam ( pra continuar sendo exatamente como eles são, porque trata-se de um jogo tácito entre as partes, sim!) ou eu ( a zelite branca de olho azul que tem 1 filha apenas e não festas que não pode dar, não bebe no buteco e não gargalha e pula feliz em carnaval, fora de época e o ano todo, sim senhor!)? Afinal o que é a sociedade?
Ontem no JN mostrou um outro movimento contra negros, movidos pelos skin-heads brasileiros.
Juntam-se à isso os anti-nordestinos, anti-evangelicos, anti-ateus, anti-corpos e etc e temos um número significativo de separatistas-racistas (mais de 1200 de um com mais de 900 do outro)
Isso os que exteriorizaram na internet.
Racismo no Brasil é fato. Só não vê quem naõ quer.
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."
Johnny escreveu:Ontem no JN mostrou um outro movimento contra negros, movidos pelos skin-heads brasileiros.
Juntam-se à isso os anti-nordestinos, anti-evangelicos, anti-ateus, anti-corpos e etc e temos um número significativo de separatistas-racistas (mais de 1200 de um com mais de 900 do outro)
Isso os que exteriorizaram na internet.
Racismo no Brasil é fato. Só não vê quem naõ quer.
"Ser uma realidade", no contexto em que a expressão está sendo empregada, significa muito mais do que se ter alguns registros de ocorrências de racismo. "Ser uma realidade" aqui significa que algo está enraizado e amplamente disseminado na sociedade.
Porque meia dúzia de playboys desocupados é racista então o racismo é uma realidade no Brasil? Porque o Dantena falou mal dos ateus então há "OMFG INQUIZISSAUM NO BRASIL HURR DURR"? Esse pessoal aí fala por todo o Brasil por acaso?
Fato mesmo é que há muita gente interessada em capitalizar o máximo possível qualquer manifestação de ódio que ocorrer, por mais insignificante e não representativa que seja ela. É preciso, custe o que custar, criar um clima tenso na sociedade, um ambiente caótico no qual seja necessária a ação de algum ente regulador para "colocar as coisas em ordem". É preciso fomentar a "luta de classes" através qual estabelecem seu poder.
Herf escreveu:Fato mesmo é que há muita gente interessada em capitalizar o máximo possível qualquer manifestação de ódio que ocorrer, por mais insignificante e não representativa que seja ela. É preciso, custe o que custar, criar um clima tenso na sociedade, um ambiente caótico no qual seja necessária a ação de algum ente regulador para "colocar as coisas em ordem". É preciso fomentar a "luta de classes" através qual estabelecem seu poder.
E é preciso criar uma distinção entre brancos e negros, "eles lá e nós aqui, nós oprimidos e eles malvados, queremos nossos direitos e nossa indenização", como se isto fosse possível no Brasil a essas alturas.
Lembro de uns paspalhos que fundaram uma Ku Klux Klan brasileira há alguns anos. Eles mandaram uma carta à Ku Klux Klan americana pedindo para se associar. Resposta: "Não aceitamos latinos".
Johnny escreveu:Acauan, talvez o meio em que viva, assim como o do Fernando, não lhes mostrem realmene como são determinadas regiões do país.
Já rodei o país do Oiapoque ao Chuí. E continuo com raiva quando vejo que, quanto mais pobre o casal, mais filhos tem. E o cara ainda se orgulha disto. Sente-se muito macho. Mas é só eu apontar o óbvio e me chamam de nazista.
Ter raiva de ninguém ter feito nada para mudar isso? Ou por não fazerem nada? Ou por não haver possibilidade de tempo hábil para qualquer uma destas?
Isso então é uma justificativa plausível para o levante discriminatório?
Onde eu disse que isto é justificativa para alguma coisa?
Ser racista-etnicista-bairrista-etc no conforto do quarto e do possível anonimato da internet através de um post de twitter é ridiculamente fácil. Estas pessoas estão tão comprometidas com um movimento contra nordestinos quanto estariam com um movimento contra fãs de Justin Bieber.
*Estou REALMENTE muito ocupado. Você pode ficar sem resposta em algum tópico. Se tiver sorte... talvez eu lhe dê uma resposta sarcástica.
*Deus deixou seu único filho morrer pendurado numa cruz, imagine o que ele fará com você.
De uma discussão antiga com o Johnny sobre o tema.
Acauan, no tópico Rendimento médio dos negros, em 21/11/2007 às 11:09, escreveu:
Johnny escreveu:Pois é Acauan. Como disse anteriormente, existe muito mais discriminação local do que racial. Paulista tem ódio de nordestino. Se for negro, não sendo do nordeste, pasa batido.
