O fosso entre o Islã e o ocidente

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Res Cogitans
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O fosso entre o Islã e o ocidente

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Choque de culturas

Reação exagerada à publicação de charges
de Maomé acirra o confronto entre o Islã
e o Ocidente, duas civilizações com algumas
características em comum e muitos valores
incompatíveis. O desafio é fazer com que
o abismo entre elas pare de crescer


Diogo Schelp

Shawn Baldwin/The New York Times

CONTRA A DINAMARCA
Palestinos pintam a marca de um pé – um gesto ofensivo no mundo árabe – na bandeira dinamarquesa





Doze charges, dez delas com caricaturas do profeta Maomé, publicadas num pequeno jornal em um país igualmente pequeno e, em geral, distante de encrencas internacionais, colocaram o mundo islâmico em clima de guerra santa. A histérica reação diplomática dos países muçulmanos, os boicotes econômicos, as multidões enfurecidas e as ameaças de morte dos terroristas mostraram que o fosso de valores, idéias e hábitos entre o mundo islâmico e o Ocidente se aprofundou perigosamente. Dada a dimensão geográfica e humana das partes e em vista das diferenças radicais, vem à mente a famosa metáfora proferida por Winston Churchill quando ele viu o império soviético se agigantar e alienar o resto do mundo. Churchill disse que uma "cortina de ferro" havia descido sobre a Europa. Desde a Guerra Fria não se via com tanta clareza a existência de dois mundos crescentemente hostis e que, rapidamente, esquecem o muito que têm em comum exacerbando o pouco, mas fundamental, que os separa. É um sinal dos tempos – e também um paradoxo. O abismo se torna mais intransponível exatamente em um mundo interligado por comunicações instantâneas e pela intensificação do comércio global. Por que, com tantas condições favoráveis, o diálogo está se tornando impossível?

A resposta mais simples e correta – ainda que não explique tudo – é que o fanatismo diminui as chances de diálogo. O convívio poderia ser harmonioso e mutuamente enriquecedor não fosse o fato de que o poder crescente dos fanáticos esmaga aqueles mais moderados e transigentes. O caso das charges é exemplar por ter colocado em foco alguns dos mais agudos pontos de ruptura entre o Ocidente e o Islã: liberdade de expressão, direitos humanos e o que o jornalista dinamarquês Flemming Rose chamou de "choque de civilizações" entre as democracias seculares e as sociedades islâmicas. Rose, editor de cultura do Jyllands-Posten, o jornal dinamarquês que publicou as charges cinco meses atrás, diz que a crise atual é sobretudo "sobre a questão da integração e sobre se a religião do Islã é ou não compatível com uma sociedade moderna e secular". A idéia de um choque de civilizações não é nova. A expressão foi colocada em evidência pelo americano Samuel P. Huntington, professor de Harvard, num artigo que levou esse título na revista Foreign Affairs, em 1993, e que depois foi ampliado e publicado como livro. Sua opinião é a de que, passados os conflitos causados por interesses divergentes entre Estados-nações, as guerras do futuro seriam travadas entre grandes unidades conhecidas como culturas ou civilizações, cada uma delas constituída de grupos de países. Ele errou no atacado – a ponto de colocar a América Latina como uma cultura à parte do Ocidente e, dessa forma, um inimigo em potencial –, mas apontou com clareza para os indícios de que se ampliava o fosso entre as democracias ocidentais e o mundo islâmico.

Arif Ali/AFP
Hazem Bader/AFP

EM NOME DE MAOMÉ
A bandeira dinamarquesa é queimada no Paquistão, à esquerda, e usada como tapete na Cisjordânia. Abaixo, ataque ao escritório da União Européia em Gaza

