VOCÊ, petista, anti-imperialista, anti-capitalista...

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Re: VOCÊ, petista, anti-imperialista, anti-capitalista...

Mensagem por Apo »

Nosso povo é tão, mas tão cego, que numa enquete de internet perguntando o que achou da visita de Obama ao Brasil, o resultado está assim:


O que você achou da visita de Barack Obama ao Brasil?

Confira os resultados ( parcial até momentos atrás)

21 % Sensacional, a família toda é muito alegre e simpática
5.366 votos

42 % Boa, ele mostrou que o Brasil é importante para os EUA
10.481 votos

12 % Ruim, não conseguimos nada de concreto para o país
2.973 votos

25 % Péssima, só mostrou como nos curvamos diante dos EUA
6.168 votos
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Fernando Silva
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Re: VOCÊ, petista, anti-imperialista, anti-capitalista...

Mensagem por Fernando Silva »

Apo escreveu:O que sobrou da viagem de Obama do Brasil:

Faltou falar do Sérgio Cabral repetindo que "Eles adoraram isto, eles ficaram emocionados com aquilo, eles se divertiram muito com sei lá o quê".

Como se não fosse parte da função de presidente dizer que gostou disto ou daquilo e dar a impressão de que ficou emocionado com alguma bobagem que cismaram de lhe mostrar.

Daí ele chega no país seguinte e faz tudo de novo.

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Tranca
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Re: VOCÊ, petista, anti-imperialista, anti-capitalista...

Mensagem por Tranca »

Obama devia saber o que fazia por aqui, apesar de seu discurso no Rio de Janeiro ter sido um apanhado geral de boas intenções (e até agora fico me perguntando a finalidade daquele discurso no Theatro Municial do Rio de Janeiro. E mais, qual a finalidade do mesmo discurso se fosse feito em praça pública?), sendo que a maioria dos brasileiros, inclusive autoridades, não deviam ter a mínima idéia de sua agenda.

Essa gente toda empolgadinha com o presidente dos USA, toda feliz e cheia de salamaleques, decerto achava que além de representar seu país na tentativa de implantar esforços para que se resolvam as diversas contendas comerciais e se amplie o comércio entre os dois países, Obama iria anunciar algum tipo importante de aliança, um pacto binacional importante ou mesmo o apoio ao Brasil para a ocupação de um assento no Conselho Permanente de Segurança da ONU, por exemplo, o que nem estava em pauta, apesar da presidente brasileira ter tocado no assunto. Não se ouviu de Obama nem a concordância simpática que este deu à Índia, tempos atrás.

O presidente dos USA reconhecer o Brasil com importante parceiro comercial e como nação emergente que cada vez ocupa mais espaço e importância no relevo internacional em discurso destinado à toda a nação, para quê? É fato, isso não necessita de chancela de Washington. Sobrou o espetáculo, a famosa embaixadinha para galera, como fazia Lula, quando nada mais tinha para falar (ou quando não sabia o que falar).

Os USA já sabem da importância econômica e estratégica do Brasil, assim como a necessidade de estreitar laços. O que se queria, no meu entender, era marcar território, tão somente. Nada de sumamente importante ou novo foi anunciado.

Daqui a cinco anos, qual o saldo de tal visita? Lembraremos das palavras de Obama como um raio da aurora que anunciou o despertar do gigante sul-americano rumo ao primeiro mundo?

Talvez se crie um fórum para tratar da composição amistosa dos interesses comerciais, o que nada tem a ver com o discurso público de Obama.

Fez-se de uma visita de Estado com agenda comercial uma oportunidade de dar holofotes ao presidente dos USA. Se Bush tivesse feito um discurso público nos moldes do feito por Obama num eventual governo do PSDB os petistas teriam dito que isso seria o símbolo da entrega do Brasil aos ianques, da subserviência e prostração ao governante americano (imaginem os protestos).

