Empresas aéreas brasileiras são as últimas em segurança

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Re: Empresas aéreas brasileiras são as últimas em segurança

Mensagem por Apo »

Acauan escreveu:
Aranha escreveu:- Se não suportam guerra de comida da peãozada não voem na classe econômica ou fretem jatinhos (isso vale em qualquer lugar do mundo, os aeroportos dos EUA vivem abarrotados).


Também não exagere. Defender o acesso de massa ao transporte aéreo é bom senso.
Alegar os incomodados que se mudem quando os aborígenes fazem guerra de comida no avião é maluquice.

Quem faz guerra de comida dentro de avião em vôo devia ser enfiado em uma daquelas gaiolas de transportar cachorro e despachado para o compartimento de cargas pelo resto da viagem.


Perfeito!
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Re: Empresas aéreas brasileiras são as últimas em segurança

Mensagem por Apo »

Johnny escreveu:
E novamente, empresas aéreas buscam lucro e não estão preocupados se os fresquinhos ficarão irritadinhos


E o Estado, corrompido e pouco preocupado em realmente fiscalizar e fazer cumprir normas internacionais ( ou nacionais, em casos específicos) não tá nem aí! Pra que serve Estado? Só pra cobrar imposto e andar de jato particular decorado em mármore italiano?
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Fernando Silva
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Re: Empresas aéreas brasileiras são as últimas em segurança

Mensagem por Fernando Silva »

Aranha escreveu:
- Como se aumentar preço fosse uma opção para uma empresa que tem que competir nesse mercado....

Então resta a opção de não vender mais serviços do que a empresa pode atender sem problemas.
Aranha escreveu:- Peguei um vôo de Newark para Las Vegas ano passado, filas e mais filas, atraso, serviço ruim, avião velho e poltrona apertada, fora que os pobres americanos costumam pesar toneladas e ocupar uma poltrona e meia, e não era alta temporada nem feriado.

Nunca tive esse tipo de problema lá fora. Só notei que eles têm "aerovelhas" em vez de aeromoças e que algumas são meio mal humoradas. E que o aeroporto em NY parece uma rodoviária velha.

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Johnny
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Re: Empresas aéreas brasileiras são as últimas em segurança

Mensagem por Johnny »

Apo escreveu:
Johnny escreveu:
E novamente, empresas aéreas buscam lucro e não estão preocupados se os fresquinhos ficarão irritadinhos


E o Estado, corrompido e pouco preocupado em realmente fiscalizar e fazer cumprir normas internacionais ( ou nacionais, em casos específicos) não tá nem aí! Pra que serve Estado? Só pra cobrar imposto e andar de jato particular decorado em mármore italiano?


SIm, e isto se aplica aos governadores. Ou será que o transporte coletivo no RS é igual ao de Londres? Aliás, acho (A C H O) que os melhores são os de Uberlândia e de Curitiba, sendo este último o mais conhecido. Já os de SP, o estado mais rico e porco do país, tem um trânsito péssimo, índices de educação quase idênticos ao do Acre e MT, transporte idem e não tem absolutamente NENHUM PROJETO de médio ou longo prazo para tal. E SP não é governado pelo PT, nem pelo Lula, nem pela DIlma.
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."

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Aranha
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Re: Empresas aéreas brasileiras são as últimas em segurança

Mensagem por Aranha »

Fernando Silva escreveu:
Aranha escreveu:
- Como se aumentar preço fosse uma opção para uma empresa que tem que competir nesse mercado....

Então resta a opção de não vender mais serviços do que a empresa pode atender sem problemas.


- Todas empresas do mundo trabalham com overbooking, porque existe uma estatística de média de faltas em cada trecho, quando calha de nenhum passageiro perder o vôo dá merda, geralmente resolvem mandando o passageiro para o próximo vôo ou embarcando em outra companhia, aqui no Brasil tem empresas tocando um foda-se pro cliente, obviamente que tem que haver fiscalização e multa ou algum tipo de ressarcimento, mas, por outro lado, mecanismos como o overbooking permitem oferecer preços menores ao evitar vôos com poltronas vazias.

Fernando Silva escreveu:
Aranha escreveu:- Peguei um vôo de Newark para Las Vegas ano passado, filas e mais filas, atraso, serviço ruim, avião velho e poltrona apertada, fora que os pobres americanos costumam pesar toneladas e ocupar uma poltrona e meia, e não era alta temporada nem feriado.