Mohammed Abed/AFP



Quem julgasse só pelas manchetes dos jornais na semana passada poderia pensar que um choque amplo entre o Islã e o Ocidente já começou ou é iminente. Os terroristas da Al Qaeda apareceram na televisão com ameaças de novos atentados em sua jihad contra os "cruzados" e judeus. O Hamas, movimento islâmico conhecido por seus homens-bomba, ganhou as eleições nos territórios palestinos. O mundo tentava encontrar uma forma de conter o Irã e seu presidente-bomba, que ameaça desenvolver um arsenal nuclear. Para o Ocidente, capitaneado por Estados Unidos e Europa, a possibilidade de o Irã, uma teocracia islâmica, ter um arsenal nuclear é o pior dos mundos. O terceiro foco de tensão foi a crise internacional iniciada por um motivo banal – as charges de Maomé – e que mostrou a imensidão das diferenças culturais entre o Ocidente e o mundo islâmico. No ano passado, o jornal dinamarquês Jyllands-Posten soube das dificuldades de um escritor, que queria ilustrar seu livro com desenhos do profeta Maomé, mas não encontrava artista disposto a se arriscar a sofrer as represálias muçulmanas. O jornal então convidou desenhistas a enviar charges sobre Maomé e publicou uma dúzia das que recebeu.

A reação muçulmana foi tomando impulso até atingir seu grau extremo na semana passada. Duas dezenas de países árabes exigiram desculpas públicas do governo dinamarquês e a punição dos responsáveis pelas ilustrações. Um boicote tirou os produtos dinamarqueses – laticínios de excelente qualidade – das gôndolas em todos os países muçulmanos. Na Faixa de Gaza, pistoleiros ampliaram o protesto invadindo o escritório da União Européia e vandalizando a missão francesa. Cidadãos escandinavos foram retirados às pressas da região para não ser mortos. Logo a fúria das ruas muçulmanas se virou contra o espantalho de sempre, Israel e o Ocidente em geral. Os muçulmanos estão incomodados com o fato de as feições de Maomé terem sido desenhadas – o que a tradição islâmica proíbe – e por várias charges mostrarem o profeta como um terrorista. É compreensível que reclamem, mas o tom de guerra santa vai além do que seria razoável. No momento em que um diplomata árabe exige que o Estado dinamarquês puna jornalistas pelo crime de "blasfêmia", o fosso entre os dois mundos se torna transparente.


CHARGES DA DISCÓRDIA
As três charges fazem parte da série do jornal dinamarquês Jyllands-Posten que provocou revolta no mundo islâmico, por fazer piada com Maomé. Abaixo, à direita, primeira página do jornal francês France Soir, cujo editor foi demitido, com a manchete: "Sim, temos o direito de caricaturar Deus"



A disputa sobre as charges de Maomé faz parte de uma série de confrontos culturais similares entre o Islã e o Ocidente, começando pela sentença de morte decretada pelo aiatolá Ruhollah Khomeini contra o escritor britânico Salman Rushdie, cujo livro Os Versos Satânicos o líder espiritual do Irã considerou "blasfêmia" em 1989. Em 2004, o cineasta holandês Theo van Gogh foi assassinado a tiros e facadas por um jovem muçulmano ofendido com seu filme Submissão, que critica o tratamento dado às mulheres nas sociedades islâmicas. Esses crimes em nome do Islã são, obviamente, obra de fanáticos, mesmo quando ocupam altos cargos em Estados islâmicos. Desde os ataques terroristas a Nova York de 11 de setembro de 2001, um esforço enorme é feito por muçulmanos e não-muçulmanos para separar o fanatismo de Osama bin Laden da fé moderada e pacífica da maioria dos muçulmanos. A reação extremada diante das charges de Maomé faz o contrário, reforçando o estereótipo negativo dos muçulmanos.

O ponto crítico desse relacionamento difícil está na Europa, onde vivem 15 milhões de muçulmanos. Essa migração rompeu a fronteira entre a cristandade e o Islã, que permanecerá estanque por séculos. "Os muçulmanos têm mais dificuldade de se integrar e de aceitar alguns costumes do Ocidente do que outras populações porque vivem de acordo com um conjunto de valores muito rígidos e tendem a se isolar", disse a VEJA o historiador dinamarquês Ulf Hedetoft, da Academia para Estudos de Migração de Aalborg, na Dinamarca. Há vários outros pontos de confronto. A invasão do Iraque pelos Estados Unidos parece feita sob medida para reforçar o sentimento generalizado entre os muçulmanos de que o mundo os persegue.

