68% dos Brasileiros acreditam no livre mercado

Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico. Combate ao fanatismo e ao fundamentalismo religioso.
Avatar do usuário
Sr. Babaquara
Mensagens: 39
Registrado em: 26 Fev 2011, 05:20
Gênero: Masculino

Re: 68% dos Brasileiros acreditam no livre mercado

Mensagem por Sr. Babaquara »

Johnny escreveu:
Sr. Babaquara escreveu:A falácia intervencionista consiste em fazer parecer que o governo permite a correção das coisas, bem como nos daria um maior controle sobre os empresários, quando na realidade ela agrava o problema e nos tira o poder.

Não há como provar se isso é evidente ou não pois não existe país sem um mínimo de controle sobre isso.

O registro histórico é cristalino. São milhares de anos e centenas de nações sempre mostrando o mesmo resultado.
Quanto maior o poder do estado, menor o poder do povo, quanto maior a intervenção, menor a democracia.
Johnny escreveu:
Sr. Babaquara escreveu:Uma empresa por pior que seja, não tem poder para nos obrigar a comprar algo dela. Em um livre mercado só podemos ajudar uma empresa voluntariamente e se quisermos podemos boicota-la.

Sim e não. Depende muito de como esta empresa e seus produtos se impõe no mercado e como ela se comporta perante seus concorrentes.

O povo sempre tem mais poder sem o governo do que com ele.
Quando o governo pode intervir, uma empresa pode comprar os favores do estado contra a livre concorrência, em um livre mercado é muito mais difícil ir contra a concorrência.

O mesmo vale para os boicotes, em um livre mercado é mais fácil para o povo controlar os empresários através do boicote, com a intervenção do governo o povo pode ser proibido de boicotar.
Johnny escreveu:Não deixa de ser verdade, mas a função do governo é evitar que uma maioria tutelada por ele, sistemas de saúde e educação por exemplo, não venham a desmoronar. O governo depende muito mais doos impostos dos seus contribuintes do que das empresas ou pelo menos, não daria para abrir mão de um deles.

O governo não deveria ter sistemas de saúde e educação pra começo de conversa.
Johnny escreveu:Supor que empresas e empresários, num sistema puramente livre de controle, são a salvação para a sociedade, acho muito arriscado. Seria o mesmo que afirmar que a iniciativa privada é toda correta e que não é atingida pela doença da corrupção. O mal existe porque existe cooperaçao de ambos na frágil linha da ética

Empresários e governantes são ambos corruptíveis, a diferença é que governantes são mais poderosos que empresarios e sem o livre mercado, os empresários também ficam mais poderosos do que seriam em uma economia livre. Quanto maior o poder maior o problema.

Esse "controle" estatal é pura ilusão, temos mais controle sobre os empresários no livre mercado, do que temos sobre o governo. Com o fim do livre mercado é o fim do nosso "controle" sobre os empresários, pois eles passam a poder comprar os favores do estado e passam a usar do governo contra nós.

A sociedade não é correta nunca, o erro está em achar que o governo de algum modo a torna menos incorreta.
O governo concentra poder. Se as pessoas não são corretas o único resultado da concentração de poder será dar ainda mais poder para pessoas que não são corretas.

No livre mercado existe menos poder concentrado nas mãos de poucos, isso equilibra as coisas e permite o surgimento da democracia real tanto no mercado quanto no estado.

Avatar do usuário
Johnny
Mensagens: 14128
Registrado em: 10 Mar 2006, 16:06
Gênero: Masculino

Re: 68% dos Brasileiros acreditam no livre mercado

Mensagem por Johnny »

Sr. Babaquara escreveu:
Johnny escreveu:
Sr. Babaquara escreveu:A falácia intervencionista consiste em fazer parecer que o governo permite a correção das coisas, bem como nos daria um maior controle sobre os empresários, quando na realidade ela agrava o problema e nos tira o poder.

Não há como provar se isso é evidente ou não pois não existe país sem um mínimo de controle sobre isso.

O registro histórico é cristalino. São milhares de anos e centenas de nações sempre mostrando o mesmo resultado.
Quanto maior o poder do estado, menor o poder do povo, quanto maior a intervenção, menor a democracia.

Sim, mas não temos uma amostra de sistemas em que ocorra o contrário ou seja, de alguma nação em que haja liberdade total e irrestrita do livre comércio.
E nas amostras isoladas onde ocorrem, não se mostraram inofensivo como se prega


Sr. Babaquara escreveu:
Johnny escreveu:
Sr. Babaquara escreveu:Uma empresa por pior que seja, não tem poder para nos obrigar a comprar algo dela. Em um livre mercado só podemos ajudar uma empresa voluntariamente e se quisermos podemos boicota-la.

Sim e não. Depende muito de como esta empresa e seus produtos se impõe no mercado e como ela se comporta perante seus concorrentes.

O povo sempre tem mais poder sem o governo do que com ele. Quando o governo pode intervir, uma empresa pode comprar os favores do estado contra a livre concorrência, em um livre mercado é muito mais difícil ir contra a concorrência.

O mesmo vale para os boicotes, em um livre mercado é mais fácil para o povo controlar os empresários através do boicote, com a intervenção do governo o povo pode ser proibido de boicotar.


Creio que você subestima o poder envolvido quando o negócio é oligopólio. É tão fácil corromper um governo quanto um diretor de uma empresa ou mesmo a própria. Depende de quanto dinheiro e poder está envolvido.
E novamente, podemos boicotar tudo aquilo que não nos é necessário. Já o que é, fica difícil. Além do mais, está esquecendo que, para boicotar algo, é necessário que se saiba o que acontece com determinado produto, e isso só é possível com um sistema de comunicação livre e isento. A história nos mostra que isso não ocorre.


Sr. Babaquara escreveu:
Johnny escreveu:Não deixa de ser verdade, mas a função do governo é evitar que uma maioria tutelada por ele, sistemas de saúde e educação por exemplo, não venham a desmoronar. O governo depende muito mais doos impostos dos seus contribuintes do que das empresas ou pelo menos, não daria para abrir mão de um deles.


O governo não deveria ter sistemas de saúde e educação pra começo de conversa.

A função de uma empresa é gerar lucro aos donos e acionistas. Se a empresa só opera com fins lucrativos, sugere-se aqui o quê então, com relação aos que não tem renda para pagar um médico, hospital ou um tratamento?


Sr. Babaquara escreveu:
Johnny escreveu:Supor que empresas e empresários, num sistema puramente livre de controle, são a salvação para a sociedade, acho muito arriscado. Seria o mesmo que afirmar que a iniciativa privada é toda correta e que não é atingida pela doença da corrupção. O mal existe porque existe cooperaçao de ambos na frágil linha da ética


Empresários e governantes são ambos corruptíveis, a diferença é que governantes são mais poderosos que empresarios e sem o livre mercado, os empresários também ficam mais poderosos do que seriam em uma economia livre. Quanto maior o poder maior o problema.


Depende de que classes este empresário atende. Sabe-se muito bem que quanto maior liberdade de ação uma empresa possui, maior é a exploração sobre seus empregados. As leis tarabalhistas e os sindicatos surgiram por causa disso.