Nunca tive esse tipo de problema lá fora. Só notei que eles têm "aerovelhas" em vez de aeromoças e que algumas são meio mal humoradas. E que o aeroporto em NY parece uma rodoviária velha.


- Achei o atendimento (tanto no embarque, quanto no vôo) uma bosta, se comparado ao Brasil (até a GOL faz melhor), o aeroporto Ronald Reagan em Washington parecia uma lata de lixo, o aeroporto JFK em NY é como você descreveu, as companhias americanas cortaram os custos até o limite para oferecer preços populares, é o mesmo processo que ocorre aqui, acabou aquele glamour das viagens de avião.

Abraços,
"Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades"
Ben Parker

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Fernando Silva
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Re: Empresas aéreas brasileiras são as últimas em segurança

Mensagem por Fernando Silva »

http://oglobo.globo.com/blogs/arnaldo/
A aviação acabou - Arnaldo Bloch

O cúmulo do absurdo em quatro vôos da Ibéria

Peço licença à Cora: chegou minha hora de falar de aviação. Três semanas antes de março comprei uma passagem Rio-Londres-Rio pela Iberia, com escalas em Madri. O atraso de duas horas nem me afetou: já virou rotina. A conexão é que ia ficar apertada. Achei que, ao chegar a Madri, seria recebido pelo tal do pessoal de terra. Se lembram? Não faz tanto tempo. Era até emocionante, o avião esperando, correria gostosa. Mas não havia pessoal de terra, e tive que descobrir sozinho que era preciso marcar um novo voo.

— Devo recolher a mala? Fazer check-in?
— Não. A mala vai direto.
— Tem certeza?

A atendente me olhou com desprezo. Lembrei-me de sua expressão enjoada quando, mais tarde, em Londres, a esteira parou melancólica sem sinal da mala. No balcão londrino da Iberia me fizeram preencher ficha.

— Aguarde contato. Ou ligue.

No dia seguinte, telefonei. Disseram que a mala estava com “Mr. Alan”. E me aconselharam ir ao aeroporto e chamá-lo de uma cabine telefônica especial. Podia ser minha última chance. Em Heathrow, uma mulher histérica atendeu ao telefone secreto:
— Mr. Alan já foi embora, só volta semana que vem. Não sabemos de sua mala. Não está em Madri, nem em Londres. Ligue. Num impulso, segui de balcão em balcão à procura de Mr. Alan. Enfim me informaram que ele estava, sim, com minha mala, nos fundos do controle policial de tripulações.

Foi num corredor escuro e medonho que Mr. Alan surgiu duas horas depois. Tive que passar pela polícia. E saí em Londres como um passageiro recém-chegado. Um velho me acenou com um cartaz: Mr. Nakamura. Tive vontade de ir com ele, mas não falo japonês.

Achei que o contratempo terminava ali. E sete dias depois, já esquecido do incidente, pegava o voo Londres-Madri animado com a perspectiva de tomar uns tapas e comer um xerez. Às exceções de um passageiro com sinistro chulé e o encosto na frente do meu com defeito ocupado por um senhor de 130 quilos pressionando meus joelhos — e de eu ter morrido em 50 euros pra tomar uma garrafa de água e um sanduíche de pata verde —, tudo correu bem. Ah, também tive uma dúvida no troco e o comissário de bordo abriu minha carteira furiosamente para provar que eu estava errado e que ele não era ladrão. Mas isso não é nada. É o jeitão do cara. Viajar é viver.

Em Madri, porém, me deu um frio na barriga. A esteira que desembarcaria as malas do meu voo estava deserta. Fiquei sentado meia hora ali, no centro de um hall gigante e vazio ao fundo do qual surgiu, de repente, um vulto com uma prancheta. Míope, tive medo de que fosse o Joel Santana, mas era uma atendente loura e baixinha, até que gentil, dizendo que as malas daquele voo haviam sido distribuí- das aleatoriamente por várias esteiras. “Carajo, nunca he visto eso en mi vida!” — pensei.

De fato: todas as malas mudarem de uma esteira para outra, o.k., mas distribuição randômica de bagagem por dez esteiras é pós- moderno pra caramba! Tão pós-moderno que localizar minha mala custou uma série de cruzamentos de dados no computador e mais uma eternidade de espera (eu tinha menos de 24h para passear por Madri). Com a mala no carrinho, enfim relaxei novamente e até ri da
coisa toda. Mas na manhã seguinte...

