Nova declaração do Bolsonaro sobre AIDS

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zumbi filosófico
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Re: Nova declaração do Bolsonaro sobre AIDS

Mensagem por zumbi filosófico »

Acauan escreveu:
zumbi filosófico escreveu: Não quis "emocionar" ninguém, apenas não vejo essa cons--... bem... ummm... essas pessoas... que... secretamente... mas ainda assim detectavelmente, por uns... querem ocultar os verdadeiros números da AIDS, com algum propósito maquiavélico que podemos imaginar...
Os números são públicos, ninguém nega ou tenta ocultar que homens sexuais sejam o grupo de maior risco. No máximo, o que acontece quando se vê algo público é não se dar a ênfase que você aparentemente acha que deveria ser dada a isso, o que é ótimo, porque o resultado poderia ser desastroso, se não fosse feito com imenso cuidado, para não criar a noção de que heterossexuais são "imunes".


Todas as campanhas públicas de prevenção da AIDS divulgam a falsa idéia de que o risco de contágio é o mesmo para todos, que não existem grupos de risco, tentam dissociar ao máximo AIDS dos homossexuais, distribuem preservativos às baciadas sem qualquer critério, fugindo completamente aos focos eficazes e omitem sistematicamente os dados que identificam a epidemia como exclusivamente homossexual, enquanto manipulam dados que sugerem o contrário.


Ok, você não acredita que as campanhas feitas são as melhores possíveis, e aparentemente que seriam melhores se deixassem mais claro que os homens homossexuais são os mais acometidos pelo vírus, em proporção bem maior.

Eu acredito que um foco no conceito "grupo de risco", e não "comportamento de risco" não só não seria mais eficiente, como é potencialmente desastroso, dado que:

- mesmo aceitando que o a abordagem "grupo de risco" fosse por algum motivo melhor do que "comportamento de risco", o que não tem qualquer razão de ser, esses grupos não são rigidamente delineados, há uma ampla intersecção, boa parte dos homossexuais são bissexuais, e há gente que se rotula heterossexual sem ser (e ninguém usa crachá explicando bem tecnicamente o que é para que a parceira vá necessariamente saber). Para dar conta disso, a ênfase acaba tendo que ser movida para os comportamentos de risco de qualquer jeito;

- há sim risco (ainda que seja atualmente bem menor) de heterossexuais estritos contraírem e transmitirem HIV (o que não muda pelo fato de não haver o que se possa chamar de epidemia heterossexual);

- as pessoas têm a tendência de avaliar mal o risco individual de diversas formas (subestimar o risco provavelmente sendo mais danoso do que superestimar em boa parte do tempo, ainda que eu não esteja "defendendo a superestimação" do risco, apenas que não vale a pena apostar nessa loteria as avessas, muito menos pregar que a população em geral faça isso), como não usar capacete para andar de moto até a padaria, ou achar ser mais seguro viajar de carro depois de um acidente aéreo. Se as pessoas tem uma noção de grupos de risco, de uma correlação (que pode induzir a um pensamento "tipológico", de ser algo inerente a categorias estritas, quando isso é falso), em vez da causa última, que é o comportamento de risco, esses erros de avaliação tendem a se agravar e as pessoas a se submeter mais freqüentemente a riscos, o que levaria a um aumento de infecções de HIV heterossexual.

- há ainda o possível efeito de carona que isso resultaria em outras doenças venéreas, cuja propagação facilita a propagação do HIV.


A ênfase em comportamento de risco é superior por evitar tudo isso. Não só é mais precisa, por lidar com a causa e não com uma correlação, com algo incidental, mas também é universal, válida para qualquer que seja o rótulo que a pessoa se dê (que não vai sempre coincidir com o que seria a definição técnica correta do rótulo). Se pode haver algum benefício em um foco maior dentro dos grupos mais acometidos, tem que se ter todo esse cuidado para não passar a noção de uma coisa inerentemente ligada ao homossexualismo/homens homossexuais, não para que não se ofendam, mas para não aumentar os casos (e outras doenças) de forma geral, e "especialmente" entre os heterossexuais ("especialmente" apenas porque são esses que ficam sujeitos ao risco por ter essa noção de que "AIDS é cois de gay", enquanto que entre os gays mesmo deveria diminuir).

A impressão que tenho é que essa necessidade da ênfase na incidência desproporcional em homens homossexuais/no desprezo dos riscos das pessoas heterossexuais, principalmente das mulheres, mais do que uma preocupação com a prevenção, é só uma dessas costumeiras implicâncias e manias de perseguição com tudo que os gays e seus lobbies podem estar tramando.






E quem quiser saber alguma coisa tem que conversar com quem sabe ou pesquisar em inglês na internet, como fizemos aqui, nada é público como sugeriu.


Isso vale para praticamente tudo, não é explicado só com omissões sistemáticas de lobbies com suas tramóias e manipulações.




Estes fatos se passam todos os dias diante de seu nariz, se prefere ridicularizá-los, paciência.

E em um estado democrático de direito, o povo tem direito à verdade e o governo tem a obrigação de dizê-la.
Esta idéia de que sacrossantos burocratas devem decidir o que o povo deve ou não saber pode até começar com boas intenções, mas termina sempre em merda. [/color]


Qualquer um que queira se aprofundar sobre as questões da AIDS, como sobre qualquer outro assunto, com algum esforço, consegue ir atrás de informação. O governo não precisa transformar cada indivíduo num expert epidemiologista/infectologista/imunologista. A mensagem básica que as campanhas dão já são bastante razoáveis para a prevenção, para uma boa noção geral das coisas pelas pessoas em geral, que é o mais importante.

A censura/não divulgação suficiente desse tipo de coisa pode realmente ser um problema bem grave, como já citei como exemplo na educação sexual focada exclusivamente no celibato e nos sites de educação sexual mais geral colocados offline pelos burocratas conservadores americanos. No que concerne a esse aspecto dos gays muito mais comumente terem AIDS do que heterossexuais estritos, bem, pelos motivos que já disse diversas vezes, não acho que seja necessária mais ênfase do que noramlmente é dada, ao mesmo tempo não acredito que não dar essa ênfase que uns gostariam seja parte de um esquema de manipulação, ou uma arbitrariedade dos burocratas.






zumbi filosófico escreveu: "Omissão sistemática". E não é conspiração. Isso deve ser brincadeira... OK...


Poderia explicar a diferença entre omissão sistemática e conspiração, mas deixo o encargo livre para quem tiver paciência para explanar sobre o óbvio.

zumbi filosófico escreveu: O foco do texto é corrigir a interpretação do artigo original sobre não haver transmissão heterossexual, logo não é assim tão absurdo supor que a omissão dos dados quanto a homossexuais não sejam "sistemáticos", visando ocultar alguma coisa (sem conspiração, sem conspiração!). Simplesmente não é o tema. O fato dos homens homossexuais "ganharem de lavada", não elimina o risco heterossexual, ainda que menor.


Já expus dados, fontes e análises suficientes sobre isto.
Você não vai mudar de idéia nem que chovam infectologistas na sua cabeça, mas a discussão está registrada para às mentes permeáveis que vierem a lê-la.


A "minha idéia" sobre isso nada mais é do que a realidade, nada que difira dos dados que você mesmo colocou, nem algo com o qual infectologistas discordariam, não estou defendendo nada "fringe" aqui.




zumbi filosófico escreveu:Ok, imagine que quando eu digo "conspiração", estou me referindo a esse movimento/lobby gayzista do qual você fala, que supostamente quer ocultar a verdade sobre a AIDS, mas que não é conspiração.


Você parece ter uma dificuldade imensa em diferenciar o que é fato do que é análise do fato.
É fato que as campanhas de prevenção e a divulgação pública de informação sobre AIDS omitem as informações.

Como e porque omitem é outra discussão.
Quando conseguir fazer o básico que é esta diferenciação, aí talvez haja o que responder para além desta fixação boba sobre teorias conspiratórias, que é um atalho ótimo para fugir do trabalho de pesquisar fontes primárias.


Como já disse, uma análise razoável dos fatos pertinentes não sugere a necessidade de uma ênfase maior nesses dados que você acha que são omitidos/censurados por alguma tramóia não-conspiratória.



zumbi filosófico escreveu: Mas parece que não é. E eu fico meio sem saber onde continuar. Os dados estão aí. HIV é heterossexualmente transmissível. Eu não sei entendi seu ponto. Se as pessoas não deveriam se preocupar/não existe transmissão heterossexual, ou se só quer chamar atenção para o fato de ser predominantemente um problema de homens homossexuais.


O que eu quero é uma coisinha meio fora de moda chamada defesa da verdade. Fale o que quiser, ninguém tem coragem de afirmar em público que não existe epidemia heterossexual de AIDS e nunca houve. Quem alardeou isto enganou a população e não aparece um filho da puta para dizer uma coisa simples: - "erramos".

Mas acho que defesa da verdade virou uma abstração distante e incompreensível em alguns mundinhos.


zumbi filosófico escreveu: "Idéia própria" não tem importância alguma aqui.


Que Monã nos proteja.


zumbi filosófico escreveu: O fato é que, um risco pequeno individual, representa um número maior na população toda, e logo algo não desprezível. A maior parte das pessoas nunca teve acidente de trânsito provavelmente, e ainda assim os acidentes de trânsito são uma das principais causas de morte.


Se informe melhor.
Você já admitiu que não pesquisou suficientemente o assunto, mas quer discuti-lo como se o dominasse em alguma profundidade. Se deixar de lado esta retórica inútil e verificar o histórico de isolamento do HIV e algumas questões técnicas levantadas a respeito, aí talvez saiba o mínimo do mínimo para fazer afirmações como a acima.


Realmente parece ser inútil isso.

Impressionante o quanto consegue alongar essa discussão com essas tentativas toscas de desqualificar o que estou dizendo em picuinhas e preciosismos, quando tudo o que você apresenta nada mais é do que o fato (não desconhecido) de que os gays muito mais comumente têm AIDS do que os heterossexuais, e pula para conclusões fantásticas que não se suportam a partir daí, só fazendo apelo de autoridade a importantes cientistas anônimos da toda-poderosa USP, e alertando que é tudo parte da campanha de desinformação não-conspiratória que os lobbies gays e os burocratas fazem.




zumbi filosófico escreveu: Não sei se o que se gasta com AIDS é análogo a gastar bilhões no tratamento de bicho do pé ou qualquer outro dsperdício. Não sei quanto se gasta com prevenção e etc. Pode bem não ser o que eu consideraria ideal. Apenas não considero que o fato de afetar predominantemente homens homo/bissexuais, e afetar mais a mulheres heterossexuais do que a homens estritamente heterossexuais seja algo que faça com que o problema valha menos do que se afetasse mais homogeneamente a população, mantendo o mesmo número de vítimas. Acho bom que o problema esteja mais restrito aos grupos de risco elevado, em oposição a algo mais generalizado, mas qualquer diminuição nos investimentos em prevenção motivada por isso tem que ter em mente o risco de afetar esse cenário.


