Fernando Silva escreveu:Judas escreveu:É o que eu acho, dane-se se é incoerente, aliás, por mim, podem dar o nome que quiserem, podem me chamar até de nazista,eu cago e ando, desde que o direito da mulher escolher não seja tirado dela.
Eu diria que o direito a se escolher deveria ser limitado às opções éticas.
Concordo, mas não acho anti-ético o aborto em caso de estupro, pelo menos se feito no devido tempo, Não da pra esperar o coração se formar pra tomar a decisão, eu não sei ao certo de que tipo de caso estamos tratando aqui.
Mas cada caso é um caso. A mulher pode ficar 2 meses em cativeiro sendo estuprada e quando tiver a chance de abortar, pode ser tarde demais...Bom, tarde demais para quem aceitasse esse tipo de coisa. Se fosse minha esposa teria meu apoio para abortar se ela tomasse esta decisão, seja ela ética ou não. É o que haviamos falado antes, "e se acontecer comigo?"
Não aconteceu comigo, não estou tomado por nenhuma emoção agora, mas de ante-mão já sei que posição eu tomaria.
Este é o tipo de debate em que a "lógica plana" que estamos acostumados a usar não serve. Outro exemplo é o " Se você come carne, não pode ser contra touradas, rodeios e rinhas de galo ou Pit Bull"
Sua pergunta continua sem resposta definitiva, ou comum a todas as diferentes formas de pensar:
"Qual intensidade de sofrimento de uma pessoa justifica a morte de outra"
Na hipótese que levantei acima, se a decisão fosse minha, eu faria o aborto. Outra pessoa poderia optar por não fazer, vai de cada um.
À propósito, se eu fosse a mulher em questão e a lei me proibisse de fazer isso, eu procuraria na internet alguém que pudesse fazer contra a lei mesmo.