Mayara é demitida por racismo no Twitter e vira alvo da OAB

[Apáte]

Ah, e pelo que parece, ela também não foi criada nem pela mãe.

A questão é: e daí?!

Só expondo os fatos.

[Apáte]

Ah, e não deve existir esse tal Sérgio Petruso.

No link indicado, RevistaBahia, não tem nada.

Procurando no google, contestam a identidade dele. No twitter há um perfil nitidamente fake, cheio de piadas tipicamente troll, que sempre se aproveitam de casos assim para ganhar fama, e de um cara negro, que não deve ser irmão da Mayara.

O próprio pai dela não disse nada sobre ter um filho homem. Por fim, o tal Sérgio Petruso, que carrega o sobrenome do pai, alega ser irmão também por parte de mãe de Mayara, já que compartilham avós maternos baianos em comum. Não foi dito nada a respeito do tal Antonino Petruso ter tido mais de um filho bastardo com a mesma amante, logo, Sérgio Petruso non ecziste.

[Edson Jr]

No link indicado, RevistaBahia, não tem nada.

Veja nesse link aqui:

http://revistabahia.com.br/2010/11/irma ... mpreensao/

[Neuromancer]

Ela corre risco de ser linchada. É isso que dá usar a internet de forma irresponsável.
Isso não é novidade para ninguém. Muitos paulistanos tem desprezo e alguns até ojeriza por nordestinos. E sei disso por ter morado em São Paulo por anos, já ouvi muita coisa que não vou dizer aqui. A diferença é que as pessoas falavam em festas, reuniões ou grupos de amigos o que pensam e isto ficava restrito a um pequeno grupo de pessoas. Mas quando se pôe isso na internet a coisa fica séria.
Resta agora definir o problema.
Qual foi o erro? Ser xenofóbica? Ou dizer isso para todos que queiram ouvir (ler)?

[Edson Jr]

Ela corre risco de ser linchada. É isso que dá usar a internet de forma irresponsável.
Isso não é novidade para ninguém. Muitos paulistanos tem desprezo e alguns até ojeriza por nordestinos. E sei disso por ter morado em São Paulo por anos, já ouvi muita coisa que não vou dizer aqui. A diferença é que as pessoas falavam em festas, reuniões ou grupos de amigos o que pensam e isto ficava restrito a um pequeno grupo de pessoas. Mas quando se pôe isso na internet a coisa fica séria.
Resta agora definir o problema.
Qual foi o erro? Ser xenofóbica? Ou dizer isso para todos que queiram ouvir (ler)?

Se tudo que dizemos fosse registrado estaríamos todos na cadeia. O que é muito difícil de acreditar é que ela realmente queria isso. Existe uma gigantesca diferença entre escrever uma abrobrinha na net (muitas vezes por desabafo) e incitar, organizar ou agir em função do que se diz.

Nesse fórum mesmo. Se for analisar tópico por tópico, post por post...acho que todos nós, em algum momento, falamos besteira ou agimos preconcentuosamente. Deveríamos ir para a cadeia por isso...

Discordo do que ela disse? Claro! Agora, é muito estradalhaço por uma mera mensagem inconsequente (dentre outras milhares por aí). Ela agora é vista como "a garota que colocou um muro entre São Paulo e o Nordeste!"

Meio exagerado, não acha!?

Isso é interessante politicamente. Afinal, separar para conquistar sempre foi uma tática de guerra bastante eficiente...

[Edson Jr]

Isso não é novidade para ninguém. Muitos paulistanos tem desprezo e alguns até ojeriza por nordestinos. E sei disso por ter morado em São Paulo por anos, já ouvi muita coisa que não vou dizer aqui. A diferença é que as pessoas falavam em festas, reuniões ou grupos de amigos o que pensam e isto ficava restrito a um pequeno grupo de pessoas.

...e é recíproco.

Acho que não há um estado sequer que não tenha uma piada sobre os paulistas.