Sr. Babaquara escreveu:Esse "controle" estatal é pura ilusão, temos mais controle sobre os empresários no livre mercado, do que temos sobre o governo.


Nunca teremos controle sobre quem tem poder, isto é um fato. Seria assim se a maioria não necessitasse de ser controlada ou guiada por lideres.


Sr. Babaquara escreveu:Com o fim do livre mercado é o fim do nosso "controle" sobre os empresários, pois eles passam a poder comprar os favores do estado e passam a usar do governo contra nós.


Creio que já expliquei que isso não funciona numa sociedade humana.

Sr. Babaquara escreveu:A sociedade não é correta nunca, o erro está em achar que o governo de algum modo a torna menos incorreta. O governo concentra poder. Se as pessoas não são corretas o único resultado da concentração de poder será dar ainda mais poder para pessoas que não são corretas.


É impossível não haver controle sobre as empresas quando a necessidade básica da sociedade está em jogo. Não estamos falando apenas de produtos e insumos e sim de vida social, educação, saúde, lazer, moradia, vestuário e etc.

Sr. Babaquara escreveu:No livre mercado existe menos poder concentrado nas mãos de poucos, isso equilibra as coisas e permite o surgimento da democracia real tanto no mercado quanto no estado.


Num sistema ideal isto até funcionaria. Mas existem fatores muito além da querência. Veja por exemplo o caso atual dos usineiros. A produção não aumentou como se esperava pois todos os usineiros aguardavam a entre safra para ganhar mais. Só que o açúcar ficou mais atrativo para exportação e agora temos alcool e açúcar em falta no mercado. Somando-se à isso possíveis (e muito prováveis) problemas de clia e etc, é ingênuo dizer que temos controle sobre
um sistema de livre comércio que está interligado numa cadeia global.
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."

Imagem

Avatar do usuário
Sr. Babaquara
Mensagens: 39
Registrado em: 26 Fev 2011, 05:20
Gênero: Masculino

Re: 68% dos Brasileiros acreditam no livre mercado

Mensagem por Sr. Babaquara »

Usuário deletado escreveu:Eu não nego o fato de que as crises econômicas, via de regra, são causadas pelo Estado. Quanto à crise recente que assolou os Estados Unidos, não há dúvidas de que foi o Federal Reserve o responsável.

No entanto, o grande problema reside no fato de que crises econômicas de grande escala podem ocasionar o desemprego de milhões de pessoas, pode fazer com que outras milhões percam todas as economias de uma vida inteira depositadas numa instituição financeira na qual essas pessoas confiavam.

Tais crises geram uma angústia sem fim nas pessoas, o que as faz, no ápice de seu desespero, rogar por uma salvação.

Nesse cenário aparece o Estado, o verdadeiro causador das crises oferecendo mais veneno sob a promessa de resolver as coisas.

Bem, de certa forma o Estado resolve, mas só para algumas pessoas e causando no longo-prazo prejuízos irrecuperáveis.

Todavia, infelizmente as pessoas preferem a tutela imediata do Estado do que arcar com os custos dos investimentos errados que fizeram, ainda que seja esta a pior medida para a economia futura do país.

Não acho que as pessoas aprendam a arcar com os ônus de seus investimentos errados tão cedo. Por isso, o modelo de Estado Intervencionista ainda persistirá por muito tempo.

O governo é sempre a solução mágica que as pessoas tem pra tudo, ele tem o apelo de salvador da pátria e mantenedor da ordem e da justiça. O modelo atual deve persistir ainda por muito tempo.

A solução real para as crises é muito mais difícil do que meros decretos e proibições poderiam resolver. A sociedade e o mercado devem criar instituições diversas, areas de extrativismo e mudar o sistema educacional inteiro, dando inclusive aula de economia política para a população.

O modelo educacional é a meu ver o maior de todos os problemas na sociedade hoje. As escolas, mesmo as particulares, tentam ensinar um pouco de cada ciência aos alunos, mas se quer nos ensinam a raciocinar como cientistas.
O aluno sai da escola com a tebela periódica decorada (e vai esquece-la em alguns anos), mas sem se quer ser capaz de responder corretamente a pergunta: "O que é ciência?"
O resultado final disso é que universidades como a USP se tornam ninho de socialistas, mesmo que essa ideologia seja um delírio completamente anti-científico.

Avatar do usuário
Sr. Babaquara
Mensagens: 39
Registrado em: 26 Fev 2011, 05:20
Gênero: Masculino

Re: 68% dos Brasileiros acreditam no livre mercado

Mensagem por Sr. Babaquara »

Johnny escreveu:Creio que você subestima o poder envolvido quando o negócio é oligopólio. É tão fácil corromper um governo quanto um diretor de uma empresa ou mesmo a própria. Depende de quanto dinheiro e poder está envolvido.

Eu não subestimo, é você quem superestima a capacidade do estado de resolver isso.
O governo é a origem de inúmeros monopólios, ele só aumenta o poder que uma empresária tem de derrotar a concorrência por meios escusos, bem como o de proibir a entrada de novos players no mercado.

O erro no seu raciocínio ao analisar a questão está em olhar problemas como o monopólio e apontar uma falsa causa e na sequencia um falso remédio.

Você aponta o problema de monopólios e oligopólios sujos, só que a liberdade econômica não é a causa disso, assim como o cerceamento da liberdade não é o remédio. A ausência de liberdade econômica termina por agravar os mesmos problemas que você cita.
Johnny escreveu:E novamente, podemos boicotar tudo aquilo que não nos é necessário. Já o que é, fica difícil. Além do mais, está esquecendo que, para boicotar algo, é necessário que se saiba o que acontece com determinado produto, e isso só é possível com um sistema de comunicação livre e isento. A história nos mostra que isso não ocorre.

E onde o governo entra para ajudar nisso? Onde a supressão da liberdade econômica sana o problema?

Em geral, todo itém realmente necessário existe em abundância, agua e comida são praticamente impossíveis de se monopolizar em um livre mercado.
Só quem conseguiu historicamente o quase monopólio desses itens foram os governos, dos monarcas absolutistas aos oligopólios estatais do socialismo.

O único item que poderia ser dito necessário e sujeito a problemas são os remédios e ainda nesse caso fica a questão: Em que diabos o governo ajudaria?
Johnny escreveu:
Sr. Babaquara escreveu:O governo não deveria ter sistemas de saúde e educação pra começo de conversa.

A função de uma empresa é gerar lucro aos donos e acionistas. Se a empresa só opera com fins lucrativos, sugere-se aqui o quê então, com relação aos que não tem renda para pagar um médico, hospital ou um tratamento?

Fins lucrativos é um termo falho e nessa questão ambíguo.
Indivíduos tem feito muito lucro pessoal e imoral através do tal estado "sem fins lucrativos", enquanto muitas empresas "lucrativas" tem criado prosperidade a população.

