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Lula comemora com pecadores

Enviado: 14 Fev 2006, 11:36
por Aurelio Moraes
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(Fotos de arquivo)

Como se nada tivesse acontecido

Lula se une aos acusados de mensalão na festa de comemoração dos 26 anos do partido que assumiu uso de caixa 2

Sérgio Pardellas e Carla Correia

Ainda em crise, o PT deixou de lado a proposta de “refundação” e procurou colocar em segundo plano o o mensalão para comemorar 26 anos apostando no futuro. Convidado de honra do jantar, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva abraçou companheiros, entre eles os incluídos na lista de cassação do mandato por envolvimento no escândalo: Professor Luizinho, José Mentor, João Paulo Cunha e Paulo Rocha, que renunciou ao mandato.

– Não temos vergonha de dizer que erramos. Pedir desculpa é uma grandeza, sobretudo quando se pede desculpas para o povo. Também não é o caso de execrar aqueles que erraram – disse Lula no discurso.

A nova direção do partido, eleita no fim do ano passado, conseguiu costurar com as correntes internas da legenda um pacto anticrise. Prevê congelar o debate público sobre política de alianças – tema polêmico – e barrar iniciativas que envolvam críticas ou punição aos petistas envolvidos em denúncias.

O presidente do PT, Ricardo Berzoini, aproveitou o encontro de prefeitos e governadores do partido em Brasília, horas antes do jantar, para tentar unificar o discurso em torno do projeto da reeleição de Lula. Ouviu, em contrapartida, que a realidade regional exige uma definição do presidente sobre a candidatura o quanto antes, não apenas em junho, para que o perfil das alianças nacionais norteie as negociações nos estados. No jantar, o presidente Lula afirmou, porém, que vai definir a candidatura no limite da lei. Berzoini aproveitou a festa para fazer a defesa pública do partido. O ministro das Relações Institucionais, Jaques Wagner, acrescentou a história da legenda “é maior que todo esse episódio”.

– Não aceitamos a tese do mensalão e a tese do esquema de corrupção dentro do governo. Até porque, este governo se destacou pelo combate à corrupção – disse Berzoini.

A estratégia eleitoral do Planalto para a campanha nacional não obteve consenso. O prefeito de Recife, João Paulo (PT), criticou veladamente o discurso do presidente. Afirmou que o PT não pode levar em consideração, durante o processo eleitoral, apenas os resultados administrativos, mas sim resgatar a base teórica. O governo tem realçado os principais números para dizer que superou o anterior, sobretudo no combate à desigualdade. Berzoini, referindo-se aos preparativos para a campanha nacional, ressaltou que o momento é de mobilização e união. Delegou tarefas, e pediu reação firme dos militantes diante dos ataques da oposição. A cúpula do partido estava preocupada com o tom dos discursos nas comemorações. Por isso, a necessidade do encontro à tarde para acertar o passo.

– Precisamos trabalhar de forma mais unida e coesa. As pessoas que têm responsabilidade política precisam dar tudo de si. Precisamos trabalhar para unir o Brasil em torno de Lula.

Quando o assunto enveredou para a política de alianças, pediu carta branca para as negociações com todos os partidos da base governista sem distinções, independentemente do envolvimento das legendas com o mensalão.

– Só se governa com uma ampla política de alianças. Vamos trabalhar em cima da realidade para tentar fazer com que um segundo mandato se aproxime do sonho petista – fez coro o governador do Acre, Jorge Viana.

O governador, um dos cotados para assumir a coordenação da campanha de reeleição de Lula, defendeu o caráter pragmático das escolhas dos parceiros nacionais.

– Se o critério for caixa 2, não vai sobrar partido para conversar. O que temos de fazer é pactuar com os aliados para não cair nos mesmos erros de novo – afirmou o governador.

A idéia é que as negociações em torno das alianças sejam concluídas até o fim de março para que o PT chegue ao Encontro Nacional, marcado para o fim de abril com um quadro mais consolidado. Enquanto isso, o PT vai avaliar a situação estado por estado e de que maneira o empenho das principais figuras políticas poderá contribuir para a reeleição.

A intenção de alguns setores do PT de antecipar o encontro do partido para 30 de março, fato que acabaria precipitando o debate interno sobre a política de alianças, também foi rechaçada por Berzoini.

Apesar da pressão de setores do PT, a antecipação do anúncio oficial da candidatura do presidente Lula à reeleição irá depender exclusivamente dele. Por hora, Lula tem dito que pretende fazer o anúncio no início de junho.