[Neuromancer]

Ela corre risco de ser linchada. É isso que dá usar a internet de forma irresponsável.
Isso não é novidade para ninguém. Muitos paulistanos tem desprezo e alguns até ojeriza por nordestinos. E sei disso por ter morado em São Paulo por anos, já ouvi muita coisa que não vou dizer aqui. A diferença é que as pessoas falavam em festas, reuniões ou grupos de amigos o que pensam e isto ficava restrito a um pequeno grupo de pessoas. Mas quando se pôe isso na internet a coisa fica séria.
Resta agora definir o problema.
Qual foi o erro? Ser xenofóbica? Ou dizer isso para todos que queiram ouvir (ler)?

Se tudo que dizemos fosse registrado estaríamos todos na cadeia. O que é muito difícil de acreditar é que ela realmente queria isso. Existe uma gigantesca diferença entre escrever uma abrobrinha na net (muitas vezes por desabafo) e incitar, organizar ou agir em função do que se diz.

Nesse fórum mesmo. Se for analisar tópico por tópico, post por post...acho que todos nós, em algum momento, falamos besteira ou agimos preconcentuosamente. Deveríamos ir para a cadeia por isso...

Discordo do que ela disse? Claro! Agora, é muito estradalhaço por uma mera mensagem inconsequente (dentre outras milhares por aí). Ela agora é vista como "a garota que colocou um muro entre São Paulo e o Nordeste!"

Meio exagerado, não acha!?

Isso é interessante politicamente. Afinal, separar para conquistar sempre foi uma tática de guerra bastante eficiente...

Ela não colocou um muro entre São Paulo e o Nordeste, ela disse que o Rei está nu.
Eu também concordo com você, estão fazendo tempestade em copo d água. Ela deveria responder por incitação ao crime somente, o que por si só já é bastante grave.
O que ela fez foi revelar uma crença, ela acredita que parte dos problemas que a cidade dela passa é resultado da imigração em massa. Talvez ela esteja certa, talvez não. Quem pode provar?

Ah, tem uma galera aí que está falando que ela é bastarda e outras coisas semelhantes. Pensei que o nível deste fórum fosse outro, estou bastante decepcionado.

[Aranha]

Ela corre risco de ser linchada. É isso que dá usar a internet de forma irresponsável.
Isso não é novidade para ninguém. Muitos paulistanos tem desprezo e alguns até ojeriza por nordestinos. E sei disso por ter morado em São Paulo por anos, já ouvi muita coisa que não vou dizer aqui. A diferença é que as pessoas falavam em festas, reuniões ou grupos de amigos o que pensam e isto ficava restrito a um pequeno grupo de pessoas. Mas quando se pôe isso na internet a coisa fica séria.
Resta agora definir o problema.
Qual foi o erro? Ser xenofóbica? Ou dizer isso para todos que queiram ouvir (ler)?

Se tudo que dizemos fosse registrado estaríamos todos na cadeia. O que é muito difícil de acreditar é que ela realmente queria isso. Existe uma gigantesca diferença entre escrever uma abrobrinha na net (muitas vezes por desabafo) e incitar, organizar ou agir em função do que se diz.

Nesse fórum mesmo. Se for analisar tópico por tópico, post por post...acho que todos nós, em algum momento, falamos besteira ou agimos preconcentuosamente. Deveríamos ir para a cadeia por isso...

Discordo do que ela disse? Claro! Agora, é muito estradalhaço por uma mera mensagem inconsequente (dentre outras milhares por aí). Ela agora é vista como "a garota que colocou um muro entre São Paulo e o Nordeste!"

Meio exagerado, não acha!?

Isso é interessante politicamente. Afinal, separar para conquistar sempre foi uma tática de guerra bastante eficiente...

- As vezes dizemos coisas violentas que não representam a vontade e sim desabafos ou resmungos, as pessoas interpretam isso através da expressão corporal e facial, a linguagem não é formada apenas pela fala, escrever um desabafo na INTERNET prá todo mundo ler como se estivesse conversando na sala de estar com os amiguinhos da escola é coisa de imbecil.