O problema vai além da "predominância" de uma orientação sexual sobre outra nos mecanismos de contaminação e disseminação. Você quer seguir a discussão sem conhecer estes mecanismos e ainda fazendo afirmações taxativas.


... suspense... não revelou o que é o elemento mais importante da discussão, o que verdadeiramente determina o risco dos homossexuais e a total(?) segurança dos heterossexuais, de forma que os bissexuais sejam até desprezíveis...

E eu novamente sou desqualificado por não saber o suficiente. Touché. Parece que temos um vencedor...



zumbi filosófico escreveu:Eu nunca procurei muito ativamente sobre isso, só umas vezes sobre a questão da relação HIV/AIDS, e não, não procurei só pelo que queria ouvir...


Sua escolha de links sugere que busca no Google o que referenda sua opinião.


A sua posição geral de se incomodar um pouco acima do normal com gays sugere que faça o mesmo, apenas com um foco específico em de alguma forma alimentar suas suspeitas contra gays e etc.



zumbi filosófico escreveu: Eu tento ser menos prolixo, isso é um baita atalho e tanto para o que geralmente quero dizer, e o que é comprometido em não tomar o caminho mais longo não chega a ser uma grande perda.


Sinceramente, não entendi bulhufas.


O parecer da maioria dos cientistas sobre uma coisa e as coisas ditas nesse termo geralmente são o suficiente a se saber sobre alguma coisa. Os detalhes técnicos do que suporta esse cenário prolongam, muitas vezes desnecessariamente, uma discussão. Só faz sentido se alguém houver feito alguma alegação que seja mais do que incredulidade pessoal ou uma simples falha lógica, quando de fato se aborda os detalhes do assunto questão. O que ainda não aconteceu aqui, diga-se de passagem.





zumbi filosófico escreveu: As coisas que citei, ao menos a maioria delas, foram ou até ainda são polêmicas, não contos da carochina auto-refutados, tem seus defensores, análogos aos respeitados cientistas da USP que mencionou. Talvez até dentro da mesma USP...


Pelo que me lembro, você chegou a fazer analogias com criacionismo científico, o que é recorrer a contos da carochinha sim.


Naqueles últimos exemplos, não, o mais gritamente distante da realidade normalmente aceita pelos cientistas (ops!), não aceito por "ninguém", era uma filogenia "doida" dos humanos numa posição extremamente basal, mas "evolucionista". Todos os outros foram ou sugestões sérias que não se popularizaram ou mesmo competidores páreos com uma outra hipótese que acabou "vencendo", assim como outras coisas como a idéia de que HIV não tem nada/muito a ver com AIDS (mas não que HIV não exista) ou não haver aquecimento global antropogênico, ainda têm seus defensores aqui e ali.



zumbi filosófico escreveu: A diferença aqui é que, por qualquer motivo, você acabou esbarrando ou indo atrás dessa questão da AIDS, possivelmente por não dar a mesma importância a essas outras questões, não ter o mesmo interesse. Outros tantos encontram e defendem esses pontos de vista menos comumente conhecidos da mesma forma.


AIDS é o assunto deste tópico.

zumbi filosófico escreveu: Mas tanto faz. Eu não estou defendendo que de fato o que se "deve" fazer é generalizar esse tipo de coisa e simplesmente aceitar fielmente o mainstream. Se tiver interesse, ótimo, que se pesquise sobre isso e etc. Pode mesmo acaba achando razoável discordar, como muita gente faz, com esses e outros assuntos. Se fosse uma questão de apostar, simplesmente apostaria na maioria, "nos cientistas", e não nos fringes, de modo geral. Sempre que dei uma "aprofundada superficial" nessas posições alternativas, costumei encontrar esse padrão que vai desde falhas lógicas na argumentação, até embasamento frágil, ou mesmo falso.


O termo mainstream foi vulgarizado na internet e para qualquer questão um pouco mais complexa é preciso mais que o Google para determiná-lo, isto quando existe de fato um mainstream no sentido acadêmico do termo e não um simulacro dele divulgado por grupos de interesse.

Nota: Grupos de interesse é diferente de conspiracionistas. (já que é preciso deixar claro).


A revista Science, a AAAS, são manipulados por esses grupos de interesses que ocultam a verdade sobre a AIDS?



zumbi filosófico escreveu: No caso especificamente, nem faço idéia do que realmente defendem, mas pelo que disse já fico curioso com questões como o que exatamente consideram uma contaminação insignificante de heterossexuais, e por que pensam que seria algo que tenderia a ser estável ou a redução (em vez do atual aumento) com as mudanças que imaginam que devessem ser postas em prática. Eu também não sei exatamente o que o governo atualmente faz, para começar, mas é difícil imaginar algo além do óbvio; campanhas de prevenção/conscientização, distribuição de contraceptivos e uso dos anti-retrovirais quando ainda der tempo. Qualquer coisa nesse tom de dar um enfoque para a coisa como problema exclusivamente de homens gays e não da população em geral me parece desastroso, pelos motivos que já mencionei. A diminuição do temor pela AIDS poderia aumentar o número de outras doenças que em contra partida facilitam a transmissão do HIV; gays não são necessariamente homossexuais estritos, passariam HIV para as mulheres, e em menor grau, essas passariam para os homens heterossexuais estritos. Não que o problema seja apenas esse, como disse antes, não é como se o problema não ser significativamente de homens heterossexuais, mas mais de homosssexuais e mulheres, fizesse dele insignificante.


O buraco é mais embaixo, com trocadilho ou sem.
Toda a oncologia atual admite que sabemos pouquíssimo sobre o câncer, suas causas e seus mecanismos de manifestação, mas conseguimos resultados e progressos com o pouco que temos, sem correr o risco de oficializar explicações teóricas não comprovadas cientificamente.

O mesmo pensamento deveria valer para AIDS, mas criou-se uma falsa segurança de que sabemos o suficiente sobre o HIV, como ele destrói o sistema imunológico e se espalha por contágio sanguíneo.
Só que não sabemos.


E por não sabermos tudo sobre a agência do vírus pode-se/deve-se afirmar que é livre de risco o sexo heterossexua sem proteção??? Sabe-se que há algo no sexo homossexual entre homens, além da parte mecânica conhecida (que é igual ou mais arriscada no sexo anal com mulheres), sugeriria um risco exclusivo? Como as mulheres heterossexuais e os homens heterossexuais estritos se contaminam? É um enigma? Gays deixando agulhas nas cadeidas dos cinemas, talvez?



zumbi filosófico escreveu: Eu não sei se existe o que se classifica como uma epidemia, e não acho que isso seja de fundamental importância.


Fico imaginando como a existência ou não de uma epidemia de uma doença contagiosa e incurável não seria de fundamental importância.


Você não resiste a um deslize na maneira de escrever para dar essas alfinetatinhas, não é mesmo? Ou você realmente "entendeu" que eu achasse/sugerisse que uma epidemia não seria importante, e não que a doença/prevenção da doença é importante a despeito de não haver uma epidemia, "até mesmo" para evitá-la?



zumbi filosófico escreveu: Os números estão aumentando, inclusive entre homens heterossexuais (novamente, não a única população merecedora de preocupação), e seja lá qual classificação que isso mereça nesse ritmo, ainda é um problema, e merece atenção. Pode não ser uma calamidade, catástrofe, o fim do mundo, mas também não é insignificante.


Um montão de coisas não é insignificante e uma olhada sobre o aumento da AIDS entre homens heterossexuais – fora da África – tem angu embaixo do caroço, ou o contrário, sei lá, nunca entendi este ditado.


Não conheço esse ditado, mas acho que está sugerindo que esses "heterossexuais" se declarem assim mas sejam bi ou homossexuais no armário, ou sejam "mais" heterossexuais do que homossexuais nas suas preferências (o que quer que tenha isso a ver com angu ou caroços). Pois bem, é o tipo de coisa que traz problemas se imaginássemos que fosse útil um enfoque maior no grupo de risco do que no comportamento de risco, especialmente para as mulheres, que mesmo estritamente heterossexuais podem pegar HIV desses "homossexuais/heterossexuais esporádicos". E por extensão também para os homens estritamente heterossexuais (talvez um pouco agravado por práticas "homossexualóides").



zumbi filosófico escreveu: Esse fracasso nas estratégias para lidar com a questão das DSTs e gravidez na adolescência deve servir de exemplo para esse caso específico.


Conclusões muito abrangentes tiradas de experimentos muito restritos não são confiáveis. Relatório Kinsey que o diga.


Sim. De qualquer forma, nada sugere que seja sensato promover a (falsa) idéia de que AIDS é um problema exclusivamente homossexual masculino, algo não corroborado nem mesmo por estudos muito restritos (muito menos por algo melhor), nem por nada do que se sabe sobre transmissão do HIV, por pouco que seja.
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Acauan
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Re: Nova declaração do Bolsonaro sobre AIDS

Mensagem por Acauan »

zumbi filosófico escreveu:A impressão que tenho é que essa necessidade da ênfase na incidência desproporcional em homens homossexuais/no desprezo dos riscos das pessoas heterossexuais, principalmente das mulheres, mais do que uma preocupação com a prevenção, é só uma dessas costumeiras implicâncias e manias de perseguição com tudo que os gays e seus lobbies podem estar tramando.


E um fato, não impressão, verificável aqui é o quanto a ideologia PC contaminou mentalidades, criando vacas sagradas que não podem ser molestadas, mesmo que indiretamente.

É o que se nota pelo modo insistente como se desvia do assunto políticas públicas referentes à AIDS para os homossexuais em si, questão que – ao contrário da primeira – em nada me afeta ou interessa em suas particularidades.