– Cada estado possui uma dinâmica política própria. Mas temos que levar em conta sempre o ritmo do processo decisório no plano nacional. O presidente vai anunciar quando julgar necessário – disse Berzoini. (Com agências)

http://jbonline.terra.com.br/

Re: Lula comemora com pecadores

Enviado: 14 Fev 2006, 11:56
por francioalmeida
Mr.Hammond escreveu:Imagem
(Fotos de arquivo)

Como se nada tivesse acontecido

Lula se une aos acusados de mensalão na festa de comemoração dos 26 anos do partido que assumiu uso de caixa 2

Sérgio Pardellas e Carla Correia

Ainda em crise, o PT deixou de lado a proposta de “refundação” e procurou colocar em segundo plano o o mensalão para comemorar 26 anos apostando no futuro. Convidado de honra do jantar, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva abraçou companheiros, entre eles os incluídos na lista de cassação do mandato por envolvimento no escândalo: Professor Luizinho, José Mentor, João Paulo Cunha e Paulo Rocha, que renunciou ao mandato.

– Não temos vergonha de dizer que erramos. Pedir desculpa é uma grandeza, sobretudo quando se pede desculpas para o povo. Também não é o caso de execrar aqueles que erraram – disse Lula no discurso.

A nova direção do partido, eleita no fim do ano passado, conseguiu costurar com as correntes internas da legenda um pacto anticrise. Prevê congelar o debate público sobre política de alianças – tema polêmico – e barrar iniciativas que envolvam críticas ou punição aos petistas envolvidos em denúncias.

O presidente do PT, Ricardo Berzoini, aproveitou o encontro de prefeitos e governadores do partido em Brasília, horas antes do jantar, para tentar unificar o discurso em torno do projeto da reeleição de Lula. Ouviu, em contrapartida, que a realidade regional exige uma definição do presidente sobre a candidatura o quanto antes, não apenas em junho, para que o perfil das alianças nacionais norteie as negociações nos estados. No jantar, o presidente Lula afirmou, porém, que vai definir a candidatura no limite da lei. Berzoini aproveitou a festa para fazer a defesa pública do partido. O ministro das Relações Institucionais, Jaques Wagner, acrescentou a história da legenda “é maior que todo esse episódio”.

– Não aceitamos a tese do mensalão e a tese do esquema de corrupção dentro do governo. Até porque, este governo se destacou pelo combate à corrupção – disse Berzoini.

A estratégia eleitoral do Planalto para a campanha nacional não obteve consenso. O prefeito de Recife, João Paulo (PT), criticou veladamente o discurso do presidente. Afirmou que o PT não pode levar em consideração, durante o processo eleitoral, apenas os resultados administrativos, mas sim resgatar a base teórica. O governo tem realçado os principais números para dizer que superou o anterior, sobretudo no combate à desigualdade. Berzoini, referindo-se aos preparativos para a campanha nacional, ressaltou que o momento é de mobilização e união. Delegou tarefas, e pediu reação firme dos militantes diante dos ataques da oposição. A cúpula do partido estava preocupada com o tom dos discursos nas comemorações. Por isso, a necessidade do encontro à tarde para acertar o passo.

– Precisamos trabalhar de forma mais unida e coesa. As pessoas que têm responsabilidade política precisam dar tudo de si. Precisamos trabalhar para unir o Brasil em torno de Lula.

Quando o assunto enveredou para a política de alianças, pediu carta branca para as negociações com todos os partidos da base governista sem distinções, independentemente do envolvimento das legendas com o mensalão.

– Só se governa com uma ampla política de alianças. Vamos trabalhar em cima da realidade para tentar fazer com que um segundo mandato se aproxime do sonho petista – fez coro o governador do Acre, Jorge Viana.

O governador, um dos cotados para assumir a coordenação da campanha de reeleição de Lula, defendeu o caráter pragmático das escolhas dos parceiros nacionais.

– Se o critério for caixa 2, não vai sobrar partido para conversar. O que temos de fazer é pactuar com os aliados para não cair nos mesmos erros de novo – afirmou o governador.

A idéia é que as negociações em torno das alianças sejam concluídas até o fim de março para que o PT chegue ao Encontro Nacional, marcado para o fim de abril com um quadro mais consolidado. Enquanto isso, o PT vai avaliar a situação estado por estado e de que maneira o empenho das principais figuras políticas poderá contribuir para a reeleição.

A intenção de alguns setores do PT de antecipar o encontro do partido para 30 de março, fato que acabaria precipitando o debate interno sobre a política de alianças, também foi rechaçada por Berzoini.

Apesar da pressão de setores do PT, a antecipação do anúncio oficial da candidatura do presidente Lula à reeleição irá depender exclusivamente dele. Por hora, Lula tem dito que pretende fazer o anúncio no início de junho.

– Cada estado possui uma dinâmica política própria. Mas temos que levar em conta sempre o ritmo do processo decisório no plano nacional. O presidente vai anunciar quando julgar necessário – disse Berzoini. (Com agências)

http://jbonline.terra.com.br/



E se for candidato, vai ganhar, fazer o que o povo gosta de "contos de fada", Lula faz de sua imagem o que o povo mais quer ver, um represante dos "excluídos" no poder, mas infelizmente ele é um represante dos excluídos que joga do lado dos "incluidos".