Entrevista sobre Divaldo
Enviado: 14 Fev 2006, 14:17
Entrevista com Geraldo Rodrigues Guimarães sobre Divaldo Pereira Franco
Amigos,
Antes de mostrar a entrevista realizada com o senhor Geraldo Rodrigues Guimarães sobre o médium Divaldo Pereira Franco, gostaria de elucidar os motivos da realização da mesma.
Para quem não sabe, Divaldo Pereira Franco, o famoso médium baiano, afirma que Sathya Sai Baba, um guru indiano, é um dos seres mais evoluídos da Terra. Pesquisando sobre este guru, descobri alguns vídeos onde ele é pego em flagrante ao realizar seus truques de materialização de Vibuthi[1] , Lingams[2] e Amrits[3] . Abram este link:
http://home.hetnet.nl/~ex-baba/engels/moviesframe.html
Nesta página existem diversos vídeos que mostram claramente Baba executando seus truques. Acompanhe a descrição do vídeo para maiores detalhes sobre cada um.
De todos os esclarecedores vídeos mostrados o seguinte [o de número 7] é o mais interessante (é necessário fazer o download e ter o Windows Media Player para assistir o filme):
http://home.hetnet.nl/~videos/videos/ch ... baba07.wmv
"Este é um dos melhores vídeos que eu já vi, onde você pode ver fisicamente o tablete de vibuthi transferido (de uma mão para outra), e podemos vê-lo entre os dedos da mão direita. Ao final é possível ver Sai Baba esmagando o tablete com o dedo polegar. Note que em toda a "materialização" a mão direita e a mão esquerda entram em contato momentos antes do "milagre" e, logo após o contato, o dedo polegar direito é mantido fechado abaixo do restante dos dedos ( para segurar o tablete de vibuthi ).
Um mágico profissional, Nils Krøjgaard, explica como o truque é feito: As cinzas são comprimidas em pequenos tabletes. Ocasionalmente, quando Sai Baba percebe que ninguém está olhando sua mãos, ele transfere o tablete de uma mão para outra. Neste clipe um "close up" claramente mostra o tablete.
Observação: no começo do vídeo um círculo mostra a atriz (e Ascencionada) Goldie Hawn na platéia."
Agora vejamos o que é dito do encontro de Divaldo Pereira Franco com Sai Baba, de acordo com o site: http://www.portaluz.com.br/padrao_RESUMO_11.htm
“Ele [Divaldo Pereira Franco] acabara de voltar da Índia. Numa palestra que fez aqui em Salvador, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em detalhes narrou a recente visita que fizera a Sai Baba, quando não teve a menor cerimônia e nem economizou elogios ao externar a sua profunda admiração por Sai Baba, de quem "falou maravilhas".
Surpresa geral! - Divaldo Pereira Franco, com a honestidade e a coragem moral que lhe são peculiares - aliás, o seu sobrenome "Franco" realmente indica uma das inúmeras qualidades do seu elevado caráter - naquela palestra assistida por centenas de pessoas, narrou os dois seguintes episódios com ele e Sai Baba, o segundo episódio ocorrido há poucos dias, na Índia, e o primeiro um pouco antes, durante as muitas palestras internacionais que acabara de realizar:
O primeiro episódio
Durante aquela maratona de palestras, Divaldo ouvira repetidas e insistentes menções ao nome de Sai Baba, feitas por vários devotos e admiradores desse Avatar, em diferentes países onde ele fizera palestras. Até alguns frasquinhos contendo "vibhuti" e fotos de Sai Baba, ele recebera de presente.
Àquela altura - A sua mente, treinada para enfrentar o "desconhecido" e também para não menosprezar sucessivas e insistentes "coincidências", já o deixava atento, alerta e até curioso para saber quem era esse tal de Sai Baba, que tantos insistiam em lhe dizer que era um Avatar que realizava milagres.
Já era madrugada - Ele estava sozinho, num quarto de hotel em um país muito distante tanto do Brasil quanto da Índia. Ele estava muito cansado, devido às sucessivas palestras e viagens internacionais que estava fazendo. Ele estava quase dormindo.
Subitamente! - Ele foi traumática e violentamente despertado porque teve um forte ataque de angina! Sentindo profunda e aguda dor no seu peito, instintivamente ele segurou uma daquelas fotos que recebera e gritou:
-- Sai Baba! Me ajude pelo amor de Deus!
Imediatamente! - Sai Baba se materializou em sua frente e o atendeu, na maior naturalidade, como se fosse um médico qualquer que estivesse fazendo um atendimento domiciliar a um paciente!