E toda aquela papagaiada sobre grupos de risco x comportamento de risco é pura semântica ideológica, uma vez que não há como diferenciar o comportamento homossexual do grupo homossexual ou o comportamento de consumir drogas injetáveis do grupo de consumidores de drogas injetáveis.

E querer criar diferenciação entre homossexuais e bissexuais é ridículo.


Zumbi Filosófico escreveu:
Acauan escreveu:E quem quiser saber alguma coisa tem que conversar com quem sabe ou pesquisar em inglês na internet, como fizemos aqui, nada é público como sugeriu.


Isso vale para praticamente tudo, não é explicado só com omissões sistemáticas de lobbies com suas tramóias e manipulações.


Não é assim e você sabe disto. Só apelou para esta generalização grosseira por conveniência.

Zumbi Filosófico escreveu:Qualquer um que queira se aprofundar sobre as questões da AIDS, como sobre qualquer outro assunto, com algum esforço, consegue ir atrás de informação. O governo não precisa transformar cada indivíduo num expert epidemiologista/infectologista/imunologista. A mensagem básica que as campanhas dão já são bastante razoáveis para a prevenção, para uma boa noção geral das coisas pelas pessoas em geral, que é o mais importante.

A censura/não divulgação suficiente desse tipo de coisa pode realmente ser um problema bem grave, como já citei como exemplo na educação sexual focada exclusivamente no celibato e nos sites de educação sexual mais geral colocados offline pelos burocratas conservadores americanos. No que concerne a esse aspecto dos gays muito mais comumente terem AIDS do que heterossexuais estritos, bem, pelos motivos que já disse diversas vezes, não acho que seja necessária mais ênfase do que noramlmente é dada, ao mesmo tempo não acredito que não dar essa ênfase que uns gostariam seja parte de um esquema de manipulação, ou uma arbitrariedade dos burocratas.


É impressionante como distorce minhas palavras.
Não sei se por falta de atenção, leitura viciada ou desonestidade.
Mas note como "o governo tem obrigação de falar a verdade" vira "o governo não tem que formar experts" – que relação há entre o que eu disse e tua réplica?
Depois cita o celibato proposto por sei lá quem, sei lá onde, que nada tem a ver com qualquer coisa que eu disse.
E finalmente uma realidade extremamente séria que é "mais de 50% dos novos casos de AIDS nos Estados Unidos se dá entre homossexuais masculinos e 20% deles estão contaminados com o HIV" – um em cada cinco – vira o eufemismo enganador "gays muito mais comumente tem AIDS", como se a realidade dos números puros não denotasse a urgência de políticas específicas para os homossexuais – para a própria segurança deles – enquanto o foco é disperso em medidas universais, que diluem recursos em grupos onde os riscos de contaminação são mínimos .

Ou seja, no frigir dos ovos, os gays são os maiores prejudicados por estas políticas ideologicamente direcionadas, mas quem faz alusão a isto tem que sofrer as costumeiras insinuações de ser homofóbico ou bicha enrustida ou sei lá o que – não, não disse que você, especificamente, insinuou isto, mas ilustra o problema.


zumbi filosófico escreveu: A "minha idéia" sobre isso nada mais é do que a realidade, nada que difira dos dados que você mesmo colocou, nem algo com o qual infectologistas discordariam, não estou defendendo nada "fringe" aqui.


Você está defendendo que apesar de, pelas estatísticas americanas, os homossexuais masculinos, que são no máximo 5% da população corresponderem a mais de 50% das novas infecções por HIV e de um em cada cinco deles estarem infectados, não há nada de errado em manter políticas públicas que tratam AIDS como uma epidemia que se propaga sem distinção de grupos.
Também não vê nada de errado em que as campanhas omitam sistematicamente que homossexuais masculinos têm risco potencial de contrair a doença até mil vezes maior que homens exclusivamente heterossexuais (ponderação dos riscos por tipo de relação sexual, número médio de parceiros e percentual de contaminados no grupo de parceiros).
E mesmo tendo estes números como referência, insiste que quem defende revisões nas políticas públicas tem birra pessoal com os gays.

Se é fringe ou não, sei lá, mas avalie você mesmo a coerência de sua proposta.


zumbi filosófico escreveu:Como já disse, uma análise razoável dos fatos pertinentes não sugere a necessidade de uma ênfase maior nesses dados que você acha que são omitidos/censurados por alguma tramóia não-conspiratória.


Quando faço minhas afirmações, eu as sustento com números e dados confiáveis.
Você sustenta a afirmação acima no que, objetivamente?


zumbi filosófico escreveu:
Acauan escreveu:Se informe melhor.
Você já admitiu que não pesquisou suficientemente o assunto, mas quer discuti-lo como se o dominasse em alguma profundidade. Se deixar de lado esta retórica inútil e verificar o histórico de isolamento do HIV e algumas questões técnicas levantadas a respeito, aí talvez saiba o mínimo do mínimo para fazer afirmações como a acima.


Realmente parece ser inútil isso.

Impressionante o quanto consegue alongar essa discussão com essas tentativas toscas de desqualificar o que estou dizendo em picuinhas...


Quem disse que não pesquisou o assunto foi você, logo se algo te desqualificou foi sua própria declaração.

Zumbi Filosófico escreveu: e preciosismos, ...


Entendendo por "preciosismo" justificar as afirmações com dados e evidências objetivas, a maioria quantificada, contra a ausência delas da contraparte.

Zumbi Filosófico escreveu:...quando tudo o que você apresenta nada mais é do que o fato (não desconhecido) de que os gays muito mais comumente têm AIDS do que os heterossexuais, ...


Você consegue entender a diferença entre "muito mais comum" e "20% de infectados em uma comunidade"?
Consegue entender que em epidemiologia, este número associado a uma doença incurável implica em risco de extinção da comunidade em questão?
Vai continuar desviando o assunto prá atitude da moda de parecer simpático às causas moderninhas?


Zumbi Filosófica escreveu:e pula para conclusões fantásticas que não se suportam a partir daí, ...


Demonstre que são fantásticas. Até aqui temos do seu lado a afirmação de que são e do meu os números e dados objetivos.

Zumbi Filosófico escreveu:só fazendo apelo de autoridade a importantes cientistas anônimos da toda-poderosa USP, e alertando que é tudo parte da campanha de desinformação não-conspiratória que os lobbies gays e os burocratas fazem.


Esta doeu.
Você, o cara que usa como sujeito "a ciência", "os cientistas", "o mainstream" vem me acusar de apelo a autoridade, quando passei a discussão toda fazendo exatamente o contrário, ou seja, explanando sobre os conteúdos e não me escondendo atrás dos títulos de seus autores?

Lamento, tenho que exigir, seja honesto!

E você sabe muito bem que não citei os professores da USP como confirmação do que eu disse, os sugeri como fonte, caso quisesse informações diretas de quem É o mainstream no Brasil. Como é mais cômodo entender isto como apelo a autoridade meu, paciência.


Zumbi Filosófico escreveu:
Acauan escreveu: [color= O problema vai além da "predominância" de uma orientação sexual sobre outra nos mecanismos de contaminação e disseminação. Você quer seguir a discussão sem conhecer estes mecanismos e ainda fazendo afirmações taxativas.


... suspense... não revelou o que é o elemento mais importante da discussão, o que verdadeiramente determina o risco dos homossexuais e a total(?) segurança dos heterossexuais, de forma que os bissexuais sejam até desprezíveis...


Pelo jeito tenho que fazer toda a lição de casa por você.
Um bom começo é dar uma olhada nos estudos sobre causas ou influências sócio-econômicas na propagação da AIDS. Estes estudos ganharam relevância após a explosão de casos na África, mas já eram feitos no Brasil desde a década de 90, quando a AIDS começou a se manifestar entre as camadas mais pobres da população e nelas apresentou características de disseminação acelerada.
Este é um dos dados que somados a tantos outros se desdobram em algumas conclusões e muitas hipóteses, sem o conhecimento das quais falar qualquer coisa sobre AIDS é só repetir a propaganda oficial, que nem chega perto de considerar estas e outras informações decisivas.


Zumbi Filosófico escreveu:E eu novamente sou desqualificado por não saber o suficiente. Touché. Parece que temos um vencedor...


Pelo menos não perco meu tempo e o dos outros com chorumelas deste tipo.

zumbi filosófico escreveu: A sua posição geral de se incomodar um pouco acima do normal com gays sugere que faça o mesmo, apenas com um foco específico em de alguma forma alimentar suas suspeitas contra gays e etc.


Errou.
Qualquer um que revise minha mais de dúzia de milhar de postagens verá que comento com certa ênfase – e incerto conhecimento, por vezes – sobre uma pá de assuntos e este é apenas mais um deles.
Mas como o tema é tabu nestes tempos PC, termina por chamar mais atenção que os outros naqueles que atentam mais a isto que o normalmente esperado.


zumbi filosófico escreveu: O parecer da maioria dos cientistas sobre uma coisa e as coisas ditas nesse termo geralmente são o suficiente a se saber sobre alguma coisa. Os detalhes técnicos do que suporta esse cenário prolongam, muitas vezes desnecessariamente, uma discussão. Só faz sentido se alguém houver feito alguma alegação que seja mais do que incredulidade pessoal ou uma simples falha lógica, quando de fato se aborda os detalhes do assunto questão. O que ainda não aconteceu aqui, diga-se de passagem.


Agora entendi.
Você propõe que o ponto de equilíbrio ótimo da discussão é o seu nível de conhecimento de assunto.
Menos que isto é ignorância e mais que isto é exagero.


zumbi filosófico escreveu: Naqueles últimos exemplos, não, o mais gritamente distante da realidade normalmente aceita pelos cientistas (ops!), não aceito por "ninguém", era uma filogenia "doida" dos humanos numa posição extremamente basal, mas "evolucionista". Todos os outros foram ou sugestões sérias que não se popularizaram ou mesmo competidores páreos com uma outra hipótese que acabou "vencendo", assim como outras coisas como a idéia de que HIV não tem nada/muito a ver com AIDS (mas não que HIV não exista) ou não haver aquecimento global antropogênico, ainda têm seus defensores aqui e ali.


Outro parágrafo que não entendi bulhufas, mas também não me esforcei muito para entender.

zumbi filosófico escreveu:A revista Science, a AAAS, são manipulados por esses grupos de interesses que ocultam a verdade sobre a AIDS?


Especifique.
Cite um artigo de determinado autor e posso lhe responder se há indícios de influência de grupos ou não.

