Ministro da Itália pede ao papa que dirija uma cruzada
Enviado: 09 Fev 2006, 21:22
Ministro da Itália pede ao papa que dirija uma cruzada cristã
O ministro para a Reforma Institucional da Itália, Roberto Calderoli, acredita que Bento XVI deveria enfrentar o Islã como o fizeram seus antecessores Pio V e Inocêncio XI, ao convocarem as cruzadas.
Em entrevista publicada hoje no jornal La Repubblica, Calderoli, representante da Liga Norte, partido com tendências racistas e separatistas, diz que "foi desencadeado um ódio louco vindo do povo muçulmano".
"Chegou o momento de tomar atitudes. Essas pessoas só são vencidas com a força", acrescenta Calderoli. Na terça-feira, uma jornalista o descreveu como "racista, machista e 'hooligan' alterado" depois que o ministro tentou desqualificar a repórter israelense Rula Jebreal em um programa de televisão, chamando-a de "senhora bronzeada".
Questionado na entrevista de La Repubblica se sua forma de pensar não é pior "já que o ódio gera ódio", o ministro italiano respondeu: "Os islâmicos mudaram de estratégia: antes usavam só terroristas, agora movimentam as massas e invadem as embaixadas".
O jornalista, espantado, perguntou: "Como?". Calderoli, defensor também da castração para culpados de estupro, respondeu: "na Guerra de Viena e na Guerra de Lepanto, os papas substituíram os Governos. Criaram grandes alianças para derrotar a ameaça islâmica".
Incrédulo, o jornalista insistiu: "Está o senhor dizendo que (Joseph) Ratzinger deve se tornar paladino do cristianismo contra a 'ameaça do Islã'?".
"Deve fazê-lo e rápido", afirmou o ministro.
Calderoli comentou que o poder religioso deve intervir porque "antes, os Estados Unidos faziam o papel de defesa do Ocidente" e "agora estão calados, como os governos europeus. Sobre o tema das caricaturas estão estranhamente calmos. Talvez porque está envolvido o petróleo".
O ministro italiano anunciou que seu partido levará uma moção ao Parlamento para criar um Conselho "contra a discriminação dos cristãos para que os países que descriminarem sejam castigados".
As palavras de Calderoli costumam causar polêmica na Itália. Até o presidente do Parlamento, Pierferdinando Casini, chamou suas idéias de "tolices" quando propôs que seu partido pagasse 25 mil euros de recompensa a quem denunciasse as pessoas que assassinaram, em 2004, o empregado de um posto de gasolina para roubá-lo.
A oposição disse que essa proposta era típica de quem não acredita no Estado de Direito e na Justiça.
http://noticias.terra.com.br/mundo/inte ... 94,00.html
O ministro para a Reforma Institucional da Itália, Roberto Calderoli, acredita que Bento XVI deveria enfrentar o Islã como o fizeram seus antecessores Pio V e Inocêncio XI, ao convocarem as cruzadas.
Em entrevista publicada hoje no jornal La Repubblica, Calderoli, representante da Liga Norte, partido com tendências racistas e separatistas, diz que "foi desencadeado um ódio louco vindo do povo muçulmano".
"Chegou o momento de tomar atitudes. Essas pessoas só são vencidas com a força", acrescenta Calderoli. Na terça-feira, uma jornalista o descreveu como "racista, machista e 'hooligan' alterado" depois que o ministro tentou desqualificar a repórter israelense Rula Jebreal em um programa de televisão, chamando-a de "senhora bronzeada".
Questionado na entrevista de La Repubblica se sua forma de pensar não é pior "já que o ódio gera ódio", o ministro italiano respondeu: "Os islâmicos mudaram de estratégia: antes usavam só terroristas, agora movimentam as massas e invadem as embaixadas".
O jornalista, espantado, perguntou: "Como?". Calderoli, defensor também da castração para culpados de estupro, respondeu: "na Guerra de Viena e na Guerra de Lepanto, os papas substituíram os Governos. Criaram grandes alianças para derrotar a ameaça islâmica".
Incrédulo, o jornalista insistiu: "Está o senhor dizendo que (Joseph) Ratzinger deve se tornar paladino do cristianismo contra a 'ameaça do Islã'?".
"Deve fazê-lo e rápido", afirmou o ministro.
Calderoli comentou que o poder religioso deve intervir porque "antes, os Estados Unidos faziam o papel de defesa do Ocidente" e "agora estão calados, como os governos europeus. Sobre o tema das caricaturas estão estranhamente calmos. Talvez porque está envolvido o petróleo".
O ministro italiano anunciou que seu partido levará uma moção ao Parlamento para criar um Conselho "contra a discriminação dos cristãos para que os países que descriminarem sejam castigados".
As palavras de Calderoli costumam causar polêmica na Itália. Até o presidente do Parlamento, Pierferdinando Casini, chamou suas idéias de "tolices" quando propôs que seu partido pagasse 25 mil euros de recompensa a quem denunciasse as pessoas que assassinaram, em 2004, o empregado de um posto de gasolina para roubá-lo.
A oposição disse que essa proposta era típica de quem não acredita no Estado de Direito e na Justiça.
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