Abraços,

[Edson Jr]

Ela não colocou um muro entre São Paulo e o Nordeste, ela disse que o Rei está nu.

Concordo.

O que ela fez foi revelar uma crença, ela acredita que parte dos problemas que a cidade dela passa é resultado da imigração em massa. Talvez ela esteja certa, talvez não. Quem pode provar?

Ah, tem uma galera aí que está falando que ela é bastarda e outras coisas semelhantes. Pensei que o nível deste fórum fosse outro, estou bastante decepcionado.

O que está me chamando muito atenção é a reação das pessoas. Como parece ser fácil suscitar o ódio e revolta de muito por tão pouco. Chamá-la de bastarda, colocar o pai que teve uma relação extra-conjugal como vítima da filha (afinal, ela abalou toda uma estrutura familiar) ... é muito bizarro ...

O ser humano é curioso ... nós parecemos esconder ... armazenar no nosso interior uma grande cota de agressividade ... e esperamos algo desse tipo para despejar toda raiva acumulada ... muita das vezes desproporcional à causa.

Digo nós como generalização, sem considerar possíveis exceções, claro!

[Edson Jr]

- As vezes dizemos coisas violentas que não representam a vontade e sim desabafos ou resmungos, as pessoas interpretam isso através da expressão corporal e facial, a linguagem não é formada apenas pela fala, escrever um desabafo na INTERNET prá todo mundo ler como se estivesse conversando na sala de estar com os amiguinhos da escola é coisa de imbecil.

Não passou disso, na minha opinião.

[Neuromancer]

- As vezes dizemos coisas violentas que não representam a vontade e sim desabafos ou resmungos, as pessoas interpretam isso através da expressão corporal e facial, a linguagem não é formada apenas pela fala, escrever um desabafo na INTERNET prá todo mundo ler como se estivesse conversando na sala de estar com os amiguinhos da escola é coisa de imbecil.

Abraços,

As pessoas não sabem usar a internet, ainda. Ela vai pagar por ter sido estúpida. Imagino que agora ela esteja reclusa em algum lugar com medo de ser linchada ou agredida.
Fico pensando se isso fosse dito por um menor de idade, quem seria o responsável? Uma bobagem destas pode colocar em risco a vida de alguém devido a repercussão. Acredito que com o tempo e mais incidentes como esse se torne obrigatório ser maior de idade para publicar algo na net.
Muitos vão achar absurdo, mas se cada vez que alguém posta algo existe a possibilidade de as consequências saírem do controle é um caso a se pensar.

[Aranha]

- As vezes dizemos coisas violentas que não representam a vontade e sim desabafos ou resmungos, as pessoas interpretam isso através da expressão corporal e facial, a linguagem não é formada apenas pela fala, escrever um desabafo na INTERNET prá todo mundo ler como se estivesse conversando na sala de estar com os amiguinhos da escola é coisa de imbecil.

Abraços,

As pessoas não sabem usar a internet, ainda. Ela vai pagar por ter sido estúpida. Imagino que agora ela esteja reclusa em algum lugar com medo de ser linchada ou agredida.
Fico pensando se isso fosse dito por um menor de idade, quem seria o responsável? Uma bobagem destas pode colocar em risco a vida de alguém devido a repercussão. Acredito que com o tempo e mais incidentes como esse se torne obrigatório ser maior de idade para publicar algo na net.
Muitos vão achar absurdo, mas se cada vez que alguém posta algo existe a possibilidade de as consequências saírem do controle é um caso a se pensar.

- Acho que isso não vale só prá crianças não, percebi um tempo atrás que a pessoa virtual é diferente da verdadeira, percebi que na internet eu era mais agressivo, irônico e desrespeitoso com pessoas/temas do que realmente sou na realidade, então resolvi assumir outra identidade para não comprometer meu eu real com o mau-comportamento do meu eu virtual, qualquer coisa posso dizer que foi "ele" e não "eu".