E Santa Ingenuidade, Batman!
Governos nacionais, Igrejas, Forças Armadas, Grandes Corporações, Sociedades Secretas são influenciadas por grupos de interesse.
Por que cargas d'água revistas de divulgação científica seriam as únicas instituições que pairam acima do bem e do mal?


zumbi filosófico escreveu: E por não sabermos tudo sobre a agência do vírus pode-se/deve-se afirmar que é livre de risco o sexo heterossexua sem proteção???


Quem afirmou isto?

Zumbi Filosófico escreveu:Sabe-se que há algo no sexo homossexual entre homens, além da parte mecânica conhecida (que é igual ou mais arriscada no sexo anal com mulheres), sugeriria um risco exclusivo?


Sim.
Prá começar o número médio de parceiros.


Zumbi Filosófico escreveu:Como as mulheres heterossexuais e os homens heterossexuais estritos se contaminam? É um enigma?


A contaminação por HIV segue padrões conhecidos, já o desenvolvimento e manifestação da AIDS, que é coisa muito diferente, segue padrões próprios, ainda não completamente entendidos, sim.

Zumbi Filosófico escreveu:Gays deixando agulhas nas cadeidas dos cinemas, talvez?


Espero que tenha citado esta lenda urbana sabendo que é absurda, não pelo ato, mas pelo fato de que o HIV não sobrevive tempo suficiente fora do corpo para ser deixado ativo em um objeto abandonado.

zumbi filosófico escreveu: Você não resiste a um deslize na maneira de escrever para dar essas alfinetatinhas, não é mesmo?


Você escreve uma bobagem e a culpa é minha?

Zumbi Filosófico escreveu:Ou você realmente "entendeu" que eu achasse/sugerisse que uma epidemia não seria importante, e não que a doença/prevenção da doença é importante a despeito de não haver uma epidemia, "até mesmo" para evitá-la?


Entendi o que você escreveu e não entendi o que fiquei imaginando.

zumbi filosófico escreveu: Não conheço esse ditado, mas acho que está sugerindo que esses "heterossexuais" se declarem assim mas sejam bi ou homossexuais no armário, ou sejam "mais" heterossexuais do que homossexuais nas suas preferências (o que quer que tenha isso a ver com angu ou caroços). Pois bem, é o tipo de coisa que traz problemas se imaginássemos que fosse útil um enfoque maior no grupo de risco do que no comportamento de risco, especialmente para as mulheres, que mesmo estritamente heterossexuais podem pegar HIV desses "homossexuais/heterossexuais esporádicos". E por extensão também para os homens estritamente heterossexuais (talvez um pouco agravado por práticas "homossexualóides").


Por que ao invés de ficar insistindo nisto, não faz uma rápida pesquisa sobre o porquê de o Ministério da Saúde proibir homossexuais de doar sangue?
Veja bem, a mesma autoridade pública que diz não haver grupos de risco e sim comportamentos de risco, proíbe um grupo de doar sangue – e não pessoas em geral que apresentem determinado comportamento.

Será que o Ministério da Saúde está na conspiração ou foram influenciados malevolamente por este pobre Índio?


zumbi filosófico escreveu: Sim. De qualquer forma, nada sugere que seja sensato promover a (falsa) idéia de que AIDS é um problema exclusivamente homossexual masculino, algo não corroborado nem mesmo por estudos muito restritos (muito menos por algo melhor), nem por nada do que se sabe sobre transmissão do HIV, por pouco que seja.


Na saúde pública a hierarquia das emergências é decrescente na sequência pandemia, epidemia, endemia, surto, casos freqüentes e casos esporádicos/ localizados.
Saber o que é o que, quanto é quanto e garantir transparência disto para a população em geral é função básica das autoridades de saúde pública.
E de quem quiser discutir o assunto sem cair em absurdos.
Nós, Índios.

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carlo
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Re: Nova declaração do Bolsonaro sobre AIDS

Mensagem por carlo »

Não acompanhei o tópico, mas lendo a primeira página dá para deduzir:

Cês tão conversando demais e metendo de menos!
Imagem

NOSSA SENHORA APARECIDA!!!!

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Herf
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Re: Nova declaração do Bolsonaro sobre AIDS

Mensagem por Herf »

carlo escreveu:Cês tão conversando demais

Lá no PT as divergências são resolvidas de outro jeito, né?

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Apáte
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Re: Nova declaração do Bolsonaro sobre AIDS

Mensagem por Apáte »

Herf escreveu:
carlo escreveu:Cês tão conversando demais

Lá no PT as divergências são resolvidas de outro jeito, né?

Modo petralha de negociação:

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zumbi filosófico
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Re: Nova declaração do Bolsonaro sobre AIDS

Mensagem por zumbi filosófico »

Acauan escreveu:
zumbi filosófico escreveu:A impressão que tenho é que essa necessidade da ênfase na incidência desproporcional em homens homossexuais/no desprezo dos riscos das pessoas heterossexuais, principalmente das mulheres, mais do que uma preocupação com a prevenção, é só uma dessas costumeiras implicâncias e manias de perseguição com tudo que os gays e seus lobbies podem estar tramando.


E um fato, não impressão, verificável aqui é o quanto a ideologia PC contaminou mentalidades, criando vacas sagradas que não podem ser molestadas, mesmo que indiretamente.

É o que se nota pelo modo insistente como se desvia do assunto políticas públicas referentes à AIDS para os homossexuais em si, questão que – ao contrário da primeira – em nada me afeta ou interessa em suas particularidades.

E toda aquela papagaiada sobre grupos de risco x comportamento de risco é pura semântica ideológica, uma vez que não há como diferenciar o comportamento homossexual do grupo homossexual ou o comportamento de consumir drogas injetáveis do grupo de consumidores de drogas injetáveis.


Homossexualismo e usar drogas injetáveis não são os únicos comportamentos de risco.



E querer criar diferenciação entre homossexuais e bissexuais é ridículo.


A existência de bissexuais fazem com que seja impossível sustentar que o risco seja exclusivamente homossexual.


Zumbi Filosófico escreveu:
Acauan escreveu:E quem quiser saber alguma coisa tem que conversar com quem sabe ou pesquisar em inglês na internet, como fizemos aqui, nada é público como sugeriu.


Isso vale para praticamente tudo, não é explicado só com omissões sistemáticas de lobbies com suas tramóias e manipulações.


Não é assim e você sabe disto. Só apelou para esta generalização grosseira por conveniência.


Bem, na verdade acho que é assim mesmo.



Zumbi Filosófico escreveu:Qualquer um que queira se aprofundar sobre as questões da AIDS, como sobre qualquer outro assunto, com algum esforço, consegue ir atrás de informação. O governo não precisa transformar cada indivíduo num expert epidemiologista/infectologista/imunologista. A mensagem básica que as campanhas dão já são bastante razoáveis para a prevenção, para uma boa noção geral das coisas pelas pessoas em geral, que é o mais importante.

A censura/não divulgação suficiente desse tipo de coisa pode realmente ser um problema bem grave, como já citei como exemplo na educação sexual focada exclusivamente no celibato e nos sites de educação sexual mais geral colocados offline pelos burocratas conservadores americanos. No que concerne a esse aspecto dos gays muito mais comumente terem AIDS do que heterossexuais estritos, bem, pelos motivos que já disse diversas vezes, não acho que seja necessária mais ênfase do que noramlmente é dada, ao mesmo tempo não acredito que não dar essa ênfase que uns gostariam seja parte de um esquema de manipulação, ou uma arbitrariedade dos burocratas.


É impressionante como distorce minhas palavras.
Não sei se por falta de atenção, leitura viciada ou desonestidade.
Mas note como "o governo tem obrigação de falar a verdade" vira "o governo não tem que formar experts" – que relação há entre o que eu disse e tua réplica?


Não foi minha intenção distorcer nada. "O governo não tem a obrigação de formar experts" está no contexto de que a informação mais comumente exposta em campanhas parece ser suficiente, não sendo necessário ir além disso, nem estar havendo uma campanha de ocultação de qualquer coisa.


Depois cita o celibato proposto por sei lá quem, sei lá onde, que nada tem a ver com qualquer coisa que eu disse.


Você falou sobre "sacrossantos burocratas decidindo o que cada um deve saber", e como isso é ruim. Apenas concordei, ainda que não acredite ser o caso da AIDS um exemplo disso, sendo um mais concreto as campanhas apenas pró-celibato e retirada de sites com informações de educação sexual nos EUA.


E finalmente uma realidade extremamente séria que é "mais de 50% dos novos casos de AIDS nos Estados Unidos se dá entre homossexuais masculinos e 20% deles estão contaminados com o HIV" – um em cada cinco – vira o eufemismo enganador "gays muito mais comumente tem AIDS", como se a realidade dos números puros não denotasse a urgência de políticas específicas para os homossexuais – para a própria segurança deles – enquanto o foco é disperso em medidas universais, que diluem recursos em grupos onde os riscos de contaminação são mínimos .


Bem, parece que no mundo todo os novos casos entre homossexuais estão diminuindo, e aumentando os entre heterossexuais, a despeito da absurda maior prevalência entre os primeiros.





Ou seja, no frigir dos ovos, os gays são os maiores prejudicados por estas políticas ideologicamente direcionadas, mas quem faz alusão a isto tem que sofrer as costumeiras insinuações de ser homofóbico ou bicha enrustida ou sei lá o que – não, não disse que você, especificamente, insinuou isto, mas ilustra o problema.


Poderia ser o caso, talvez tenha sido, mas aparentemente atualmente não é mais. Essas insinuações, infelizmente, em uma considerável parte dos casos, são mais "constatações" mesmo. Desde grupos religiosos (para os quais a AIDS não ser uma punição para o homossexualismo é algo meio difícil de aceitar) que ficam só no discurso mais de condenação moral, até os que começam a fazer propostas legais de pena de morte, mesmo em países onde a prevalência nem é homossexual.

KAMPALA, Uganda — Last March, three American evangelical Christians, whose teachings about “curing” homosexuals have been widely discredited in the United States, arrived here in Uganda’s capital to give a series of talks.

The theme of the event, according to Stephen Langa, its Ugandan organizer, was “the gay agenda — that whole hidden and dark agenda” — and the threat homosexuals posed to Bible-based values and the traditional African family. [...]

http://www.nytimes.com/2010/01/04/world ... .html?_r=1


Não que seja sempre assim, mas é meio típico.



zumbi filosófico escreveu: A "minha idéia" sobre isso nada mais é do que a realidade, nada que difira dos dados que você mesmo colocou, nem algo com o qual infectologistas discordariam, não estou defendendo nada "fringe" aqui.


