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Estudo sugere que vinho caro é desperdício

Enviado: 14 Abr 2011, 06:00
por Johnny
Estudo sugere que vinho caro é desperdício, pois consumidor não nota diferença
Em degustação às cegas, 578 pessoas só identificaram vinhos caros e baratos na metade dos casos.
14 de abril de 2011 | 5h 36

Vinhos mais baratos podem ter o mesmo efeito em termos de paladar que garrafas mais caras, segundo um estudo britânico.

No total, 578 pessoas participaram de uma degustação às cegas durante o Festival de Ciência de Edimburgo, na Escócia, e só na metade dos casos conseguiram identificar quais eram os vinhos caros e quais eram os mais baratos.

Eles experimentaram diversas variedades de vinhos tintos e brancos com preços menores que 5 libras (R$13) e outras safras consideradas superiores vendidas a preços entre 10 e 30 libras (R$ 26 e R$ 78). Na degustação, também havia garrafas de champagne de 17 libras (R$ 44) e de 30 libras (R$ 78).

Os participantes tinham de dizer, então, quais eram os vinhos baratos e quais eram os caros. Mesmo sem saber a resposta, eles teriam 50% de chance de acertar. E foi exatamente isso o que aconteceu.

A conclusão, para os pesquisadores da Universidade de Hertfordshire, é que muita gente não consegue distinguir os vinhos pelo paladar e pode estar pagando mais caro apenas pelo rótulo.

"Estes resultados são impressionantes. As pessoas não conseguiram notar a diferença entre vinhos caros e baratos, então nesse momento de dificuldades financeiras a mensagem é clara: os vinhos baratos que testamos tinham um gosto tão bom quanto as garrafas caras", disse o psicólogo Richard Wiseman, que conduziu o estudo. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

http://www.estadao.com.br/noticias/gera ... 6131,0.htm

Re: Estudo sugere que vinho caro é desperdício

Enviado: 14 Abr 2011, 06:04
por Johnny
Outros estudos muito sérios poderiam ser:

Uísque caro é desperdício pois consumidor não sente a diferença.

Anel de diamante caro é desperdício pois consumidor não sente a diferença entre brilhante e diamante.

Re: Estudo sugere que vinho caro é desperdício

Enviado: 14 Abr 2011, 07:13
por Fernando Silva
Johnny escreveu:Anel de diamante caro é desperdício pois consumidor não sente a diferença entre brilhante e diamante.

A única diferença entre bijuteria e jóias de verdade é o preço. E o único motivo para se usar jóias de verdade é exibir riqueza ou exclusividade.
Se fosse apenas pela estética, não haveria diferença.

Re: Estudo sugere que vinho caro é desperdício

Enviado: 14 Abr 2011, 08:45
por Johnny
Fernando Silva escreveu:
Johnny escreveu:Anel de diamante caro é desperdício pois consumidor não sente a diferença entre brilhante e diamante.

A única diferença entre bijuteria e jóias de verdade é o preço. E o único motivo para se usar jóias de verdade é exibir riqueza ou exclusividade.
Se fosse apenas pela estética, não haveria diferença.

Bem, mais ou menos. Tem jóias com diamantes que são inconfundíveis, pelo brilho e pela arte envolvida. Fora que o brilho do diamante é diferente. Mas tem muitas bijuterias hoje que enganariam até a rainha.

O que me leva à seguinte teoria: Se você ver uma mulher com jóias num shopping, é bem provável que seja bijuteria.

Re: Estudo sugere que vinho caro é desperdício

Enviado: 14 Abr 2011, 10:27
por Neuromancer
Texto original do ceticismo.net
Alimentos orgânicos: um engodo alimentício


O mundo vive de modinhas. A modinha alimentar atual diz respeito com "alimentos orgânicos". Tudo que é orgânico é melhor: tomates orgânicos, cenouras orgânicas, abacaxis orgânicos e até cocozinho orgânico deve ser melhor. As pessoas são burras o suficiente para se deixarem levar pelos marqueteiros, pois isso mexe com sua aversão à ciência: O que é sintético faz mal. Cientistas enlouquecidos com cabelos brancos irão dizimar a humanidade (nota: eu não tenho cabelos brancos; estão rareando, mas ainda são negros afro-irlando-brasileiros). Assim, tudo é vendido melhor (e bem mais caro) se tiver rótulo "Orgânico", mas isso pode não traduzir bem a realidade.