Segundo episódio
Após esse fantástico (só fantástico?) acontecimento, tão rápido quanto possível, Divaldo foi visitar Sai Baba, na Índia, para poder lhe agradecer e também o conhecer pessoalmente, dessa vez em situação "normal".
Assim que os dois se encontraram - Imediatamente, Sai Baba sorriu para Divaldo, e lhe disse logo:
-- Que bom, meu filho! Este, já é o nosso segundo encontro!
Posteriormente
Para aumento da minha satisfação, tive o privilégio de assistir uma fita de vídeo, gravada por Divaldo, onde ele narrou e mostrou detalhes daquela sua visita a Sai Baba.
[...].”
Os depoimentos de Divaldo sobre Sai Baba estão gravados em vídeo, na videoteca do Centro Espírita Bezerra de Menezes é possível localizar este vídeo. No link abaixo vá em: MAPA DO SITE/DEPARTAMENTOS -> VIDEOTECA/AUDIOTECA -> PROCURE O VÍDEO 107, chamado ‘Sathya Sai Baba’:
http://www.bezerramenezes.org.br/
Depois de assistir os vídeos da farsa das materializações produzidas por Sai Baba as declarações de Divaldo tornam-se no mínimo intrigantes.
Observação: No site http://home.no.net/abacusa/ são mostradas inúmeras provas de que Sai Baba é dono de diversos palácios na Índia, possui pomposas carruagens, tudo conseguido com as doações de um povo que passa fome...
Ainda, seguem as informações do parapsicólogo Wellington Zangari sobre estudos científicos realizados com Sai Baba:
“Haraldsson e Wiseman (sim o cético) apresentaram juntos, em 1994, na Convenção da Parapsychological Association, um estudo que fizeram com Sai Baba. Eu estive lá e assisti com interessa a apresentação, sobretudo porque foi acompanhada de um vídeo do estudo. Submeteram o alegado paranormal a alguns controles simples, como ter suas mãos colocadas dentro de sacos plásticos fechados por elásticos. Nenhum fenômeno ocorreu enquanto houve esse tipo de controle. A conclusão do trabalho aponta para a possibilidade de fraude.”
Há ainda acusações de assassinato e pedofilia (No link: http://www.saipetition.net/ há uma petição para investigações mais profundas sobre estes supostos crimes) .
Resolvi tentar entrevistar Divaldo Pereira Franco, na esperança de ‘desmascará-lo’, pois eu tinha firme convicção de que ele mentira no episódio referente a Sathya Sai Baba. Tentei fazê-lo duas vezes, uma sexta-feira (dia 5 de agosto de 2005), na UERJ, ao lado do companheiro Marcos Borges, e outra vez no domingo, sozinho, no Colégio Militar da Tijuca. Na UERJ deu uma palestra que falava sobre a reencarnação e que esta doutrina teria sido afirmada por Orígenes. Citou também o caso de Teodora, que teria combatido a doutrina da reencarnação e mandado matar quinhentas prostitutas. Bem, todas essas informações estão erradas. De acordo com o site “Falhas do Espiritismo”, no tópico “Reencarnação na Bíblia”, em http://geocities.yahoo.com.br/falhasesp ... int_2.html, nem Orígenes defendeu a reencarnação e nem Teodora mandou matar quinhentas prostitutas. Bem, mas não foi sobre isso que resolvi falar. Queria contar sobre minhas impressões sobre o médium nesses dias.
Sua oratória continua perfeita. Ele permaneceu quase uma hora de pé durante sua palestra, sem dar mostra alguma de cansaço. No final, fez sua oração costumeira e foi muito aplaudido. Então começou a sessão de autógrafos, e uma fila imensa apareceu. Entrei na fila, pois era a chance que tinha para falar com ele. Fiquei impressionado com a simpatia com que ele recebia todas as pessoas, e como as pessoas o amavam, todas querendo um autógrafo, ter alguns instantes para falar com ele, agradecer. Vi um menininho sem braços e um rapaz deficiente mental que tinham comparecido à palestra, e que esperaram a fila inteira acabar para ter essa chance. O Marcos estava ao meu lado, aconselhando-me a manter a calma, a formular as perguntas melhor, para não correr o risco de ofendê-lo. Acho que o Marcos estava mais nervoso do que eu.
Foi chegando o momento do encontro. À medida que me aproximava, fui percebendo em como Divaldo está diferente do que normalmente aparece nas fotos. Ele está bem mais velho, os olhos perderam bastante de sua cor. Pareceu-me uma figura frágil. Fui perdendo a coragem, e ganhando mais respeito pela sua figura, afinal, ele estava velhinho, e sempre tenho uma simpatia natural pelos idosos (ao contrário dos que pensam que não tive educação, minha mãe sempre frisou o respeito pelos mais velhos)...