Você está defendendo que apesar de, pelas estatísticas americanas, os homossexuais masculinos, que são no máximo 5% da população corresponderem a mais de 50% das novas infecções por HIV e de um em cada cinco deles estarem infectados, não há nada de errado em manter políticas públicas que tratam AIDS como uma epidemia que se propaga sem distinção de grupos.
Também não vê nada de errado em que as campanhas omitam sistematicamente que homossexuais masculinos têm risco potencial de contrair a doença até mil vezes maior que homens exclusivamente heterossexuais (ponderação dos riscos por tipo de relação sexual, número médio de parceiros e percentual de contaminados no grupo de parceiros).
E mesmo tendo estes números como referência, insiste que quem defende revisões nas políticas públicas tem birra pessoal com os gays.

Se é fringe ou não, sei lá, mas avalie você mesmo a coerência de sua proposta.


O meu ponto principal é que, qualquer que sejam os ajustes para prevenção/contenção/conscientização, minimizar o risco heterossexual não deve fazer parte da estratégia:

Imagem
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S00 ... xt&tlng=es

Não sei exatamente quanto as coisas diferem nos EUA, mas provavelmente teria já lido algo se houvesse um debate sério sobre não haver risco heterossexual. Isso é falso principalmente para os negros. Quanto aos novos casos serem esmagadoramente entre homossexuais, não é inesperado devido a prevalência ser desproporcional também nesse grupo. Mas parece que mantidas as proporções entre os grupos, a coisa se aproxima ou de empate, ou até de alguma "vantagem" heterossexual, se não nos EUA, ao redor do mundo (mas não só África ou Índia -- que não deixam de servir de exemplo, de qualquer forma).


Googlando um pouco sobre outros países:

Canadá:

Imagem

MSM = men who have sex with men
IDU = injection drug users

http://www.phac-aspc.gc.ca/publicat/ccd ... 3a-eng.php


Reino Unido:

Imagem

http://www.hpa.org.uk/hpr/archives/2008/news1308.htm



EUA:

Imagem
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2919237/



Suíça:

Imagem
(os gráficos tem padrões diferentes)

http://www.eurosurveillance.org/ViewArt ... cleId=2646





zumbi filosófico escreveu:Como já disse, uma análise razoável dos fatos pertinentes não sugere a necessidade de uma ênfase maior nesses dados que você acha que são omitidos/censurados por alguma tramóia não-conspiratória.


Quando faço minhas afirmações, eu as sustento com números e dados confiáveis.
Você sustenta a afirmação acima no que, objetivamente?


Os seus dados são apenas sobre incidência e prevalência, mas nada que realmente sustente que não haja risco heterossexual, ou que seja desprezível em preocupação quanto a prevenção. As minhas bases não são lá muit boas, admito. Não procuro muito ativamente sobre isso, apenas assino um monte de blogs e sites de notícia de ciências no google reader, e acho que teria visto se tivesse havido alguma inovadora noção sobre uma melhor estratégia preventiva que assumisse os heterossexuais como desprezíveis, como um problema exclusivamente homossexual, eu provavelmente teria lido. Seria algo bem polêmico. E acho que as forças gayzistas não conseguiriam suprimir isso, mas posso estar subestimando-as, claro. O que vejo de vez em quando é apenas gente debochando de uns poucos, não-cientistas, que defendem isso.



zumbi filosófico escreveu:
Acauan escreveu:Se informe melhor.
Você já admitiu que não pesquisou suficientemente o assunto, mas quer discuti-lo como se o dominasse em alguma profundidade. Se deixar de lado esta retórica inútil e verificar o histórico de isolamento do HIV e algumas questões técnicas levantadas a respeito, aí talvez saiba o mínimo do mínimo para fazer afirmações como a acima.


Realmente parece ser inútil isso.

Impressionante o quanto consegue alongar essa discussão com essas tentativas toscas de desqualificar o que estou dizendo em picuinhas...


Quem disse que não pesquisou o assunto foi você, logo se algo te desqualificou foi sua própria declaração.


Tudo que você disse, não é suficiente para sugerir uma necessidade de uma pesquisa mais aprofundada no assunto. É quase de "conhecimento popular" ( ao menos supondo que esse não seja produto da manipulação gayzista da mídia e de diversos órgãos), naquilo que é fato, e simplesmente ilógico na sugestão a partir do que é fato.


Zumbi Filosófico escreveu: e preciosismos, ...


Entendendo por "preciosismo" justificar as afirmações com dados e evidências objetivas, a maioria quantificada, contra a ausência delas da contraparte.


Me referia a achar que é necessário muito mais do que "os cientistas dizem", "as pesquisas indicam", etc, quando toda a lógica que se apresenta é meio parecida com "geralmente se assume que precisamos de telhados para que não chova em casa, mas o que os lobbies telhadistas e lajistas ocultam, é que em 99% das casas não chove entre as paredes! Os números são ainda menores no nordeste. Está na hora de pararmos de criar essa histeria sobre a chuva nos nossos lares e promover os guarda-chuvas, para quando saímos de casa, como proteção."


Zumbi Filosófico escreveu:...quando tudo o que você apresenta nada mais é do que o fato (não desconhecido) de que os gays muito mais comumente têm AIDS do que os heterossexuais, ...


Você consegue entender a diferença entre "muito mais comum" e "20% de infectados em uma comunidade"?
Consegue entender que em epidemiologia, este número associado a uma doença incurável implica em risco de extinção da comunidade em questão?


Sim. Como eu disse, não é o caso:

- que as chances sejam iguais para todos;

- que não se possa ter abordagens diferentes para lidar com diferentes populações;

O caso é apenas que HIV não é um risco exclusivamente homosexual ou insignificantemente heterossexual, e nenuma campanha de prevenção deve assumir isso.



Zumbi Filosófica escreveu:e pula para conclusões fantásticas que não se suportam a partir daí, ...


Demonstre que são fantásticas. Até aqui temos do seu lado a afirmação de que são e do meu os números e dados objetivos.


Talvez não sejam. Não lembro exatamente o que disse agora, e não vou voltar atrás. Se sugeria que não há risco, ou que é desprezível o risco heterossexual, isso é sim uma conclusão que se pode dizer fantástica, que não é suportada com os números que apresentou. Se dizia apenas que há necessidade de abordagens especiais para homossexuais por causa do risco mais elevado, ok, não é fantástica a afirmação.



Zumbi Filosófico escreveu:só fazendo apelo de autoridade a importantes cientistas anônimos da toda-poderosa USP, e alertando que é tudo parte da campanha de desinformação não-conspiratória que os lobbies gays e os burocratas fazem.


Esta doeu.
Você, o cara que usa como sujeito "a ciência", "os cientistas", "o mainstream" vem me acusar de apelo a autoridade, quando passei a discussão toda fazendo exatamente o contrário, ou seja, explanando sobre os conteúdos e não me escondendo atrás dos títulos de seus autores?

Lamento, tenho que exigir, seja honesto!

E você sabe muito bem que não citei os professores da USP como confirmação do que eu disse, os sugeri como fonte, caso quisesse informações diretas de quem É o mainstream no Brasil. Como é mais cômodo entender isto como apelo a autoridade meu, paciência.


Realmente conta como apelo a autoridade simplesmente se descrever o status científico de uma questão, falar que "os cientistas" pensam X? Acho que seria mais o caso se a pessoa dissesse que "por isso" é o caso, e não que é apenas "o que" é o caso. Ainda que seja ao mesmo tempo um bom "atalho" para se saber qual é provavlemente o lado mais correto em uma questão.

E eu tinha de fato entendido que haveria algum cientista da USP que defenderia algo como que não há risco para os heterossexuais.


Zumbi Filosófico escreveu:
Acauan escreveu: [color= O problema vai além da "predominância" de uma orientação sexual sobre outra nos mecanismos de contaminação e disseminação. Você quer seguir a discussão sem conhecer estes mecanismos e ainda fazendo afirmações taxativas.


... suspense... não revelou o que é o elemento mais importante da discussão, o que verdadeiramente determina o risco dos homossexuais e a total(?) segurança dos heterossexuais, de forma que os bissexuais sejam até desprezíveis...


Pelo jeito tenho que fazer toda a lição de casa por você.
Um bom começo é dar uma olhada nos estudos sobre causas ou influências sócio-econômicas na propagação da AIDS. Estes estudos ganharam relevância após a explosão de casos na África, mas já eram feitos no Brasil desde a década de 90, quando a AIDS começou a se manifestar entre as camadas mais pobres da população e nelas apresentou características de disseminação acelerada.
Este é um dos dados que somados a tantos outros se desdobram em algumas conclusões e muitas hipóteses, sem o conhecimento das quais falar qualquer coisa sobre AIDS é só repetir a propaganda oficial, que nem chega perto de considerar estas e outras informações decisivas.


...uau, nem assim eu consigo entender como o risco heterossexual seria insignificante/desinformação.


Zumbi Filosófico escreveu:E eu novamente sou desqualificado por não saber o suficiente. Touché. Parece que temos um vencedor...


Pelo menos não perco meu tempo e o dos outros com chorumelas deste tipo.

zumbi filosófico escreveu: A sua posição geral de se incomodar um pouco acima do normal com gays sugere que faça o mesmo, apenas com um foco específico em de alguma forma alimentar suas suspeitas contra gays e etc.


Errou.
Qualquer um que revise minha mais de dúzia de milhar de postagens verá que comento com certa ênfase – e incerto conhecimento, por vezes – sobre uma pá de assuntos e este é apenas mais um deles.
Mas como o tema é tabu nestes tempos PC, termina por chamar mais atenção que os outros naqueles que atentam mais a isto que o normalmente esperado.


Realmente não tenho nada que se pode chamar de científico, mas acho estranho que, no caso do casamento gay, todo cuidado é pouco para se mudar algo tão importante; já no caso da AIDS, por outro lado, está mais do que claro que o risco heterossexual é uma bobagem. Ponto em comum: os lobbies gayzistas PCs sugerindo o contrário.


zumbi filosófico escreveu: O parecer da maioria dos cientistas sobre uma coisa e as coisas ditas nesse termo geralmente são o suficiente a se saber sobre alguma coisa. Os detalhes técnicos do que suporta esse cenário prolongam, muitas vezes desnecessariamente, uma discussão. Só faz sentido se alguém houver feito alguma alegação que seja mais do que incredulidade pessoal ou uma simples falha lógica, quando de fato se aborda os detalhes do assunto questão. O que ainda não aconteceu aqui, diga-se de passagem.