A saber, qualquer químico cai na gargalhada quando ouve a terminologia "alimento orgânico". Sério, eu já ouvi até "sal orgânico" e quando eu perguntei como um alimento de origem mineral (eu não sei se vocês sabem, mas o sal de cozinha é formado de cloreto de sódio, entre outros cloretos e é obtido da água do mar), vieram com o famoso "Nah, você não sabe de nada". Eu brinco com eus alunos que eles podem comer qualquer coisa banhada em DDT ou o terrível BHC, pois estas são substâncias orgânicas.

É maravilhoso passar pelo supermercado e ver aqueles magníficos tomates bem vermelhinhos e embalados com etiquetinhas escritas "Orgânico".

– Bom dia, senhor. Esta é a seção de vegetais orgânicos?
– Sim, senhor.
– Obrigado. Pode me dizer agora onde fica a seção de vegetais inorgânicos? Quem sabe uma alcachofra feita de dióxido de silício, por exemplo.
– ???

Só alguém bem idiota ou que nunca teve uma horta (o que se traduz em 99% da população das cidades grandes, em ambos os casos) achará que pode-se cultivar tomate sem agrotóxico. Plante um tomateiro e veja que, antes de amadurecer, ele fica infestado de insetos.

"Mas… mas… e aquelas receitas de inseticida caseiro do tipo que é feito com fumo de rolo?"

Pensa um pouco, cavalgadura! PENSA! Imagina uma imensa plantação de tomates, que servirá para abastecer toda uma rede de supermercados. Acha mesmo que o cara compraria toneladas de fumo de rolo para fazer inseticida? A tonelagem de inseticidas sintéticos sai muito mais barato!

"mas… mas… eles não mentiriam para o povo, não é?"

Ah, não. Claro que não. Isso é coisa impensável no Brasil, né? Não raro os produtinhos "orgânicos" saem muito mais caros e quem realmente me garante que usam (risos) apenas inseticidas "orgânicos"?

A verdade é que qualquer etiquetinha que traga "orgânico" mexe com o cérebro e a propaganda intensifica este fator, fazendo as pessoas acreditarem que aquele alimento é mais saudável, quando não é bem assim. Isso tem um nome: Efeito Halo.
Imagem
Vamos dar uma paradinha no assunto para falarmos um pouco sobre isso. Efeito Halo é termo foi cunhado pelo psicólogo Edward Lee Thorndike, durante a Primeira Guerra Mundial. Thorndike não era daqueles possocólogos que ficavam te mandando ler livros de auto-ajuda e falando besteira ara, no final, dizer que seus problemas eram inteiramente sua culpa e que você deveria ficar se consultando indefinidamente, sugando seu dinheiro até não poder mais. Thorndike acreditava piamente em experimentação e isso é o mínimo que faz algo ser científico. Sendo assim, Thorndike fez uma série de experimentos comportamentais junto ao exército do Tio Sam, para verificar de que forma os comandantes analisavam seus subordinados.

Os resultados não são tão incríveis para alguém que analisa o mundo de uma óptica realista: comandantes traçavam correlações estranhas sobre a aparência e a destreza no campo de batalha. Se um deles tocasse piano bem, provavelmente seria melhor atirador e por aí vai. Para os distintos generais, este looser aqui à direita jamais seria algo que prestasse e incapaz de fazer mal a uma mosca, servindo apenas de escárnio, onde ninguém o levaria a sério. Seu nome? William Bonney.

O nome do efeito vem dos famosos halos (ou auréolas) que os santos usam (eu também sei, não precisa lembrar), conferindo um aspecto "santo" e piedoso à imagem.

Casos onde as pessoas se deixam levar pela aparência momentânea de alguém ou de uma situação é a coisa mais comum do que se pensa. Isso me lembra do caso de uma funcionária recém-chegada numa certa empresa e devia se apresentar ao chefe da sessão onde ela iria trabalhar. Ela dá de cara com um cara de jeans e camiseta, passando rodo no chão para enxugar algo que tinha derramado. Ela pergunta pelo responsável do lugar.

– Ah, sim. Pode me dizer do que se trata?
– Olha aqui, meu amigo – diz a moça –, eu não tenho trato com o senhor. O assunto é profissional específico.