Oded Balilty/AP

EXPULSÃO DA TERRA PROMETIDA
Colona judia resiste à investida da polícia israelense na desocupação de assentamento na Cisjordânia: eles crêem que a terra foi presente divino


A disputa sobre as charges dominou a "blogosfera", o ativo e opiniático universo dos blogs na internet. Ali, sem medo e sem censura, a hostilidade latente se manifestou de forma crua. Mike Tidmus, da Holanda, escreveu: "O incidente torna claro que não há lugar para o Islã na Europa se ele não puder conviver com a liberdade. Os muçulmanos poderiam ser aconselhados a voltar para seus reinos de areia, cheios de petróleo, e continuar a matar uns aos outros e a odiar os judeus, os excessos da civilização ocidental, as mulheres e os gays". Boa parte da incompatibilidade do mundo muçulmano com o Ocidente moderno se explica pela noção de que no Islã político não deve haver separação entre vida pública e vida privada, entre religião e política. O diálogo fica difícil com quem se recusa a aceitar que as escolhas humanas possam estar acima das leis que considera emanadas por seu deus. "Não se pode chegar a um acordo com os fundamentalistas justamente porque, por definição, eles acreditam seguir os escritos sagrados ao pé da letra", disse a VEJA o muçulmano Qamar ul Huda, historiador do Instituto da Paz dos Estados Unidos. "É isso que torna o choque com o Ocidente inevitável."



Thomas Kist/AP
Mark Kohn/AP

Rick Nederstigt/AFP
CINEASTA ASSASSINADO
O diretor de cinema holandês Theo van Gogh, à esquerda, foi morto por um fanático muçulmano por criticar o tratamento dado às mulheres islâmicas em seu filme Submissão (cena acima, à esquerda)



A civilização ocidental assenta-se sobre valores hoje estranhos ao mundo medieval dos fundamentalistas – tanto os muçulmanos quanto os cristãos. Basta um dado. Quatro em cada dez americanos rejeitam as teorias evolucionistas de Charles Darwin. Eles rejeitam a ciência em um assunto científico, preferindo aceitar a tese bíblica de que Deus criou todos os seres vivos. Isso é treva. Mas não se tem notícia de que os adeptos do criacionismo preguem a morte dos que aceitam o evolucionismo darwinista. Do lado islâmico ela é mais espessa ainda. Os fundamentalistas muçulmanos confundem opinião com ação. Isso os leva a agredir e pedir a morte de pessoas que simplesmente discordam deles mesmo que o agravo seja apenas de opinião. John Stuart Mill (1806-1873), o grande pensador liberal inglês, definiu com cristalina clareza a fronteira entre opinião e ação. A primeira deve ser tolerada por mais agressiva que seja – e só coibida quando for um incentivo direto e circunstancial à ação violenta.

Firdia Lisnawati/AP


NÃO À SAIA CURTA
Os mulás lançaram uma fatwa contra as saias da tenista indiana Sania Mirza



O fanatismo religioso não é patrimônio do Islã. Na semana passada, a polícia israelense precisou usar a força para expulsar colonos judeus de um assentamento na Cisjordânia, um dos territórios ocupados na guerra de 1967. Eles resistiram, convictos de que a ocupação obedece à vontade de Deus. São grupos que podem odiar o alcance global da cultura laica dominante em seus países, mas só muito raramente isso se traduz em violência revolucionária. O Ocidente olha para o mundo muçulmano com desconfiança. Teme suas encrencas, suas mulheres cobertas de véus e seus homens-bombas. O mundo muçulmano tem sido contaminado, nas últimas décadas, por uma versão fantasiosa do mundo desenvolvido, divulgada pelos mulás nas mesquitas: um lugar eficiente, mas sem Deus e, portanto, sem alma. Não há nenhuma razão insuperável pela qual muçulmanos e ocidentais não possam conviver pacificamente. Isso exigiria que cada parte examinasse suas idéias sobre a outra. Em especial, contudo, os muçulmanos precisariam encontrar um jeito de se ajustar à vida moderna.