Pensei em deixar as pessoas que estavam atrás de mim na fila passarem na frente, para eu pensar melhor nas perguntas que faria. Nesse momento, o Marcos disse-me que não poderia esperar muito mais tempo, então pensei: “É agora ou nunca!” Entretanto, percebi que atrás de mim ainda tinha muita gente, e eu não poderia interroga-lo acerca do episódio de Sai Baba, pois demandaria muito tempo. Desisti. Resolvi tentar marcar uma entrevista para depois, e o Marcos disse-me que no domingo seria mais fácil falar com o Divaldo, pois ele estaria disponível o dia inteiro no Colégio Militar da Tijuca.
Quando chegou minha vez na fila, disse-lhe que era pesquisador e que gostaria de obter documentos de sua xenoglossia. Divaldo disse-me que seria impossível, pois estava tudo no acervo da Mansão do Caminho, mas que era só eu ir lá que poderia analisá-los à vontade. Agradeci e saí da fila, mas fiquei por perto. O Marcos disse que não poderia esperar mais, e perguntou-me se eu queria ir também. Disse-lhe que não. Senti que ainda havia chance de falar com ele, de poder marcar uma entrevista no domingo. Aí então, finalmente, o desmascararia!
Nesse ínterim, uma família pediu-me para tirar a foto deles com Divaldo, no que aceitei, e agradeceram profundamente pelo gesto.
Confesso que senti-me um rato. Ele era muito amado, muito querido, e eu estava lá querendo desmascará-lo, mostrar que ele era um mentiroso, uma fraude, e ainda vinham me agradecer! E se elas soubessem de minhas verdadeiras intenções? Fiquei nervoso.
Quando a fila acabou, Divaldo levantou-se rapidamente e saiu, disse que tinha muito trabalho no dia seguinte, iria a Petrópolis. Não consegui falar com ele nesse dia novamente. Fui para casa, planejando o que faria no domingo.
No domingo, cheguei quase uma hora da tarde, e tentei contactar alguém da organização, tentando entrevistá-lo. Eu havia digitado as perguntas e impresso. Não levava comigo gravador.
Perguntando a várias pessoas, fui informado que um amigo pessoal de Divaldo poderia atender-me, e resolvi falar com ele para marcar a entrevista. Esse amigo, senhor Geraldo Rodrigues Guimarães, mostrou-se bastante receptivo, mas disse que seria impossível entrevistar o Divaldo, pois ele havia saído e só voltaria às três da tarde, exclusivamente para autógrafos. Perguntei-lhe se ele acompanhava Divaldo já há muito tempo, e se já havia visto algum fenômeno. A resposta foi positiva, afirmou que já tinha visto vários e inclusive fenômenos de efeitos físicos, o que me espantou, porque desconhecia esse fato da vida do médium por completo. Resolvi entrevistá-lo. Abaixo se segue, então, a entrevista realizada com ele, com muitos fatos que me parecem poucos conhecidos dos espíritas em geral.
Entrevista feita por Vitor Moura Visoni, com Geraldo Rodrigues Guimarães, amigo pessoal de Divaldo Pereira Franco, realizada no dia 7 de agosto de 2005, às 13 horas, no Colégio Militar , na Rua São Francisco Xavier, na Tijuca, e se estendendo até as 14:25h.
01- Como o senhor conheceu Divaldo Pereira Franco?
- Conheci-o em 1951, no Centro Espírita “Caminho da Redenção”.
02- Em que ano desenvolveu-se a mediunidade de efeitos físicos de Divaldo Pereira Franco?
- Na década de 50, durante um ano.
03- Quais os espíritos que materializaram-se?
- Sheila, Dr. Bezerra de Menezes, e Dr. Joseph Gleiber. Isso ocorreu na Bahia, no Centro Espírita Caminho da Redenção. Também houve aportes.
04- De quais objetos?
- De todo o tipo. Guarda-chuvas, perfumes, óculos...
05- Quais as mensagens ditadas pelos espíritos materializados?
- De ordem moral, de ânimo.
06- Fora o seu testemunho, houve alguma outra forma de registro?
- Uma foto ou outra, mãos de cera, discos enrolados. Não tenho certeza se esse material ainda consta na Mansão.
07- Outras fenomenologias?
- Escritas com as duas mãos ao mesmo tempo em que ele ditava uma mensagem, mensagens especulares, em vários idiomas.