Eu calmamente deixei o rodo, fui até a cadeira onde estava meu jaleco, com o crachá pendurado nele, coloquei meu óculos, voltei até ela e disse: — Bom dia. Me falaram que a senhorita estava me procurando. Sou o chefe da seção; em que posso servi-la?

PENSAMENTO: Se você se julga químico e é incapaz de lavar sua vidraria de modo decente e nem limpar o chão do laboratório onde trabalha, você é um merda!

A aparência comanda nossas ações e até pouco tempo era comum vermos nos anúncios de jornais que pedia-se por um funcionário "com boa aparência". Hoje, tal solicitação é proibida por lei (não, não sei o número e estou com preguiça de ir procurar), mas não impede que os entrevistadores usem deste critério. Assim, é comum a pessoa de terno e gravata ter maiores chances de conseguir um emprego do que alguém de camisa polo e calça jeans, mesmo que o segundo tenha pós-doutorado e o primeiro mal seja graduado.

Por causa do efeito Halo, vemos senhores de meia-idade, de jalecos branquinhos e bem-passados fazendo comercial de pasta de dente. Qualquer zé ruela escova os dentes, mas precisa de alguém "sério" e com cara de cientista respeitável. As pessoas conferem maior credibilidade.

PENSAMENTO 2: Químico de jalequinho bem passado e sapato brilhando é químico que não trabalha ou, na melhor das hipóteses, químico de escrivaninha.

Tudo muito bem, obrigado. Mas Billy The Kid usando jaleco e lutando na 1ª Guerra Mundial com um rifle winchester (EU SEI!) não parece ter algo a ver com tomatinhos. Mas tem.

O efeito Halo nos faz atribuir características positiva a pessoas ou objetos, mesmo quando não são merecidas. Nossos olhos são a principal entrada de informações e muitas vezes nos confundem, como nas chamadas ilusões de óptica. Obviamente, estou descartando as pessoas cegas. Se você for num supermercado, poderá ver isso em ação, onde as embalagens mais chamativas (e de produtos mais caros) estão na linha de visão direta e, por isso, você fica xingando para saber onde está aquele produto em promoção anunciado nos encartes. Na sessão dos produtos "orgânicos", tudo é separadinho e fica em stands (ou "bancas") no meio do caminho. Nunca nas adjacências.

Um outro exemplo é como as propagandas "vendem" os produtos, em comparação ao que eles são na realidade. Por exemplo:
Imagem
Mas não é só as bancas que são preparadas para lhe atrair. Pesquisadores descobriram que os truques de rotulagem "orgânica" induzem nosso cérebro a pensar o produto é mais saboroso e saudável, mesmo quando não há diferença (e muitas das vezes realmente não há diferença).

Jenny Chen Wan-Lee é uma graduada pela Universidade de Cornell, em Nova York. Em sua pesquisa para dissertação de mestrado, ela realizou experimentos comportamentais com consumidores de alimentos de fast-food. Segundo sua pesquisa, as pessoas tendem a consumir mais calorias em restaurantes fast-food alegando serem "alimentos mais saudáveis??", em comparação com a quantidade que eles comem em um outro tipo de lanchonete.

Ela pediu a 144 ridículas cobaias humanas pessoas para comparar alimentos que eles pensavam serem produzidos organicamente e convencionalmente, entre biscoitos de chocolate, sanduíche, iogurte natural e batatas fritas. Era um teste simples-cego, onde todas as variedades eram idênticas, com a única diferença sendo o rótulo "orgânico" e "convencional". Em média, a maioria das pessoas deu preferência pelos alimentos rotulados como "orgânicos", achando terem melhor sabor, aparência, textura etc.

Relembrando: todos eram iguais e de mesma procedência.

A explicação disso é óbvia e mais do que conhecida: as pessoas são burras e facilmente manipuláveis por uma simples etiqueta. O estudo foi publicado no encontro anual da American Society for Nutrition.