O desafio da Europa

Radicado nos Estados Unidos, onde dirige o Instituto Remarque, da Universidade de Nova York, o inglês Tony Judt firmou-se como uma das maiores autoridades na história da Europa contemporânea. Seu mais recente livro, Postwar (Pós-Guerra), é uma portentosa revisão da trajetória européia de 1945 até hoje. Judt narra uma experiência histórica que, de modo geral, foi muito bem-sucedida: em apenas meio século, o continente devastado pela guerra organizou uma próspera comunidade transnacional, a União Européia. Nos capítulos finais do livro, porém, ele aponta para a pedra no sapato europeu: a imigração. Seu foco não é o fundamentalismo que hoje apavora o Ocidente, mas o fracasso europeu em integrar as populações estrangeiras – um fracasso que, na visão dele, não tem raízes na religião.

A IMIGRAÇÃO É HOJE O PRINCIPAL PROBLEMA DA UNIÃO EUROPÉIA?
Sim. A integração de um grande número de imigrantes é o principal problema da Europa hoje, muito maior do que o crescimento vagaroso ou o déficit da previdência social, que, na minha opinião, são um tanto exagerados. Tem-se falado muito da situação francesa, especialmente depois dos tumultos que abalaram a periferia de Paris no ano passado. Esse, porém, não é um problema exclusivo dos franceses. Assim como a França não conseguiu integrar os africanos e os árabes, a Alemanha hoje tem um problema real com os turcos, e a Inglaterra, com os imigrantes de Bangladesh e do Caribe. Os ingleses têm um modelo de integração muito diferente do francês e gostam muito de falar em multiculturalismo. O efeito, porém, é o mesmo ressentimento entre as populações imigrantes, o mesmo sentimento de serem excluídas da sociedade.

EXISTIRIA UMA POLÍTICA DE SILÊNCIO SOBRE O TEMA NA EUROPA?
Hoje, não. Ficou impossível fazer de conta que a imigração não existe: os europeus estão sendo forçados a admitir que esse é um problema grave. Mas, há uns dez anos, havia uma mistura de silêncio e arrogância em torno do assunto. A voz corrente, com exceção da extrema direita mais agressiva, era que a imigração não constituía um problema, que a Europa integrava a todos, que Londres era uma maravilhosa cidade multicultural, e assim por diante.

COMO SE CHEGOU A ESSA SITUAÇÃO CRÍTICA?
Os franceses foram muito bem-sucedidos em integrar imigrantes pobres de Portugal, Polônia, Itália, Iugoslávia. O que eles não conseguiram foi integrar pessoas que são pobres e negras, ou pobres e árabes. Isso revela que os europeus simplesmente não encararam as conseqüências, desde os anos 70, da combinação de uma população crescente de imigrantes não europeus com uma economia vagarosa. Era fácil pagar o salário desses contingentes quando a economia crescia rápido, como na Inglaterra e na Alemanha nos anos 50 e 60, e, no fundo, a suposição sempre foi que essas pessoas voltariam para casa quando deixassem de ser necessárias. Os turcos retornariam à Turquia, e os indianos, para a Índia, no momento em que não houvesse mais emprego para eles. A falta de ocupação, porém, atingiu os netos dos imigrantes originais, que não têm mais para onde voltar.

QUE PAPEL TEM A RELIGIÃO NESSE PROBLEMA?
Não acredito que esse seja primariamente um problema religioso. Ninguém hoje na Europa gosta de falar em conflitos de classe. Era moda debater isso nos anos 60, mas hoje em dia todos preferem falar de questões étnicas, ou de gênero, e não de classe. E o problema real com turcos na Alemanha, com bangladeshianos e caribenhos na Inglaterra e com africanos e árabes na França é que eles estão além da concepção de classe: eles estão desempregados, ou desempenham as funções subalternas que os brancos desempenhavam duas ou três gerações antes. São a classe inferior de uma sociedade que não a reconhece como tal. Eles sofrem não tanto pela discriminação racial direta, mas por não ter empregos, por viver em bairros decadentes, sem comércio, sem transporte, sem boas escolas. A cor é uma desvantagem adicional, que inflama muito ressentimento. Mas eles são basicamente uma subclasse, e os europeus não querem pensar a respeito disso.
*Estou REALMENTE muito ocupado. Você pode ficar sem resposta em algum tópico. Se tiver sorte... talvez eu lhe dê uma resposta sarcástica.