O que se viu, portanto, foi uma visita cordial, até meio informal e familiar, numa tentativa de plantar uma imagem para nosotros de sudamérica de grande união Brasil/USA - talvez mais interessante aos últimos, em razão da sua animosidade com Cuba, Venezuela, Bolívia e Equador, estes aliados do governo petista, para que tenham a certeza de que os olhos do gigante do norte estão voltados para o cone sul - e que no fundo não muda nada nas relações entre os dois países.

Foi até engraçado a petistaiada sempre tão antiamericana correndo receber o governante ianque. E mais ainda a petistaiada tomando passadas de mão de agentes americanos em revistas íntimas, tudo em solo nacional.

Obama não me anima muito. Acho-o dúbio e sem metas definidas. Boas intenções não bastam. Torci por McCain quando das eleições americanas. Achava-o mais preparado e firme em sua convicções. E tenho certeza que ele nunca teria protagonizado uma pataquada destas em solo brasileiro (seria mais formal e direto, como cabe a chefes de estado, sem enrolações), muito menos o que se vê nos ataques à Líbia, onde uma tentativa de deposição se traveste em defesa de civis, quando o país está em guerra civil e se impõe o cessar fogo de um só lado. A resolução da ONU que autorizou os ataques foi ridícula e USA e aliados tiveram toda a liberdade para fazer o que quisessem para proteger civis, mesmo desautorizados a bombardear Kadafi com escopo de depô-lo ou matá-lo. Até Putin foi correto ao considerar temerária a ação, por ser de propósitos não claros e de resultados sombrios.

Falta clareza e objetividade no governo Obama e com mais essa verifica-se que o formato da ONU precisa ser rediscutido, além do fato de que muitos representantes de países não sabem o que fazem lá, por não conseguirem redigir uma mísera resolução.

E voltando à visita de Obama ao Brasil, até quando iremos presentear autoridades estrangerias com capoeira, futebol e samba?

O cerimonial diplomático devia ser mais formal, no meu entender. Como fazem os americanos lá no país deles.

Quando Dilma for aos USA será apresentada a alguma exibição de country music, a alguma representação teatral da Sétima Cavalaria sendo massacrada por Touro Sentado em Little Big Horn ou será presenteada com um boné dos New York Yankees?

Isso é meio que submissão também, meio reconhecimento do "outro" superior que merece uma atenção especial, para que reconheça nossas qualidades.

Se quer saber parte de nossa história, estude; se quer conhecer nossa cultura, procure e veja o que interessa; se quer souvenirs, que os compre. Hoje é possível tudo isso sem que seja servido um pacote cansativo de bandeja.

Por fim, uma última curiosidade: quando Dilma for aos USA, ela irá discursar no Madison Square Garden?
Editado pela última vez por Tranca em 22 Mar 2011, 14:58, em um total de 1 vez.
Palavras de um visionário:

"Seria uma ressurreição satânica retirarmos Lula e Brizola - esse casamento do analfabetismo econômico com o obsoletismo ideológico - do lixo da história para o palco do poder."

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Re: VOCÊ, petista, anti-imperialista, anti-capitalista...

Mensagem por Apo »

Fernando Silva escreveu:
Apo escreveu:O que sobrou da viagem de Obama do Brasil:

Faltou falar do Sérgio Cabral repetindo que "Eles adoraram isto, eles ficaram emocionados com aquilo, eles se divertiram muito com sei lá o quê".

Como se não fosse parte da função de presidente dizer que gostou disto ou daquilo e dar a impressão de que ficou emocionado com alguma bobagem que cismaram de lhe mostrar.

Daí ele chega no país seguinte e faz tudo de novo.


Na verdade, eu não esqueci do Sérgio Cabral. Eu não tinha visto ainda a conversa broxa dele pós-evento. Ontem à noite, zapeando entre canais, passei por um canal em que ele estava falando com cara de bobo-alegre e confesso que não fiquei ali por 1 segundo sequer. Mas pareceu mesmo alguma coisinha emotiva tupiniquim.
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Re: VOCÊ, petista, anti-imperialista, anti-capitalista...