Re: Estudo sugere que vinho caro é desperdício

Enviado: 14 Abr 2011, 10:28
por Neuromancer
Texto original do ceticismo.net
Alimentos orgânicos: um engodo alimentício


O mundo vive de modinhas. A modinha alimentar atual diz respeito com "alimentos orgânicos". Tudo que é orgânico é melhor: tomates orgânicos, cenouras orgânicas, abacaxis orgânicos e até cocozinho orgânico deve ser melhor. As pessoas são burras o suficiente para se deixarem levar pelos marqueteiros, pois isso mexe com sua aversão à ciência: O que é sintético faz mal. Cientistas enlouquecidos com cabelos brancos irão dizimar a humanidade (nota: eu não tenho cabelos brancos; estão rareando, mas ainda são negros afro-irlando-brasileiros). Assim, tudo é vendido melhor (e bem mais caro) se tiver rótulo "Orgânico", mas isso pode não traduzir bem a realidade.


A saber, qualquer químico cai na gargalhada quando ouve a terminologia "alimento orgânico". Sério, eu já ouvi até "sal orgânico" e quando eu perguntei como um alimento de origem mineral (eu não sei se vocês sabem, mas o sal de cozinha é formado de cloreto de sódio, entre outros cloretos e é obtido da água do mar), vieram com o famoso "Nah, você não sabe de nada". Eu brinco com eus alunos que eles podem comer qualquer coisa banhada em DDT ou o terrível BHC, pois estas são substâncias orgânicas.

É maravilhoso passar pelo supermercado e ver aqueles magníficos tomates bem vermelhinhos e embalados com etiquetinhas escritas "Orgânico".

– Bom dia, senhor. Esta é a seção de vegetais orgânicos?
– Sim, senhor.
– Obrigado. Pode me dizer agora onde fica a seção de vegetais inorgânicos? Quem sabe uma alcachofra feita de dióxido de silício, por exemplo.
– ???

Só alguém bem idiota ou que nunca teve uma horta (o que se traduz em 99% da população das cidades grandes, em ambos os casos) achará que pode-se cultivar tomate sem agrotóxico. Plante um tomateiro e veja que, antes de amadurecer, ele fica infestado de insetos.

"Mas… mas… e aquelas receitas de inseticida caseiro do tipo que é feito com fumo de rolo?"

Pensa um pouco, cavalgadura! PENSA! Imagina uma imensa plantação de tomates, que servirá para abastecer toda uma rede de supermercados. Acha mesmo que o cara compraria toneladas de fumo de rolo para fazer inseticida? A tonelagem de inseticidas sintéticos sai muito mais barato!

"mas… mas… eles não mentiriam para o povo, não é?"

Ah, não. Claro que não. Isso é coisa impensável no Brasil, né? Não raro os produtinhos "orgânicos" saem muito mais caros e quem realmente me garante que usam (risos) apenas inseticidas "orgânicos"?

A verdade é que qualquer etiquetinha que traga "orgânico" mexe com o cérebro e a propaganda intensifica este fator, fazendo as pessoas acreditarem que aquele alimento é mais saudável, quando não é bem assim. Isso tem um nome: Efeito Halo.
Imagem
Vamos dar uma paradinha no assunto para falarmos um pouco sobre isso. Efeito Halo é termo foi cunhado pelo psicólogo Edward Lee Thorndike, durante a Primeira Guerra Mundial. Thorndike não era daqueles possocólogos que ficavam te mandando ler livros de auto-ajuda e falando besteira ara, no final, dizer que seus problemas eram inteiramente sua culpa e que você deveria ficar se consultando indefinidamente, sugando seu dinheiro até não poder mais. Thorndike acreditava piamente em experimentação e isso é o mínimo que faz algo ser científico. Sendo assim, Thorndike fez uma série de experimentos comportamentais junto ao exército do Tio Sam, para verificar de que forma os comandantes analisavam seus subordinados.

Os resultados não são tão incríveis para alguém que analisa o mundo de uma óptica realista: comandantes traçavam correlações estranhas sobre a aparência e a destreza no campo de batalha. Se um deles tocasse piano bem, provavelmente seria melhor atirador e por aí vai. Para os distintos generais, este looser aqui à direita jamais seria algo que prestasse e incapaz de fazer mal a uma mosca, servindo apenas de escárnio, onde ninguém o levaria a sério. Seu nome? William Bonney.

O nome do efeito vem dos famosos halos (ou auréolas) que os santos usam (eu também sei, não precisa lembrar), conferindo um aspecto "santo" e piedoso à imagem.