Johnny,
Mesmo este tal ódio aos nordestinos decaiu muito desde a década de 80 para cá, junto com o declínio da migração em massa. O principal fomento deste preconceito era o choque entre uma cultura urbana conservadora como a paulista, principalmente entre os descendentes de italianos e outros europeus, e uma cultura agreste, igualmente conservadora, que resistia a se adaptar ao novo ambiente. Estes dois grupos disputavam espaço nos subúrbios e periferias da cidade, o que agravava a tensão. Para piorar, os nordestinos eram regionalistas com relação a suas origens específicas, sendo que um baiano se via como muito diferente de um cearense, enquanto os locais os enquadravam num único grupo, que não os distinguia e no qual os enquadrados não se reconheciam, o que dificultava uma reação.
Hoje a cultura agreste nordestina se diluiu numa espécie de sub-cultura das periferias, que é urbana e paulista, independente da origem da maioria de seus membros. Também diminuiu a disputa de espaço, já que em São Paulo as classes médias locais se distanciaram geograficamente das populações da periferia, reduzindo os atritos.
Johnny escreveu:Racismo no Brasil é fato. Só não vê quem naõ quer.
Bezerros de duas cabeças no Brasil é fato também. Tanto no fato do racismo quanto no do bezerro é preciso medir a significância do fato, não só citá-lo. O fato de existir racistas no Brasil não implica que o Brasil seja um país racista.
O BRASIL NÃO É UM PAÍS RACISTA!
E é o índio aqui que tá falando, logo, poupem-me do nhém-nhém-nhém acusatório destinado aos brancos que afirmam isto.
Como disse Gilberto Freyre, no Brasil as esquerdas querem tornar a luta de classes em luta de raças. Para isto usam dos artíficos desonestos de sempre, como classificar como negro todos os mestiços quando lhes interessa ou desconsiderá-los da conta quando lhes convém.
O Brasil é uma nação multiracial e mestiça que fará algo considerado impossível há algum tempo - absorverá os descendentes de japoneses, cujas gerações jovens nas grandes cidades não mais namoram e se casam exclusivamente dentro da colônia. Conheço famílias mezzo-japonesa-mezzo-nordestina. Onde mais se vê isto que não em São Paulo?
E isto não causa estranheza em absolutamente ninguém. Se fosse um país racista, causaria.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós! Das lutas na tempestade Dá que ouçamos tua voz!
Eu concordo com o Acauan e o Res, de que os jovens de classe média e alta do Brasil não falam em nome de toda a população de um estado, e que a gente não conhece o racismo de fato. Porém, essa grosseria e síndrome de superioridade sulista e do sudeste, principalmente dos jovens paulistanos e dos sulistas é fortemente sentida aqui no norte do país. Os amazonenses desse fórum podem confirmar. Os caras estão na terra dos outros e demonstram claramente esse tipo de pensamento alémd e ujm desrespeito agressivo com o nortista. Tanto que, o manauara em geral não gosta de paulista, mesmo nunca tendo ido a SP, e muito disso foi fomentado pelos nossos jovens. Uma pena.
Cérebro é uma coisa maravilhosa. Todos deveriam ter um.
Anna escreveu:Eu concordo com o Acauan e o Res, de que os jovens de classe média e alta do Brasil não falam em nome de toda a população de um estado, e que a gente não conhece o racismo de fato. Porém, essa grosseria e síndrome de superioridade sulista e do sudeste, principalmente dos jovens paulistanos e dos sulistas é fortemente sentida aqui no norte do país. Os amazonenses desse fórum podem confirmar. Os caras estão na terra dos outros e demonstram claramente esse tipo de pensamento alémd e ujm desrespeito agressivo com o nortista. Tanto que, o manauara em geral não gosta de paulista, mesmo nunca tendo ido a SP, e muito disso foi fomentado pelos nossos jovens. Uma pena.
Parece até generalização Anna, mas senti isso também no nordeste. E não foi só em Sergipe. Quando fui à Maceió, pareceu-me que preferem argentinos que paulistas
Agora, se isso tudo não tem uma motivação pelo preconceito, então não sei do que se trata. Concordo com o Acauan que tem muito nhém nhém nhém. Mas temos que tomar certo cuidado pois, novamente digo, não é porquê não existe uma exteriorização numerosa que não exista o preconceito e racismo. Espero estar enganado.
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."
Anna escreveu:Porém, essa grosseria e síndrome de superioridade sulista e do sudeste, principalmente dos jovens paulistanos e dos sulistas é fortemente sentida aqui no norte do país. Os amazonenses desse fórum podem confirmar. Os caras estão na terra dos outros e demonstram claramente esse tipo de pensamento alémd e ujm desrespeito agressivo com o nortista. Tanto que, o manauara em geral não gosta de paulista, mesmo nunca tendo ido a SP, e muito disso foi fomentado pelos nossos jovens. Uma pena.
