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Fala garota do pastoreio!
Well, esse blábláblá todo, resumindo, significa que você quer saber se: “A ciência é contra deus?”.
Existem milhares de cientistas, grande quantidade deles acredita na existência de algum tipo de deus ou deuses.
Mas, a partir do momento que você, como cientista, tenta provar a existência ou não de um suposto deus ou deuses, dá com os burros na água.
Não é do escopo da Ciência, descobrir se deus ou deuses, existem ou não.
O caso mais célebre, e atual neste sentido, foi o caso do biólogo Michael Behe.
O infeliz, ao pesquisar um dos mais simples organismos vivos, deparou com aquilo que ele chamou de “complexidade irredutível”.
Essa idéia basicamente, dizia que, no âmbito molecular, as “máquinas moleculares” que compõe um ser vivo, eram complexas demais para serem obra da evolução. Logo, pensou Behe, “foi deus” quem criou essas máquinas moleculares e daí surgiu a tal teoria do design inteligente.
A grande burrice de Behe, cuja teoria foi lindamente refutada, tanto quando a apresentou aos seus pares, quanto quando pela segunda vez, inconformado pelas refutações, ele reapresentou sua teoria, desta vez para uma corte da justiça americana, o mesmo se fudeu de verde-amarelo duplamente.
Qual foi essa grande burrice?
Ele, ao examinar um dos organismos vivos mais simples existentes na terra, esqueceu-se de um pequeno detalhe, explicado por Darwin em sua “teoria geral da evolução das espécies:”.
Por mais simples que seja um organismo vivo existente hoje, o mesmo, é fruto de bilhões de anos de evolução.
Behe foi burro ao esquecer esse detalhe, pois pensava ele, que um organismo simples, significava que o mesmo era um organismo primitivo.
Não existem organismos primitivos, o que existem, são organismos simples perfeitamente adaptados, fruto de bilhões de anos de evolução!
Por ser cientista e cristão, Behe achou que tinha descoberto a pólvora, aquele elemento que comprovaria a existência de um suposto deus.
Sua crença na existência desse deus cegou-o a ponto de ele não perceber um erro tão crasso em sua análise da estrutura molecular.
Por esse motivo, um cientista, se não quiser tornar-se desacreditado no meio científico, deve colocar suas crenças religiosas na gaveta, ao começar a trabalhar.
A ciência não é contra deus ou deuses. Descobrir se deus ou deuses existem, não é do escopo da ciência.
É burrice apresentar esse argumento para desmerecer a ciência, que tanto tem contribuído para o avanço da humanidade.
O grande problema em relação à ciência, é que, quanto mais ela desvenda os mistérios da natureza, mais se torna patente que as religiões erram feio ao dizer coisas que não são do âmbito delas.
As religiões erram feio ao afirmar como surgiu o universo.
As religiões erram feio ao afirmar como surgiu nosso sistema solar.
As religiões erram feio ao afirmar como surgiu a vida em nosso planeta.
As religiões erram feio ao apontar que a terra é o centro do universo.
As religiões erram feio ao afirmar como surgiu o ser humano e todos os outros seres vivos.
As religiões erram feio, ao trazer para si, a responsabilidade que cabe somente à ciência.
Fora, os milhares de erros que as religiões cometem em outros âmbitos da existência, como por exemplo, se acharem detentoras da moral.
Mas, acontece que a moral independe das religiões, a moral é fruto da experiência de vida dos seres humanos, que aprenderam o que é certo e o que é errado, ao longo de milhões de anos de evolução, e a moral, assim como o ser humano, também evolui!
E, é claro, as religiões não evoluem, elas se formatam de tal forma, que é impossível corrigir seus erros, então, para as religiões, existe apenas uma saída: morrer e ser substituída por alguma coisa melhor (ou “menos pior”).
Então surge uma guerra, começada e travada pelos religiosos contra a ciência.
São os religiosos que começaram essa guerra, e não os cientistas.
A ciência não pode ser culpada pela ignorância e burrice dos fundadores das religiões.
Se as religiões são burras e erradas ao fazerem afirmações categóricas que são desmentidas a cada nova descoberta científica, são as religiões que tem que mudar ou desaparecer, e não fazer guerra à ciência, fazer isso é pura ignorância de pessoas que ainda vivem, em pleno século XXI, com a mentalidade de pastores de rebanhos de ovelhas que viveram 8.000 anos atrás!
Em outro tópico aqui do Fórum, eu já dei a seguinte opinião sobre o meu conceito de deuses e religiões no futuro:
Gilghamesh escreveu:Cabula escreveu:pode até não existir um deus, mas a idéia de deus está viva em muitos paises e é esta que deveria morrer.
Não, não é bem assim, o que morre, são as religiões, que são substituídas por novas religiões, mas a idéia de deus, existirá por muito tempo, independente de, se no futuro, não existirem mais religiões.
É cada vez maior o número de pessoas que se declaram sem religião, mas um grande número dessas passoas, ainda alentam uma idéia da existência de um suposto deus que não pode ser qualificado pela razão.
Em breve, postrarei em meu Blog, um estudo referente à esse assunto!
Gilghamesh escreveu:Acredito que, dentro de alguns milênios, religiões não mais existirão.
O conceito de deus continuará existindo, mas as pessoas não estarão mais atreladas a dogmas e nem seguirão líderes religiosos.