Abraços,

[Neuromancer]

- Acho que isso não vale só prá crianças não, percebi um tempo atrás que a pessoa virtual é diferente da verdadeira, percebi que na internet eu era mais agressivo, irônico e desrespeitoso com pessoas/temas do que realmente sou na realidade, então resolvi assumir outra identidade para não comprometer meu eu real com o mau-comportamento do meu eu virtual, qualquer coisa posso dizer que foi "ele" e não "eu".

Abraços,

Seria um problema de dupla personalidade??
Nós adultos temos algum discernimento. Mas uma criança teria?
Se uma criança fizesse comentários racistas e isso gerasse revolta por parte de alguns, colocando a segurança dela em risco, como deveríamos proceder? Devemos tentar evitar que isso ocorra?
Tem criança que está postando imagens delas próprias nuas, que dá origem a hostilidade e zombarias entre os colegas e amigos, como evitar e ou até impedir isso?

[Aranha]

- Acho que isso não vale só prá crianças não, percebi um tempo atrás que a pessoa virtual é diferente da verdadeira, percebi que na internet eu era mais agressivo, irônico e desrespeitoso com pessoas/temas do que realmente sou na realidade, então resolvi assumir outra identidade para não comprometer meu eu real com o mau-comportamento do meu eu virtual, qualquer coisa posso dizer que foi "ele" e não "eu".

Abraços,

Seria um problema de dupla personalidade??
Nós adultos temos algum discernimento. Mas uma criança teria?
Se uma criança fizesse comentários racistas e isso gerasse revolta por parte de alguns, colocando a segurança dela em risco, como deveríamos proceder? Devemos tentar evitar que isso ocorra?
Tem criança que está postando imagens delas próprias nuas, que dá origem a hostilidade e zombarias entre os colegas e amigos, como evitar e ou até impedir isso?

- Não tenho respostas definitivas para estas perguntas, em princípio eu diria que não se deve fazer nada, acredito que as pessoas terão que se educar e se adaptar nessa nova realidade, crianças tem mais facilidade de adaptação que qualquer adulto.

Abraços,

[Fernando Silva]

Ah, tem uma galera aí que está falando que ela é bastarda e outras coisas semelhantes. Pensei que o nível deste fórum fosse outro, estou bastante decepcionado.

"Bastardo" não deveria mais ser uma ofensa. Há "trocentas" pessoas por aí que são bastardas. Isto não diz nada sobre elas.

[Tranca]

- Acho que isso não vale só prá crianças não, percebi um tempo atrás que a pessoa virtual é diferente da verdadeira, percebi que na internet eu era mais agressivo, irônico e desrespeitoso com pessoas/temas do que realmente sou na realidade, então resolvi assumir outra identidade para não comprometer meu eu real com o mau-comportamento do meu eu virtual, qualquer coisa posso dizer que foi "ele" e não "eu".

Abraços,

Acho que isso de deve ao fato de que existe um delay entre aquilo que se escreve e aquilo que se vocaliza.

Numa conversa cara a cara somos até é mais respeitosos e não tão irônicos como gostaríamos porque esta é mais dinâmica (e não permite que se tenha sempre tempo para imaginar de imeditato uma resposta de bate-pronto, por exemplo) e dada a proximidade do interlocutor temos que pensar nas conseqüências imediatas provocadas no ambiente e seus resultados se resolvermos "baixar o nível" da conversa ou demonstrar furor exacerbado diante de uma disputa argumentativa.

Já na internet, temos tempo para analisar o que será dito e como responder ao que foi dito pelo interlocutor, podendo dissecar o pensamento do outro para poder respondê-lo e ainda dar vazão à ironia e figuras de linguagem mais ácidas, aliando-se a isso o conhecimento de que outros irão ler o que foi escrito, de modo que sempre tenderemos a não querer "sair por baixo" da tal disputa argumentativa.

[Acauan]

A coisa mais idiota neste episódio da estúpida da Mayara é que o "nordestino" que atacam é um personagem dos anos setenta do século passado, que não existe mais.

Primeiro porque as rotas de migração para São Paulo minguaram muito e há tanto fluxo de volta quando de vinda.

