Acauan escreveu:Edson, já lhe ocorreu a possibilidade de que conservadores possam ser – no mínimo – tão inteligentes quanto você e portanto já tenham considerado estas questões e lhes dado tratativas melhores que a estupidez que o parágrafo acima sugere?
Acauan, primeiro quero deixar registrado que não acredito em "conservador puro". Todos nós teríamos, em maior ou menor grau, um lado desejoso por inovações ou mudanças, da mesma maneira que todo anarquista também possuiria um lado conservador (por menor que seja). No quesito inteligência, existem conservadores burros e inteligentes, bem como anarquistas burros e inteligentes também. Levantar a possibilidade de que os conservadores teriam, no mínimo, uma inteligência igual a minha (ou seja, nenhum deles seria mais burro que eu) faria parte da cartilha conservadora que prega humildade?! Considerar tal colocação um sinal de arrogância estaria errado?!
Acauan escreveu:A inevitabilidade da mudança é óbvia demais para ser ignorada.
É vero!
Acauan escreveu:O problema não é se as coisas mudam ou não. Isto é um fato acima de nossas decisões. O problema é COMO as coisas devem mudar. Demolindo as instituições e tradições ou refinando-as com a experiência, depurando-as do que ficou obsoleto e enriquecendo-a com os novos aprendizados.
Estaríamos falando então de um meio-termo. Não de um "conservador puro" nem de um "anarquista puro". Aí concordo com você, claro. O problema é o pensamento 8 ou 80, como se a terra fosse composta apenas de conservadores e não-conservadores, esquerda e direita, quando na realidade quase tudo na vida ocorre em algum lugar intermediário.
"Três paixões, simples mas irresistivelmente fortes, governam minha vida: o desejo imenso de amar, a procura do conhecimento e a insuportável compaixão pelo sofrimento da humanidade." (Bertrand Russel)