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GLOBO ARMA ENTREVISTA COM MANTEGA.

Enviado: 28 Nov 2010, 17:30
por carlo
TODO CUIDADO COM ELA, É POUCO!!!!!

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmado no cargo pela presidente Dilma Rousseff, poderia, com muito proveito, para si e para o país, seguir o exemplo de nossa próxima primeira magistrada: entrevista para a Globo não é para o entrevistado concordar com a Globo.

Por exemplo, a pergunta “sabemos, não é ministro Guido Mantega, que 2011 teria que ser um ano pra cortar despesas?” não é uma pergunta – o sujeito quer mandar no governo e no ministro sem ter sido eleito.


E se a Globo quer mandar alguma coisa, essa coisa deve estar errada. Por isso, não é bom o nosso ministro responder: “Exatamente. (…) porque nos últimos dois anos nós gastamos um pouco mais”.



“Gastamos um pouco mais”, em quê? Nas obras do PAC? No Minha Casa, Minha Vida?




Onde foi que o governo Lula gastou mais do que deveria gastar? Até agora isso tem sido, exatamente, a conversa – tucana e neoliberal, de fio a pavio – do “ajuste fiscal”.


O presidente Lula, com a sua acuidade popular, já definiu o que é isso: “geralmente, quando se fala em ajuste fiscal, se prepara algum tipo de sacanagem contra o povo”.

Ou, como disse a presidente Dilma, logo após a vitória: “recusamos as visões de ajustes que recaem sobre os programas sociais, os serviços essenciais à população e os necessários investimentos”.

Portanto, mesmo por cortesia, também não é bom o nosso ministro responder à Globo, sobre o salário-mínimo de 2011: “salário mínimo, o valor é R$ 540. Não dá para subir mais, porque senão aumenta os gastos da Previdência”.

Primeiro, essa decisão não é sua, mas da presidente. Segundo, como o país vai continuar crescendo, sem que o salário-mínimo esteja em recuperação, expandindo o mercado interno?

Quem vai comprar o que a economia, em crescimento, produzir a mais, se o salário básico da economia não tem aumento real?



Os americanos é que não vão comprar.



E que história é essa de “gastos da Previdência”, cantilena desmoralizada há alguns anos, inclusive pelo presidente Lula? Ou será que o ministro quer levar em consideração os “gastos da Previdência” sem lembrar que eles fazem parte do orçamento da seguridade social, que é superavitário?

No entanto, disse o ministro: “além de cortar gastos que já existem, nós ainda temos que impedir que novos gastos sejam feitos.

Diga-se de passagem, o funcionalismo está ganhando bem. Então é o momento de dar uma parada: no ano de 2011, nós não estamos prevendo aumento pro funcionalismo”.

Essa decisão também não é sua.

E, se fosse tomada, ainda mais anunciada antes da presidente tomar posse, convenhamos que não seria a melhor política, nem para o crescimento do país, nem para os serviços públicos, nem para a tranquilidade – pelo menos alguma há de existir – de uma massa de cidadãos que votaram em peso na nossa presidente, e o fizeram porque querem servir melhor à população e ao país.




Não foi para adotar a pauta da oposição derrotada que 56 milhões de pessoas votaram em Dilma na eleição de 31 de outubro.

Até porque, mesmo se o ministro aderisse a essa pauta, a oposição não o amaria mais do que o odeia hoje em dia. Apenas, iria tentar atingir a presidente por algo que ela não fez.

Mas, se foi por delicadeza que o ministro assim respondeu, homem culto que o é, certamente quando em solidão, relembrará os versos de Rimbaud: “Par délicatesse/ J’ai perdu ma vie”, ou seja, “Por delicadeza/ Eu perdi minha vida”. Eis um risco que é desnecessário correr.

A presidente eleita Dilma Rousseff deixou claro na campanha, e depois, em diversas ocasiões que, diante da excepcionalidade da crise de 2008/9, pretende negociar com as Centrais Sindicais uma forma de “compensação para garantir um reajuste que mantenha a continuidade da política de valorização do salário”.

As centrais sindicais reivindicam um salário de R$ 580,00 (veja matéria na página 5) e argumentam que o que foi negociado com o governo Lula foi um mecanismo “para recuperar e valorizar o salário mínimo”.

Além disso, os dirigentes sindicais defendem, com razão, que o que garante o crescimento do país é o mercado interno.

Quanto a corte de gastos como condição para queda de juros (“no futuro”, disse o ministro), isso tem marca registrada.

O leitor deve se lembrar da “Veja”, “Folha”, e dessas palavras: “cortando gastos e desperdícios será possível reduzir juros, carga tributária e aumentar investimentos” (José Serra, Globonews, junho, entrevista à Miriam Leitão).

