salgueiro escreveu:Mas voltando a vaca fria ...
Infelizmente, porque gostaríamos de taxar todos os atos cruéis de psicopatias, a realidade mostra pessoas mentalmente saudáveis capazes de um alto grau de crueldade.
Verdade nua e crua.
salgueiro escreveu:Mas voltando a vaca fria ...
Infelizmente, porque gostaríamos de taxar todos os atos cruéis de psicopatias, a realidade mostra pessoas mentalmente saudáveis capazes de um alto grau de crueldade.
salgueiro escreveu:Mas voltando a vaca fria ...
Infelizmente, porque gostaríamos de taxar todos os atos cruéis de psicopatias, a realidade mostra pessoas mentalmente saudáveis capazes de um alto grau de crueldade.
salgueiro escreveu:Pessoas ruins, más, cruéis existem em diversos graus e sim, mentalmente saudáveis.
Não acredito nessa simplificação que vc aponta onde transforma o cérebro no responsável pelos atos.
Rapidfire escreveu:Um exemplo jurídico interessante é o da síndrome XYY. Em um caso de homicídio ela entrou como atenuante. Não acredito que o tal "livre-arbítrio" vive em uma redoma de vidro livre de agentes externos.
salgueiro escreveu:A "maldade" (vou chamar assim) é escolha, só que é muito difícil de ser assumida geralmente explicada como reação como no caso da vingança e outros. É o tipo da coisa que canso de assistir, das pequenas as grandes, pesadas, de pessoas absolutamente normais (mentalmente sãs) que possuem toda a gama de sentimentos inclusive arrependimento.
Apo escreveu:Não, sal. Não é escolha, não. Pode parecer porque os valores aparentes são subjetivos no fundo de cada um. A frase " cada cabeça uma sentença" diz tudo. O mal não está postado na ação apenas, mas nos motivos que fazem a ação ocorrer através do corpo do agressor.
Como não entendemos as razões do outro ( muitos até negam que já tiveram momentos de descontrole parecidos, como se aquilo jamais acontecesse com eles!), é mais confortável que a expiação social se dê através do preconceito. Isto sim, é preconceito sem conhecimento. É o que costumamos ter.
salgueiro escreveu:Prender alguém somente por perder determinada área do cérebro seria no mínimo precipitado porque acredito que seja mais complexo que isso.
Fernando Silva escreveu:salgueiro escreveu:Prender alguém somente por perder determinada área do cérebro seria no mínimo precipitado porque acredito que seja mais complexo que isso.
Vou repetir: as baratas não têm culpa de terem nascido baratas, mas a gente as esmaga do mesmo jeito.
No caso de um psicopata, no mínimo temos que manter o cara preso, ainda que culpas não venham ao caso.
Johnny escreveu:Por quê pararam por aqui? Se existe a possibilidade de todo psicopata em potencial ser extremamente perigoso, não vejo motivo para mantê-lo solto.
Agora, vamos voltar ao foco do tópico pois pensei que isso rolaria mais longe. Uma pessoa deve ser punida por um crime, mesmo que identificado que a causa tenha sido uma anomalia do cérebro, e portanto tratável? Ou quem cometeu o crime foi "o corpo todo" e não a pessoa?
salgueiro escreveu:Fernando Silva escreveu:salgueiro escreveu:Prender alguém somente por perder determinada área do cérebro seria no mínimo precipitado porque acredito que seja mais complexo que isso.
Vou repetir: as baratas não têm culpa de terem nascido baratas, mas a gente as esmaga do mesmo jeito.
No caso de um psicopata, no mínimo temos que manter o cara preso, ainda que culpas não venham ao caso.
Calma. Eu não estou falando de um psicopata provado e sim de um psicopata em potencial.
Rapidfire escreveu:Johnny escreveu:Por quê pararam por aqui? Se existe a possibilidade de todo psicopata em potencial ser extremamente perigoso, não vejo motivo para mantê-lo solto.
Agora, vamos voltar ao foco do tópico pois pensei que isso rolaria mais longe. Uma pessoa deve ser punida por um crime, mesmo que identificado que a causa tenha sido uma anomalia do cérebro, e portanto tratável? Ou quem cometeu o crime foi "o corpo todo" e não a pessoa?
Acho que a resposta já está no 26º artigo do CP, que trata de imputabilidade;
"É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento."
Sobre como se dá a internação em hospital de custódia acho mais fácil o Tranca responder.
Johnny escreveu:Citou bem, mas não queria imitar os juizos apenas pela lei, e sim pela análise dos fatos.
Por exemplo, seria justo julgar e punir um criminoso que tenha perdido sua memória num acidente e com isso, esquecido todo o mal que fez? Quem comete o crime é o individuo temporal ou o corpo-ação do mesmo?
Rapidfire escreveu:Vou parar antes que entre em contradição.
Rapidfire escreveu:Pegue o exemplo do assaltante do ônibus 174. Ele viu a mãe assassinada quando criança, depois foi um dos sobreviventes do massacre da candelária. Longe de mim afirmar que isso foi fator determinante ou se foi escolha dele, mas supondo que foi:
Seria justo culpá-lo?
Vou parar antes que entre em contradição.