Religião é Veneno

O que é o tempo?

Por Alexandre Versignassi

Se não me perguntarem, eu sei o que é. Se tiver de explicar para alguém, não sei. O problema é que o passado não está mais aqui, o futuro ainda não chegou e o presente voa tão rápido que parece não ter extensão alguma. Aliás, se o presente só surge para virar passado, não daria pra dizer que o tempo é uma caminhada rumo à não-existência?

Santo Agostinho, bispo cabeça do século 5. Famoso por por adaptado o pensamento da Grécia Antiga ao Cristianismo.

É o jeito que a natureza deu para não deixar que tudo acontecesse de uma vez só.

John Wheeler, um dos maiores físicos do século 20.

Uma ilusão. A distinção entre passado, presente e futuro não passa de uma firme e persistente ilusão.

Albert Einstein, o cara.

Não há fluxo. Os eventos, independentemente de quando ocorram, simplesmente existem. Todos existem. Eles ocupam para sempre o seu ponto particular no espaço-tempo. Se você estava se divertindo a valer no réveillon, você ainda está lá, pois esta é uma das localizações imutáveis do espaço-tempo.

Brian Greene, físico americano da Universidade de Colúmbia e autor best seller de divulgação científica. Aqui, o professor explica do jeito dele o ponto de vista de Einstein.

Res Cogitans escreveu:Uma ilusão. A distinção entre passado, presente e futuro não passa de uma firme e persistente ilusão.

O desdobramento mais interessante desta proposta é que o passado e o futuro podem até existir de certa forma, mas o presente é uma construção mental.

Pense bem, o presente é o instante atual.
O instante anterior é passado e o seguinte é futuro.

Mas qual a medida temporal deste instante?
Um segundo, um nano-segundo, menos?

O fato é que nossas reações eletroquímicas cerebrais que processam os estímulos sensoriais levam um delta de tempo para processar o instante presente, o que implica que quando você toma consciência do presente, ele já é passado.

Legal né?

Acauan escreveu:O desdobramento mais interessante desta proposta é que o passado e o futuro podem até existir de certa forma, mas o presente é uma construção mental.

Pense bem, o presente é o instante atual.
O instante anterior é passado e o seguinte é futuro.

Mas qual a medida temporal deste instante?
Um segundo, um nano-segundo, menos?

O fato é que nossas reações eletroquímicas cerebrais que processam os estímulos sensoriais levam um delta de tempo para processar o instante presente, o que implica que quando você toma consciência do presente, ele já é passado.

Legal né?

delta t tendendo à zero.

Sei lá o que é. Só sei que quero que inventem logo um jeito de acabar com o envelhecimento! Sei lá... dar um jeito nos tais "radicais livres"...

Ir contra a lógica natural é sempre a nossa meta!

Mas eu concordo com o Poindexter...particularmente, tenho muito mais medo do envelhecimento do que da morte.

Samael escreveu:Ir contra a lógica natural é sempre a nossa meta!

Mas eu concordo com o Poindexter...particularmente, tenho muito mais medo do envelhecimento do que da morte.

É como estar andando para a cadeira elétrica, só que num processo mais lento...

Samael escreveu:Ir contra a lógica natural é sempre a nossa meta!

Mas eu concordo com o Poindexter...particularmente, tenho muito mais medo do envelhecimento do que da morte.

Por isto que guerreiros chamavam a morte em combate de tombar com glória.
Era uma alternativa à decadência da velhice.

Bom, o meu problema em particular nem é o deixar de existir, mas sim, o definhamento que precede tal fato.

Perder a mobilidade, falhas no organismo, baixa imunidade, dependência alheia...isso me incomoda muito.

Acauan escreveu:

Samael escreveu:Ir contra a lógica natural é sempre a nossa meta!

Mas eu concordo com o Poindexter...particularmente, tenho muito mais medo do envelhecimento do que da morte.

Por isto que guerreiros chamavam a morte em combate de tombar com glória.
Era uma alternativa à decadência da velhice.

Verdade...

Mas isto também não é unanimidade. O utopismo acerca da sabedoria da velhice me soa muito bem.

Pena que é apenas utopismo...

Samael escreveu:Verdade...

Mas isto também não é unanimidade. O utopismo acerca da sabedoria da velhice me soa muito bem.

Pena que é apenas utopismo...

Quem nunca procurou a sabedoria na juventude, dificilmente a encontrará na velhice.
É como decidir aos oitenta anos que vai aprender a ler para se tornar físico nuclear um dia.

Acauan escreveu:

Samael escreveu:Verdade...

Mas isto também não é unanimidade. O utopismo acerca da sabedoria da velhice me soa muito bem.

Pena que é apenas utopismo...

Quem nunca procurou a sabedoria na juventude, dificilmente a encontrará na velhice.
É como decidir aos oitenta anos que vai aprender a ler para se tornar físico nuclear um dia.

Taí algo que eu concordo bastante.

Mas a pior coisa do mundo é a prepotência de alguns com mais idade em relação à "rebeldia jovem".