O lucro de uma empresa está na riqueza que ela cria, se ela é uma fazenda, o feijão é o lucro e sua criação o objetivo.
Fins lucrativos aqui podem ser traduzimos como "Fins de criar feijões produzindo alimento que enche a barriga de pessoas famintas".

Antes de olhar os "fins" seria melhor olhar os "meios".
Uma empresa capitalista só pode trocar a riqueza que cria através da troca livre e voluntária, isso nos da mais controle sobre ela, do que jamais teremos sobre governos que podem impor a troca a força.
Johnny escreveu:sugere-se aqui o quê então, com relação aos que não tem renda para pagar um médico, hospital ou um tratamento?

Sugere-se que eles passem a criar riqueza suficiente para "trocar" por hospital e educação.
Riqueza pode ser criada na quantidade que quisermos, mas antes temos que ser livres para fazê-lo e para poder trocar com outros aquilo que criamos.

Um pobre não precisa de um governo roubando através dos impostos e ofertando educação e saúde "pseudo-grátis", o pobre só precisa aprender a poupar e investir na criação de riqueza suficiente para que troque por esses iténs no mercado livre... mas se tiver o "rapa" na cola fica difícil trabalhar...
Sem liberdade nada é possivel.
Sr. Babaquara escreveu:Depende de que classes este empresário atende. Sabe-se muito bem que quanto maior liberdade de ação uma empresa possui, maior é a exploração sobre seus empregados. As leis tarabalhistas e os sindicatos surgiram por causa disso.

Isso é falso. O único resultado dos cartéis sindicais foi o aumento do desemprego e da exploração. Agora somos explorados por empresários, governantes e como se já não bastasse, por sindicalistas.

Mais uma vez, a liberdade não é "per si" a causa de problemas e por isso o cerceamento da liberdade ao invés de corrigir o problema, termina por agrava-lo.
Johnny escreveu:Nunca teremos controle sobre quem tem poder, isto é um fato. Seria assim se a maioria não necessitasse de ser controlada ou guiada por lideres.

Existe a diferença entre os niveis de concentração de poder, quanto mais forte o estado, maior o poder concentrado.
Esse poder termina justamente nas mãos daquele que você menciona como sendo "necessitados de ser controlados ou guiados por lideres".

Olhe o mais vagabundo dos homens, aquele que te faz ter certeza de que algumas pessoas precisam ser governadas.
Olhou?
Assim que criar o governo, esse mesmo homem será o presidente nesse sistema e irá governar você.
Johnny escreveu:É impossível não haver controle sobre as empresas quando a necessidade básica da sociedade está em jogo. Não estamos falando apenas de produtos e insumos e sim de vida social, educação, saúde, lazer, moradia, vestuário e etc.

O "controle" estatal sobre as empresas, só aumenta o poder dessas mesmas empresas. É isso que você ainda parece não ter entendido.
Johnny escreveu:
Sr. Babaquara escreveu:No livre mercado existe menos poder concentrado nas mãos de poucos, isso equilibra as coisas e permite o surgimento da democracia real tanto no mercado quanto no estado.


Num sistema ideal isto até funcionaria. Mas existem fatores muito além da querência. Veja por exemplo o caso atual dos usineiros. A produção não aumentou como se esperava pois todos os usineiros aguardavam a entre safra para ganhar mais. Só que o açúcar ficou mais atrativo para exportação e agora temos alcool e açúcar em falta no mercado. Somando-se à isso possíveis (e muito prováveis) problemas de clia e etc, é ingênuo dizer que temos controle sobre
um sistema de livre comércio que está interligado numa cadeia global.

Não temos livre mercado hoje Jonny... o que temos é um mercado escravo.
Não se trata de "querência", mas de escolha entre males e dificuldades.
Um livre mercado vai estar cheio de dificuldades e problemas, mas um mercado escravizado por governos só vai duplicar os mesmos problemas e ainda criar problemas novos.

A questão se resume em ficar com o número menor de problemas e ter o poder menos concentrado.

Avatar do usuário
Johnny
Mensagens: 14128
Registrado em: 10 Mar 2006, 16:06
Gênero: Masculino

Re: 68% dos Brasileiros acreditam no livre mercado

Mensagem por Johnny »

Sr. Babaquara escreveu:
Johnny escreveu:Creio que você subestima o poder envolvido quando o negócio é oligopólio. É tão fácil corromper um governo quanto um diretor de uma empresa ou mesmo a própria. Depende de quanto dinheiro e poder está envolvido.

Eu não subestimo, é você quem superestima a capacidade do estado de resolver isso.
O governo é a origem de inúmeros monopólios, ele só aumenta o poder que uma empresária tem de derrotar a concorrência por meios escusos, bem como o de proibir a entrada de novos players no mercado.

O erro no seu raciocínio ao analisar a questão está em olhar problemas como o monopólio e apontar uma falsa causa e na sequencia um falso remédio.

Cara, tirando algumas empresas que prestam serviços ao governo, muitas outras nem sequer sabe da existência de controle. Pelo menos eu acho que indústrias de auto-peças, automóveis, móveis, equipamentos e etc não tem este controle.

Agora, já as que prestam algum tipo de serviço, estas sempre irão tentar corromper o estado para ter seu quinhão, pois acredite se quiser, muitas delas não são honestas e não estão preocupadas em ser.

Sr. Babaquara escreveu:Você aponta o problema de monopólios e oligopólios sujos, só que a liberdade econômica não é a causa disso, assim como o cerceamento da liberdade não é o remédio. A ausência de liberdade econômica termina por agravar os mesmos problemas que você cita.

Novamente estamos colocando a culpa no estado por uma deficiência da raça humana. Babaquara, o ser humano é sujo e ponto.

Sr. Babaquara escreveu:
Johnny escreveu:E novamente, podemos boicotar tudo aquilo que não nos é necessário. Já o que é, fica difícil. Além do mais, está esquecendo que, para boicotar algo, é necessário que se saiba o que acontece com determinado produto, e isso só é possível com um sistema de comunicação livre e isento. A história nos mostra que isso não ocorre.

E onde o governo entra para ajudar nisso? Onde a supressão da liberdade econômica sana o problema?

Não ajuda. Mas não há saída para isso pois, liberdade econômica já existe para vários setores da indústria.

Sr. Babaquara escreveu:Em geral, todo itém realmente necessário existe em abundância, agua e comida são praticamente impossíveis de se monopolizar em um livre mercado. Só quem conseguiu historicamente o quase monopólio desses itens foram os governos, dos monarcas absolutistas aos oligopólios estatais do socialismo.

Não, não são. Em meados de 90, em Ubatuba, devido à falta de água por rompimento numa adutora e por falta de investimentos da prefeitura, houve um pandemônio pela procura de água potável. As empresas engarrafadoras estavam vendendo o garrafão de 20 litros por até 40 reais e caminhões pipa particulares cobravam quanto queriam. Precisou da intervenção do governo para baixar a bola dos especuladores, empresários por incrível que pareça.

Sr. Babaquara escreveu: O único item que poderia ser dito necessário e sujeito a problemas são os remédios e ainda nesse caso fica a questão: Em que diabos o governo ajudaria?

Os genéricos devem ser um exemplo prático disso.