*Deus deixou seu único filho morrer pendurado numa cruz, imagine o que ele fará com você.

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Pug
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Racismo é um problema muito escondido na europa.

Em Portugal ouvi muitas vezes dizer-se "não sou racista, não gosto é de pretos"
"Nunca te justifiques. Os amigos não precisam e os inimigos não acreditam" - Desconhecido

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Gon
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Re.: O fosso entre o Islã e o ocidente

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Mas ninguém fala que os muçulmanos também são racistas...
Pensar doi...

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Res Cogitans
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Re.: O fosso entre o Islã e o ocidente

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ponto alto: Mike Tidmus, da Holanda, escreveu: "O incidente torna claro que não há lugar para o Islã na Europa se ele não puder conviver com a liberdade. Os muçulmanos poderiam ser aconselhados a voltar para seus reinos de areia, cheios de petróleo, e continuar a matar uns aos outros e a odiar os judeus, os excessos da civilização ocidental, as mulheres e os gays"
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Pug
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Re: Re.: O fosso entre o Islã e o ocidente

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Gon escreveu:Mas ninguém fala que os muçulmanos também são racistas...



Bem possível...
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Re: Re.: O fosso entre o Islã e o ocidente

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Res Cogitans escreveu:ponto alto: Mike Tidmus, da Holanda, escreveu: "O incidente torna claro que não há lugar para o Islã na Europa se ele não puder conviver com a liberdade. Os muçulmanos poderiam ser aconselhados a voltar para seus reinos de areia, cheios de petróleo, e continuar a matar uns aos outros e a odiar os judeus, os excessos da civilização ocidental, as mulheres e os gays"


aposto que a seguir ainda irão preferir como solução auschwitz como uma possibilidade mais eficiente.

a humanidade não aprende, mesmo
sobretudo quando se aproveita dos ódio latentes existentes nas pessoas.

as soluções vão sendo apresentadas tal e qual como num longinquo ano de...
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Samael
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Re: Re.: O fosso entre o Islã e o ocidente

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Res Cogitans escreveu:ponto alto: Mike Tidmus, da Holanda, escreveu: "O incidente torna claro que não há lugar para o Islã na Europa se ele não puder conviver com a liberdade. Os muçulmanos poderiam ser aconselhados a voltar para seus reinos de areia, cheios de petróleo, e continuar a matar uns aos outros e a odiar os judeus, os excessos da civilização ocidental, as mulheres e os gays"


Fico triste em ouvir uma afirmação dessas de um holandês. Isso só atira o tal indivíduo à mesma corja de radicais que ele tanto critica...

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Re: Re.: O fosso entre o Islã e o ocidente

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Samael escreveu:
Res Cogitans escreveu:ponto alto: Mike Tidmus, da Holanda, escreveu: "O incidente torna claro que não há lugar para o Islã na Europa se ele não puder conviver com a liberdade. Os muçulmanos poderiam ser aconselhados a voltar para seus reinos de areia, cheios de petróleo, e continuar a matar uns aos outros e a odiar os judeus, os excessos da civilização ocidental, as mulheres e os gays"


Fico triste em ouvir uma afirmação dessas de um holandês. Isso só atira o tal indivíduo à mesma corja de radicais que ele tanto critica...



investiga o nome do holandês, é por aí que se deve começar...

p.s. só agora vou faze-lo :emoticon13:
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Re.: O fosso entre o Islã e o ocidente

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Eles poderiam só darem visto para entrada em seus países para aqueles que se limpassem com as páginas do Corão. Menos terroristas e menos fanáticos em território não-medieval.
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Re: Re.: O fosso entre o Islã e o ocidente

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Pug escreveu:
Gon escreveu:Mas ninguém fala que os muçulmanos também são racistas...



Bem possível...


Talvez até mais do que os Europeus. Além de serem os mais misoginos e machistas.
Estou a falar em comparação e não em absoluto..
Pensar doi...