E agora, para deleite dos foristas, uma parte do texto do Blog: Hoje é um bom dia.
Esse Blog é de um brasileiro que vive nos States e posta suas impressões sobre a vida americana:
Link para o site no fim do texto!
Michael Behe
Na idade média, a Igreja Católica via o avanço das ciências como uma real ameaça – afinal, se houvesse algum outro estabelecimento que oferecesse respostas aos homens E ainda por cima não cobrasse dinheiro pela salvação deles, o monopólio religioso de Roma estaria seriamente lascado. E aí começou aquele queima-queima que a Igreja Católica tanto tenta fazer de conta que jamais aconteceu. Afinal, eles estavam apenas tentando defender o modelo de negócios deles.
Eventualmente os pontífices decidiram que esse negócio de conhecimento científico seria uma moda passageira, e que em breve as pessoas abandonariam esse negócio de “senso crítico” e “razão” e pediriam perdão ao Papai do Céu por sua rebeldia. E assim acabou-se a Inquisição.
(Na prática a Inquisição nunca realmente morreu, a Igreja apenas renomeou-a como “Congregação da Doutrina e Fé”. Sabe quem foi o último líder da CDF? Um sujeito chamado Joseph Ratzinger. Talvez você o conheça melhor pelo nome artístico dele – o Papa Benedito XVI)
Então. As organizações religiosas perceberam, com muito desgosto, que a moda passageira do conhecimento científico não era tão efêmera quanto eles acharam inicialmente. Se adaptando aos novos tempos, a fé cristã deixou de trocar tapas com a instituição científica e resolveu se enfiar nela. Nem que fosse à força, com uma proposta tão científica quanto aquelas enciclopédias ilustradas do universo Star Wars.
E desse pensamento “se não pode vence-los, junte-se a eles” surgiu o movimento Design Inteligente. E Michael Behe foi o pivô principal da ascenção e humilhante (embora previsível) queda deste dogma religioso disfarçado de proposta científica séria.
Em 1996 Behe decidiu que não fazia mais questão de ser um pesquisador respeitado na comunidade científica e publicou o livro Darwin’s Black Box (imagino que aí se chame A Caixa Preta de Darwin. Pergunte a um amigo crente, sem dúvida eles conhecem o livro).
Nele, Behe tentava convencer (aqueles que já acreditam na idéia do Criacionismo) que existe um princípio chamado “complexidade irredutível”. Em termos leigos, o que o cara queria dizer é que organismos contemporâneos complexos são formados por diversas partes que são inúteis por si só, e que precisariam ter aparecido simultaneamente no organismo. Ele compara célula com um relógio, tentando chegar à conclusão que nenhum dos dois poderia funcionar se removermos uma parte do seu mecanismo interno.
Em outras palavras, Behe insiste que sistemas biológicos complexos (como o olho ou o sistema digestivo) não poderiam ter chegado ao que são hoje através de passos gradativos, porque se uma ou outra parte do sistema estivesse faltando, ele não funcionaria e portanto o organismo não sobreviveria. Todo os sistemas biológicos teriam que ter aparecido ao mesmo tempo, do jeitinho que vemos no corpo humano hoje.
Simplificando a idéia do livro em uma frase: “No princípio criou deus os céus e a terra”.
A despeito do fato de que o livro todo se baseia inteiramente no “eu acho que…” do Behe, sem qualquer tipo de substância científica ou experimental, e que é possível refutar completamente a teoria dele tendo apenas um conhecimento elementar de biologia, a idéia foi levada a sério pela multidão cristã americana que estava disposta a morder qualquer isca que os desse a esperança de finalmente livrar as escolas gringas da influência darwinista satânica.
E a popularidade do argumento de Michael Behe acabou o levando ao banco das testemunhas no célebre julgamento Kitzmiller v. Dover Area School District (v é de versus, seu burro), que visava decidir a validade científica da teoria do design inteligente e se ela deveria ser ensinada em escolas, ao lado da teoria evolucionista.
Behe compareceu todo feliz pra defender a idéia e avançar a causa do design inteligente, mas ele não contava com advogados astutos que essencialmente o fizeram admitir no processo interrogatório que a teoria não era suportada por NENHUMA evidência científica. Behe ainda foi obrigado a admitir, em corte e on record, que a definição de “teoria” que ele estava usando pra design inteligente poderia enquadrar até mesmo astrologia.
Já li Darwin’s Black Box e posso afirmar que a retórica e as analogias usadas pelo Behe são tão canastronas e rasteiras, e exibem ignorância tão elementar na forma em que evolução acontece, que ela só funcionaria mesmo como parte da trama de um filme de ficção científica. Oh wait, não fui eu quem falou isso – foi o juiz que deu a sentença no caso. Yep, o juíz falou em público que as idéias do Behe só funcionariam como trama de ficção científica. Ouch.
Em outras palavras, o cara teve que admitir publicamente e sob juízo que a “teoria” dele não valia o papel que estava escrito. Os criacionistas ainda estão tentando se recuperar do baque.
E os mais desinformados continuam usando Darwin’s Black Box como argumento em debates sobre evolução até hoje.
http://hbdia.com/wordpress/top-x/top-4-pessoas-polemicas-que-se-foderam-no-final