Sr. Babaquara escreveu:
Johnny escreveu:
Sr. Babaquara escreveu:O governo não deveria ter sistemas de saúde e educação pra começo de conversa.

A função de uma empresa é gerar lucro aos donos e acionistas. Se a empresa só opera com fins lucrativos, sugere-se aqui o quê então, com relação aos que não tem renda para pagar um médico, hospital ou um tratamento?

* Fins lucrativos é um termo falho e nessa questão ambíguo.
** Indivíduos tem feito muito lucro pessoal e imoral através do tal estado "sem fins lucrativos", enquanto muitas empresas "lucrativas" tem criado prosperidade a população.

* Talvez
** Como disse e repito, são indivíduos e o ser humano é podre.

Sr. Babaquara escreveu: O lucro de uma empresa está na riqueza que ela cria, se ela é uma fazenda, o feijão é o lucro e sua criação o objetivo.
Fins lucrativos aqui podem ser traduzimos como "Fins de criar feijões produzindo alimento que enche a barriga de pessoas famintas".

Não conheço ninguém que plante algo pensando na generosidade de encher a barrigas das outras. Planta-se por que dá lucro. Quando o preço não compensa, planta-se algodão, cana e etc.

Sr. Babaquara escreveu: Antes de olhar os "fins" seria melhor olhar os "meios".
Uma empresa capitalista só pode trocar a riqueza que cria através da troca livre e voluntária, isso nos da mais controle sobre ela, do que jamais teremos sobre governos que podem impor a troca a força.

Todas empresas são capitalistas, vivemos num sistema capitalista e não existe outra forma de viver que seja coerente com nosso meio de enxergar a vida. Fora disso, só sendo índio (exceção do Acauan, claro)

Sr. Babaquara escreveu:
Johnny escreveu:sugere-se aqui o quê então, com relação aos que não tem renda para pagar um médico, hospital ou um tratamento?

Sugere-se que eles passem a criar riqueza suficiente para "trocar" por hospital e educação.
Riqueza pode ser criada na quantidade que quisermos, mas antes temos que ser livres para fazê-lo e para poder trocar com outros aquilo que criamos.

Um pobre não precisa de um governo roubando através dos impostos e ofertando educação e saúde "pseudo-grátis", o pobre só precisa aprender a poupar e investir na criação de riqueza suficiente para que troque por esses iténs no mercado livre... mas se tiver o "rapa" na cola fica difícil trabalhar...
Sem liberdade nada é possivel.

Você não tem idéia do que é ser pobre. Talvez por isso pense assim. Para que sua idéia funcionasse hipoteticamente, primeiro teríamos que desaparecer com os pobres e com as possibilidades de seu retorno.

Sr. Babaquara escreveu:
Johnny escreveu:
Depende de que classes este empresário atende. Sabe-se muito bem que quanto maior liberdade de ação uma empresa possui, maior é a exploração sobre seus empregados. As leis trabalhistas e os sindicatos surgiram por causa disso.

Isso é falso. O único resultado dos cartéis sindicais foi o aumento do desemprego e da exploração. Agora somos explorados por empresários, governantes e como se já não bastasse, por sindicalistas.

Hoje sim. Mas hoje um sindicato é uma empresa.

Sr. Babaquara escreveu:Mais uma vez, a liberdade não é "per si" a causa de problemas e por isso o cerceamento da liberdade ao invés de corrigir o problema, termina por agrava-lo.

Posso colocar da mesma forma que o estado não é a causa de problemas, o problema é a existência de políticos corruptos.

Sr. Babaquara escreveu:
Johnny escreveu:Nunca teremos controle sobre quem tem poder, isto é um fato. Seria assim se a maioria não necessitasse de ser controlada ou guiada por lideres.

Existe a diferença entre os niveis de concentração de poder, quanto mais forte o estado, maior o poder concentrado.
Esse poder termina justamente nas mãos daquele que você menciona como sendo "necessitados de ser controlados ou guiados por lideres".

Olhe o mais vagabundo dos homens, aquele que te faz ter certeza de que algumas pessoas precisam ser governadas.
Olhou?
Assim que criar o governo, esse mesmo homem será o presidente nesse sistema e irá governar você.

Vagabundo pode denotar várias situações. Já me chamaram de vagabundo há uns anos atrás porquê eu não conseguia emprego. Não me impressiono que isto seja tão corriqueiro de se usar.

Sr. Babaquara escreveu:
Johnny escreveu:É impossível não haver controle sobre as empresas quando a necessidade básica da sociedade está em jogo. Não estamos falando apenas de produtos e insumos e sim de vida social, educação, saúde, lazer, moradia, vestuário e etc.

O "controle" estatal sobre as empresas, só aumenta o poder dessas mesmas empresas. É isso que você ainda parece não ter entendido.

Afinal, quantas empresas possuem algum controle estatal?

Sr. Babaquara escreveu:
Johnny escreveu:
Sr. Babaquara escreveu:No livre mercado existe menos poder concentrado nas mãos de poucos, isso equilibra as coisas e permite o surgimento da democracia real tanto no mercado quanto no estado.


Num sistema ideal isto até funcionaria. Mas existem fatores muito além da querência. Veja por exemplo o caso atual dos usineiros. A produção não aumentou como se esperava pois todos os usineiros aguardavam a entre safra para ganhar mais. Só que o açúcar ficou mais atrativo para exportação e agora temos alcool e açúcar em falta no mercado. Somando-se à isso possíveis (e muito prováveis) problemas de clia e etc, é ingênuo dizer que temos controle sobre
um sistema de livre comércio que está interligado numa cadeia global.


Não temos livre mercado hoje Jonny... o que temos é um mercado escravo.
Não se trata de "querência", mas de escolha entre males e dificuldades.
Um livre mercado vai estar cheio de dificuldades e problemas, mas um mercado escravizado por governos só vai duplicar os mesmos problemas e ainda criar problemas novos.

A questão se resume em ficar com o número menor de problemas e ter o poder menos concentrado.

Exemplos reais?
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."

Imagem

Avatar do usuário
Johnny
Mensagens: 14128
Registrado em: 10 Mar 2006, 16:06
Gênero: Masculino

Re: 68% dos Brasileiros acreditam no livre mercado

Mensagem por Johnny »

ANS punirá plano que oferece bônus aos médicos
Agência quer evitar acordos para reduzir os pedidos de exames dos pacientes
POR MAX LEONE

Rio - Médicos e planos de saúde que combinarem pagamento de bonificação para que os profissionais reduzam número de pedidos de exames e consultas serão punidos pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A Súmula 16 publicada pela agência determina multa de R$ 35 mil para coibir a prática, conhecida como “consulta bonificada” ou “pagamento por performance”. De acordo com a ANS, médicos pressionados pelos planos têm feito denúncias à agência.

O mecanismo voltado a diminuir a quantidade de exames pedidos para um paciente ocorreria com plano firmando um contrato em que o médico que pedir menos procedimentos clínicos recebe em troca, no fim do mês, um preço melhor pela consulta ou até pagamento em dinheiro. O diretor de Desenvolvimento Setorial da ANS, Bruno Sobral, informou que as denúncias serão investigadas pela agência. “Médicos e clientes de planos podem denunciar a prática pelo 0800-7019656 ou pelo site www.ans.gov.br”, orientou.