Mensagem por Apo »

Tranca escreveu:Obama devia saber o que fazia por aqui, apesar de seu discurso no Rio de Janeiro ter sido um apanhado geral de boas intenções (e até agora fico me perguntando a finalidade daquele discurso no Theatro Municial do Rio de Janeiro. E mais, qual a finalidade do mesmo discurso se fosse feito em praça pública?), sendo que a maioria dos brasileiros, inclusive autoridades, não deviam ter a mínima idéia de sua agenda.

Essa gente toda empolgadinha com o presidente dos USA, toda feliz e cheia de salamaleques, decerto achava que além de representar seu país na tentativa de implentar esforços para que se resolvam as diversas contendas comerciais e se amplie o comércio entre os dois países, Obama iria anunciar algum tipo importante de aliança, um pacto binacional importante ou mesmo o apoio ao Brasil para a ocupação de um assento no Conselho Permanente de Segurança da ONU, por exemplo, o que nem estava em pauta, apesar da presidente brasileira ter tocado no assunto. Não se ouviu de Obama nem a concordância simpática que este deu à Índia, tempos atrás.

O presidente dos USA reconhecer o Brasil com importante parceiro comercial e como nação emergente que cada vez ocupa mais espaço e importância no relevo internacional em discurso destinado à toda a nação, para quê? É fato, isso não necessita de chancela de Washington. Sobrou o espetáculo, a famosa embaixadinha para galera, como fazia Lula, quando nada mais tinha para falar (ou quando não sabia o que falar).

Os USA já sabem da importância econômica e estratégica do Brasil, assim como a necessidade de estreitar laços. O que se queria, no meu entender, era marcar território, tão somente. Nada de sumamente importante ou novo foi anunciado.

Daqui a cinco anos, qual o saldo de tal visita? Lembraremos das palavras de Obama como um raio da aurora que anunciou o despertar do gigante sul-americano rumo ao primeiro mundo?

Talvez se crie um fórum para tratar da composição amistosa dos interesses comerciais, o que nada tem a ver com o discurso público de Obama.

Fez-se de uma visita de Estado com agenda comercial uma oportunidade de dar holofotes ao presidente dos USA. Se Bush tivesse feito um discurso público nos moldes do feito por Obama num eventual governo do PSDB os petistas teriam dito que isso seria o símbolo da entrega do Brasil aos ianques, da subserviência e prostração ao governante americano (imaginem os protestos).

O que se viu, portanto, foi uma visita cordial, até meio informal e familiar, numa tentativa de plantar uma imagem para nosotros de sudamérica de grande união Brasil/USA - talvez mais interessante aos últimos, em razão da sua animosidade com Cuba, Venezuela, Bolívia e Equador, estes aliados do governo petista, para que tenham a certeza de que os olhos do gigante do norte estão voltados para o cone sul - e que no fundo não muda nada nas relações entre os dois países.

Foi até engraçado a petistaiada sempre tão antiamericana correndo receber o governante ianque. E mais ainda a petistaiada tomando passadas de mão de agentes americanos em revistas íntimas, tudo em solo nacional.

Obama não me anima muito. Acho-o dúbio e sem metas definidas. Boas intenções não bastam. Torci por McCain quando das eleições americanas. Achava-o mais preparado e firme em sua convicções. E tenho certeza que ele nunca teria protagonizado uma pataquada destas em solo brasileiro (seria mais formal e direto, como cabe a chefes de estado, sem enrolações), muito menos o que se vê nos ataques à Líbia, onde uma tentativa de deposição se traveste em defesa de civis, quando o país está em guerra civil e se impõe o cessar fogo de um só lado. A resolução da ONU que autorizou os ataques foi ridícula e USA e aliados tiveram toda a liberdade para fazer o que quisessem para proteger civis, mesmo desautorizados a bombardear Kadafi com escopo de depô-lo ou matá-lo. Até Putin foi correto ao considerar temerária a ação, por ser de propósitos não claros e de resultados sombrios.

