Nordeste tem escalada de mortes violentas em 10 anos, mostra estudo
BRASÍLIA - O Mapa da Violência 2011, divulgado na manhã desta quinta-feira, 25, revela que o Nordeste é hoje o que pode ser chamado de a grande 'chaga' da violência no País. O Sul-Sudeste, embora com grandes diferenças nos resultados, está conseguindo, ao menos, conter o crescimento da violência, de acordo com os relatório que consolida os dados da década entre 1998 e 2008. Já o Nordeste (com o Norte fazendo parte desta dinâmica) é a região que registra o maior aumento de mortes por causas externas violentas, uma verdadeira escalada de homicídios, acidentes de trânsito e suicídios. Enquanto a pobreza diminuiu na região, os homicídios aumentaram 65%, os suicídios, 80% e os acidentes de trânsito, 37%. Na população jovem os índices são ainda piores: um crescimento de 49% nos acidentes, 94% nos homicídios e 92% nos suicídios.
Estados como Alagoas e Bahia, que figuravam na parte de baixo do ranking da violência, agora pularam para as primeiras posições. Outros, como o Maranhão, quase quadruplicaram suas taxas de homicídio. Saíram de taxas quase europeias, de cinco assassinatos por 100 mil habitantes, para 20 por 100 mil - um número ainda baixo, mas que mostra um crescimento assustador (média de 170% de aumento).
Para o pesquisador que preparou o Mapa da Violência/2011, Julio Jacobo Waiselfisz, o fenômeno da 'desconcentração da violência' pegou o Nordeste no rastro da chegada dos novos polos econômicos. Esses polos surgiram por todo o Nordeste e alguns Estados no Norte, como o Pará, criaram empregos e renda, mas sem a estrutura de segurança pública do Estado.
A região registra números crescentes de assaltos a banco, roubos de carros, tráfico de drogas, acidentes de moto, em locais onde mal existe uma delegacia e a fiscalização de normas de trânsito é praticamente inexiste.
Índice. O atual quadro brasileiro mostra que em nenhum Estado a taxa de homicídios fica abaixo de 10 por 100 mil habitantes, o máximo considerado aceitável. Em 1998, seis ostentavam números abaixo de 10. A menor taxa hoje é no Piauí, que apresenta um índice de 12,4 por 100 mil, mais isso é mais do que o dobro de 10 anos atrás.
O Maranhão, que era o 27º no ranking dos estados, quadruplicou o índice e só não aumentou mais sua posição no ranking - está em 21º - porque outros subiram mais ainda.
Pelo País, a taxa de 1998 - 25,9 homicídios em 100 mil habitantes - está bem próxima da encontrada em 2008: 26,4 homicídios em 100 mil habitantes.
Um grupo pequeno de estados, mas de grande peso demográfico - São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais - inicia um processo de forte reversão de seus índices, puxando as taxas nacionais para baixo. Mais São Paulo e Rio e, com menos intensidade, Minas.
Outros estados, como Pernambuco e Espírito Santo, historicamente polos dinâmicos do incremento da violência, incluindo aqui também Mato Grosso e Acre, praticamente estagnaram durante o período. Outros dados impressionantes do Mapa da Violência: - Alagoas passou de 11º para 1º, cresceu 2,7 vezes; - Pará, passou de 19º para 4º, cresceu 2,95 vezes; - Bahia, passou de 22º para 8º lugar, cresceu 3,89 vezes; - Goiás, de 18º para 12º, cresceu 2,23 vezes; - Sergipe passou de 21º para 14º, aumento de 2,75 vezes
http://estadao.br.msn.com/ultimas-notic ... d=27791453
Sei lá, eu não sei quanto a alguns tipos de violência, mas parece que a ousadia está aumentando. Inclusive aqui no Sul, onde cidades pequenas eram até um tédio em termos policiais. Estes dias acharam uma cabeça numa lata de lixo. Esta semana, encontraram um corpo ( briga entre 2 moradores de rua)no que será um complexo cultural, comercial e residencial . As notícias do interior mostram assaltos a banco, escolas e delegacias de polícia com requintes profissionais.
Mas o que mais me impressiona ultimamente é o envolvimento das polícias de forma geral com o crime. Quer dizer...nada mais me impressiona ...