O contabilista Marcos Nascimento, 51 anos, cliente de um plano de saúde pequeno, em rede de clínicas nas zonas Norte e Oeste, diz que já teve que exigir de um médico que ele solicitasse o pedido de exames. “Eles (médicos) raramente pedem algum exame. Da última vez que eu fui, eu mesmo pedi para o médico tudo o que eu queria fazer. Até pela minha idade, eu queria fazer um check-up completo. E fui obrigado a exigir os exames disponíveis”, reclama.

A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) e a Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge) informaram que desconhecem a prática de suas filiadas de tentar inibir procedimentos médicos, como consultas e exames.

Cremerj reclama dos honorários

A presidente do Conselho Regional Estadual de Medicina do Estado Rio (Cremerj), Márcia Rosa de Araujo, questiona o procedimento da ANS com a adoção da Súmula 16. Segundo ela, a agência deveria adotar medidas para fazer com que os planos de saúde reajustassem os honorários médicos, motivo que levou a categoria a um dia de boicote contra os planos em 7 de abril.

Márcia achou estranho nenhuma denúncia ter chegado ao conselho, tendo somente a ANS registrado o fato. Mas ela disse que os médicos podem ser punidos, caso irregularidades sejam comprovadas. “O profissional que tenta obter vantagem responde à sindicância ética e pode ter o direito de exercer a profissão suspenso”, diz.
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."

Imagem

Avatar do usuário
Sr. Babaquara
Mensagens: 39
Registrado em: 26 Fev 2011, 05:20
Gênero: Masculino

Re: 68% dos Brasileiros acreditam no livre mercado

Mensagem por Sr. Babaquara »

Johnny escreveu:Cara, tirando algumas empresas que prestam serviços ao governo, muitas outras nem sequer sabe da existência de controle. Pelo menos eu acho que indústrias de auto-peças, automóveis, móveis, equipamentos e etc não tem este controle.

Pois está enganado, todas elas tem. Toda forma de trabalho é controlada e taxada por governos sindicatos, federações e instituições de classe.
Johnny escreveu:Agora, já as que prestam algum tipo de serviço, estas sempre irão tentar corromper o estado para ter seu quinhão, pois acredite se quiser, muitas delas não são honestas e não estão preocupadas em ser.

Exato e essas que não se preocupam em ser honestas são justamente as que idolatram o governo, pois ele aumenta e muito o poder delas.

Empresas desonestas tem mais poder com um governo intervencionista do que jamais sonhariam ter em um livre mercado.
Esse é o ponto da questão que você ainda não entendem, você fala que precisamos da intervenção do governo por existirem empresas desonestas, quanto na realidade é justamente por esse motivo que não podemos deixar o governo interferir no mercado.
Johnny escreveu:Novamente estamos colocando a culpa no estado por uma deficiência da raça humana. Babaquara, o ser humano é sujo e ponto.

Só que o governo aumenta o poder do homem sujo e esse é o ponto onde se resume toda a questão.
Com governo o homem sujo pode muito mais.
Sem governo o homem sujo pode muito menos.
Johnny escreveu:Não ajuda. Mas não há saída para isso pois, liberdade econômica já existe para vários setores da indústria.

Não existe liberdade econômica nem pra faxineiro Johnny...
Eu mesmo crio websites em minha própria empresa minúscula, nem tenho registro oficial, uso o registro de empreendedor individual e tiro 1200 reais por mês, nenhuma fortuna. Emprego outras duas pessoas ganhando a mesma coisa.
Estou sendo despejado da minha casa. Fui notificado pelo governo de que trabalho em uma zona exclusivamente residencial. Minha atividade econômica é uma infração em desacordo com as leis de zoneamento urbano da prefeitura.
Johnny escreveu:Não, não são. Em meados de 90, em Ubatuba, devido à falta de água por rompimento numa adutora e por falta de investimentos da prefeitura, houve um pandemônio pela procura de água potável. As empresas engarrafadoras estavam vendendo o garrafão de 20 litros por até 40 reais e caminhões pipa particulares cobravam quanto queriam. Precisou da intervenção do governo para baixar a bola dos especuladores, empresários por incrível que pareça.

Você acaba de citar um caso que é culpa da prefeitura...
O que determina os preços no mercado é a lei da oferta e da demanda, não é a vontade individual de vendedores de agua ou qualquer outra coisa. O aumento no preço da agua nesses casos é inclusive benéfico, pois faz as pessoas adaptarem o seu comportamento e tratar a agua como o bem escasso que ela se tornou.
Se o pessoal continuasse vendendo agua a 1 real a população poderia desperdiçar um recurso escasso e depois ficar sem agua.

A única intervenção viável do governo nesse caso seria no sentido de ofertar mais agua, se é assim tão fácil o seu fornecimento ele não deve ter problemas, do contrario, então o preço de 40 reais é o preço natural do mercado e por isso mesmo o preço justo.
Johnny escreveu:
Sr. Babaquara escreveu: O único item que poderia ser dito necessário e sujeito a problemas são os remédios e ainda nesse caso fica a questão: Em que diabos o governo ajudaria?

Os genéricos devem ser um exemplo prático disso.

Os genéricos são só um exemplo de políticos picaretas que criam formas criativas de se promover.
Johnny escreveu:** Como disse e repito, são indivíduos e o ser humano é podre.

Exatamente e isso é um argumento contra o governo, pois ele permite que que homens podres fiquem super-poderosos.
Johnny escreveu:Não conheço ninguém que plante algo pensando na generosidade de encher a barrigas das outras. Planta-se por que dá lucro. Quando o preço não compensa, planta-se algodão, cana e etc.

Se o preço não compensa é porque não existe demanda.
Você não entendeu o ponto, a riqueza criada é o lucro johnny.
Não existe lucro na venda, compra e venda representam somente troca.

Dizer que a ford tem fins lucrativos equivale a dizer que a finalidade dela é criar carros.
Johnny escreveu:
Sr. Babaquara escreveu: Antes de olhar os "fins" seria melhor olhar os "meios".
Uma empresa capitalista só pode trocar a riqueza que cria através da troca livre e voluntária, isso nos da mais controle sobre ela, do que jamais teremos sobre governos que podem impor a troca a força.

Todas empresas são capitalistas, vivemos num sistema capitalista e não existe outra forma de viver que seja coerente com nosso meio de enxergar a vida. Fora disso, só sendo índio (exceção do Acauan, claro)

Os "meios" mudam Johnny.
Empresas capitalistas só podem usar meios como a livre troca, empreendimentos anti-capitalistas como o estado e os cartéis sindicais, tem permissão para usar de meios escusos como a troca forçada.

Essa é a diferença, antes de olhas os "fins", deve olhas os "meios".
Johnny escreveu:Você não tem idéia do que é ser pobre. Talvez por isso pense assim. Para que sua idéia funcionasse hipoteticamente, primeiro teríamos que desaparecer com os pobres e com as possibilidades de seu retorno.