Cheguei duas horas antes do voo Madri- Rio, direto, banho tomado, show..

— Temo que o senhor não possa embarcar. O voo está com overbooking.
— Mas eu reservei há três semanas!
— Não confirmou, não faturamos.
— Papo furado. Claro que faturaram.
— Muita gente comprou ontem, anteontem, pela internet, veio aqui e fez o check-in na vés- pera. Foram esses que tomaram seu lugar.
— E agora, o que acontece?
— Passe pelo controle e fique na fila de espera. Não haverá lugar. Mas tem que ficar. Depois, vá ao balcão para marcar um voo no dia seguinte. Hotel e refeições oferecidos, e seiscentos euros de indenização.

Havia uma penca de brasileiros na mesma situação. Um, vindo de Israel pela Iberia cheio de crucifixos, teve a mala violada e estava sendo acusado de ter forjado tudo. Brasileño, né? Uma senhora de São Paulo passou mal.

Um jovem empresário bateu boca com o homem da lista de espera e tirou fotos. Veio a polícia confiscar. Claro que a fila de espera era balela. Os furões ganharam a parada.

Ninguém parecia feliz com os seiscentos euros (entregues dali a três horas), um cala- boca óbvio para inibir processos. O homem dos crucifixos roubados, advogado, disse que era fácil ganhar em pequenas causas. Para remarcar o voo foi outra agonia. Duas horas no balcão, conexões estapafúdias. A mim foi destinado um voo Madri-Buenos Aires na tarde seguinte, com espera de seis horas na capital argentina sem direito a puerra nenhuma. Ainda deu tempo de comer um bife.

A aviação morreu. Não há mais charme, cortesia, respeito. E não é por causa dos clientes de bermuda e chinelos, como um diretor de companhia estúpido certa vez observou.
Um avião hoje é um ônibus piorado, um trem da Central voador. As companhias contam com o perverso overbooking e não são capazes de deixar um voo com um lugar sequer vazio. Danem-se os organizados, os honestos.

Mesmo com indenização, restam uns 30% de margem, e ainda faturam a passagem dos espertalhões. Meu agente disse que esse conto do vigário virou regra em quase todas as companhias. Perda de bagagem é o plus. Aviação do terceiro milênio é isso: passageiro que não paga executiva é um amontoado de carne num contêiner. Com risco de apodrecer.

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Re: Empresas aéreas brasileiras são as últimas em segurança

Mensagem por Apo »

Aviação do terceiro milênio é isso: passageiro que não paga executiva é um amontoado de carne num contêiner


Não poderia definir melhor como me sinto quando viajo.
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Re: Empresas aéreas brasileiras são as últimas em segurança

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Johnny escreveu:
Apo escreveu:
Johnny escreveu:
E novamente, empresas aéreas buscam lucro e não estão preocupados se os fresquinhos ficarão irritadinhos


E o Estado, corrompido e pouco preocupado em realmente fiscalizar e fazer cumprir normas internacionais ( ou nacionais, em casos específicos) não tá nem aí! Pra que serve Estado? Só pra cobrar imposto e andar de jato particular decorado em mármore italiano?


SIm, e isto se aplica aos governadores. Ou será que o transporte coletivo no RS é igual ao de Londres? Aliás, acho (A C H O) que os melhores são os de Uberlândia e de Curitiba, sendo este último o mais conhecido. Já os de SP, o estado mais rico e porco do país, tem um trânsito péssimo, índices de educação quase idênticos ao do Acre e MT, transporte idem e não tem absolutamente NENHUM PROJETO de médio ou longo prazo para tal. E SP não é governado pelo PT, nem pelo Lula, nem pela DIlma.



Não sei como é o de Londres. O daqui tem arcondiciionado nos ônibus e táxis. E são limpos. Temos uma coisa que poucas capitais tem, que é uma solução intermediária entre táxi e ônibus: táxi lotação.Limpo, com arcondicionado, confortável e até música a bordo tinha ( depois proibiram porque enchia o saco de alguns). Pára só onde um passageiro pedir pra parar.
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Re: Empresas aéreas brasileiras são as últimas em segurança

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