Falta clareza e objetividade no governo Obama e com mais essa verifica-se que o formato da ONU precisa ser rediscutido, além do fato de que muitos representantes de países não sabem o que fazem lá, por não conseguirem redigir uma mísera resolução.

E voltando à visita de Obama ao Brasil, até quando iremos presentear autoridades estrangerias com capoeira, futebol e samba?

O cerimonial diplomático devia ser mais formal, no meu entender. Como fazem os americanos lá no país deles.

Quando Dilma for aos USA será apresentada a alguma exibição de country music, a alguma representação teatral da Sétima Cavalaria sendo massacrada por Touro Sentado em Little Big Horn ou será presenteada com um boné dos New York Yankees?

Isso é meio que submissão também, meio reconhecimento do "outro" superior que merece uma atenção especial, para que reconheça nossas qualidades.

Se quer saber parte de nossa história, estude; se quer conhecer nossa cultura, procure e veja o que interessa; se quer souvenirs, que os compre. Hoje é possível tudo isso sem que seja servido um pacote cansativo de bandeja.

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De quem é o texto, Tranca?

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Re: VOCÊ, petista, anti-imperialista, anti-capitalista...

Mensagem por Tranca »

Apo escreveu:
Tranca escreveu:Obama devia saber o que fazia por aqui, apesar de seu discurso no Rio de Janeiro ter sido um apanhado geral de boas intenções (e até agora fico me perguntando a finalidade daquele discurso no Theatro Municial do Rio de Janeiro. E mais, qual a finalidade do mesmo discurso se fosse feito em praça pública?), sendo que a maioria dos brasileiros, inclusive autoridades, não deviam ter a mínima idéia de sua agenda.

Essa gente toda empolgadinha com o presidente dos USA, toda feliz e cheia de salamaleques, decerto achava que além de representar seu país na tentativa de implantar esforços para que se resolvam as diversas contendas comerciais e se amplie o comércio entre os dois países, Obama iria anunciar algum tipo importante de aliança, um pacto binacional importante ou mesmo o apoio ao Brasil para a ocupação de um assento no Conselho Permanente de Segurança da ONU, por exemplo, o que nem estava em pauta, apesar da presidente brasileira ter tocado no assunto. Não se ouviu de Obama nem a concordância simpática que este deu à Índia, tempos atrás.

O presidente dos USA reconhecer o Brasil com importante parceiro comercial e como nação emergente que cada vez ocupa mais espaço e importância no relevo internacional em discurso destinado à toda a nação, para quê? É fato, isso não necessita de chancela de Washington. Sobrou o espetáculo, a famosa embaixadinha para galera, como fazia Lula, quando nada mais tinha para falar (ou quando não sabia o que falar).

Os USA já sabem da importância econômica e estratégica do Brasil, assim como a necessidade de estreitar laços. O que se queria, no meu entender, era marcar território, tão somente. Nada de sumamente importante ou novo foi anunciado.

Daqui a cinco anos, qual o saldo de tal visita? Lembraremos das palavras de Obama como um raio da aurora que anunciou o despertar do gigante sul-americano rumo ao primeiro mundo?

Talvez se crie um fórum para tratar da composição amistosa dos interesses comerciais, o que nada tem a ver com o discurso público de Obama.

Fez-se de uma visita de Estado com agenda comercial uma oportunidade de dar holofotes ao presidente dos USA. Se Bush tivesse feito um discurso público nos moldes do feito por Obama num eventual governo do PSDB os petistas teriam dito que isso seria o símbolo da entrega do Brasil aos ianques, da subserviência e prostração ao governante americano (imaginem os protestos).

O que se viu, portanto, foi uma visita cordial, até meio informal e familiar, numa tentativa de plantar uma imagem para nosotros de sudamérica de grande união Brasil/USA - talvez mais interessante aos últimos, em razão da sua animosidade com Cuba, Venezuela, Bolívia e Equador, estes aliados do governo petista, para que tenham a certeza de que os olhos do gigante do norte estão voltados para o cone sul - e que no fundo não muda nada nas relações entre os dois países.