08- Em que línguas desconhecidas pelo médium o senhor presenciou o fenômeno de xenoglossia?
- Inglês, espanhol e francês. Hoje ele fala espanhol e um pouco de inglês. Na época, não.
09- Quais os fenômenos de cura através da mediunidade de Divaldo o senhor já registrou?
- Perturbações psicológicas, doenças mentais...entenda que isso foi no cotidiano, as pessoas contavam... teve uma senhora que diz que se curou de câncer. Conheci-a pessoalmente, mas não me recordo o nome (isso tem mais de 40 anos).
10- Há algum estudo científico que ateste a mediunidade de Divaldo Franco?
- Carlos Juliano Torres Pastorino estudou um livro de Divaldo, cujo espírito era Rabindranath Tagore, o poeta indiano ganhador do prêmio Nobel de literatura. Pastorino conhecia a fundo a obra do poeta, assim como a seu estilo. Divaldo mostrou-lhe os originais do livro e Pastorino perguntou-lhe quem tinha dado título aos capítulos. Divaldo disse que tinha sido ele mesmo, porque o Tagore não dava título nenhum. Pastorino disse que era assim mesmo, que o Tagore jamais dava título, o que desconhecíamos. Depois o Divaldo retirou os títulos. Pastorino disse posteriormente que “esse livro é o atestado de sua mediunidade, porque é o estilo inconfundível de Rabindranath Tagore!”
11- Quando Divaldo esteve na Índia para encontrar-se com o guru indiano Sathya Sai Baba?
- Parece-me que na década de 80. Após a viagem estive com ele no Grupo Espírita Caminho da Esperança, onde ele contou a história.Registramos em vídeo e fizemos algumas cópias.
12- Como foi o encontro com ele?
- Foi um encontro muito bom, segundo ele Sathya Sai Baba é um dos espíritos mais evoluídos da face da Terra.
13- Aparentemente, numa fita de vídeo, Divaldo declara que, após um ataque de angina, Sathya Sai Baba teria se materializado para socorrê-lo.Ocorreu uma materialização ou uma visão?
-Uma visão, penso. E imediatamente Divaldo se recuperou.
14- Há pelo menos um estudo feito com Sathya Sai Baba, em que envolveram suas mãos em plástico e amarram por elásticos. Há um vídeo dos testes, feito por Haraldsson (pesquisador amigo de Ian Stevenson que estuda reencarnação) e Richard Wiseman,um cético, e nenhum fenômeno nessas condições ocorreu. O estudo sugere fraude. Minha pergunta é que se Sathya Sai Baba for mesmo uma fraude, se Divaldo não teria tido uma alucinação devido à dor no peito.
- Ele é autêntico.
15- Mas mágicos mostram como ele faz os truques...
- O fato do mágico realizar algo parecido não nega a realidade do fenômeno. Há centenas de depoimentos que asseguram que ele é autêntico, não vai ser um estudo que vai negar isso.Isso pode ter ocorrido por vários motivos, por vezes o fenômeno pode não ocorrer naquela hora, mas ocorre logo depois. Os espíritos atuam quando querem, os pesquisadores seguem seu caminho, Sai Baba o dele.Ele é um dos maiores educadores do mundo, com vasta obra social.
Ainda falei um pouco com ele sobre outros assuntos, até interessantes e polêmicos, mas não obtive o consentimento para divulgar e considerei a entrevista encerrada nesse ponto.
Bem, todos com quem conversei pareceram-me pessoas muito honestas, simpáticas e atenciosas. E todas tinham plena confiança em Divaldo.
No final, não consegui tirar minha dúvida sobre o ocorrido com Sathya Sai Baba. A mim, vendo os diversos vídeos disponíveis na internet que mostram suas fraudes, as acusações de pedofilia e de assassinato, suas falhas em demonstrar quaisquer fenômenos em situações cientificamente controladas, parece-me quase impossível que haja qualquer coisa de verdadeiro nele. Entretanto, parece-me também quase impossível que Divaldo tenha mentido nessa história. Acho mais provável que ele tenha se enganado, ou que sofra de alguma patologia que lhe faça ter visões. Porém, penso que se ele fosse mesmo assessorado por Espíritos Superiores, eles o teriam informado que Sathya Sai Baba é um charlatão. Na literatura psíquica, encontramos muitos casos de controles, ou guias, que são fictícios. Um exemplo é Chlorine e possivelmente Phinuit, ambos controles de Piper (Phinuit exerceu essa função por muitos anos). Podemos acrescentar Emmanuel, de Chico Xavier, que afirma ter sido Publius Lentulus, senador romano dos tempos de Cristo, que jamais existiu (link: http://www.newadvent.org/cathen/09154a.htm).