Samael escreveu:Taí algo que eu concordo bastante.

Mas a pior coisa do mundo é a prepotência de alguns com mais idade em relação à "rebeldia jovem".

Quem diz isto se orgulha de um tempo em que todos os jovens eram bundões, tempo este que nunca existiu.

Samael escreveu:Bom, o meu problema em particular nem é o deixar de existir, mas sim, o definhamento que precede tal fato.

Perder a mobilidade, falhas no organismo, baixa imunidade, dependência alheia...isso me incomoda muito.

Exato! Imagina ter de viver anos sem mais poder cuidar da própria casa, talvez viúvo e talvez sem poder mais cuidar das contas. Se não tiver mais parentes, tá literalmente fud***. Se tiver filhos/sobrinhos, talvez tenha que ir morar com um deles, talvez tendo que ver claro descontentamento de genro/nora com tal fato (se for com sobrinhos, nem nora/genro mais é). Talvez te ponham em um asilo ou paguem atendentes para você... enfermeiras indo te dar banho... TENHO MEDO!!!!

Este é um dos motivos pelos quais penso seriamente em ter filhos, apesar do custo e do imenso sacrifício que isso acarreta. Apesar de tudo, atendentes, asilo ou descontentamento de genro/nora (e/ou do próprio(a) filho(a)) ainda é melhor que se fu*er geral em caso de viuvez. Pelo menos você ainda tem família (se bem que já tenho sobrinhos, mas se já odiaria ter que incomodar filhos, imagina sobrinhos... ainda mais se eles já estiverem cuidando dos pais deles... vergonha suprema!!!).

Se você viver o bastante e cada vez pior, verás maioria de teus amigos/conhecidos morrer. Não te sobra mais ninguém. Suprema solidão. A dor que deve sentir uma pessoa que acaba de enviuvar...

AAAAAAARRRRRRRRRGGGGGGGGGHHHHHHH!!!!

Poindexter escreveu:

Samael escreveu:Bom, o meu problema em particular nem é o deixar de existir, mas sim, o definhamento que precede tal fato.

Perder a mobilidade, falhas no organismo, baixa imunidade, dependência alheia...isso me incomoda muito.

Exato! Imagina ter de viver anos sem mais poder cuidar da própria casa, talvez viúvo e talvez sem poder mais cuidar das contas. Se não tiver mais parentes, tá literalmente fud***. Se tiver filhos/sobrinhos, talvez tenha que ir morar com um deles, talvez tendo que ver claro descontentamento de genro/nora com tal fato (se for com sobrinhos, nem nora/genro mais é). Talvez te ponham em um asilo ou paguem atendentes para você... enfermeiras indo te dar banho... TENHO MEDO!!!!

Este é um dos motivos pelos quais penso seriamente em ter filhos, apesar do custo e do imenso sacrifício que isso acarreta. Apesar de tudo, atendentes, asilo ou descontentamento de genro/nora (e/ou do próprio(a) filho(a)) ainda é melhor que se fu*er geral em caso de viuvez. Pelo menos você ainda tem família (se bem que já tenho sobrinhos, mas se já odiaria ter que incomodar filhos, imagina sobrinhos... ainda mais se eles já estiverem cuidando dos pais deles... vergonha suprema!!!).

Se você viver o bastante e cada vez pior, verás maioria de teus amigos/conhecidos morrer. Não te sobra mais ninguém. Suprema solidão. A dor que deve sentir uma pessoa que acaba de enviuvar...

AAAAAAARRRRRRRRRGGGGGGGGGHHHHHHH!!!!

Deve ser realmente horrível. Eu, particularmente, quero ter filhos porque adoro crianças e desejo as minhas no futuro.

Quanto ao envelhecimento, ele é triste demais. Às vezes vejo minha avó paterna, já aos noventa anos, sentada num canto, sem falar nada, com percepção e memória baixíssimas, se segurando pelas paredes para se locomover....

É, a velhice é triste demais.

Com relação à sabedoria da velhice, ela existe sim, mesmo para quem nunca procurou conhecimento.

Mateforicamente com relação ao futebol, é como pegar o caso do Romário... ele não tem mais a mesma força, mas aprendeu a se posicionar melhor na área...

Com o passar dos anos, maioria das pessoas aprende melhor as "manhas" da vida. Aprende a lidar com burocracia, passa a perceber melhor as intenções não-reveladas das outras pessoas...

Só que, lógico, assim como tem gente que não possui instrução, também tem gente que não aprende nada com as lições da vida.

Com relação à rebeldia jovem, se por um lado eu particularmente acho um verdadeiro saco, por outro não culpo mais os jovens em si, pois, como opróprio nome diz, é uma coisa que muito tem a ver com a idade. Com o passar do tempo, a maior experiência de vida e os maiores desafios que vão surgindo vão fazendo as pessoas evitarem esses arroubos.

Samael escreveu:Deve ser realmente horrível. Eu, particularmente, quero ter filhos porque adoro crianças e desejo as minhas no futuro.