Segundo porque a construção civil – que era o maior empregador de mão-de-obra migrante não qualificada – se profissionalizou e não contrata mais analfabetos, nem gente chucra demais para entender as regras básicas de segurança, qualidade e produtividade.

Por outro lado, os nordestinos que migraram em massa nos anos sessenta e setenta já produziram duas gerações de descendentes locais, muitos dos quais progrediram para a classe média e foram plenamente assimilados pela sociedade paulista – como é de nosso hábito. Claro que estes muito nordestinos que se deram bem não são percebidos como tal pelos tacanhos presos ao estereótipo.

A figura do migrante nordestino agreste, analfabeto, de modos rudes e hostil aos costumes urbanos não é nem de longe o padrão de hoje, mesmo do nordestino migrante ou descendente pobre, que se adaptaram aos modos da periferia de São Paulo, que tem uma subcultura própria, também hostilizada pelos locais do outro lado, mas que é genuinamente autóctone.

Mayara e amiguinhos virtuais repetem uma experiência histórica bizarra, o forte anti-semitismo residual existente hoje na Polônia – um país que praticamente não tem mais população judaica.
Lá como cá, promovem o ódio a um povo que só existe na vontade deles de ter alguém a quem culpar.

[Neuromancer]

Ah, tem uma galera aí que está falando que ela é bastarda e outras coisas semelhantes. Pensei que o nível deste fórum fosse outro, estou bastante decepcionado.

"Bastardo" não deveria mais ser uma ofensa. Há "trocentas" pessoas por aí que são bastardas. Isto não diz nada sobre elas.

Não deveria. O que eu não entendo é onde querem chegar? É ela pior por ser bastarda?

[Herf]

Pior é a monstruosidade da repercussão que ganha esse caso.

Qualquer um que desconhecesse as coisas aqui e que repentinamente se deparasse com essa polêmica, provavelmente pensaria que essa garota é alguma pessoa pública bastante influente, ou filha de alguma pessoa pública influente. Talvez até fosse membro de algum movimento organizado que pregasse o ódio racial.

Mas não. É uma patricinha twitteira estudante de direito, filha de um dono de supermercado em Bragança Paulista. Isso não deveria merecer 1/100 da atenção que está recebendo da mídia.

Gente de índole bem pior à da patricinha usa casos como esse para se promover politicamente. Mas o uso não se dá de forma direta: a cada vez que o "caso Mayara" e análogos são divulgados na grande mídia com uma atenção imerecida, mais cresce a atmosfera de tensão na sociedade, mais cresce a ideia de que há um mal generalizado que deve ser sanado o mais rápido possível, ainda que ninguém saiba apontar exatamente onde está esse mal - todos falam em "racismo e ódio contra nordestinos onipresentes na sociedade", mas ninguém jamais presenciou casos de agressão na rua motivados por ódio racial (quando muito, já ouviram falar em casos de puro e simples vandalismo que são habilidosamente elevados à condição de "crime racial"), ninguém conhece alguém que tenha sofrido com isso. "Ah, mas é um ódio velado", vão responder - qualificar o ódio como "velado" é a melhor forma de vencer a discussão sobre a exstência de tal ódio sem ter de prová-lo.

Daí surge um debate totalmente desnecessário: uns aproveitam a oportunidade para massagear o ego e posarem de politicamente corretos, chocadíssimos com os problemas do mundo; outros deixam claro que acham o racismo errado, mas acham também que certas medidas para controlar a migração poderiam ser tomadas; os primeiros apontam o dedo para esses últimos, que se sentem ofendidos e respondem, e aí seguem ondas intermináveis de falácias de todos os tipos por ambos os lados, etc. Está estabelecida a divisão na sociedade.

E é nesse clima de tensão construído pouco a pouco que acabam vingando propostas de "reparação", "controle social da mídia", etc, que só podem ser executadas se... entregarmos o poder a certas pessoas.