Agora entendi.
Você propõe que o ponto de equilíbrio ótimo da discussão é o seu nível de conhecimento de assunto.
Menos que isto é ignorância e mais que isto é exagero.


Não quis sugerir isso. Apenas que, de modo geral, se tudo que se tem é um palpite sobre um assunto, o "status quo" científico sobre a questão deveria ser suficiente para dar cabo da discussão. Se a pessoa ainda for bater o pé e insistir que aquilo que ela defende é o caso, então seria de se esperar um melhor embasamento da coisa. No caso aqui, não é algo que se pode simplesmente aceitar, que o risco heterossexual seja desprezível, com o embasamento que teve. Quantos heterossexuais mais se prevê que serão infectados a partir desses números? Por que esse número seria desprezível? Esse número não tende a aumentar mais ou menos indefinidamente, supondo não haver preocupação em não contrair o vírus, ou haveria um "teto", um limite seguro, e dentro desse número que se consideraria desprezível, para a expansão da infecção heterossexual? Há complicações que poderiam fazer com que os números fossem diferentes desses esperados, e mais problemáticos, como no caso de vários países africanos ou da Índia? Ou esses países diferem em algo que certamente não é risco para nós?

Sem respostas para essas perguntas (e talvez outras), o mais razoável é simplesmente se aceitar o aparente status das coisas, se assumindo que os lobbies gayzistas não exercem um controle macabro sobre as informações que se pode encontrar ou mais comumente divulgadas, de que os cientistas não desprezam o risco da transmissão heterossexual.



zumbi filosófico escreveu: Naqueles últimos exemplos, não, o mais gritamente distante da realidade normalmente aceita pelos cientistas (ops!), não aceito por "ninguém", era uma filogenia "doida" dos humanos numa posição extremamente basal, mas "evolucionista". Todos os outros foram ou sugestões sérias que não se popularizaram ou mesmo competidores páreos com uma outra hipótese que acabou "vencendo", assim como outras coisas como a idéia de que HIV não tem nada/muito a ver com AIDS (mas não que HIV não exista) ou não haver aquecimento global antropogênico, ainda têm seus defensores aqui e ali.


Outro parágrafo que não entendi bulhufas, mas também não me esforcei muito para entender.

zumbi filosófico escreveu:A revista Science, a AAAS, são manipulados por esses grupos de interesses que ocultam a verdade sobre a AIDS?


Especifique.
Cite um artigo de determinado autor e posso lhe responder se há indícios de influência de grupos ou não.

E Santa Ingenuidade, Batman!
Governos nacionais, Igrejas, Forças Armadas, Grandes Corporações, Sociedades Secretas são influenciadas por grupos de interesse.
Por que cargas d'água revistas de divulgação científica seriam as únicas instituições que pairam acima do bem e do mal?


Obviamente não, apenas não tenho conhecimento de publicações ou autores que façam parte/sofram influência de um lobby gay. Não digo que não existam, mas imagino que seja mais comum em publicações meio pós-modernóides, que teriam artigos como "Heterossexismo, machismo e opressão: recapitulando a perseguição sexual das mulheres, das minorias étnicas e dos grupos de sexualidade alternativa no século XX, e a busca por uma nova definição de sexualidade universal em substituição ao mito da heterossexualidade". Também não deve ser difícil encontrar sites de ONGs ou talvez até autores de artigos em periódicos científicos defendendo mais o fim da estigmatização gay-AIDS do que qualquer outra coisa, mesmo em detrimento da realidade, mas não acho que seja a perspectiva dominante, embora esse ponto da estigmatização seja válido e importante não só em si mesmo, como principalmente pelo risco de subestimação do risco heterossexual.


zumbi filosófico escreveu: E por não sabermos tudo sobre a agência do vírus pode-se/deve-se afirmar que é livre de risco o sexo heterossexua sem proteção???


Quem afirmou isto?

Zumbi Filosófico escreveu:Sabe-se que há algo no sexo homossexual entre homens, além da parte mecânica conhecida (que é igual ou mais arriscada no sexo anal com mulheres), sugeriria um risco exclusivo?


Sim.
Prá começar o número médio de parceiros.


Eu ainda acho que esse tipo de coisa não é suficiente para sugerir que seja melhor uma abordagem de grupo em vez de se dirigir a comportamentos como esse, que não chega a ser algo exclusivo, ainda que hajam diferenças entre os grupos.



Zumbi Filosófico escreveu:Como as mulheres heterossexuais e os homens heterossexuais estritos se contaminam? É um enigma?


A contaminação por HIV segue padrões conhecidos, já o desenvolvimento e manifestação da AIDS, que é coisa muito diferente, segue padrões próprios, ainda não completamente entendidos, sim.

Zumbi Filosófico escreveu:Gays deixando agulhas nas cadeidas dos cinemas, talvez?


Espero que tenha citado esta lenda urbana sabendo que é absurda, não pelo ato, mas pelo fato de que o HIV não sobrevive tempo suficiente fora do corpo para ser deixado ativo em um objeto abandonado.

zumbi filosófico escreveu: Você não resiste a um deslize na maneira de escrever para dar essas alfinetatinhas, não é mesmo?


Você escreve uma bobagem e a culpa é minha?

Zumbi Filosófico escreveu:Ou você realmente "entendeu" que eu achasse/sugerisse que uma epidemia não seria importante, e não que a doença/prevenção da doença é importante a despeito de não haver uma epidemia, "até mesmo" para evitá-la?


Entendi o que você escreveu e não entendi o que fiquei imaginando.

zumbi filosófico escreveu: Não conheço esse ditado, mas acho que está sugerindo que esses "heterossexuais" se declarem assim mas sejam bi ou homossexuais no armário, ou sejam "mais" heterossexuais do que homossexuais nas suas preferências (o que quer que tenha isso a ver com angu ou caroços). Pois bem, é o tipo de coisa que traz problemas se imaginássemos que fosse útil um enfoque maior no grupo de risco do que no comportamento de risco, especialmente para as mulheres, que mesmo estritamente heterossexuais podem pegar HIV desses "homossexuais/heterossexuais esporádicos". E por extensão também para os homens estritamente heterossexuais (talvez um pouco agravado por práticas "homossexualóides").


Por que ao invés de ficar insistindo nisto, não faz uma rápida pesquisa sobre o porquê de o Ministério da Saúde proibir homossexuais de doar sangue?
Veja bem, a mesma autoridade pública que diz não haver grupos de risco e sim comportamentos de risco, proíbe um grupo de doar sangue – e não pessoas em geral que apresentem determinado comportamento.

Será que o Ministério da Saúde está na conspiração ou foram influenciados malevolamente por este pobre Índio?


Se esse é o critério, nem por isso os hemocentros deixam de testar o sangue doado por heterossexuais.



zumbi filosófico escreveu: Sim. De qualquer forma, nada sugere que seja sensato promover a (falsa) idéia de que AIDS é um problema exclusivamente homossexual masculino, algo não corroborado nem mesmo por estudos muito restritos (muito menos por algo melhor), nem por nada do que se sabe sobre transmissão do HIV, por pouco que seja.


Na saúde pública a hierarquia das emergências é decrescente na sequência pandemia, epidemia, endemia, surto, casos freqüentes e casos esporádicos/ localizados.
Saber o que é o que, quanto é quanto e garantir transparência disto para a população em geral é função básica das autoridades de saúde pública.
E de quem quiser discutir o assunto sem cair em absurdos.


Bem, eu não me proponho em defender número por número a receita e as estratégias do ministério da saúde, nem sugiro que devam estar acima de críticas. Se houver por aí estimativas bem fundamentadas de como e quanto poderiam gastar melhor, é algo bem interessante e que deveria ser mais divulgado.
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Re: Nova declaração do Bolsonaro sobre AIDS

Mensagem por zumbi filosófico »

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Re: Nova declaração do Bolsonaro sobre AIDS

Mensagem por zumbi filosófico »

zumbi filosófico escreveu:Realmente não tenho nada que se pode chamar de científico, mas acho estranho que, no caso do casamento gay, todo cuidado é pouco para se mudar algo tão importante; já no caso da AIDS, por outro lado, está mais do que claro que o risco heterossexual é uma bobagem. Ponto em comum: os lobbies gayzistas PCs sugerindo o contrário.


O Acaun não consegue suportar o fato de que aqueles cuja existência ele nega, os "inexistentes" índios gays, deram o país aos europeus a troco de espelhinhos e bijuterias.
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Re: Nova declaração do Bolsonaro sobre AIDS

Mensagem por Acauan »

zumbi filosófico escreveu:O Acauan não consegue suportar o fato de que aqueles cuja existência ele nega, os "inexistentes" índios gays, deram o país aos europeus a troco de espelhinhos e bijuterias.


1. Não existem Índios gays;
2. Não demos o país aos europeus, emprestamos.
3. WE'LL BE BACK!
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Re: Nova declaração do Bolsonaro sobre AIDS

Mensagem por Acauan »

Quando se fala em grupos de interesses envolvidos nas políticas públicas sobre AIDS, as ONG's viadistas tem o seu papel, mas o player mais poderoso é o conglomerado da indústria farmacêutica.
Antes que se diga, isto não tem nada de conspiratório, pois os lobbys industriais são perfeitamente legais e legítimos dentro do jogo democrático americano, desde que respeitando suas regras - o que nem sempre ocorre, mas esta é outra discussão.

Para um exemplo emblemático, recomendo uma olhada no histórico da ascenção e queda do AZT como droga padrão no tratamento da AIDS e da cronologia das decisões sobre compra e utilização em massa do produto e dos artigos científicos que validariam seu uso.
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Re: Nova declaração do Bolsonaro sobre AIDS

Mensagem por Aranha »

Acauan escreveu:Quando se fala em grupos de interesses envolvidos nas políticas públicas sobre AIDS, as ONG's viadistas tem o seu papel, mas o player mais poderoso é o conglomerado da indústria farmacêutica.
Antes que se diga, isto não tem nada de conspiratório, pois os lobbys industriais são perfeitamente legais e legítimos dentro do jogo democrático americano, desde que respeitando suas regras - o que nem sempre ocorre, mas esta é outra discussão.