Casos onde as pessoas se deixam levar pela aparência momentânea de alguém ou de uma situação é a coisa mais comum do que se pensa. Isso me lembra do caso de uma funcionária recém-chegada numa certa empresa e devia se apresentar ao chefe da sessão onde ela iria trabalhar. Ela dá de cara com um cara de jeans e camiseta, passando rodo no chão para enxugar algo que tinha derramado. Ela pergunta pelo responsável do lugar.

– Ah, sim. Pode me dizer do que se trata?
– Olha aqui, meu amigo – diz a moça –, eu não tenho trato com o senhor. O assunto é profissional específico.

Eu calmamente deixei o rodo, fui até a cadeira onde estava meu jaleco, com o crachá pendurado nele, coloquei meu óculos, voltei até ela e disse: — Bom dia. Me falaram que a senhorita estava me procurando. Sou o chefe da seção; em que posso servi-la?

PENSAMENTO: Se você se julga químico e é incapaz de lavar sua vidraria de modo decente e nem limpar o chão do laboratório onde trabalha, você é um merda!

A aparência comanda nossas ações e até pouco tempo era comum vermos nos anúncios de jornais que pedia-se por um funcionário "com boa aparência". Hoje, tal solicitação é proibida por lei (não, não sei o número e estou com preguiça de ir procurar), mas não impede que os entrevistadores usem deste critério. Assim, é comum a pessoa de terno e gravata ter maiores chances de conseguir um emprego do que alguém de camisa polo e calça jeans, mesmo que o segundo tenha pós-doutorado e o primeiro mal seja graduado.

Por causa do efeito Halo, vemos senhores de meia-idade, de jalecos branquinhos e bem-passados fazendo comercial de pasta de dente. Qualquer zé ruela escova os dentes, mas precisa de alguém "sério" e com cara de cientista respeitável. As pessoas conferem maior credibilidade.

PENSAMENTO 2: Químico de jalequinho bem passado e sapato brilhando é químico que não trabalha ou, na melhor das hipóteses, químico de escrivaninha.

Tudo muito bem, obrigado. Mas Billy The Kid usando jaleco e lutando na 1ª Guerra Mundial com um rifle winchester (EU SEI!) não parece ter algo a ver com tomatinhos. Mas tem.

O efeito Halo nos faz atribuir características positiva a pessoas ou objetos, mesmo quando não são merecidas. Nossos olhos são a principal entrada de informações e muitas vezes nos confundem, como nas chamadas ilusões de óptica. Obviamente, estou descartando as pessoas cegas. Se você for num supermercado, poderá ver isso em ação, onde as embalagens mais chamativas (e de produtos mais caros) estão na linha de visão direta e, por isso, você fica xingando para saber onde está aquele produto em promoção anunciado nos encartes. Na sessão dos produtos "orgânicos", tudo é separadinho e fica em stands (ou "bancas") no meio do caminho. Nunca nas adjacências.

Um outro exemplo é como as propagandas "vendem" os produtos, em comparação ao que eles são na realidade. Por exemplo:
Imagem
Mas não é só as bancas que são preparadas para lhe atrair. Pesquisadores descobriram que os truques de rotulagem "orgânica" induzem nosso cérebro a pensar o produto é mais saboroso e saudável, mesmo quando não há diferença (e muitas das vezes realmente não há diferença).

Jenny Chen Wan-Lee é uma graduada pela Universidade de Cornell, em Nova York. Em sua pesquisa para dissertação de mestrado, ela realizou experimentos comportamentais com consumidores de alimentos de fast-food. Segundo sua pesquisa, as pessoas tendem a consumir mais calorias em restaurantes fast-food alegando serem "alimentos mais saudáveis??", em comparação com a quantidade que eles comem em um outro tipo de lanchonete.

Ela pediu a 144 ridículas cobaias humanas pessoas para comparar alimentos que eles pensavam serem produzidos organicamente e convencionalmente, entre biscoitos de chocolate, sanduíche, iogurte natural e batatas fritas. Era um teste simples-cego, onde todas as variedades eram idênticas, com a única diferença sendo o rótulo "orgânico" e "convencional". Em média, a maioria das pessoas deu preferência pelos alimentos rotulados como "orgânicos", achando terem melhor sabor, aparência, textura etc.

Relembrando: todos eram iguais e de mesma procedência.

A explicação disso é óbvia e mais do que conhecida: as pessoas são burras e facilmente manipuláveis por uma simples etiqueta. O estudo foi publicado no encontro anual da American Society for Nutrition.