[Acauan]

Mas o uso não se dá de forma direta: a cada vez que o "caso Mayara" e análogos são divulgados na grande mídia com uma atenção imerecida, mais cresce a atmosfera de tensão na sociedade, mais cresce a ideia de que há um mal generalizado que deve ser sanado o mais rápido possível, ainda que ninguém saiba apontar exatamente onde está esse mal - todos falam em "racismo e ódio contra nordestinos onipresentes na sociedade", mas ninguém jamais presenciou casos de agressão na rua motivados por ódio racial (quando muito, já ouviram falar em casos de puro e simples vandalismo que são habilidosamente elevados à condição de "crime racial"), ninguém conhece alguém que tenha sofrido com isso. "Ah, mas é um ódio velado", vão responder - qualificar o ódio como "velado" é a melhor forma de vencer a discussão sobre a exstência de tal ódio sem ter de prová-lo.

Um dos alvos desta campanha é São Paulo.
Os de sempre se aproveitam desta palhaçada (ser palhaço tá na moda) para tentar mostrar o Estado e seu povo como racistas, elitistas e separatistas - definindo mais de quarenta milhões de brasileiros que formam uma amostragem fiel da população do Brasil pela... Mayara e coleguinhas de Twitter.

O motivo, claro, o PT perdeu as eleições para governador de São Paulo no primeiro turno.

São Paulo elegeu para prefeito de sua capital uma mulher nordestina em tempos que mulher nordestina não era eleita nem no nordeste. Aliás, principalmente no nordeste.
E tivemos nossa prefeita sexóloga.
E outro prefeito negro e carioca.
O prefeito negro de São Paulo foi o Celso Pitta. Quem foi o prefeito negro de Salvador, na Bahia?
De quebra ainda elegemos um cara que dizem que é viado, mas ninguém aqui liga a mínima.

São Paulo é isto aí.
Não a fulaninha.

[Apo]

Ela corre risco de ser linchada. É isso que dá usar a internet de forma irresponsável.
Isso não é novidade para ninguém. Muitos paulistanos tem desprezo e alguns até ojeriza por nordestinos. E sei disso por ter morado em São Paulo por anos, já ouvi muita coisa que não vou dizer aqui. A diferença é que as pessoas falavam em festas, reuniões ou grupos de amigos o que pensam e isto ficava restrito a um pequeno grupo de pessoas. Mas quando se pôe isso na internet a coisa fica séria.
Resta agora definir o problema.
Qual foi o erro? Ser xenofóbica? Ou dizer isso para todos que queiram ouvir (ler)?

Se tudo que dizemos fosse registrado estaríamos todos na cadeia. O que é muito difícil de acreditar é que ela realmente queria isso. Existe uma gigantesca diferença entre escrever uma abrobrinha na net (muitas vezes por desabafo) e incitar, organizar ou agir em função do que se diz.

Nesse fórum mesmo. Se for analisar tópico por tópico, post por post...acho que todos nós, em algum momento, falamos besteira ou agimos preconcentuosamente. Deveríamos ir para a cadeia por isso...

Discordo do que ela disse? Claro! Agora, é muito estradalhaço por uma mera mensagem inconsequente (dentre outras milhares por aí). Ela agora é vista como "a garota que colocou um muro entre São Paulo e o Nordeste!"

Meio exagerado, não acha!?

Isso é interessante politicamente. Afinal, separar para conquistar sempre foi uma tática de guerra bastante eficiente...

- As vezes dizemos coisas violentas que não representam a vontade e sim desabafos ou resmungos, as pessoas interpretam isso através da expressão corporal e facial, a linguagem não é formada apenas pela fala, escrever um desabafo na INTERNET prá todo mundo ler como se estivesse conversando na sala de estar com os amiguinhos da escola é coisa de imbecil.

Abraços,

Então a maioria da população mundial da rede é de imbecis. Devem ser todos processados, presos, punidos, apedrejados e exilados em Marte. Até aprenderem a ser...gente (?).

[Johnny]

OAB recebeu mais de 10 mil denúncias de preconceito

A organização não governamental SaferNet Brasil recebeu, entre os dias 31 de outubro e 4 de novembro, mais de 10 mil denúncias relativas a usuários do Twitter que espalharam manifestações de ódio e incitação de violência contra cidadãos de origem nordestina.

