Um palhaço para São Paulo.

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Tiririca emprega os amigos humoristas, que ficam em SP, com salário de R$ 8 mil

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Por Leandro Colon / BRASÍLIA, estadao.com.br, Atualizado: 1/4/2011 2:08

Deputado mais votado do Brasil, com 1,3 milhão de votos, o palhaço Tiririca (PR-SP) usa dinheiro da Câmara para empregar humoristas do programa A Praça é Nossa. Em 23 de fevereiro, foram nomeados como secretários parlamentares os humoristas José Américo Niccolini e Ivan de Oliveira, que criaram os slogans da campanha eleitoral do deputado. Ambos recebem o maior salário do gabinete, de até R$ 8 mil, somadas as gratificações.

Niccolini é presença semanal na TV com o personagem Dapena, uma sátira do apresentador da TV Bandeirantes José Luiz Datena. No ano passado, durante as eleições, o humorista foi protagonista de um quadro cômico que interpretava os então candidatos José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT).

Os humoristas nomeados por Tiririca moram em São Paulo e não cumprem expediente diário como servidores da Câmara - até porque Tiririca não tem escritório político na capital paulista. Niccolini e Oliveira ajudaram a fazer dois dos slogans principais da campanha: 'Vote no Tiririca, pior do que está não fica' e 'O que é que faz um deputado federal? Na realidade, não sei. Mas vote em mim que eu te conto'.

Ideias. Procurado pelo Estado, Niccolini justificou a sua contratação na Câmara com a seguinte frase: 'A gente é bom para dar ideias'. 'Ele (Tiririca) escolheu a gente porque ajudamos na campanha, só por isso. Porque acredita que podemos dar boas ideias.'

Os dois secretários parlamentares de Tiririca fazem parte do grupo de humor Café com Bobagem, que, entre outras coisas, tem parceria com o A Praça é Nossa, programa da emissora SBT, onde conheceram o palhaço há dez anos. Por sinal, é no escritório do Café com Bobagem, em São Paulo, e não num lugar ligado ao mandato de Tiririca na Câmara, que os humoristas contratados trabalham diariamente.

Questionado pela reportagem sobre o valor pago na campanha eleitoral por terem criado os slogans, Niccolini foi irônico: 'Uns 100 milhões de dólares para cada um; pouquinho'.

Segundo a prestação de contas de Tiririca à Justiça Eleitoral, a empresa do grupo, T.R.E. Entretenimento Ltda., recebeu R$ 10 mil pelo serviço.

Comunicação. Procurado pelo Estado, Tiririca informou, por intermédio da assessoria de imprensa, que contratou os dois humoristas para ajudá-lo no mandato parlamentar.

'O deputado Tiririca nomeou os assessores levando em conta o critério de conhecê-los pessoalmente e também o fato de serem dois comunicadores que vão colaborar e desenvolver trabalhos dentro da temática que o deputado atua.'

Hoje completam dois meses desde que Tiririca tomou posse. Campeão de votos em 2010, é o segundo mais votado da história - perde para Enéas Carneiro, que disputou pelo Prona.

Por enquanto, Tiririca não apresentou nenhum projeto de lei nem fez discurso na tribuna do plenário.

Erro no voto. Na sessão mais importante até agora, a votação do salário mínimo, o deputado disse que se confundiu e votou errado, contrário ao governo: apoiou o valor de R$ 600, quando, de acordo com orientação partidária, deveria votar pelos R$ 560 aprovados pela maioria.

Tiririca foi indicado pelo PR para a Comissão de Educação e Cultura. 'Deu para entender legal', disse, após a primeira reunião do colegiado.

No fim do ano passado, após ser eleito, envolveu-se numa polêmica com o Ministério Público, que contestou sua candidatura sob alegação de que ele seria analfabeto. O deputado foi submetido a dois testes - de leitura e escrita -, por exigência do Ministério Público, e conseguiu provar que não é analfabeto. Ele teve que ler em voz alta e escrever um ditado. O palhaço obteve uma vitória na Justiça, que não viu elementos para prejudicar sua posse.