Seria mais produtivo se o ministro se dedicasse ao combate no front da guerra cambial, que está comendo solta, com os EUA inundando o mundo com mais 600 bilhões de dólares, o real artificialmente alto, as importações explodindo, as exportações cada vez mais caras, as contas externas em dificuldades (ver matéria na página 2)

Chegaria, homem inteligente que é, à conclusão de que os juros têm de cair logo, ao invés de cortar necessárias despesas públicas. Papel de Meirelles, só o Meirelles consegue fazer.

by Sergio Cruz.

Re: GLOBO ARMA ENTREVISTA COM MANTEGA.

Enviado: 28 Nov 2010, 18:13
por carlo
A GÊNESE TUCANA:

Para PSDB, sem arrochar salário e paralisar o país não há saída

Mal Henrique Meirelles está sendo despachado do Banco Central, o PSDB já está saudoso da política de manter uma trava no crescimento do país, através dos juros altos. Alexandre Tombini foi indicado para suceder Meirelles no BC.

Em nota publicada no site do Instituto Teotônio Vilela (ITV), a legenda faz um arrazoado em defesa da política de arrocho na economia que, na opinião dos tucanos, deveria ser adotada pela presidente eleita, Dilma Rousseff.

Segundo os tucanos, é “imperativo que (Dilma) freie a expansão dos gastos públicos”. “As despesas são ascendentes, mas não se ouve uma palavra a respeito disso da presidente eleita”.

O inconformismo tucano com o crescimento do país e os investimentos que o governo Lula tem aportado na economia se expressa no texto e diz que

“Dilma poderia começar por ressuscitar uma proposta que integra o PAC, mas foi letra morta até agora: a que limita os reajustes salariais a um percentual pouco acima da variação do PIB”.

O PSDB se mostra escandalizado também com a proposta de Dilma de reduzir os juros e os encargos que isso acarreta na economia: “Tem-se dito que ela perseguirá a redução da dívida pública de 41% para 30% do PIB em quatro anos.

Também tem sido divulgado que a meta é baixar o juro real dos atuais 5,3% para 2%. Papel aceita tudo”. Não é para menos a insatisfação dos tucanos, acostumados com os juros estratosféricos praticados por Henrique Meirelles à frente do Banco Central.

Para eles, se não tiver juros altos para os banqueiros, salários baixos, investimento zero em obras e desenvolvimento e privatização isso não é economia.

Falar em aumento de salário, obras, redução da pobreza, etc, tudo isso só na época de eleição, como fez Serra em sua demagogia durante a campanha eleitoral, dizendo até que ia reajustar o salário mínimo para 600 reais.

Mas nem bem acabou a eleição e tudo volta ao normal tucanês. Para os tucanos, por que gastar com o PAC, salários, Bolsa-família, Minha Casa Minha Vida, construção de navios e plataformas no país, de refinarias, ferrovias? Tem que ter dinheiro é para os bancos, na opinião deles.



Durante a eleição, Serra se declarou estatista desde criancinha. Agora, após o período eleitoral, eis o que diz o PSDB sobre a Eletrobrás: “o histórico da Eletrobrás no quesito é lastimável. Sob seu guarda-chuva estão várias distribuidoras estaduais que deveriam ter sido privatizadas, mas foram mantidas estatais”.

Depois acham que o povo vai cair no bico de tucano em 2014!


E a decisão de Dilma e do governo de retirar os investimentos da Eletrobrás do cálculo do superávit primário (despesas do governo, excluindo o gasto com juros), ou seja, ter mais recursos para investir no crescimento, é um deus-nos-acuda para o banqueirismo do PSDB, como a legenda frisa na sua nota.

Re: GLOBO ARMA ENTREVISTA COM MANTEGA.

Enviado: 28 Nov 2010, 18:57
por arlindof
Acho que você vai preferir se 'informar' pela record então, já que a emissora mais parece um porta-voz oficial do PT que qualquer outra coisa.

Esse papo de PIG não cola mais, além da TV estatal vocês já tem até emissora privada oficial.
Lula e Macedo juntinhos... que dupla dinamica.

Re: GLOBO ARMA ENTREVISTA COM MANTEGA.

Enviado: 28 Nov 2010, 20:53
por carlo
arlindof escreveu:Acho que você vai preferir se 'informar' pela record então, já que a emissora mais parece um porta-voz oficial do PT que qualquer outra coisa.

Esse papo de PIG não cola mais, além da TV estatal vocês já tem até emissora privada oficial.
Lula e Macedo juntinhos... que dupla dinamica.


ESTE PAPO DE P. I. G A CADA DIA COLA M AIS ABESTADO!!!Imagem

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Re: GLOBO ARMA ENTREVISTA COM MANTEGA.

Enviado: 28 Nov 2010, 23:56
por Judas