Pessoalmente, não acredito na existência de ‘Espíritos Superiores’, que nos guiem ou instruam, o próprio Livro dos Espíritos e a Revista Espírita, que dizem ter sido examinados e estar sob a orientação deles, contém erros e pensamentos que jamais pertenceriam a um espírito dito superior. O site “Criticando Kardec“, em http://geocities.yahoo.com.br/criticandokardec/, contém muitas provas disso. Se ao menos UM Espírito Superior estivesse supervisionando a Codificação, tais erros não existiriam.
Gostaria, no entanto, de realçar o imenso trabalho de Divaldo. A Mansão do Caminho consome mais de 50.000 dólares por mês, que Divaldo ajuda a manter exclusivamente com o fruto de seu trabalho, através da venda de seus livros, vídeos e doações. Se já fiquei impressionado com o carinho e o respeito que os cariocas tem pelo Divaldo, mal posso imaginar como os baianos o tratam.
Não, não mudei de opinião. Ainda acho Sathya Sai Baba uma fraude. Ainda acho que essa história não pode ser esquecida. Ainda acho que seria bom tirarmos a limpo o ocorrido. Mas também acho que devemos analisar Divaldo em sua totalidade. O fato é que não consegui comprovar que ele mentiu deliberadamente, apenas que ele está errado, e que não está sendo assessorado por “Espíritos Superiores”. Isso não é suficiente para atentar contra o caráter de uma pessoa.
Abraço,
Vitor
O senhor Geraldo Rodrigues Guimarães mora na:
Rua Fausto Barreto, 28, Benfica.
CEP: 20910-210.
Tel: 3860-0186
[1] Uma cinza ou pó sagrado.
[2] A palavra Lingam (ou linga) significa ‘símbolo’ ou ‘aquilo através do qual se pode ver outra coisa’. O Shiva Lingam é uma das mais sutis representações de Deus conhecidas pela humanidade. Trata-se de uma pedra em formato de elipse (ovalada) que, tendo uma configuração “abstrata”, tanto pode representar o Absoluto sem forma, quanto o Senhor dotado de atributos.
[3] Néctar ou bebida sagrada.
Amigos,
Antes de mostrar a entrevista realizada com o senhor Geraldo Rodrigues Guimarães sobre o médium Divaldo Pereira Franco, gostaria de elucidar os motivos da realização da mesma.
Para quem não sabe, Divaldo Pereira Franco, o famoso médium baiano, afirma que Sathya Sai Baba, um guru indiano, é um dos seres mais evoluídos da Terra. Pesquisando sobre este guru, descobri alguns vídeos onde ele é pego em flagrante ao realizar seus truques de materialização de Vibuthi[1] , Lingams[2] e Amrits[3] . Abram este link:
http://home.hetnet.nl/~ex-baba/engels/moviesframe.html
Nesta página existem diversos vídeos que mostram claramente Baba executando seus truques. Acompanhe a descrição do vídeo para maiores detalhes sobre cada um.
De todos os esclarecedores vídeos mostrados o seguinte [o de número 7] é o mais interessante (é necessário fazer o download e ter o Windows Media Player para assistir o filme):
http://home.hetnet.nl/~videos/videos/ch ... baba07.wmv
"Este é um dos melhores vídeos que eu já vi, onde você pode ver fisicamente o tablete de vibuthi transferido (de uma mão para outra), e podemos vê-lo entre os dedos da mão direita. Ao final é possível ver Sai Baba esmagando o tablete com o dedo polegar. Note que em toda a "materialização" a mão direita e a mão esquerda entram em contato momentos antes do "milagre" e, logo após o contato, o dedo polegar direito é mantido fechado abaixo do restante dos dedos ( para segurar o tablete de vibuthi ).
Um mágico profissional, Nils Krøjgaard, explica como o truque é feito: As cinzas são comprimidas em pequenos tabletes. Ocasionalmente, quando Sai Baba percebe que ninguém está olhando sua mãos, ele transfere o tablete de uma mão para outra. Neste clipe um "close up" claramente mostra o tablete.
Observação: no começo do vídeo um círculo mostra a atriz (e Ascencionada) Goldie Hawn na platéia."
Agora vejamos o que é dito do encontro de Divaldo Pereira Franco com Sai Baba, de acordo com o site: http://www.portaluz.com.br/padrao_RESUMO_11.htm
“Ele [Divaldo Pereira Franco] acabara de voltar da Índia. Numa palestra que fez aqui em Salvador, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em detalhes narrou a recente visita que fizera a Sai Baba, quando não teve a menor cerimônia e nem economizou elogios ao externar a sua profunda admiração por Sai Baba, de quem "falou maravilhas".