Foi até engraçado a petistaiada sempre tão antiamericana correndo receber o governante ianque. E mais ainda a petistaiada tomando passadas de mão de agentes americanos em revistas íntimas, tudo em solo nacional.

Obama não me anima muito. Acho-o dúbio e sem metas definidas. Boas intenções não bastam. Torci por McCain quando das eleições americanas. Achava-o mais preparado e firme em sua convicções. E tenho certeza que ele nunca teria protagonizado uma pataquada destas em solo brasileiro (seria mais formal e direto, como cabe a chefes de estado, sem enrolações), muito menos o que se vê nos ataques à Líbia, onde uma tentativa de deposição se traveste em defesa de civis, quando o país está em guerra civil e se impõe o cessar fogo de um só lado. A resolução da ONU que autorizou os ataques foi ridícula e USA e aliados tiveram toda a liberdade para fazer o que quisessem para proteger civis, mesmo desautorizados a bombardear Kadafi com escopo de depô-lo ou matá-lo. Até Putin foi correto ao considerar temerária a ação, por ser de propósitos não claros e de resultados sombrios.

Falta clareza e objetividade no governo Obama e com mais essa verifica-se que o formato da ONU precisa ser rediscutido, além do fato de que muitos representantes de países não sabem o que fazem lá, por não conseguirem redigir uma mísera resolução.

E voltando à visita de Obama ao Brasil, até quando iremos presentear autoridades estrangerias com capoeira, futebol e samba?

O cerimonial diplomático devia ser mais formal, no meu entender. Como fazem os americanos lá no país deles.

Quando Dilma for aos USA será apresentada a alguma exibição de country music, a alguma representação teatral da Sétima Cavalaria sendo massacrada por Touro Sentado em Little Big Horn ou será presenteada com um boné dos New York Yankees?

Isso é meio que submissão também, meio reconhecimento do "outro" superior que merece uma atenção especial, para que reconheça nossas qualidades.

Se quer saber parte de nossa história, estude; se quer conhecer nossa cultura, procure e veja o que interessa; se quer souvenirs, que os compre. Hoje é possível tudo isso sem que seja servido um pacote cansativo de bandeja.

Por fim, uma última curiosidade: quando Dilma for aos USA, ela irá discursar no Madison Square Garden?


De quem é o texto, Tranca?

Vale ler "Manual do Perfeito IDIOTA Latino-Americano".


Do Tranca. :emoticon16:


PS - já está corrigido o "implantar" do segundo parágrafo.
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Re: VOCÊ, petista, anti-imperialista, anti-capitalista...

Mensagem por Apo »

Congrats, querido! Muito bom o apanhado que você fez!
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Tranca
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Re: VOCÊ, petista, anti-imperialista, anti-capitalista...

Mensagem por Tranca »

Apo escreveu:Congrats, querido! Muito bom o apanhado que você fez!


Grazie.
Palavras de um visionário:

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Re: VOCÊ, petista, anti-imperialista, anti-capitalista...

Mensagem por Apo »

Por Reuters, reuters.com, Atualizado: 22/3/2011 20:06

Dilma diz que não é concebível reforma do CS da ONU sem Brasil

BRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff disse nesta terça-feira não ser concebível uma reforma do Conselho de Segurança da ONU que não inclua o Brasil como membro permanente do órgão.

'Não é concebível uma ONU reformada sem o Brasil. Nós não temos a menor dúvida quanto a isso', disse Dilma a jornalistas em Manaus após o lançamento de programa para prevenção e tratamento do câncer de mama e do colo de útero.

A obtenção de um assento permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) é um dos principais objetivos da política externa brasileira. A reforma do órgão e a inclusão do Brasil foi, inclusive, um dos temas tratados por Dilma com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, durante a visita dele a Brasília no sábado.

Brasil e outros países, como Índia e Alemanha, defendem uma reforma do Conselho que permita a ampliação dos membros permanentes. Atualmente, são integrantes fixos Estados Unidos, Rússia, Grã-Bretanha, França e China.

