Gilghamesh escreveu:Benetton escreveu:E, apenas para constar, Você teria alguma formação na área técnica perical criminal? Não? Então quais as credenciais que o abonam para refutar a Perícia Técnica de São Paulo, a qual, sem precisar de micros e muito menos PhotoShop ( nem sonhavam com isso na época ), tiveram acesso in loco às fotos originais, com lupas que aumentavam 90 vezes o negativo e sua impressão, e com isso, tinham um handicap mais vantajoso do que um Photoshop hoje pode analizar em uma tela que, por mais avançada que seja, nunca chegará a nitidez da foto original?
Talvez seja mesmo "engraçado". Mas talvez também o sentido desse termo não seja exatamente literal e sim metafórico, se bem entendido.
É muito simples responder essa pergunta, veja a foto que vc mesmo postou e grifou:
O perito carlos petit afirma que não houve nas fotos, quaisquer "modalidades de "trucs"
Ora, o que significa isso?
Significa que o perito alegou através de periciamento técnico, que as fotos apresentadas não possuíam fraudes do tipo: montagem, sobreposição, dupla exposição, sanduiche e outros tipos de técnicas para modificar as imagens fotografadas originalmente.
Ok?
Mas logo em seguida, na área que vc não grifou, o perito, também afirma:
"Quanto aos "fenômenos" registrados pelas objetivas, o infra assinado, quer deixar consignado que escapa, totalmente, à alçada pericial."
Mas é lógico!
Um perito técnico da área criminal não é nenhum parapsicólogo para atestar nada acerca da fenomenologia. Ele se limitou, de forma profissional, a atestar a validade das fotos e a contestar, a posteriori, um laudo do RJ, cheio de erros técnicos, e por incrível que pareça, tendenciosos, como por exemplo, diz Carlos Éboli, do Rio :
"As figuras femininas e masculinas, retratadas são, na realidade, uma só feminina, que se veste em várias ocasiões, com parte de uma mesma indumentária."Já Petit rebate no mesmo ponto :
"...divergências são facilmente constatadas, pois o rosto da forma da figura feminina apresenta-se mais cheio, narinas bem abertas, tendo sido constatado que a parte superior apresenta-se arqueada (...) Uma simples inspeção ocular sobre as fotos das imagens masculinas e femininas é suficiente para comprovar a diferença dos trajes."Como se não bastasse a tendenciosidade, Petit afirma categoricamente :
"Os exames minuciosos dos negativos e nas cópias fotográficas que reproduzem as formas femininas e masculinas, revelam ausência completa de vinco que poderiam ser consequência de dobragem e redobragem do tecido; não se constataou também amarfanhamento."Gilghamesh escreveu:No entanto o próprio perito desmente isso, ele apenas comprovou que não foram usados truques fotográficos para a obtenção das fotografias.
Já sobre os tais "fenômenos", ele se isenta totalmente de afirmar que são reais, alegando estarem fora de sua alçada.
Evidente, de novo! Já disse : Um perito criminal de uma Polícia Técnica não tem formação parapsicológica para comprovar nenhuma fenomenologia, de qualquer natureza. Se ele fizesse isso, estaria sim, demonstrada sua parcialidade em defender o Espiritismo. Ele se limitou, e como se espera realmente de um profissional respeitável, à sua esfera de atuação técnica, e não parapsicológica.
Gilghamesh escreveu:Ao analisarmos esse texto, fica bem claro, para que todos possam ver, que a perícia foi encomendada para verificar se as fotos eram verdadeiras e não trucagens, o que o perito comprovou, mas absolutamente não foi pedida a perícia dos objetos fotografados, o que é aquilo que deveria ter sido pedido ao perito.
O que foi levado aos Peritos Paulistanos foi o resultado das experiências, ou seja, negativos e impressões gráficas, e não material de origem ectoplasmática, o que seria impossível, dado os dias decorridos entre a perícia e os fenômenos.
Gilghamesh escreveu:Outra coisa que fica bem clara é que em nenhum momento, tive acesso ao laudo do Rio de Janeiro, que desmente a pericia que está nessa pagina e foi feita em São Paulo.
Há aí, um pequeno erro de interpretação. Quem desmente quem? Ora, primeiro foi feito o laudo no RJ, DEPOIS, a perícia de SP desmentiu a do RJ. Logo, cabia a Carlos Éboli replicar a de São Paulo, O QUE NÃO FOI FEITO!
Gilghamesh escreveu:O livro aprresentado por vocês só menciona a existência desse laudo, mas não o apresenta.
Caso isso fosse feito, muita coisa poderia ser analisada.
O Livro mostra partes das deduções dos laudos do Rio e de São Paulo, nos segmentos em que são mais contraditórios. Posteriormente, é reproduzido o laudo de SP mais detalhadamente, onde se pode ler de forma clara acerca dos erros crassos contido nos laudos do Rio. Há que se ressaltar que a perícia técnica de São Paulo era muito superior, tecnicamente, a do Rio na época. Acho que ainda é até hoje.
Gilghamesh escreveu:Mas, por motivos "obscuros" os autores do livro não publicaram esse laudo que os difama.
Por que será?
Errado. O livro mostra, ponto a ponto, nas partes mais contundentes, as ilações dos laudos cariocas confrontados, a posteriori, com os de São Paulo.
Gilghamesh escreveu:Agora, bene, em relação se eu tenho credenciais oficiais ou não para analisar tais documentos, é irrelevante.
Você acha mesmo?
Gilghamesh escreveu:Mesmo porque, foi o bota que me desafiou a provar que os objetos fotografados são fraudes, e não, provar que as fotos foram fraudadas através de truques técnicos.
Percebeu a diferença?
O que desmerecia os fenômenos, segundo um dos seus critérios, eram as dobras e vincos ( note que um vinco forma uma aresta ou sulco, o que a difere de uma formação ondulada, comum a qualquer material submetido à gravidade ), asssemelhando-se a ocorrências naturais de tecidos comuns. A perícia de São Paulo constatou não haver tais formações.
Gilghamesh escreveu:Já sobre Photoshop e lentes de aumento, vc está por fora, existem outros programas, aos quais usarei nas novas fotos que postarei, que aumentam a resolução em até 4.000 % , então os 90% das lentinhas dos peritos, é fichinha!
Você não entendeu. Ter os negativos originais dá uma perspectiva de alcance real não comparável a resolução fornecida por computadores que reproduzem imagens matriciais por pixels. Mesmo que seus programas aumentassem 1.000.000.000 % qualquer imagem reproduzida por eletróns ou cristal líquido, não chegaria à nitidez da imagem real obtida pela emulsão impressionada pela luz no momento em que ocorreu o fato.