Surpresa geral! - Divaldo Pereira Franco, com a honestidade e a coragem moral que lhe são peculiares - aliás, o seu sobrenome "Franco" realmente indica uma das inúmeras qualidades do seu elevado caráter - naquela palestra assistida por centenas de pessoas, narrou os dois seguintes episódios com ele e Sai Baba, o segundo episódio ocorrido há poucos dias, na Índia, e o primeiro um pouco antes, durante as muitas palestras internacionais que acabara de realizar:
O primeiro episódio
Durante aquela maratona de palestras, Divaldo ouvira repetidas e insistentes menções ao nome de Sai Baba, feitas por vários devotos e admiradores desse Avatar, em diferentes países onde ele fizera palestras. Até alguns frasquinhos contendo "vibhuti" e fotos de Sai Baba, ele recebera de presente.
Àquela altura - A sua mente, treinada para enfrentar o "desconhecido" e também para não menosprezar sucessivas e insistentes "coincidências", já o deixava atento, alerta e até curioso para saber quem era esse tal de Sai Baba, que tantos insistiam em lhe dizer que era um Avatar que realizava milagres.
Já era madrugada - Ele estava sozinho, num quarto de hotel em um país muito distante tanto do Brasil quanto da Índia. Ele estava muito cansado, devido às sucessivas palestras e viagens internacionais que estava fazendo. Ele estava quase dormindo.
Subitamente! - Ele foi traumática e violentamente despertado porque teve um forte ataque de angina! Sentindo profunda e aguda dor no seu peito, instintivamente ele segurou uma daquelas fotos que recebera e gritou:
-- Sai Baba! Me ajude pelo amor de Deus!
Imediatamente! - Sai Baba se materializou em sua frente e o atendeu, na maior naturalidade, como se fosse um médico qualquer que estivesse fazendo um atendimento domiciliar a um paciente!
Segundo episódio
Após esse fantástico (só fantástico?) acontecimento, tão rápido quanto possível, Divaldo foi visitar Sai Baba, na Índia, para poder lhe agradecer e também o conhecer pessoalmente, dessa vez em situação "normal".
Assim que os dois se encontraram - Imediatamente, Sai Baba sorriu para Divaldo, e lhe disse logo:
-- Que bom, meu filho! Este, já é o nosso segundo encontro!
Posteriormente
Para aumento da minha satisfação, tive o privilégio de assistir uma fita de vídeo, gravada por Divaldo, onde ele narrou e mostrou detalhes daquela sua visita a Sai Baba.
[...].”
Os depoimentos de Divaldo sobre Sai Baba estão gravados em vídeo, na videoteca do Centro Espírita Bezerra de Menezes é possível localizar este vídeo. No link abaixo vá em: MAPA DO SITE/DEPARTAMENTOS -> VIDEOTECA/AUDIOTECA -> PROCURE O VÍDEO 107, chamado ‘Sathya Sai Baba’:
http://www.bezerramenezes.org.br/
Depois de assistir os vídeos da farsa das materializações produzidas por Sai Baba as declarações de Divaldo tornam-se no mínimo intrigantes.
Observação: No site http://home.no.net/abacusa/ são mostradas inúmeras provas de que Sai Baba é dono de diversos palácios na Índia, possui pomposas carruagens, tudo conseguido com as doações de um povo que passa fome...
Ainda, seguem as informações do parapsicólogo Wellington Zangari sobre estudos científicos realizados com Sai Baba:
“Haraldsson e Wiseman (sim o cético) apresentaram juntos, em 1994, na Convenção da Parapsychological Association, um estudo que fizeram com Sai Baba. Eu estive lá e assisti com interessa a apresentação, sobretudo porque foi acompanhada de um vídeo do estudo. Submeteram o alegado paranormal a alguns controles simples, como ter suas mãos colocadas dentro de sacos plásticos fechados por elásticos. Nenhum fenômeno ocorreu enquanto houve esse tipo de controle. A conclusão do trabalho aponta para a possibilidade de fraude.”
Há ainda acusações de assassinato e pedofilia (No link: http://www.saipetition.net/ há uma petição para investigações mais profundas sobre estes supostos crimes) .