De modo algum, sei muito bem o que é ser pobre.
Só que os pobres não são bebês incapazes que precisam dos cuidados do grande papai estado.

O pobre hoje já paga por educação e saúde, paga mais caro do que teria que pagar se fossem fornecidas em um livre mercado.
Pagam caro e acabam recebem um produto de má qualidade ou no caso de muita gente, não recebendo nada.
O governo não cria dinheiro, a escola publica e a saúde publica custam caro e a conta tem que ser paga por alguem, quem no fim paga mais caro por isso é justamente o pobre.
Johnny escreveu:
Hoje sim. Mas hoje um sindicato é uma empresa.

Um empreendimento anti-capitalista com autorização oficial para fazer de pratica como a troca forçada.
Empresas capitalistas não trabalham nem podem trabalhar por esses meios.
Essa é a diferença, estaríamos em melhor situação sem a intervenção do governo. Teriamos que lidar apenas com empresas capitalistas trabalhando num sistema de livre troca.
Johnny escreveu:
Sr. Babaquara escreveu:Mais uma vez, a liberdade não é "per si" a causa de problemas e por isso o cerceamento da liberdade ao invés de corrigir o problema, termina por agrava-lo.

Posso colocar da mesma forma que o estado não é a causa de problemas, o problema é a existência de políticos corruptos.

Não pode não.
A afirmação de que a liberdade per si não causa problemas é verdadeira.
O mesmo não pode ser dito do cerceamento da liberdade.
Independente de corrupção, o governo cerceia a liberdade e isso é causa direta de muitos problemas.
Johnny escreveu:
Sr. Babaquara escreveu:
Johnny escreveu:Nunca teremos controle sobre quem tem poder, isto é um fato. Seria assim se a maioria não necessitasse de ser controlada ou guiada por lideres.

Existe a diferença entre os niveis de concentração de poder, quanto mais forte o estado, maior o poder concentrado.
Esse poder termina justamente nas mãos daquele que você menciona como sendo "necessitados de ser controlados ou guiados por lideres".

Olhe o mais vagabundo dos homens, aquele que te faz ter certeza de que algumas pessoas precisam ser governadas.
Olhou?
Assim que criar o governo, esse mesmo homem será o presidente nesse sistema e irá governar você.

Vagabundo pode denotar várias situações. Já me chamaram de vagabundo há uns anos atrás porquê eu não conseguia emprego. Não me impressiono que isto seja tão corriqueiro de se usar.

Você não entendeu a colocação.
Você mencionou que algumas pessoas "precisam" ser governadas, eu ilustrei o fato de que quando um governo é criado, são justamente essas pessoas que aparentemente "precisam" ser governadas por pessoas mais "capazes" que elas, quem terminam governando toda a sociedade.

Você olha um vagabundo e diz: Essa gente precisa ser governada.
Quando cria o governo, são justamente os vagabundos que passam a governar.
Johnny escreveu:Afinal, quantas empresas possuem algum controle estatal?

Todas.

Só não possuem muito controle as empresas clandestinas e os empreendimentos criminosos. E ainda essas não conseguem fugir de "todo" o controle, já que ele também é feito por meios indiretos.
Johnny escreveu:
Sr. Babaquara escreveu:
Não temos livre mercado hoje Jonny... o que temos é um mercado escravo.
Não se trata de "querência", mas de escolha entre males e dificuldades.
Um livre mercado vai estar cheio de dificuldades e problemas, mas um mercado escravizado por governos só vai duplicar os mesmos problemas e ainda criar problemas novos.

A questão se resume em ficar com o número menor de problemas e ter o poder menos concentrado.

Exemplos reais?

As coisas são melhores hoje ou quando vivíamos num sistema feudal?
São melhores nos países capitalistas ou nos países socialistas?
São melhores em países mais abertos ou em países mais intervencionistas?
É mais fácil abrir uma empresa, enriquecer e criar empregos aqui no Brasil intervencionista ou nos EUA mais liberal?

Olhe a historia da humanidade e verá, quanto maior a intervenção estatal, menor a liberdade e a prosperidade.

Avatar do usuário
user f.k.a. Cabeção
Moderador
Mensagens: 7977
Registrado em: 22 Out 2005, 10:07
Contato:

Re: 68% dos Brasileiros acreditam no livre mercado

Mensagem por user f.k.a. Cabeção »

Usuário deletado escreveu:O fato de empresas irem à ruína é inerente ao mercado.

A coisa se complica é quando uma grande empresa, importante player no mercado, vai à falência. Pior ainda quando se trata de uma instituição financeira.

O mais certo seria o Estado deixar tais empresas falirem, de modo a permitir com que outros investidores assumam os bens de capital por ela deixados e montem outro empreendimento. Mas isto pode demorar muito e as pessoas que dependiam da empresa que faliu não podem esperar.





Você não está completamente errado.

Players” importantes são instituições financeiras “alavancadas” (leveraged), ou seja, cuja estrutura de crédito e débito é muito maior do que a sua reserva de capital.

Isso quer dizer o seguinte: eu sou o banco A, e tenho um credito de 10 bilhões com o banco B e um débito de 10 bilhões com o banco C. E eu tenho ativos líquidos em reserva no valor de um 1 bilhão.

Se o banco B por acaso fizer default, isto é, se tornar subitamente incapaz de me pagar o que ele me deve, eu não tenho como pagar ao banco C, e terei que fazer default também, o que afetará a solvência do banco C face aos seus próprios credores, num fenômeno de contágio que termina por criar o credit crunch, ou o súbito desaparecimento de dinheiro sob a forma de crédito.

Bancos centrais procuram evitar esse cenário catastrófico “injetando liquidez” nova, isto é, emprestando dinheiro barato criado ex-nihilo aos bancos que apresentam problemas.

Isso permite adiar o credit crunch, mas propaga a noção viciosa de que o leverage excessivo de instituições financeiras não é um risco a ser considerado, já que numa situação crítica de contágio o Banco central intervirá com dinheiro fresco e evitará o desastre. Assim bancos conservam sua conduta perigosa, pois eles não têm os devidos incentivos para serem responsáveis.

O que se deve compreender é que o Banco Central e as regulações financeiras não são uma solução para os pânicos e contágios nos mercados financeiros, eles são um esquema de transferir os eventuais custos de estratégias excessivamente arriscadas para a população geral, sob forma de impostos e inflação.

Vale a pena considerar também quão catastróficos são os cenários econômicos onde novas intervenções não são realizadas. Com certeza o contágio ia fazer desaparecer um bocado de dinheiro existente sob a forma de crédito no mercado. Muita gente ia claramente perder com isso, mas muita gente ia ganhar também, pois os preços de diversos setores desabariam com o desaparecimento do crédito que servia para inflá-los. Como prédios e fábricas continuariam intatactos, e colheitas não seriam afetadas pelo desaparecimento de cifras numéricas, é pouco provável que fome e miséria generalizada se produzissem a partir de uma situação dessas.