- E as ONG's viadistas não são? - É isso?

Abraços,
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Re: Nova declaração do Bolsonaro sobre AIDS

Mensagem por Acauan »

Aranha escreveu:
Acauan escreveu:Quando se fala em grupos de interesses envolvidos nas políticas públicas sobre AIDS, as ONG's viadistas tem o seu papel, mas o player mais poderoso é o conglomerado da indústria farmacêutica.
Antes que se diga, isto não tem nada de conspiratório, pois os lobbys industriais são perfeitamente legais e legítimos dentro do jogo democrático americano, desde que respeitando suas regras - o que nem sempre ocorre, mas esta é outra discussão.


- E as ONG's viadistas não são? - É isso?


Não!
Podem ser legais, mas não são legítimas.

Quem elegeu Luiz Mott porta voz dos homossexuais brasileiros ou, que seja, da Bahia?

A indústria farmacêutica é uma instituição capitalista e corporativista e pode defender este corporativismo nos limites da lei.

As ONG's viadistas atuam dentro da mesma estratégia corporativista dos lobbys empresariais, mas disfarçam tal atuação como defesa de direitos civis, o que é no mínimo desonesto.
Além disto as ONG's viadistas frequentemente se valem da atitude covarde de utilizar o poder de minorias organizadas contra indivíduos não ligados a qualquer organização - e portanto indefesos contra tais ataques - e ainda inverter a situação mostrando o atacado como membro da maioria opressora e a eles próprios como vítimas oprimidas.

Fora toda cumplicidade que se estabeleceu nos meios intelectuais, artísticos e de comunicação para obrigar todo mundo a achar que viadagem é lindo.

E depois os trustes são malvados e os viadistas bonzinhos.
Só que os trustes mostram sua cara, que por mais feia que seja, é uma só.
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Re: Nova declaração do Bolsonaro sobre AIDS

Mensagem por Aranha »

Acauan escreveu:
Não!
Podem ser legais, mas não são legítimas.

Quem elegeu Luiz Mott porta voz dos homossexuais brasileiros ou, que seja, da Bahia?


- E se ele não se intitula como tal e fala apenas pela ONG que representa? – Se tal ONG tem estatutos que legitimam seu poder de fazer declarações não vejo problema.

- Se ele vai além disso pode ser processado nos termos da lei.


Acauan escreveu:
A indústria farmacêutica é uma instituição capitalista e corporativista e pode defender este corporativismo nos limites da lei.


- E com um bom departamento jurídico, bastante grana pro marketing e prá financiar campanhas dá até prá levar a lei além do limite.

Acauan escreveu:
As ONG's viadistas atuam dentro da mesma estratégia corporativista dos lobbys empresariais, mas disfarçam tal atuação como defesa de direitos civis, o que é no mínimo desonesto.
Além disto as ONG's viadistas frequentemente se valem da atitude covarde de utilizar o poder de minorias organizadas contra indivíduos não ligados a qualquer organização - e portanto indefesos contra tais ataques - e ainda inverter a situação mostrando o atacado como membro da maioria opressora e a eles próprios como vítimas oprimidas.



- No caso dos viadistas, quem são os pobres-coitados “desligados de qualquer organização” vítimas dessas besta-feras? – Os pastores evangélicos? – Os punks paulistas?


Acauan escreveu:
Fora toda cumplicidade que se estabeleceu nos meios intelectuais, artísticos e de comunicação para obrigar todo mundo a achar que viadagem é lindo.


- Esses meios são instituições capitalistas e corporativistas que podem ser cúmplices de quem bem entenderem nos limites da lei.

Acauan escreveu:
E depois os trustes são malvados e os viadistas bonzinhos.
Só que os trustes mostram sua cara, que por mais feia que seja, é uma só.


- Tem razão, devo me preocupar mais com os malditos viadistas que com os trustes armamentistas, farmacêuticos e midiáticos.

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Re: Nova declaração do Bolsonaro sobre AIDS

Mensagem por Acauan »

Aranha escreveu: - E se ele não se intitula como tal e fala apenas pela ONG que representa? – Se tal ONG tem estatutos que legitimam seu poder de fazer declarações não vejo problema.


Basta ler as declarações de Mott para ver o quanto ele vai além dos estatutos de sua ONG.

Aranha escreveu: - Se ele vai além disso pode ser processado nos termos da lei.


Não necessariamente, como eu disse, pode ser ilegítimo e legal.

Aranha escreveu: - E com um bom departamento jurídico, bastante grana pro marketing e prá financiar campanhas dá até prá levar a lei além do limite.


Enquanto o limite não for ultrapassado, ok.

Aranha escreveu: - No caso dos viadistas, quem são os pobres-coitados “desligados de qualquer organização” vítimas dessas besta-feras? – Os pastores evangélicos? – Os punks paulistas?


Dom Eugênio Sales foi um deles, a quem eu não chamaria de punk paulista – ou pastor evangélico, no sentido atual do termo.

Aranha escreveu: - Esses meios são instituições capitalistas e corporativistas que podem ser cúmplices de quem bem entenderem nos limites da lei.


Não!
O próprio Mott é produto do meio universitário público, sempre usou a Universidade Federal da Bahia como base de sua militância e sempre contou com o apoio ideológico do aparato universitário estatal – fefeleche na linha de frente, claro.


Aranha escreveu: - Tem razão, devo me preocupar mais com os malditos viadistas que com os trustes armamentistas, farmacêuticos e midiáticos.


O assunto não era o que devia temer ou não, mas o que era legítimo ou não.
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Re: Nova declaração do Bolsonaro sobre AIDS

Mensagem por Aranha »

Acauan escreveu:
Aranha escreveu:
- E se ele não se intitula como tal e fala apenas pela ONG que representa? – Se tal ONG tem estatutos que legitimam seu poder de fazer declarações não vejo problema.



Basta ler as declarações de Mott para ver o quanto ele vai além dos estatutos de sua ONG.


Aranha escreveu:
- Se ele vai além disso pode ser processado nos termos da lei.


Não necessariamente, como eu disse, pode ser ilegítimo e legal.


- Bem, se ele vai além dos estatutos registrados em cartório não vejo porque ele não possa ser processado.

- Se ele realmente incomodasse alguém isto já teria acontecido.



Acauan escreveu:Enquanto o limite não for ultrapassado, ok.


- As regras do jogo favorecem quem tem mais grana.

Acauan escreveu:
Dom Eugênio Sales foi um deles, a quem eu não chamaria de punk paulista – ou pastor evangélico, no sentido atual do termo.



- Eu também não o chamaria de “indivíduo não ligado a qualquer organização - e portanto indefeso contra tais ataques”.


Acauan escreveu:
Não!
O próprio Mott é produto do meio universitário público, sempre usou a Universidade Federal da Bahia como base de sua militância e sempre contou com o apoio ideológico do aparato universitário estatal – fefeleche na linha de frente, claro.


- Alunos e professores, enquanto indivíduos, podem apoiá-lo a vontade, se você afirmar que sua sede fica na universidade ou que ele recebe verbas da mesma então a razão é sua, mas, independente disso, os meios intelectuais, artísticos e de comunicação tem direito de ser cúmplices de quem quiserem, ou não?

Acauan escreveu:
O assunto não era o que devia temer ou não, mas o que era legítimo ou não.


- Então, voltando ao tema, os trustes são malvados porque suas contra-partes conseguiram fazê-los parecer malvados por mais que eles se comportem com anjinhos?

- E os viadistas parecem bonzinhos porque conseguiram se fazer parecer bonzinhos por mais malvadezas que façam?

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Re: Nova declaração do Bolsonaro sobre AIDS

Mensagem por Acauan »

Aranha escreveu:- Bem, se ele vai além dos estatutos registrados em cartório não vejo porque ele não possa ser processado.
- Se ele realmente incomodasse alguém isto já teria acontecido.


Ir além dos estatutos registrados em cartório não é crime por si só. Seria preciso provar que o abuso violou alguma lei específica.
Quanto a incomodar, a estratégia da organização era atacar reputações, abrir vários processos em cantos diversos do Brasil para criar transtorno ao réu, mesmo que não fosse condenado e ameaçar artistas e figuras públicas com boicotes e danos comerciais, por alguma opinião emitida.
Certa cantora foi perseguida por ter dito que preferia que o filho recém nascido fosse macho e não gay...

Isto deve incomodar.


Aranha escreveu:- As regras do jogo favorecem quem tem mais grana.


Se fosse assim o MST não existiria.
Poder político e dinheiro nem sempre estão do mesmo lado, ao contrário do que usualmente se pensa.


Aranha escreveu:
Acauan escreveu:- Dom Eugênio Sales foi um deles, a quem eu não chamaria de punk paulista – ou pastor evangélico, no sentido atual do termo.


- Eu também não o chamaria de “indivíduo não ligado a qualquer organização - e portanto indefeso contra tais ataques”.


Era no caso em questão, pois o ataque foi contra sua reputação pessoal e não contra a instituição a qual é ligado.
No mais, o objetivo declarado destas ONG's é criminalizar as opiniões discordantes quanto ao homossexualismo.


Aranha escreveu:- Alunos e professores, enquanto indivíduos, podem apoiá-lo a vontade, se você afirmar que sua sede fica na universidade ou que ele recebe verbas da mesma então a razão é sua, mas, independente disso, os meios intelectuais, artísticos e de comunicação tem direito de ser cúmplices de quem quiserem, ou não?


Seria, se o processo fosse democrático e daquelas fontes se ouvisse opinião discordante. O que não se ouve.

Aranha escreveu:- Então, voltando ao tema, os trustes são malvados porque suas contra-partes conseguiram fazê-los parecer malvados por mais que eles se comportem com anjinhos?


Os trustes são malvados porque são malvados e se comportam como malvados. O ponto é garantir que mantenham sua malvadeza dentro do que a lei garante aos interesses corporativos.

Aranha escreveu:- E os viadistas parecem bonzinhos porque conseguiram se fazer parecer bonzinhos por mais malvadezas que façam?