Re: Estudo sugere que vinho caro é desperdício

Enviado: 14 Abr 2011, 10:54
por Apo
Opa, opa, opa! Eu que não sou nem uma bebedora social , consigo sentir muito bem as diferenças entre vinhos baratos e "caros"! Entre os caros e muito caros não consigo discernir, a não ser por gosto pessoal entre uvas e procedências.
Nem preciso ver etiqueta, nem saber o preço antes. É como um bom e um mau chocolate, um calçado de couro alemão e um couro vagabundo, um azeite com maior ou menor percentual de acidez.
O que aocntece é que há pessoas que não distinguem mesmo entre joio e trigo. Fazer o quê?

Re: Estudo sugere que vinho caro é desperdício

Enviado: 14 Abr 2011, 12:36
por Fernando Silva
Se os alimentos ditos "orgânicos" fossem realmente produzidos como anunciado, o rendimento da produção seria baixíssimo e o preço teria que ser altíssimo.
Sua vantagem seria apenas ideológica e não nutricional (exceto pela ausência de agrotóxicos).

Além disto, não dá para alimentar 7 bilhões de humanos com culturas "orgânicas" devido à baixa produtividade. Em resumo, é uma mistura de ideologia com status.

Re: Estudo sugere que vinho caro é desperdício

Enviado: 14 Abr 2011, 14:02
por Johnny
Fernando Silva escreveu:Se os alimentos ditos "orgânicos" fossem realmente produzidos como anunciado, o rendimento da produção seria baixíssimo e o preço teria que ser altíssimo.
Sua vantagem seria apenas ideológica e não nutricional (exceto pela ausência de agrotóxicos).

Além disto, não dá para alimentar 7 bilhões de humanos com culturas "orgânicas" devido à baixa produtividade. Em resumo, é uma mistura de ideologia com status.

Onde status leia-se "falta do que fazer"

Re: Estudo sugere que vinho caro é desperdício

Enviado: 14 Abr 2011, 14:20
por Judas
Tenho vendido instrumentos musicais, alguns modelos são bem mais caros que os outros, até o triplo do preço! E muitas vezes o som é idêntico, mesmo pra mim que preciso de instrumentos melhores, para uso profissional, não da pra notar a diferença.
Tem gente que paga bem mais caro só pra não ter que exibir um "Made in Korea" ao invés de um "Made in USA". É disso que o mercado voltado para este público sobrevive.

Re: Estudo sugere que vinho caro é desperdício

Enviado: 14 Abr 2011, 14:25
por Judas
Quanto ao vinho, eu acho que também posso notar a diferença entre um barato e um caro, mas não entre um caro e um muito caro. Gosto de vinho.
Onde eu toco toda quinta-feira, vendem uma cerveja que custa 18 reais a garrafa, tomei uma vez pra sentir se tinha diferença e só serviu pra eu ficar 18 reais mais pobre.

Re: Estudo sugere que vinho caro é desperdício

Enviado: 14 Abr 2011, 14:31
por Johnny
Judas escreveu:Tenho vendido instrumentos musicais, alguns modelos são bem mais caros que os outros, até o triplo do preço! E muitas vezes o som é idêntico, mesmo pra mim que preciso de instrumentos melhores, para uso profissional, não da pra notar a diferença.
Tem gente que paga bem mais caro só pra não ter que exibir um "Made in Korea" ao invés de um "Made in USA". É disso que o mercado voltado para este público sobrevive.

Bem, não sei que tipo de "orelha" vocÊ tem, mas dependendo do instrumento, s´mesmo sendo um músico para sentir a diferença. Veja bem, quando digo músico, significa o cara que estudou música numa universidade e etc. Ou então, já que você me enche o saco por colcoar frases de sentido diverso, um cara com ouvido musical, absoluto ou relativo, ou ainda o cara que consegue sentir a diferença entre timbres similares.

Re: Estudo sugere que vinho caro é desperdício

Enviado: 14 Abr 2011, 14:39
por Judas
Johnny escreveu:
Judas escreveu:Tenho vendido instrumentos musicais, alguns modelos são bem mais caros que os outros, até o triplo do preço! E muitas vezes o som é idêntico, mesmo pra mim que preciso de instrumentos melhores, para uso profissional, não da pra notar a diferença.
Tem gente que paga bem mais caro só pra não ter que exibir um "Made in Korea" ao invés de um "Made in USA". É disso que o mercado voltado para este público sobrevive.