A grande família

O irmão de José Américo Niccolini, Pedro Luiz, também foi contratado pelo gabinete de Tiririca pelo mesmo salário dos outros dois: R$ 8 mil por mês, somadas as gratificações.


http://estadao.br.msn.com/ultimas-notic ... d=28214514

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Por Luiz Alberto Weber, estadao.com.br, Atualizado: 1/4/2011 2:09

Palhaço fez escola em malfeitorias parlamentares

Matriculado numa afamada escola de maus costumes políticos do Brasil, Tiririca aprendeu rápido.

Em menos de dois meses na Câmara dos Deputados, o palhaço, acusado pelo Ministério Público de ser analfabeto - o que quase ameaçou sua posse -, pós-graduou-se em malfeitorias parlamentares.

Boletim hipotético registraria assim o desempenho de Tiririca no Congresso: nota 10 na disciplina Contratação de Fantasmas, aprovado com louvor em Uso de Dinheiro Público para Fins Privados e summa cum laudae em Compadrio.

Neste curto período em Brasília, o parlamentar que se elegeu embalado pelo bordão 'Você sabe o que um deputado federal faz? Nem eu, mas vota em mim que eu te conto' tornou-se um veterano.

A full immersion brasiliense foi tão eficaz que até mesmo o compromisso selado com seu 1,353 milhão de eleitores foi esquecido: Tiririca manteve em discreto sigilo a nomeação para cargos públicos de seus ex-assessores de campanha e amigos de programas humorísticos.

O deputado nada contou até agora sobre o que faz um congressista. O rompimento contratual com o eleitorado, aliás, indica o manuseio de bacharel que Tiririca já faz das artimanhas da política eleitoral.

Com pouca afeição ao vernáculo, Tiririca não discursou nem assinou projetos de lei. Mas aplicou sua garatuja a CPI do DPVAT. Assinar e retirar assinaturas de CPIs é uma das moedas de troca do comércio político no Congresso e sinal de que o parlamentar novato já domina a linguagem sibilina dos salões da Casa.

Cenário de escândalos variados, como o mensalão, o mensalinho do ex-presidente da Câmara Severino Cavalcanti, os anões do Orçamento nos anos 90, a fraude dos sanguessugas e a compra e venda de mandatos, o Congresso possui mestres em áreas censuráveis.

Novidade nas eleições de 2010, o artista aclimatou-se à capital federal e hoje, sem sua peruca loura e de terno, mistura-se aos mais antigos da Casa, aprimorando dia a dia sua performance de deputado e aplicação de aluno CDF.

Os primeiros capítulos de lições de má política - ainda pecados veniais se comparados ao prontuário de alguns integrantes mais escolados da Câmara dos Deputados - mostram que o palhaço não está de brincadeira.

http://estadao.br.msn.com/ultimas-notic ... d=28214519
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Re: Um palhaço para São Paulo.

Mensagem por Fernando Silva »

Meio off topic, mas relacionado:
Instalaram um caríssimo sistema de controle biométrico de controle de ponto para os funcionários, em Brasília. Agora não é mais possível que um funcionário bata o ponto por outro.
Isto não impede, como foi documentado, que os funcionários batam ponto à 8 da manhã e desapareçam.

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Re: Um palhaço para São Paulo.

Mensagem por Aranha »

Fernando Silva escreveu:Meio off topic, mas relacionado:
Instalaram um caríssimo sistema de controle biométrico de controle de ponto para os funcionários, em Brasília. Agora não é mais possível que um funcionário bata o ponto por outro.
Isto não impede, como foi documentado, que os funcionários batam ponto à 8 da manhã e desapareçam.


- Não se bate ponto só na entrada, conforme o sistema tem que bater até ida e vinda do almoço.

Abraços,
"Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades"
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Re: Um palhaço para São Paulo.

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Aranha escreveu:
Fernando Silva escreveu:Meio off topic, mas relacionado:
Instalaram um caríssimo sistema de controle biométrico de controle de ponto para os funcionários, em Brasília. Agora não é mais possível que um funcionário bata o ponto por outro.
Isto não impede, como foi documentado, que os funcionários batam ponto à 8 da manhã e desapareçam.


- Não se bate ponto só na entrada, conforme o sistema tem que bater até ida e vinda do almoço.

Abraços,


Todo mundo sabe como funciona o ponto. Hora do almoço duvido muitíssimo que se bata ponto em algum órgão público. Eu trabalhei no Min Ex e não tinha nada disto.
Mas então, é o seguinte: bate o ponto e vai passear o dia todo. Volta no final do dia e enfia o dedo lá onde tem que enfiar.