O mais provavel é que os vários ativos reais mal precificados, após um período de elevado turbulência, cristalizassem seus preços reais, e que o crédito se reestabelcesse gradualmente na medida que os preços dos ativos voltassem a representar valores que fizessem sentido.

Talvez seja possível que o transtorno e estresse psicológico de uma situação dessas levasse as pessoas a agir coletivamente de maneira irracional ou destrutiva, mas isso é apenas especulação sobre a psicologia das massas. Por trás desse posicionamento está a crença de que o Estado pode inflar a moeda, roubando um pouco de todo mundo, de maneira pouco visível, evitando assim o pânico.

Embora esse argumento seja convincente para financistas querendo salvar suas próprias peles, ele me parece pouco plausível historicamente, uma vez que episódios de pânico hiperinflacionário foram muito mais abundantes e destrutivos do que contrações massivas de crédito.

Eu não vou dizer que eu tenho uma idéia precisa de como corrigir um sistema tão corrupto. A distorção dos incentivos no sistema financeiro criou uma selva tão intrincada de relações complexas que qualquer proposta de modificação superficial não passa de mera ingenuidade.

No entanto é um primeiro passo importante identificar a origem desse cenário na instituição do Banco Central. E o papel deste não resume-se apenas a salvar banqueiros de suas próprias tramóias, mas de criar o ambiente monetário que estimula trambiques financeiros em primeiro lugar. Ao controlar o nível de crédito, ao invés de deixá-lo ser determinado pelo livre mercado, o Banco Central incentiva no curto termo a emergência de uma estrutura distorcida de dívidas, devido a uma apreciação distorcida do risco envolvido, distorção esta criada pela taxa de juros falsa. Como banqueiros só podem trabalhar com taxas de juros como elas são, e não como elas deveriam ser, eles funcionam como intermediários nesse esquema de distorção que cedo ou tarde tem que desabar.

E o mecanismo de política monetária que permite a expansão do crédito e o controle da taxa de juros, i.e., o sistema de reserva fracionária, é o próprio mecanismo que incentiva o leverage das instituições financeiras em primeiro lugar.

No final, um sistema corrupto e sem sentido atrai indivíduos de caráter duvidoso. Muito se fala das diversas fraudes privadas cometidas antes de episódios de crise, como se esses delitos individuais fossem a origem, e não o sintoma de um problema muito mais grave e sistêmico.

Há um rinoceronte na sala, mas todo mundo insiste em reclamar das formigas.
"Let 'em all go to hell, except cave 76" ~ Cave 76's national anthem

Avatar do usuário
user f.k.a. Cabeção
Moderador
Mensagens: 7977
Registrado em: 22 Out 2005, 10:07
Contato:

Re: 68% dos Brasileiros acreditam no livre mercado

Mensagem por user f.k.a. Cabeção »


Um cara chamado Omid Malekan criou uns videos interessantes e simples sobre a crise.

Quantitative easing explained:


http://www.youtube.com/watch?v=PTUY16CkS-k

Bank Bailouts Explained:

http://www.youtube.com/watch?v=yipV_pK6 ... ure=relmfu

Inflation explained:

http://www.youtube.com/watch?v=VL7V9BnJ ... feature=iv
"Let 'em all go to hell, except cave 76" ~ Cave 76's national anthem

Avatar do usuário
carlo
Mensagens: 3974
Registrado em: 31 Out 2005, 23:09
Gênero: Masculino
Localização: Governador Valadares MG

Re: 68% dos Brasileiros acreditam no livre mercado

Mensagem por carlo »

user f.k.a. Cabeção escreveu:
Usuário deletado escreveu:O fato de empresas irem à ruína é inerente ao mercado.

A coisa se complica é quando uma grande empresa, importante player no mercado, vai à falência. Pior ainda quando se trata de uma instituição financeira.

O mais certo seria o Estado deixar tais empresas falirem, de modo a permitir com que outros investidores assumam os bens de capital por ela deixados e montem outro empreendimento. Mas isto pode demorar muito e as pessoas que dependiam da empresa que faliu não podem esperar.





Você não está completamente errado.

Players” importantes são instituições financeiras “alavancadas” (leveraged), ou seja, cuja estrutura de crédito e débito é muito maior do que a sua reserva de capital.

Isso quer dizer o seguinte: eu sou o banco A, e tenho um credito de 10 bilhões com o banco B e um débito de 10 bilhões com o banco C. E eu tenho ativos líquidos em reserva no valor de um 1 bilhão.

Se o banco B por acaso fizer default, isto é, se tornar subitamente incapaz de me pagar o que ele me deve, eu não tenho como pagar ao banco C, e terei que fazer default também, o que afetará a solvência do banco C face aos seus próprios credores, num fenômeno de contágio que termina por criar o credit crunch, ou o súbito desaparecimento de dinheiro sob a forma de crédito.

Bancos centrais procuram evitar esse cenário catastrófico “injetando liquidez” nova, isto é, emprestando dinheiro barato criado ex-nihilo aos bancos que apresentam problemas.

Isso permite adiar o credit crunch, mas propaga a noção viciosa de que o leverage excessivo de instituições financeiras não é um risco a ser considerado, já que numa situação crítica de contágio o Banco central intervirá com dinheiro fresco e evitará o desastre. Assim bancos conservam sua conduta perigosa, pois eles não têm os devidos incentivos para serem responsáveis.

O que se deve compreender é que o Banco Central e as regulações financeiras não são uma solução para os pânicos e contágios nos mercados financeiros, eles são um esquema de transferir os eventuais custos de estratégias excessivamente arriscadas para a população geral, sob forma de impostos e inflação.

Vale a pena considerar também quão catastróficos são os cenários econômicos onde novas intervenções não são realizadas. Com certeza o contágio ia fazer desaparecer um bocado de dinheiro existente sob a forma de crédito no mercado. Muita gente ia claramente perder com isso, mas muita gente ia ganhar também, pois os preços de diversos setores desabariam com o desaparecimento do crédito que servia para inflá-los. Como prédios e fábricas continuariam intatactos, e colheitas não seriam afetadas pelo desaparecimento de cifras numéricas, é pouco provável que fome e miséria generalizada se produzissem a partir de uma situação dessas.

O mais provavel é que os vários ativos reais mal precificados, após um período de elevado turbulência, cristalizassem seus preços reais, e que o crédito se reestabelcesse gradualmente na medida que os preços dos ativos voltassem a representar valores que fizessem sentido.

Talvez seja possível que o transtorno e estresse psicológico de uma situação dessas levasse as pessoas a agir coletivamente de maneira irracional ou destrutiva, mas isso é apenas especulação sobre a psicologia das massas. Por trás desse posicionamento está a crença de que o Estado pode inflar a moeda, roubando um pouco de todo mundo, de maneira pouco visível, evitando assim o pânico.

Embora esse argumento seja convincente para financistas querendo salvar suas próprias peles, ele me parece pouco plausível historicamente, uma vez que episódios de pânico hiperinflacionário foram muito mais abundantes e destrutivos do que contrações massivas de crédito.