Bem, não sei que tipo de "orelha" vocÊ tem, mas dependendo do instrumento, s´mesmo sendo um músico para sentir a diferença. Veja bem, quando digo músico, significa o cara que estudou música numa universidade e etc. Ou então, já que você me enche o saco por colcoar frases de sentido diverso, um cara com ouvido musical, absoluto ou relativo, ou ainda o cara que consegue sentir a diferença entre timbres similares.



São guitarras do mesmo medelo, e fabricação em diferentes países. O som realmente é o mesmo, muda um pouco na sustentação de notas por conta da qualidade da madeira utilizada. Pra quem vai gravar um DVD com uma banda famosa faz diferença, pra quem vai usar na noite não. Vai do tamanho do bolso de quem compra e da vontade de gastar dinheiro.

Re: Estudo sugere que vinho caro é desperdício

Enviado: 14 Abr 2011, 14:57
por Aranha
- A indústria do vinho (e outras também) vive de inventar e alardear sofisticações imperceptíveis que encarecem o produto.

Abraços,

Re: Estudo sugere que vinho caro é desperdício

Enviado: 14 Abr 2011, 15:18
por Apo
Mas é como todo produto que tem que provar quando não se conhece. Decide pela sua cognição e simpatia ( rótulo, safra, marca, procedência, preço, ocasião, oferta ) e prova. Faz as devidas considerações e pronto: se o custo benefício agradar, repete a compra. Se não, troca, ou volta para o preferido, ou prova outra coisa. Muita polêmica por nada.

Re: Estudo sugere que vinho caro é desperdício

Enviado: 14 Abr 2011, 16:14
por Jack Torrance
No mercado existe uma demanda de pessoas endinheiradas ou metidas que compram produtos com valor agregado que ofereçam algum "diferencial".

Existe viadagem maior do que marca de água? Segundo um professor meu existe diferença no sabor da água... Uma São Lourenço, uma Prata, uma Perrier etc. das marcas ralés...

Certa vez, ele falou que viu, no Pão de Açúcar, um vidro pequeno de farinha de mandioca orgânica que custava R$ 16,00. Viadagem pura.

Os marqueteiros são bons em trabalhar com o ego e o status das pessoas. Gostaria de ter essa oportunidade.

Re: Estudo sugere que vinho caro é desperdício

Enviado: 14 Abr 2011, 16:23
por Johnny
Jack Torrance escreveu:No mercado existe uma demanda de pessoas endinheiradas ou metidas que compram produtos com valor agregado que ofereçam algum "diferencial".

Existe viadagem maior do que marca de água? Segundo um professor meu existe diferença no sabor da água... Uma São Lourenço, uma Prata, uma Perrier etc. das marcas ralés...

Certa vez, ele falou que viu, no Pão de Açúcar, um vidro pequeno de farinha de mandioca orgânica que custava R$ 16,00. Viadagem pura.

Os marqueteiros são bons em trabalhar com o ego e o status das pessoas. Gostaria de ter essa oportunidade.


Se não se enturmar, fica feio na roda.

Mas o caso da áqua é um pouco diferente. Ano passado, quando voltei para o sudeste, estava num estabelecimento na minha atual cidade e parei numa cafeteria paa tmar uma agua e café, pois estava com sde e vontade de fumar. Ao beber a agua, notei que ela era muito leve de se beber. Achei estranho pois sempre gostei da Lindoya e especificamente da Prata Leve, em certos casos. Quando tomo agua destas de garrafão pela manhã, parece que desce pesado (acho que desce mesmo). Mas aí em comprei esta São Lourenço, que não é tão cara e realmente faz diferença. Mas matar a sede, até a de torneira.

Re: Estudo sugere que vinho caro é desperdício

Enviado: 14 Abr 2011, 16:37
por Aranha
Johnny escreveu:
Jack Torrance escreveu:No mercado existe uma demanda de pessoas endinheiradas ou metidas que compram produtos com valor agregado que ofereçam algum "diferencial".

Existe viadagem maior do que marca de água? Segundo um professor meu existe diferença no sabor da água... Uma São Lourenço, uma Prata, uma Perrier etc. das marcas ralés...