Ao contrário do que fizera com a Índia durante viagem a Nova Délhi em novembro, Obama não apoiou explicitamente as aspirações brasileiras na ONU.

Segundo Dilma, 'não existirá um Conselho da ONU reformado' sem a presença de alguns países, como Índia e Brasil, 'países expressivos... que hoje são consideradas grandes forças'.

Dilma também defendeu um cessar-fogo na Líbia, onde forças internacionais iniciaram no sábado ataques para conter o avanço das tropas do líder Muammar Gaddafi, que há mais de um mês enfrenta rebeldes que exigem sua saída.

'Nós somos a favor de uma solução pacífica', disse ela.

Na véspera, o governo brasileiro já havia se posicionado a favor de um 'cessar-fogo efetivo' no país do norte da África.

Na semana passada, o Brasil se absteve na votação da ONU que criou uma zona de exclusão aérea na Líbia.

(Por Hugo Bachega)
http://noticias.br.msn.com/brasil/artig ... d=28095183



E agora, gente??? Como fässs????
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Re: VOCÊ, petista, anti-imperialista, anti-capitalista...

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Tranca escreveu:Obama devia saber o que fazia por aqui, apesar de seu discurso no Rio de Janeiro ter sido um apanhado geral de boas intenções (e até agora fico me perguntando a finalidade daquele discurso no Theatro Municial do Rio de Janeiro. E mais, qual a finalidade do mesmo discurso se fosse feito em praça pública?), sendo que a maioria dos brasileiros, inclusive autoridades, não deviam ter a mínima idéia de sua agenda.


- Debelar um pouco do anti-americanismo disseminado por anos a fio no povo desse país pelo aculturamento esquerdista, no discurso ele vende os USA como sócio do desenvolvimento brasileiro, ao invés da imagem de imperialista explorador que foi programada em todos nós, pode até não ter um impacto imediato, mas é um começo válido se as ações futuras forem coerentes com as intenções manifestadas.

Tranca escreveu:Essa gente toda empolgadinha com o presidente dos USA, toda feliz e cheia de salamaleques, decerto achava que além de representar seu país na tentativa de implantar esforços para que se resolvam as diversas contendas comerciais e se amplie o comércio entre os dois países, Obama iria anunciar algum tipo importante de aliança, um pacto binacional importante ou mesmo o apoio ao Brasil para a ocupação de um assento no Conselho Permanente de Segurança da ONU, por exemplo, o que nem estava em pauta, apesar da presidente brasileira ter tocado no assunto. Não se ouviu de Obama nem a concordância simpática que este deu à Índia, tempos atrás.


- Talvez os esquerdistas de que falei acima estivessem certos, e o lobo apenas tenha se fantasiado de cordeiro para abocanhar melhor sua presa.

Tranca escreveu:O presidente dos USA reconhecer o Brasil com importante parceiro comercial e como nação emergente que cada vez ocupa mais espaço e importância no relevo internacional em discurso destinado à toda a nação, para quê? É fato, isso não necessita de chancela de Washington. Sobrou o espetáculo, a famosa embaixadinha para galera, como fazia Lula, quando nada mais tinha para falar (ou quando não sabia o que falar).


- Interesse comercial, política de boas relações, uso a imagem de um presidente popstar, o Brasil tem sua importância comercial, é a sétima economia do mundo, merece uns mimos e afagos.


Tranca escreveu:Os USA já sabem da importância econômica e estratégica do Brasil, assim como a necessidade de estreitar laços. O que se queria, no meu entender, era marcar território, tão somente. Nada de sumamente importante ou novo foi anunciado.

Daqui a cinco anos, qual o saldo de tal visita? Lembraremos das palavras de Obama como um raio da aurora que anunciou o despertar do gigante sul-americano rumo ao primeiro mundo?

Talvez se crie um fórum para tratar da composição amistosa dos interesses comerciais, o que nada tem a ver com o discurso público de Obama.