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Gon
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Re: Re.: O fosso entre o Islã e o ocidente

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Samael escreveu:
Res Cogitans escreveu:ponto alto: Mike Tidmus, da Holanda, escreveu: "O incidente torna claro que não há lugar para o Islã na Europa se ele não puder conviver com a liberdade. Os muçulmanos poderiam ser aconselhados a voltar para seus reinos de areia, cheios de petróleo, e continuar a matar uns aos outros e a odiar os judeus, os excessos da civilização ocidental, as mulheres e os gays"


Fico triste em ouvir uma afirmação dessas de um holandês. Isso só atira o tal indivíduo à mesma corja de radicais que ele tanto critica...


Certo. O direito á idignação e á resposta também é liberdade. Que eu saiba, os muçulmanos Europeus não foram violentos. E se acontecer alguém fazer cartoons indecentes contra o Cristianismo. Aposto que haverá violência. Nesse caso, os Cristãos não têm lugar na Europa. É esta a lógica de Tidmus. Que ser humano brilhante...
Pensar doi...

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Re.: O fosso entre o Islã e o ocidente

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apagado
Editado pela última vez por Pug em 08 Fev 2006, 15:38, em um total de 1 vez.
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Re: Re.: O fosso entre o Islã e o ocidente

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Samael escreveu:
Res Cogitans escreveu:ponto alto: Mike Tidmus, da Holanda, escreveu: "O incidente torna claro que não há lugar para o Islã na Europa se ele não puder conviver com a liberdade. Os muçulmanos poderiam ser aconselhados a voltar para seus reinos de areia, cheios de petróleo, e continuar a matar uns aos outros e a odiar os judeus, os excessos da civilização ocidental, as mulheres e os gays"


Fico triste em ouvir uma afirmação dessas de um holandês. Isso só atira o tal indivíduo à mesma corja de radicais que ele tanto critica...


O que há de errado com a afirmação?
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Re.: O fosso entre o Islã e o ocidente

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Ele reduziu a cultura islâmica a "areia, petróleo, retrocesso social, ódio e matança". Nada de errado.

Seu eu fôsse islâmico teria um bom motivo pra ficar puto...

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Re.: O fosso entre o Islã e o ocidente

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e o desonesto intelectual volta a atacar :emoticon12:
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Qual será o tópico reactivo desta vez :emoticon4:
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Re: Re.: O fosso entre o Islã e o ocidente

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Samael escreveu:Ele reduziu a cultura islâmica a "areia, petróleo, retrocesso social, ódio e matança". Nada de errado.

Seu eu fôsse islâmico teria um bom motivo pra ficar puto...



puto não...


mas, tendo em conta que iso não corresponde á realidade, mostra a objectividade e rigor da analise.
tipico da "honestidade intelectual"
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Re: Re.: O fosso entre o Islã e o ocidente

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Samael escreveu:Ele reduziu a cultura islâmica a "areia, petróleo, retrocesso social, ódio e matança". Nada de errado.


é nada de errado. principalmnte se tratando de uma consideração retórica. E ainda com o condicional "se" no início da sentença: "O incidente torna claro que não há lugar para o Islã na Europa SE ele não puder conviver com a liberdade."


Seu eu fôsse islâmico teria um bom motivo pra ficar puto...


de preferência matando alguém para aplacar a sua ira.
:emoticon7:
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Re: Re.: O fosso entre o Islã e o ocidente

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Res Cogitans escreveu:
Samael escreveu:Ele reduziu a cultura islâmica a "areia, petróleo, retrocesso social, ódio e matança". Nada de errado.


é nada de errado. principalmnte se tratando de uma consideração retórica. E ainda com o condicional "se" no início da sentença: "O incidente torna claro que não há lugar para o Islã na Europa SE ele não puder conviver com a liberdade."


Seu eu fôsse islâmico teria um bom motivo pra ficar puto...


de preferência matando alguém para aplacar a sua ira.
:emoticon7:


:emoticon12:

Esse condicional é muito pouco para aplacar a ofensa da mensagem.