Eu não vou dizer que eu tenho uma idéia precisa de como corrigir um sistema tão corrupto. A distorção dos incentivos no sistema financeiro criou uma selva tão intrincada de relações complexas que qualquer proposta de modificação superficial não passa de mera ingenuidade.

No entanto é um primeiro passo importante identificar a origem desse cenário na instituição do Banco Central. E o papel deste não resume-se apenas a salvar banqueiros de suas próprias tramóias, mas de criar o ambiente monetário que estimula trambiques financeiros em primeiro lugar. Ao controlar o nível de crédito, ao invés de deixá-lo ser determinado pelo livre mercado, o Banco Central incentiva no curto termo a emergência de uma estrutura distorcida de dívidas, devido a uma apreciação distorcida do risco envolvido, distorção esta criada pela taxa de juros falsa. Como banqueiros só podem trabalhar com taxas de juros como elas são, e não como elas deveriam ser, eles funcionam como intermediários nesse esquema de distorção que cedo ou tarde tem que desabar.

E o mecanismo de política monetária que permite a expansão do crédito e o controle da taxa de juros, i.e., o sistema de reserva fracionária, é o próprio mecanismo que incentiva o leverage das instituições financeiras em primeiro lugar.

No final, um sistema corrupto e sem sentido atrai indivíduos de caráter duvidoso. Muito se fala das diversas fraudes privadas cometidas antes de episódios de crise, como se esses delitos individuais fossem a origem, e não o sintoma de um problema muito mais grave e sistêmico.

Há um rinoceronte na sala, mas todo mundo insiste em reclamar das formigas.




Papo furreco! Palavras... Palavras, não quer dizer sabedoria... Este papo de livre mercado é uma teoria, que foi provada empiricamente, exatamente o inverso que ela papagaiava... Só criou quebradeira, fome, miséria, desemprego, e o Estado intervindo na economia a favor dos ricos, vide a mega... Super crise de 2008, que transferiu fortunas para os banqueiros. Só um idiota ou um inteligente que leva vantagem que acredita numa bosta desta.
O título do post deveria ser:
68 per cente de brasileiros otários, não conhece o livre mercado:


"Está claro que o consenso de Washington já morreu"

Em entrevista ao jornal Página/12, o ministro da Economia da Argentina, Amado Boudou, diz que está se abrindo um novo cenário para o debate da economia mundial. Alguns dos elementos desse debate, acrescenta, apareceram na reunião dos ministros do G-20 e na assembleia conjunta do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial. Entre eles, destaca-se o debate sobre a regulação de capitais especulativos e a adoção por parte dos Estados de políticas ativas para promover a inclusão social. "As principais potências do mundo estão assinando o atestado de óbito do Consenso de Washington", resume.
Página/12

“As principais potências do mundo estão assinando o atestado de óbito do Consenso de Washington e agora se abriu um debate sobre qual economia vem aí”, disse o ministro da Economia da Argentina, Amado Boudou, em uma entrevista telefônica ao jornal Página/12, desde os Estados Unidos, onde participou dos debates da reunião de ministros de Finanças do G-20 e na Assembleia Anual de Primavera do FMI e do Banco Mundial. Boudou definiu nestes termos a discussão que se deu entre os membros do G-20 no marco da assembleia do FMI.

Um dos temas centrais em debate foi a alta de preços das commodities. “Se as potências querem diminuir a fome nos países pobres devem ajudá-los a gerar emprego”, enfatizou Boudou.



http://www.cartamaior.com.br/templates/ ... a_id=17696
Imagem

NOSSA SENHORA APARECIDA!!!!

Avatar do usuário
carlo
Mensagens: 3974
Registrado em: 31 Out 2005, 23:09
Gênero: Masculino
Localização: Governador Valadares MG

Re: 68% dos Brasileiros acreditam no livre mercado

Mensagem por carlo »

O Grande feito dos neo liberais:

QUEBRAR OS USA!!!!!!! QUASQHUASQHUASQHUASQHUAHUAHUA!!!




S&P Cuts U.S. Ratings Outlook to Negative

By MATT JARZEMSKY


Standard & Poor’s Ratings Services Inc. cut its outlook on the U.S. to negative, increasing the likelihood of a potential downgrade from its triple-A rating, as the path from large budget deficits and rising government debt remains unclear.

“More than two years after the beginning of the recent crisis, U.S. policy makers have still not agreed on how to reverse recent fiscal deterioration or address longer-term fiscal pressures,” S&P credit analyst Nikola G. Swann said. He said the rating agency puts the chance of a U.S. downgrade within two years at least one-in-three.
Imagem

NOSSA SENHORA APARECIDA!!!!

Avatar do usuário
user f.k.a. Cabeção
Moderador
Mensagens: 7977
Registrado em: 22 Out 2005, 10:07
Contato:

Re: 68% dos Brasileiros acreditam no livre mercado

Mensagem por user f.k.a. Cabeção »


Eu gostaria de ver você tentar explicar que a dívida impagável produzida pelo governo dos EUA é um produto do neo-liberalismo.

Se o que você chama de neo-liberalismo é qualquer doutrina que preconiza gastos governamentais, incluindo gastos para salvar empresas financeiras, ele não tem absolutamente nada a ver com o livre mercado.

O sistema financeiro mundial, e o americano em particular, opera num regime de dinheiro livre, e não de mercado livre.

Bancos e instituições financeiras de grande porte são "livres" para captar dinheiro a juro zero e "livres" da responsabilidade sobre os riscos que correm com o dinheiro que administram.

É o seu socialismo a serviço dos milhardários, aliás, como já previa Milton Friedman, quando dizia que "big business loves big government".

"Let 'em all go to hell, except cave 76" ~ Cave 76's national anthem

Avatar do usuário
carlo
Mensagens: 3974
Registrado em: 31 Out 2005, 23:09
Gênero: Masculino
Localização: Governador Valadares MG

Re: 68% dos Brasileiros acreditam no livre mercado

Mensagem por carlo »

user f.k.a. Cabeção escreveu:
Eu gostaria de ver você tentar explicar que a dívida impagável produzida pelo governo dos EUA é um produto do neo-liberalismo.

Se o que você chama de neo-liberalismo é qualquer doutrina que preconiza gastos governamentais, incluindo gastos para salvar empresas financeiras, ele não tem absolutamente nada a ver com o livre mercado.

O sistema financeiro mundial, e o americano em particular, opera num regime de dinheiro livre, e não de mercado livre.

Bancos e instituições financeiras de grande porte são "livres" para captar dinheiro a juro zero e "livres" da responsabilidade sobre os riscos que correm com o dinheiro que administram.

É o seu socialismo a serviço dos milhardários, aliás, como já previa Milton Friedman, quando dizia que "big business loves big government".



Desde quando um Keynesianista
é um socialista? Quanto ao que o Friedman disse: "Big Business loves big government", quem utilizou em 1929 e 2008 do grande governo, a mamata, a turma dos que seguiram a cartilha de keynes, ou à do friedman, lmbuzando-se nas benesses do Estado?
Imagem

NOSSA SENHORA APARECIDA!!!!

Trancado