- Se o Brasil seguir crescendo num ritmo de 5% nos próximos 10 anos muita coisa vai mudar na correlação de forças, já é momento dos americanos considerarem isso, acho que é isso que estão fazendo.

Tranca escreveu:Fez-se de uma visita de Estado com agenda comercial uma oportunidade de dar holofotes ao presidente dos USA. Se Bush tivesse feito um discurso público nos moldes do feito por Obama num eventual governo do PSDB os petistas teriam dito que isso seria o símbolo da entrega do Brasil aos ianques, da subserviência e prostração ao governante americano (imaginem os protestos).


- Acho que a Dilma não sofre desse anti-americanismo típico do PT, talvez nem o PT sofra mais.

Tranca escreveu:O que se viu, portanto, foi uma visita cordial, até meio informal e familiar, numa tentativa de plantar uma imagem para nosotros de sudamérica de grande união Brasil/USA - talvez mais interessante aos últimos, em razão da sua animosidade com Cuba, Venezuela, Bolívia e Equador, estes aliados do governo petista, para que tenham a certeza de que os olhos do gigante do norte estão voltados para o cone sul - e que no fundo não muda nada nas relações entre os dois países.

Foi até engraçado a petistaiada sempre tão antiamericana correndo receber o governante ianque. E mais ainda a petistaiada tomando passadas de mão de agentes americanos em revistas íntimas, tudo em solo nacional.

Obama não me anima muito. Acho-o dúbio e sem metas definidas. Boas intenções não bastam. Torci por McCain quando das eleições americanas. Achava-o mais preparado e firme em sua convicções. E tenho certeza que ele nunca teria protagonizado uma pataquada destas em solo brasileiro (seria mais formal e direto, como cabe a chefes de estado, sem enrolações), muito menos o que se vê nos ataques à Líbia, onde uma tentativa de deposição se traveste em defesa de civis, quando o país está em guerra civil e se impõe o cessar fogo de um só lado. A resolução da ONU que autorizou os ataques foi ridícula e USA e aliados tiveram toda a liberdade para fazer o que quisessem para proteger civis, mesmo desautorizados a bombardear Kadafi com escopo de depô-lo ou matá-lo. Até Putin foi correto ao considerar temerária a ação, por ser de propósitos não claros e de resultados sombrios.


- Mcain era um crente tão chato que perdeu prá um crioulo, torci por ele apenas porque o partido conservador é contra subsidiar os agricultores americanos, o que nos favoreceria.

Tranca escreveu:Falta clareza e objetividade no governo Obama e com mais essa verifica-se que o formato da ONU precisa ser rediscutido, além do fato de que muitos representantes de países não sabem o que fazem lá, por não conseguirem redigir uma mísera resolução.

E voltando à visita de Obama ao Brasil, até quando iremos presentear autoridades estrangerias com capoeira, futebol e samba?

O cerimonial diplomático devia ser mais formal, no meu entender. Como fazem os americanos lá no país deles.

Quando Dilma for aos USA será apresentada a alguma exibição de country music, a alguma representação teatral da Sétima Cavalaria sendo massacrada por Touro Sentado em Little Big Horn ou será presenteada com um boné dos New York Yankees?

Isso é meio que submissão também, meio reconhecimento do "outro" superior que merece uma atenção especial, para que reconheça nossas qualidades.

Se quer saber parte de nossa história, estude; se quer conhecer nossa cultura, procure e veja o que interessa; se quer souvenirs, que os compre. Hoje é possível tudo isso sem que seja servido um pacote cansativo de bandeja.

Por fim, uma última curiosidade: quando Dilma for aos USA, ela irá discursar no Madison Square Garden?


- Isso é característico de cada povo, somos mais hospitaleiros e presepeiros que os americanos, se querem vir nos visitar que aguentem samba, futebol e capoeira, faltou dança de índio pelado.

- Se tivéssemos nossa bombinha e um foguetinho intercontinental com certeza nossa honorável presidenta discursaria no Madison Square Garden.

Abraços,
"Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades"
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