Inflação no governo Dilma já acumula em 2,44% em 3 meses
Enviado: 12 Abr 2011, 21:46
Alexandre Rodrigues, da Agência Estado
RIO - A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,79% em março, ante 0,80% em fevereiro, segundo divulgou hoje o IBGE. O resultado veio acima do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções (de 0,54% a 0,78%), com mediana de 0,70%. No ano, o IPCA acumula alta de 2,44%. Em 12 meses, o índice acumula variação de 6,30%.
O índice voltou a ser fortemente influenciado pelos alimentos, com alta de 0,75%. O segmento havia iniciado o ano com alta de 1,16% em janeiro e reduzido para 0,23% em fevereiro. Agora, volta a influenciar mais a inflação, com a segunda maior contribuição parar o índice: 0,18 ponto porcentual no IPCA de março, que ficou em 0,79%.
O transporte, que também havia registrado forte alta em janeiro (1,55%) e desacelerado em fevereiro (0,46%), teve a maior variação entre os grupos: 1,56%. Com isso, contribuiu com 0,29 ponto porcentual no índice. Segundo o IBGE, o resultado do grupo foi influenciado principalmente pela alta das passagens aéreas: 29,13%.
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, refere-se às famílias com renda de um a 40 salários mínimos e abrange nove regiões metropolitanas do País, além dos municípios Goiânia e Brasília.
Os grupos de transportes e alimentos e bebidas contribuíram juntos com 0,47 ponto porcentual da inflação medida pelo IPCA em março, substituindo a forte pressão do grupo educação verificada em fevereiro. Essa é a explicação para o fato de o IPCA ter ficado em 0,79% no mês passado, bem perto do 0,80% do mês anterior.
"Embora os resultados tenham sido praticamente iguais, os resultados dos diversos grupos e serviços pesquisados foram muito diferentes. Os alimentos voltaram a subir e, em termos de contribuição, esse setor teve um incremento na contribuição de 0,13 ponto porcentual. No caso dos transportes, esse aumento foi de 0,20 ponto porcentual", destacou Eulina Nunes, técnica do IBGE responsável pela pesquisa do IPCA. "Esses são os grupos que representam a maior parte dos orçamentos das famílias e foram esses dois segmentos que fizeram a inflação ficar praticamente igual em março."
Eulina destacou que, apesar de a influência sazonal do grupo educação, com o tradicional reajuste de mensalidades escolares em fevereiro, ter ficado para trás, alimentos e transportes voltaram a pressionar o IPCA. Depois da alta de 5,81% em fevereiro, os preços do grupo educação subiram 1,04% em março. Já alimentos e bebidas tiveram, em março, alta de 0,75% e transportes, 1,56%.
"Apesar de diminuído o impacto de educação, alimentos e transporte vieram com mais força e esse impacto praticamente foi trocado por esses dois setores juntos, que somam 0,47 ponto porcentual do índice em março", afirmou Eulina.
INPC
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) variou 0,66% em março, acima do resultado apresentado em fevereiro, de 0,54%. Com isso, o acumulado do índice no ano é de 2,16%, menor em relação aos 2,31% apurados no mesmo período do ano passado. Já no acumulado em 12 meses até março, o INPC ficou em 6,31%.
O INPC mede, desde 1979, a variação dos preços para as famílias de renda de um a seis salários mínimos e chefiadas por assalariados.
INCC
O Índice Nacional da Construção Civil (INCC) variou 0,52% em março ante 0,39% de fevereiro. O índice acumulado em 12 meses está em 6,88%, abaixo dos 7,15% registrados em igual período imediatamente anterior.
Segundo o IBGE, o custo nacional da construção alcançou R$ 775,43 por metro quadrado em março, um pouco acima dos R$ 771,45 estimados em fevereiro. A parcela dos materiais variou 0,16%, enquanto o custo da mão de obra subiu 0,98% em março, bem acima do apurado em fevereiro (0,39%).