Fazer polêmica é muito fácil, vide o Mainardi.

Este tipo de postura, pra mim, revela apenas uma mente mediocre e um caráter da mesma espécie. Tirar proveito de determinada situação para criar polêmica e ganhar notoriedade? Prefiro abordagens inteligentes...

E não existe uma comunidade muçulmana pacífica na Europa, como existe a do Brasil?

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Re.: O fosso entre o Islã e o ocidente

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Esse condicional é muito pouco para aplacar a ofensa da mensagem.


a meu fala sério... você chama isso de ofensa? Mal é uma alfinetada.

E não existe uma comunidade muçulmana pacífica na Europa, como existe a do Brasil?


bem inexpressivas, não digo em número mas em atitude
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Re: Re.: O fosso entre o Islã e o ocidente

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Samael escreveu:
Res Cogitans escreveu:
Samael escreveu:Ele reduziu a cultura islâmica a "areia, petróleo, retrocesso social, ódio e matança". Nada de errado.


é nada de errado. principalmnte se tratando de uma consideração retórica. E ainda com o condicional "se" no início da sentença: "O incidente torna claro que não há lugar para o Islã na Europa SE ele não puder conviver com a liberdade."


Seu eu fôsse islâmico teria um bom motivo pra ficar puto...


de preferência matando alguém para aplacar a sua ira.
:emoticon7:


:emoticon12:

Esse condicional é muito pouco para aplacar a ofensa da mensagem.

Fazer polêmica é muito fácil, vide o Mainardi.

Este tipo de postura, pra mim, revela apenas uma mente mediocre e um caráter da mesma espécie. Tirar proveito de determinada situação para criar polêmica e ganhar notoriedade? Prefiro abordagens inteligentes...

E não existe uma comunidade muçulmana pacífica na Europa, como existe a do Brasil?



inteligente, é pedir muito...sei não :emoticon14:
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Re: Re.: O fosso entre o Islã e o ocidente

Mensagem por Samael »

Res Cogitans escreveu:
Esse condicional é muito pouco para aplacar a ofensa da mensagem.


a meu fala sério... você chama isso de ofensa? Mal é uma alfinetada.

E não existe uma comunidade muçulmana pacífica na Europa, como existe a do Brasil?


bem inexpressivas, não digo em número mas em atitude


Particularmente, nós não temos problemas com ofensas ou alfinetadas...até temos, mas resolvemos da nossa própria maneira.

Para muitos deles, aquilo é resolver da maneira deles. Como ficamos?

Nem de longe critico as charges. Para minha ideologia, para meu pensar individual, são, no máximo, engraçadas. Acharia graça da mesma forma de charges contra ateus ou agnósticos. Mas isto sou eu, né, cara...

Só acho que essa alfinetada foi completamente estúpida. Só serviu pra criar polêmica, sem um mínimo de argumentos...

E, inexpressiva ou não, o pessoal da burka é bem pacífico...

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Res Cogitans
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Re: Re.: O fosso entre o Islã e o ocidente

Mensagem por Res Cogitans »

Samael escreveu:Para muitos deles, aquilo é resolver da maneira deles. Como ficamos?


Punindo-os. A ameaça de assassinato a cada vez que um babaca de turbante que não conhece gillete achar que blasfemaram sua religião não pode ser tolerada.

Só acho que essa alfinetada foi completamente estúpida.


a alfinetada faz juz a situação e não erra o foco. Se muçulmanos não sabem conviver com o ocidente que se isolem por completo. Se muçulmanos não souberem viver na Europa e nas Américas, que voltem para seus países.

Responda sinceramente as seguintes perguntas:

Você considera que mulheres em mulçulmanas, em média, têm melhor tratamento em suas respectivas comunidades que mulheres européias em seus respectivos países?

Você considera que gays têm melhor tratamento em comunidades muçulmanas que em países europeus?
*Estou REALMENTE muito ocupado. Você pode ficar sem resposta em algum tópico. Se tiver sorte... talvez eu lhe dê uma resposta sarcástica.

*Deus deixou seu único filho morrer pendurado numa cruz, imagine o que ele fará com você.

Trancado