Vale salientar que já existe tecnologia que "copia e cola" o dedo alheio. Brasília deve conhecer bem, por isto implantou o tal sistema biométrico.
Vale salientar que no Brasil implantações deste tipo também servem pra gastar dinheiro público, alimentar alguma empresa de tecnologia nacional ou importada e depois dão um jeito do negócio virar sucata. Logo...
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Re: Um palhaço para São Paulo.

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É, eu vou virar o Juscelino ...Só tem inocente e palhaço neste país?

Senado abre sindicância para investigar fraudes no ponto eletrônico

Comissão terá 30 dias para apurar denúncias feitas pelo Jornal Nacional.
Presidente do Senado mandou redobrar vigilância sobre servidores. :emoticon22: :emoticon23:

Robson Bonin
Do G1, em Brasília


Depois de o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), classificar nesta segunda-feira (4) de “graves” os flagrantes exibidos pelo Jornal Nacional da última sexta (1º) de servidores da Casa burlando o sistema de ponto eletrônico, a Secretaria Especial de Comunicação Social anunciou a criação de uma sindicância para investigar as irregularidades. O grupo terá 30 dias para apurar as denúncias.

“A comissão de sindicância, ao final dos seus trabalhos, tem competência para propor o arquivamento das denúncias se não verificar elementos de prova ou de culpabilidade, bem como sugerir a aplicação de penas leves como advertência e suspensão funcional de até 30 dias”, registra a nota.

Na manhã desta segunda, Sarney disse que havia mandado redobrar a vigilância nos setores da Casa por conta das denúncias. “Acho grave, sim [os flagrantes]. Naturalmente que o funcionário é obrigado a trabalhar. Ele faz concurso, passa, mas é o povo que paga o salário de todos eles. Na sexta-feira à noite oficiei a diretora-geral para que ela avisasse a todos os diretores e chefes de serviço que redobrassem a vigilância sobre isso”, afirmou Sarney.


Reportagem do Jornal Nacional mostrou servidores que batem o ponto na instituição às 8h, mas retornam para casa. No sistema antigo, quando a frequência era registrada a partir de uma senha individual no computador, uma secretária seria responsável por bater o ponto eletrônico para 20 colegas, que só chegariam à instituição horas depois do início da jornada de trabalho, segundo a reportagem.

Na última sexta, entrou em vigor no Senado o novo sistema de controle biométrico de frequência em que cada servidor deve registrar sua impressão digital e, além disso, passar um cartão eletrônico para ter as horas de trabalho computadas. A Casa gastou R$ 1,154 milhão para coletar as informações digitais dos servidores, assim como armazená-las nos cartões personalizados para cada funcionário. No total, foram instalados mais de 50 pontos para a coleta da frequência.

Apesar do investimento, 1.060 servidores do total de 6.027 já são liberados do controle de ponto. São servidores lotados nos estados, diretores, chefes de gabinetes e servidores de gabinetes liberados pelos senadores.

Confira a íntegra da nota do Senado

“Senado cria comissão para apurar denúncias de irregularidades no registro de ponto de servidores

O Senado Federal, tendo em vista denúncias divulgadas no último final de semana por parte da mídia nacional, referentes a presumíveis burlas praticadas por servidores à obrigatoriedade do registro do ponto eletrônico, resolveu criar comissão de sindicância para, em até 30 dias, analisar os fatos. O procedimento está respaldado na lei 8.112 e em outras disposições legais da própria Casa.

A comissão de sindicância, ao final dos seus trabalhos, tem competência para propor o arquivamento das denúncias se não verificar elementos de prova ou de culpabilidade, bem como sugerir a aplicação de penas leves como advertência e suspensão funcional de até 30 dias. Se coligidas provas de culpabilidade graves, a comissão também pode sugerir a instauração de processo administrativo disciplinar (PAD), o que nesse caso seria feito por uma nova portaria da administração superior.

Ao mesmo tempo, a SECS informa que o processo de implantação do ponto eletrônico biométrico, em 1º de abril, ocorreu dentro da normalidade e sem nenhum tipo de imprevisto.

Secretaria Especial de Comunicação Social”


http://g1.globo.com/politica/noticia/20 ... onico.html
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