Link: http://economia.estadao.com.br/noticias ... 1816,0.htm
RIO - A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,79% em março, ante 0,80% em fevereiro, segundo divulgou hoje o IBGE. O resultado veio acima do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções (de 0,54% a 0,78%), com mediana de 0,70%. No ano, o IPCA acumula alta de 2,44%. Em 12 meses, o índice acumula variação de 6,30%.
O índice voltou a ser fortemente influenciado pelos alimentos, com alta de 0,75%. O segmento havia iniciado o ano com alta de 1,16% em janeiro e reduzido para 0,23% em fevereiro. Agora, volta a influenciar mais a inflação, com a segunda maior contribuição parar o índice: 0,18 ponto porcentual no IPCA de março, que ficou em 0,79%.
O transporte, que também havia registrado forte alta em janeiro (1,55%) e desacelerado em fevereiro (0,46%), teve a maior variação entre os grupos: 1,56%. Com isso, contribuiu com 0,29 ponto porcentual no índice. Segundo o IBGE, o resultado do grupo foi influenciado principalmente pela alta das passagens aéreas: 29,13%.
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, refere-se às famílias com renda de um a 40 salários mínimos e abrange nove regiões metropolitanas do País, além dos municípios Goiânia e Brasília.
Os grupos de transportes e alimentos e bebidas contribuíram juntos com 0,47 ponto porcentual da inflação medida pelo IPCA em março, substituindo a forte pressão do grupo educação verificada em fevereiro. Essa é a explicação para o fato de o IPCA ter ficado em 0,79% no mês passado, bem perto do 0,80% do mês anterior.
"Embora os resultados tenham sido praticamente iguais, os resultados dos diversos grupos e serviços pesquisados foram muito diferentes. Os alimentos voltaram a subir e, em termos de contribuição, esse setor teve um incremento na contribuição de 0,13 ponto porcentual. No caso dos transportes, esse aumento foi de 0,20 ponto porcentual", destacou Eulina Nunes, técnica do IBGE responsável pela pesquisa do IPCA. "Esses são os grupos que representam a maior parte dos orçamentos das famílias e foram esses dois segmentos que fizeram a inflação ficar praticamente igual em março."
Eulina destacou que, apesar de a influência sazonal do grupo educação, com o tradicional reajuste de mensalidades escolares em fevereiro, ter ficado para trás, alimentos e transportes voltaram a pressionar o IPCA. Depois da alta de 5,81% em fevereiro, os preços do grupo educação subiram 1,04% em março. Já alimentos e bebidas tiveram, em março, alta de 0,75% e transportes, 1,56%.
"Apesar de diminuído o impacto de educação, alimentos e transporte vieram com mais força e esse impacto praticamente foi trocado por esses dois setores juntos, que somam 0,47 ponto porcentual do índice em março", afirmou Eulina.
INPC
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) variou 0,66% em março, acima do resultado apresentado em fevereiro, de 0,54%. Com isso, o acumulado do índice no ano é de 2,16%, menor em relação aos 2,31% apurados no mesmo período do ano passado. Já no acumulado em 12 meses até março, o INPC ficou em 6,31%.
O INPC mede, desde 1979, a variação dos preços para as famílias de renda de um a seis salários mínimos e chefiadas por assalariados.
INCC
O Índice Nacional da Construção Civil (INCC) variou 0,52% em março ante 0,39% de fevereiro. O índice acumulado em 12 meses está em 6,88%, abaixo dos 7,15% registrados em igual período imediatamente anterior.
Segundo o IBGE, o custo nacional da construção alcançou R$ 775,43 por metro quadrado em março, um pouco acima dos R$ 771,45 estimados em fevereiro. A parcela dos materiais variou 0,16%, enquanto o custo da mão de obra subiu 0,98% em março, bem acima do apurado em fevereiro (0,39%).
Link: http://economia.estadao.com.br/noticias ... 1816,0.htm