Resolvi tentar entrevistar Divaldo Pereira Franco, na esperança de ‘desmascará-lo’, pois eu tinha firme convicção de que ele mentira no episódio referente a Sathya Sai Baba. Tentei fazê-lo duas vezes, uma sexta-feira (dia 5 de agosto de 2005), na UERJ, ao lado do companheiro Marcos Borges, e outra vez no domingo, sozinho, no Colégio Militar da Tijuca. Na UERJ deu uma palestra que falava sobre a reencarnação e que esta doutrina teria sido afirmada por Orígenes. Citou também o caso de Teodora, que teria combatido a doutrina da reencarnação e mandado matar quinhentas prostitutas. Bem, todas essas informações estão erradas. De acordo com o site “Falhas do Espiritismo”, no tópico “Reencarnação na Bíblia”, em http://geocities.yahoo.com.br/falhasesp ... int_2.html, nem Orígenes defendeu a reencarnação e nem Teodora mandou matar quinhentas prostitutas. Bem, mas não foi sobre isso que resolvi falar. Queria contar sobre minhas impressões sobre o médium nesses dias.
Sua oratória continua perfeita. Ele permaneceu quase uma hora de pé durante sua palestra, sem dar mostra alguma de cansaço. No final, fez sua oração costumeira e foi muito aplaudido. Então começou a sessão de autógrafos, e uma fila imensa apareceu. Entrei na fila, pois era a chance que tinha para falar com ele. Fiquei impressionado com a simpatia com que ele recebia todas as pessoas, e como as pessoas o amavam, todas querendo um autógrafo, ter alguns instantes para falar com ele, agradecer. Vi um menininho sem braços e um rapaz deficiente mental que tinham comparecido à palestra, e que esperaram a fila inteira acabar para ter essa chance. O Marcos estava ao meu lado, aconselhando-me a manter a calma, a formular as perguntas melhor, para não correr o risco de ofendê-lo. Acho que o Marcos estava mais nervoso do que eu.
Foi chegando o momento do encontro. À medida que me aproximava, fui percebendo em como Divaldo está diferente do que normalmente aparece nas fotos. Ele está bem mais velho, os olhos perderam bastante de sua cor. Pareceu-me uma figura frágil. Fui perdendo a coragem, e ganhando mais respeito pela sua figura, afinal, ele estava velhinho, e sempre tenho uma simpatia natural pelos idosos (ao contrário dos que pensam que não tive educação, minha mãe sempre frisou o respeito pelos mais velhos)...
Pensei em deixar as pessoas que estavam atrás de mim na fila passarem na frente, para eu pensar melhor nas perguntas que faria. Nesse momento, o Marcos disse-me que não poderia esperar muito mais tempo, então pensei: “É agora ou nunca!” Entretanto, percebi que atrás de mim ainda tinha muita gente, e eu não poderia interroga-lo acerca do episódio de Sai Baba, pois demandaria muito tempo. Desisti. Resolvi tentar marcar uma entrevista para depois, e o Marcos disse-me que no domingo seria mais fácil falar com o Divaldo, pois ele estaria disponível o dia inteiro no Colégio Militar da Tijuca.
Quando chegou minha vez na fila, disse-lhe que era pesquisador e que gostaria de obter documentos de sua xenoglossia. Divaldo disse-me que seria impossível, pois estava tudo no acervo da Mansão do Caminho, mas que era só eu ir lá que poderia analisá-los à vontade. Agradeci e saí da fila, mas fiquei por perto. O Marcos disse que não poderia esperar mais, e perguntou-me se eu queria ir também. Disse-lhe que não. Senti que ainda havia chance de falar com ele, de poder marcar uma entrevista no domingo. Aí então, finalmente, o desmascararia!
Nesse ínterim, uma família pediu-me para tirar a foto deles com Divaldo, no que aceitei, e agradeceram profundamente pelo gesto.
Confesso que senti-me um rato. Ele era muito amado, muito querido, e eu estava lá querendo desmascará-lo, mostrar que ele era um mentiroso, uma fraude, e ainda vinham me agradecer! E se elas soubessem de minhas verdadeiras intenções? Fiquei nervoso.
Quando a fila acabou, Divaldo levantou-se rapidamente e saiu, disse que tinha muito trabalho no dia seguinte, iria a Petrópolis. Não consegui falar com ele nesse dia novamente. Fui para casa, planejando o que faria no domingo.
No domingo, cheguei quase uma hora da tarde, e tentei contactar alguém da organização, tentando entrevistá-lo. Eu havia digitado as perguntas e impresso. Não levava comigo gravador.