“Levamos essas denúncias ao conhecimento do Ministério Público do Estado de São Paulo. Agora estamos na expectativa da decisão deles, de arquivar ou investigar o caso”, afirma o presidente da organização, Thiago Tavares. As denúncias de preconceito na rede social foram recebidas por meio do site http://www.safernet.org.br/site/.

De acordo com Tavares, entre os 1.037 perfis que foram denunciados está o da estudante de direito Mayara Petruso, 21 anos, que ganhou notoriedade na mídia após publicar no Twitter que todos os nordestinos deveriam ser afogados.

O presidente da SaferNet afirma que a entidade tem convênios formais com o Ministério Público e a Polícia Federal para repassar as denúncias que recebe. “Nós recebemos as denúncias, filtramos e encaminhamos para as autoridades com competência pra investigar”, afirma. Segundo Tavares, a maioria das denúncias diz respeito a crimes sexuais contra crianças e adolescentes, como a disseminação de imagens de pornografia infantil na internet. A APOlogia e a incitação de crimes contra a vida são o segundo tipo mais comum de denúncia.

Para Tavares, a internet é um espaço público e as pessoas precisam ter consciência de que os seus atos na rede geram consequências no mundo real. “A internet não é uma terra sem lei. A violação aos direitos humanos é um crime previsto na legislação na brasileira.”

De acordo com o especialista, o direito à liberdade de expressão não autoriza o desrespeito, a discriminação, nem a violação a outros direitos humanos igualmente fundamentais. “Os direitos à igualdade e à liberdade de expressão têm que andar juntos e precisam ser respeitados na sua integralidade. Eu não posso usar a liberdade de expressão para propagar manifestações racistas ou preconceituosas. A internet deve ser usada com ética e responsabilidade”, afirmou o presidente da SaferNet.

[Aranha]

Então a maioria da população mundial da rede é de imbecis.

- Não vejo todo mundo escrevendo coisas criminosas na rede.

Devem ser todos processados, presos, punidos, apedrejados e exilados em Marte. Até aprenderem a ser...gente (?).

- Devem ser punidos até aprenderem a ser gente, a forma da punição dependerá de cada caso.

Beijos.

[salgueiro]

A internet deve ser usada com ética e responsabilidade”,

Antes de tudo é necessário ter ética e responsabilidade para poder por em uso. O que se vë é a cobrança dos "outros" e muito pouco uso próprio.

[Fenrir]

- As vezes dizemos coisas violentas que não representam a vontade e sim desabafos ou resmungos, as pessoas interpretam isso através da expressão corporal e facial, a linguagem não é formada apenas pela fala, escrever um desabafo na INTERNET prá todo mundo ler como se estivesse conversando na sala de estar com os amiguinhos da escola é coisa de imbecil.

Abraços,

As pessoas não sabem usar a internet, ainda. Ela vai pagar por ter sido estúpida. Imagino que agora ela esteja reclusa em algum lugar com medo de ser linchada ou agredida.
Fico pensando se isso fosse dito por um menor de idade, quem seria o responsável? Uma bobagem destas pode colocar em risco a vida de alguém devido a repercussão. Acredito que com o tempo e mais incidentes como esse se torne obrigatório ser maior de idade para publicar algo na net.
Muitos vão achar absurdo, mas se cada vez que alguém posta algo existe a possibilidade de as consequências saírem do controle é um caso a se pensar.

- Acho que isso não vale só prá crianças não, percebi um tempo atrás que a pessoa virtual é diferente da verdadeira, percebi que na internet eu era mais agressivo, irônico e desrespeitoso com pessoas/temas do que realmente sou na realidade, então resolvi assumir outra identidade para não comprometer meu eu real com o mau-comportamento do meu eu virtual, qualquer coisa posso dizer que foi "ele" e não "eu".

Abraços,

2
Preciso aprender a fazer isto. Ainda bem que não uso twitter.