Sei lá quem acha os viadistas bonzinhos fora dos círculos politicamente corretos. Mesmo entre os homossexuais há severas críticas contra organizações com o perfil do GGB, não muito diferentes das que se faz aqui contra algumas organizações ateístas.
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Re: Nova declaração do Bolsonaro sobre AIDS

Mensagem por user f.k.a. Cabeção »


Jair Bolsonaro costuma cometer deslizes categoricos ao abordar certos temas, mas no que diz respeito a defesa da boa e velha vergonha-na-cara, ele e um verdadeiro campeao.

Eu sou em diversos aspectos muito mais "radical" do que Bolsonaro (e muito menos influente).

Eu tenho como premissa basica da minha filosofia a de que NINGUEM deve ser obrigado a pagar por dano ou condicao que nao tenha infligido ilicitamente sobre outra pessoa. Sob qualquer circunstancia.

Desse principio, deduz-se que tampouco deve-se obrigar uns a pagarem pela prevencao do dano que outros possam causar a si mesmos ou a outras pessoas, por mais conveniente e prudente que essa atitude possa ser em certos casos.

Refraseando, eu rejeito qualquer conceito coletivo de etica. Responsabilidade e um atributo do individuo, nao da sociedade. Eu sou um ortodoxo do vergonha-na-carismo.

Mas eu sou apenas um piolho escondido num canto escuro da internet. Isso me permite ser o quao radical eu quiser. Se ninguem gostar do que eu escrevo nesse forum por hobby aproximadamente 2h por semana, eu vou continuar a minha tao estimada e intensa rotina de trabalhos, estudos, treinamento, esportes, leituras diversas e eventos sociais, completamente inafetado. (E claro, enquanto a civilizacao nao colapsar...)

E por isso que as palavras do deputado Bolsonaro me impressionam tao positivamente. Ele esta ali porque uma fracao consideravel da populacao ainda se comove com um argumento explicitamente vergonha-na-carista. O meu pensamento nao esta extinto, algumas pessoas ainda tem consciencia da existencia e necessidade da responsabilidade individual.

Nao conheco as motivacoes pessoais de Bolsonaro, nem sou capaz de sondar a verdadeira natureza do seu carater, ja que apenas acesso a superficie da sua persona publica. Pode ate ser que o cara seja um completo fanfarrao, um pastiche. Que ele nao acredite em nada disso e que esteja explorando um nicho existente. E o seu personagem que me interessa, e nao a sua identidade intima.

O que Bolsonaro falou, em rede nacional, e algo extremamente profundo. E o que ele disse, no seu linguajar caracteristico e dificilimo de transcrever, pode ser muito bem resumido a:

Pessoas podem comportar-se da forma como quiserem, na medida que nao inflijam danos sobre outros ou exijam reparacoes pelos danos que venham a causar a si mesmos.

Eu nao consigo lembrar de qualquer personalidade publica recente que tenha tido a coragem de sustentar um tal ponto de vista.

Bravo Jair.

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Re: Nova declaração do Bolsonaro sobre AIDS

Mensagem por user f.k.a. Cabeção »

Apo escreveu: porque ele me pareceu um animal na questão de bater num filho pequeno antes que vire gay.



Eu não me apressaria em inferir que a aplicação de surras em meninos com atitudes efeminadas é um comportamento animal a ser rejeitado.

Talvez esse reflexo comum, adotado tanto por pais quanto por mães em várias culturas, seja na verdade um vetor para ativação de arquétipos masculinos no cérebro em formação, e a induzir a produção de testosterona e hormônios de crescimento.

Ao criminalizar a surra corretiva é possível que se esteja endossando inadvertidamente a boiolização das gerações futuras.

A universalidade dos ritos de passagem masculinos nas sociedades primitivas sugere que existe algo na masculinidade que precisa ser exteriormente ativado, de preferencia mediante emprego controlado de violência e medo. Ao proteger meninos dessas faces da realidade de um Homem a sociedade moderna contribui para transfoma-lo numa deforme e grotesca criatura subdesenvolvida, incapaz de reconhecer sua identidade e seu valor e assumindo aquela que e mais facil e acessivel.

E preciso perceber que as iniciacoes esportivas e militares atuais cumprem esse papel de forma muito limitada e que esse problema esta no cerne da atual crise de boiolizacao do Ocidente.
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Re: Nova declaração do Bolsonaro sobre AIDS

Mensagem por Aranha »

user f.k.a. Cabeção escreveu:
Apo escreveu: porque ele me pareceu um animal na questão de bater num filho pequeno antes que vire gay.



Eu não me apressaria em inferir que a aplicação de surras em meninos com atitudes efeminadas é um comportamento animal a ser rejeitado.

Talvez esse reflexo comum, adotado tanto por pais quanto por mães em várias culturas, seja na verdade um vetor para ativação de arquétipos masculinos no cérebro em formação, e a induzir a produção de testosterona e hormônios de crescimento.

Ao criminalizar a surra corretiva é possível que se esteja endossando inadvertidamente a boiolização das gerações futuras.



- Se sua teoria for correta ela explica minha excessiva macheza, pois apanhei prá caralho!

- Mas eu acho meio difícil ser real, creio que viadinhos apanham muito quando são crianças, isso só retarda o escancaramento da boiolice.

- A viadagem é incurável, nem toda surra do mundo resolve.

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Re: Nova declaração do Bolsonaro sobre AIDS

Mensagem por user f.k.a. Cabeção »


Esse tipo de teoria e dificil de se confirmar pois ela sofre gravemente de um efeito de estatistica chamado survivalship bias.

E obvio que os efiminados que sobrevivem as surras e continuam efeminados quando adultos nao foram salvos na base da porrada. Eles sao os survivors da veadagem. As vezes ate desenvolvem aspectos secundarios de masculinidade, muitos travestis sao mais "casca-grossa" do que a maioria dos caras normais.

O que nao e tao obvio e quantos dos meninos que apanharam por certas desmunhecadas isoladas mas eventualmente se tornaram homens de verdade teriam se desenvolvido dessa forma na ausencia de pancadas.

Esses provavelmente seguem sua vida normalmente, e nao declaram serem veados transformados em homens, ate porque na idade onde esses conceitos se formam eles nao podiam fazer qualquer afirmacao categorica dessas.
Qualquer pensamento efeminado que esse individuo venha a ter entretenido na infancia ou pre-adolescencia ja foi esquecido ou e lembrado apenas como uma bizarrice temporaria devidamente superada.
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Re: Nova declaração do Bolsonaro sobre AIDS

Mensagem por Apáte »

Você quis dizer boiolagem no sentido sodomita do termo ou no sentido macho-betagem-capacho-seguidor-de-estelionatário?
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Re: Nova declaração do Bolsonaro sobre AIDS

Mensagem por user f.k.a. Cabeção »


Boa pergunta. Naquele contexto eu me referia apenas ao aspecto sodomita qualificado mas uma melhor resposta seria ambos.

O boiolismo pode se manifestar de diferentes maneiras, dependendo de fatores internos e externos a personalidade do boiola.

Num ambiente mais tolerante a sodomia, e onde o comportamento sodomita e mais visivel, um menino cujo processo de desenvolvimento masculino tenha sido interrompido pode acabar cedendo a sugestão implícita de racionalizar sua falta de macheza como sendo vontade reprimida de liberar o brioco.

Em ambientes menos libertinos, ele pode reverter para uma passividade neutral e assexuada, ou pode se tornar patologicamente submisso a primeira mulher com quem ele mantiver relacoes sexuais. Ele se encontra numa situacao complicada, ja que gosta de manter relacoes sexuais com mulheres mas e incapaz de atrai-las, e em virtude disso submete-se a qualquer imposicao da unica mulher que aparentemente concede.

Ambos os estados sao produtos do processo de boiolizacao.
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Re: Nova declaração do Bolsonaro sobre AIDS

Mensagem por Edson Jr »

Acauan escreveu:A AIDS é exclusivamente uma doença sexualmente transmissível ou é algo além disto?

Os padrões de disseminação da AIDS em nada se assemelham às doenças venéreas historicamente epidêmicas, como blenorragia ou sífilis. Aí tem!


Ual! Somente agora que vi sua pergunta. Podemos ir longe com essa discussão. :emoticon1:

Você sugere a possibilidade da AIDS ser transmitida por outro meio. O padrão de disseminação da AIDS se assemelharia a qual (quais) tipo(s) de doenças?! Poderia citar algum exemplo?!

E qual o padrão comum de disseminação da sífilis?! Para compararmos com o padrão da AIDS.

Muito boa sua colocação!

Abraços;

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Re: Nova declaração do Bolsonaro sobre AIDS

Mensagem por Acauan »

Edson Jr escreveu: Você sugere a possibilidade da AIDS ser transmitida por outro meio.


Há muita especulação e poucas certezas a respeito. As autoridades de saúde no geral evitam citar publicamente que os mecanismos pelo quais o HIV debilita o sistema imunológico não são verdadeiramente compreendidos.
Simplesmente não existe evidência científica de como o HIV ataca e destrói as células imunológicas, o que se sabe é que o HIV está presente na grande maioria (não em todos) dos casos de imunodeficiência adquirida.
Um fato relevante é que a população de HIV no organismo atinge o máximo depois e não antes do declínio das células imunológicas, o que inverte a ordem de causa e efeito.

Estes fatores não negam o HIV como causa da AIDS, mas apontam fortemente a possibilidade de AIDS ser produto de uma conjuntura de fatores na presença do HIV.


Edson Jr escreveu:O padrão de disseminação da AIDS se assemelharia a qual (quais) tipo(s) de doenças?! Poderia citar algum exemplo?!


Este é o ponto. Não há padrão, mas muitos padrões. Tantos que é difícil dizer se são padrões realmente ou se apenas são classificados como tal por amostragem viciada.

Uma evidência relevante para o estudo da AIDS como DST é o fato de nunca ter sido estabelecido de modo incontestável que mulheres prostitutas sejam grupo de risco para contaminação e disseminação da doença. Estudos que apontavam alta incidência do vírus associada à prostituição feminina foram contestados por outros, que demonstraram que prostitutas que não utilizavam drogas injetáveis não apresentavam índice de contaminação acima da média.


Edson Jr escreveu:E qual o padrão comum de disseminação da sífilis?! Para compararmos com o padrão da AIDS.


DST's costumam apresentar curva de propagação exponencial em uma determinada população, partindo de um foco, explodindo rapidamente e estabilizando-se próximo a um ponto de saturação.

Existem representações de dados sobre AIDS que apresentam este padrão, mas geralmente trata-se de material didático, não de estudos científicos originais.
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