Certa vez, ele falou que viu, no Pão de Açúcar, um vidro pequeno de farinha de mandioca orgânica que custava R$ 16,00. Viadagem pura.

Os marqueteiros são bons em trabalhar com o ego e o status das pessoas. Gostaria de ter essa oportunidade.


Se não se enturmar, fica feio na roda.

Mas o caso da áqua é um pouco diferente. Ano passado, quando voltei para o sudeste, estava num estabelecimento na minha atual cidade e parei numa cafeteria paa tmar uma agua e café, pois estava com sde e vontade de fumar. Ao beber a agua, notei que ela era muito leve de se beber. Achei estranho pois sempre gostei da Lindoya e especificamente da Prata Leve, em certos casos. Quando tomo agua destas de garrafão pela manhã, parece que desce pesado (acho que desce mesmo). Mas aí em comprei esta São Lourenço, que não é tão cara e realmente faz diferença. Mas matar a sede, até a de torneira.



- Você é um fresco.

Abraços,

Re: Estudo sugere que vinho caro é desperdício

Enviado: 14 Abr 2011, 16:47
por Apo
:emoticon22: :emoticon22: :emoticon22: :emoticon22: :emoticon22: :emoticon22: :emoticon22:

Re: Estudo sugere que vinho caro é desperdício

Enviado: 14 Abr 2011, 16:49
por Apo
Vamu separá este negócio de mkt e seus poderes mágicos junto ao povo deslumbrado ( endinheirado ou pé-rapado) do que é perceptível aos sentidos de gente que conhece e de gente invejosa? Tá bom.

Re: Estudo sugere que vinho caro é desperdício

Enviado: 14 Abr 2011, 16:51
por Apo
Johnny escreveu:Se não se enturmar, fica feio na roda.



Coisa de mané, tanto endinheirado quanto pé-rapado.

Re: Estudo sugere que vinho caro é desperdício

Enviado: 14 Abr 2011, 17:20
por Judas
Jack Torrance escreveu:No mercado existe uma demanda de pessoas endinheiradas ou metidas que compram produtos com valor agregado que ofereçam algum "diferencial".

Existe viadagem maior do que marca de água? Segundo um professor meu existe diferença no sabor da água... Uma São Lourenço, uma Prata, uma Perrier etc. das marcas ralés...

Certa vez, ele falou que viu, no Pão de Açúcar, um vidro pequeno de farinha de mandioca orgânica que custava R$ 16,00. Viadagem pura.

Os marqueteiros são bons em trabalhar com o ego e o status das pessoas. Gostaria de ter essa oportunidade.




Viadagem também aquilo de copos diferentes para diferentes tipos de vinho, alguns com boca larga, para o nariz entrar no copo, outros o contrário. Tem também uma boiolagem do tipo, despejar certo tipo de vinho em uma região específica da língua, que sente mais o ácido, amargo ou docê.

Acho que se uma bicha dessas ver eu pegar uma garrafa de vinho de 6000 reais, abrir deixando a rolha cair dentro e tomando o vinho no gargalo da garrafa, vai precisar chamar o SAMU pra ela.
Pelo sim pelo não, mellhor não fazer, a bichona pode achar que sou um homem tipo selvagem que faz suas próprias regras etc.. e vir puxar assunto. Prefiro morrer sem saber.

Re: Estudo sugere que vinho caro é desperdício

Enviado: 14 Abr 2011, 17:41
por Apo
Bom mesmo é pinga né? Todas de macho!

Imagem

:emoticon22: :emoticon22: :emoticon22: :emoticon22: :emoticon22:

Óia, nem se atrevam a me responder!!!! :emoticon49:

Re: Estudo sugere que vinho caro é desperdício

Enviado: 14 Abr 2011, 17:48
por Judas
:emoticon12: :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:


Me lembro quando bebi uma pinga chamada "Suvaco de Cobra" pelos interiorrrrr de Minas. Nunca mais me atrevo.

Re: Estudo sugere que vinho caro é desperdício

Enviado: 14 Abr 2011, 17:51
por Apo
Judas escreveu::emoticon12: :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:


Me lembro quando bebi uma pinga chamada "Suvaco de Cobra" pelos interiorrrrr de Minas. Nunca mais me atrevo.


Esta é famosa.