Quanto ao envelhecimento, ele é triste demais. Às vezes vejo minha avó paterna, já aos noventa anos, sentada num canto, sem falar nada, com percepção e memória baixíssimas, se segurando pelas paredes para se locomover....

É, a velhice é triste demais.

O exemplo da viuvez tirei dos meus dois avós (avô paterno e avô materno). O exemplo do asilo é do meu avô paterno. O das atendentes/enfermeiras e banho foi do meu avô materno. O exemplo de não mais controlar as contas vem dos dois, também. Meus pais e tios passaram a controlar as finanças dos dois. É realmente horrível.

Já minhas avós não tiveram nem 10% desses problemas, pois morreram antes deles, e de forma relativamente súbita (a paterna estava bem até ser hospitalizada e ficou mais ou menos uma semana hospitalizada antes de morrer, a materna de certa forma deu mais sorte: estava bem no dia X, foi hospitalizada no mesmo dia X e morreu no dia X+1).

O terrível foi a a violenta aceleração da decadência física/mental que se deu nos dois que ficaram quando suas esposas se foram. Os dois tiveram Parkinson.

Também adoro crianças, mas sabe como é: minhas experiências foram com as crianças... DOS OUTROS... eu não tinha que limpar cocô, mandar estudar, "dar o exemplo", e, principalmente, não era eu que tinha que garantir o leitinho delas todos os dias!

Só que, sacumé... tem essa perspectiva horrível da velhice também... eu tava meio "em cima do muro", mas, pelo menos enquanto eu ainda estiver sob a influência das horribilidades que estamos falando neste tópico, a perspectiva de ter crianças ganhou alguns pontos a mais no meu conceito...

Ter filhos como meio de amenização da velhice é uma das atitudes egocêntricas que costumam ser revestidas pelo manto do inquestionável amor materno. A maioria das pessoas falham ou se negam a reconhecer conscientemente os sentimentos considerados "pouco nobres" que motivam essa decisão.

Parafraseando os espíritas do fórum: nascer, envelhecer, adoecer e morrer, tal é a lei.

Não devemos dar ouvidos às palavras de senis que acreditam que sabedoria decorre da cor dos cabelos, mas valorar cada um segundo suas palavras e ações. O Gavião tem toda razão: lutar com bravura, morrer com honra!

Flavio Costa escreveu:Ter filhos como meio de amenização da velhice é uma das atitudes egocêntricas que costumam ser revestidas pelo manto do inquestionável amor materno. A maioria das pessoas falham ou se negam a reconhecer conscientemente os sentimentos considerados "pouco nobres" que motivam essa decisão.

Parafraseando os espíritas do fórum: nascer, envelhecer, adoecer e morrer, tal é a lei.

Não devemos dar ouvidos às palavras de senis que acreditam que sabedoria decorre da cor dos cabelos, mas valorar cada um segundo suas palavras e ações. O Gavião tem toda razão: lutar com bravura, morrer com honra!

Mulheres tem um desejo natural de ter filhos.
Poucas execoes...

Fico pensando se futuras gera;oes,conseguirao amenizar os efeitos do tempo em nosso organismo.
serah q vai demorar? Serah q o homem consiguira nao apenas retardar o envelhecimento,mas rejuvelecer?

emmmcri escreveu:Mulheres tem um desejo natural de ter filhos.
Poucas execoes...

É verdade, mas a influência cultural não pode ser ignorada e mesmo das mulheres ouve-se essa posição de ter filhos para não ficar sozinho, geralmente colocado como um "sentimento puro" e não como defesa de um interesse pessoal.

Para a maioria das pessoas é mais cômodo aceitar a fábula social que encarar a crueldade da nossa efêmera existência.

Flavio Costa escreveu:Ter filhos como meio de amenização da velhice é uma das atitudes egocêntricas que costumam ser revestidas pelo manto do inquestionável amor materno. A maioria das pessoas falham ou se negam a reconhecer conscientemente os sentimentos considerados "pouco nobres" que motivam essa decisão.

Parafraseando os espíritas do fórum: nascer, envelhecer, adoecer e morrer, tal é a lei.

Não devemos dar ouvidos às palavras de senis que acreditam que sabedoria decorre da cor dos cabelos, mas valorar cada um segundo suas palavras e ações. O Gavião tem toda razão: lutar com bravura, morrer com honra!

Perfeito, Flávio.

Eu não tenho filhos e não intenciono tê-los. Mas caso eu tivesse gerado descendência e estivesse velho e incapacitado, penso que eu preferiria ser internado num asilo a ir morar com um dos meus descendentes e dar trabalho com minhas limitações.

Hoje, não tenho mais tanto receio da morte como eu tinha antigamente (muito embora não esteja afim de morrer no momento) e nem mesmo da velhice. Só espero envelhecer com saúde...pelo menos mental...

Entendo q mulher quer ter filhos a quaquer preco,a maioria absurda.Os tratamentos para gravidez engordam,deformam as mulheres e elas os fazem independentememte do apelo q a sociedade faz para elas se manterem atraentes.