Parece até generalização Anna, mas senti isso também no nordeste. E não foi só em Sergipe. Quando fui à Maceió, pareceu-me que preferem argentinos que paulistas .
Viajantes paulistas são chatos de galocha. A coisa mais comum que se houve em pontos turísticos é gente daqui fazendo comentários do tipo "os de São Paulo são bem maiores" ou "em São Paulo é muito mais rápido"', geralmente dito por alguém que está de férias e não tem motivo nenhum para pressa. Pior, não se importam de se fazer ouvir pelos nativos, que se magoam com os comentários sobre a lerdeza e pequenitude local.
Tá certo que algumas situações nos soam estranhas. Nunca precisei usar a voz para chamar um garçom em SP, basta olhar e ele vem te atender. No máximo um leve aceno de cabeça ou com a mão. Em Porto Seguro, certa vez, pelo menos meia dúzia de garçons assistiam à novela das seis de costas para os clientes e me senti tentado a jogar uma cadeira em um deles prá conseguir alguma atenção. No fim entro no clima e levo na boa, mas muitos conterrâneos consideram isto uma ofensa e o povo de lá não tem a menor idéias do porquê, uma vez que bastava chamar - bem alto, dado estarem absortos - e eles viriam.
Eu mesmo fui protagonista do estereótipo em Parati, em um daqueles restaurantes da trilha que servem leitão a pururuca. Sentamos e esperamos ser atendidos. Depois de um certo tempo, como ninguém aparecesse, sem dizer palavra nos levantamos e fomos embora - como se faz por aqui. Aí apareceu um atendente do nada, chocado com nossa atitude e sem entender o porquê da ansiedade. No fim comemos lá, mas devem ter falado horrores depois que fomos...
Coisas de paulista.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós! Das lutas na tempestade Dá que ouçamos tua voz!
Johnny escreveu: Parece até generalização Anna, mas senti isso também no nordeste. E não foi só em Sergipe. Quando fui à Maceió, pareceu-me que preferem argentinos que paulistas .
Em Natal, um guia turístico fez questão de nos avisar preventivamente que não era baiano, era potiguar. Meu primeiro pensamento foi "foda-se", mas deu prá sentir o ressentimento do cara com a generalização de origem feita no sudeste-sul. Também nos chamava de sudestinos, como represália.
O pior é que vi o mesmo guia esfregar a mão na corcunda de um deficiente físico para dar sorte, um costume medieval que sei lá como nem porque sobrevive naquelas bandas. Nem tudo é preconceito também.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós! Das lutas na tempestade Dá que ouçamos tua voz!
Acauan escreveu:A coisa mais comum que se houve em pontos turísticos é gente daqui fazendo comentários do tipo "os de São Paulo são bem maiores" ou "em São Paulo é muito mais rápido"', geralmente dito por alguém que está de férias e não tem motivo nenhum para pressa.
Nos vilarejos do interior de Minas, o ritmo da vida é muito mais lento que o nosso, que vivemos em cidade grande e estamos sempre com o tempo contado.
Nos restaurantes de lá, pressupõe-se que você vá sentar, pedir uma bebida e ficar conversando durante 1 hora ou mais que levar para chegar a comida que você pediu, sem pressa nenhuma. E que, depois de comer, ainda vá levar um tempão até resolver ir embora.
Eles não conseguem conceber um serviço tipo MacDonalds, em que a encomenda já está pronta quando você acaba de pagar.
Eu nunca me senti tão alienigenada como em São Paulo. Uma grande parte da minha antipatia com o estado de SP vem daí. Era gratuito. Eu nem precisava abrir a boca.
Acauan escreveu:A coisa mais comum que se houve em pontos turísticos é gente daqui fazendo comentários do tipo "os de São Paulo são bem maiores" ou "em São Paulo é muito mais rápido"', geralmente dito por alguém que está de férias e não tem motivo nenhum para pressa.
Nos vilarejos do interior de Minas, o ritmo da vida é muito mais lento que o nosso, que vivemos em cidade grande e estamos sempre com o tempo contado.
Nos restaurantes de lá, pressupõe-se que você vá sentar, pedir uma bebida e ficar conversando durante 1 hora ou mais que levar para chegar a comida que você pediu, sem pressa nenhuma. E que, depois de comer, ainda vá levar um tempão até resolver ir embora.
Eles não conseguem conceber um serviço tipo MacDonalds, em que a encomenda já está pronta quando você acaba de pagar.
Deve ter Mac em ciades do interior de Minas, não? Tirando isto, e indo mais para o lado de vilarejos mesmo...bom todo lugar pacato é pacato. O que muda é a genética de quem colonizou. Isto ninguém me tira da cabeça.