Perguntando a várias pessoas, fui informado que um amigo pessoal de Divaldo poderia atender-me, e resolvi falar com ele para marcar a entrevista. Esse amigo, senhor Geraldo Rodrigues Guimarães, mostrou-se bastante receptivo, mas disse que seria impossível entrevistar o Divaldo, pois ele havia saído e só voltaria às três da tarde, exclusivamente para autógrafos. Perguntei-lhe se ele acompanhava Divaldo já há muito tempo, e se já havia visto algum fenômeno. A resposta foi positiva, afirmou que já tinha visto vários e inclusive fenômenos de efeitos físicos, o que me espantou, porque desconhecia esse fato da vida do médium por completo. Resolvi entrevistá-lo. Abaixo se segue, então, a entrevista realizada com ele, com muitos fatos que me parecem poucos conhecidos dos espíritas em geral.
Entrevista feita por Vitor Moura Visoni, com Geraldo Rodrigues Guimarães, amigo pessoal de Divaldo Pereira Franco, realizada no dia 7 de agosto de 2005, às 13 horas, no Colégio Militar , na Rua São Francisco Xavier, na Tijuca, e se estendendo até as 14:25h.
01- Como o senhor conheceu Divaldo Pereira Franco?
- Conheci-o em 1951, no Centro Espírita “Caminho da Redenção”.
02- Em que ano desenvolveu-se a mediunidade de efeitos físicos de Divaldo Pereira Franco?
- Na década de 50, durante um ano.
03- Quais os espíritos que materializaram-se?
- Sheila, Dr. Bezerra de Menezes, e Dr. Joseph Gleiber. Isso ocorreu na Bahia, no Centro Espírita Caminho da Redenção. Também houve aportes.
04- De quais objetos?
- De todo o tipo. Guarda-chuvas, perfumes, óculos...
05- Quais as mensagens ditadas pelos espíritos materializados?
- De ordem moral, de ânimo.
06- Fora o seu testemunho, houve alguma outra forma de registro?
- Uma foto ou outra, mãos de cera, discos enrolados. Não tenho certeza se esse material ainda consta na Mansão.
07- Outras fenomenologias?
- Escritas com as duas mãos ao mesmo tempo em que ele ditava uma mensagem, mensagens especulares, em vários idiomas.
08- Em que línguas desconhecidas pelo médium o senhor presenciou o fenômeno de xenoglossia?
- Inglês, espanhol e francês. Hoje ele fala espanhol e um pouco de inglês. Na época, não.
09- Quais os fenômenos de cura através da mediunidade de Divaldo o senhor já registrou?
- Perturbações psicológicas, doenças mentais...entenda que isso foi no cotidiano, as pessoas contavam... teve uma senhora que diz que se curou de câncer. Conheci-a pessoalmente, mas não me recordo o nome (isso tem mais de 40 anos).
10- Há algum estudo científico que ateste a mediunidade de Divaldo Franco?
- Carlos Juliano Torres Pastorino estudou um livro de Divaldo, cujo espírito era Rabindranath Tagore, o poeta indiano ganhador do prêmio Nobel de literatura. Pastorino conhecia a fundo a obra do poeta, assim como a seu estilo. Divaldo mostrou-lhe os originais do livro e Pastorino perguntou-lhe quem tinha dado título aos capítulos. Divaldo disse que tinha sido ele mesmo, porque o Tagore não dava título nenhum. Pastorino disse que era assim mesmo, que o Tagore jamais dava título, o que desconhecíamos. Depois o Divaldo retirou os títulos. Pastorino disse posteriormente que “esse livro é o atestado de sua mediunidade, porque é o estilo inconfundível de Rabindranath Tagore!”
11- Quando Divaldo esteve na Índia para encontrar-se com o guru indiano Sathya Sai Baba?
- Parece-me que na década de 80. Após a viagem estive com ele no Grupo Espírita Caminho da Esperança, onde ele contou a história.Registramos em vídeo e fizemos algumas cópias.
12- Como foi o encontro com ele?
- Foi um encontro muito bom, segundo ele Sathya Sai Baba é um dos espíritos mais evoluídos da face da Terra.
13- Aparentemente, numa fita de vídeo, Divaldo declara que, após um ataque de angina, Sathya Sai Baba teria se materializado para socorrê-lo.Ocorreu uma materialização ou uma visão?
-Uma visão, penso. E imediatamente Divaldo se recuperou.
14- Há pelo menos um estudo feito com Sathya Sai Baba, em que envolveram suas mãos em plástico e amarram por elásticos. Há um vídeo dos testes, feito por Haraldsson (pesquisador amigo de Ian Stevenson que estuda reencarnação) e Richard Wiseman,um cético, e nenhum fenômeno nessas condições ocorreu. O estudo sugere fraude. Minha pergunta é que se Sathya Sai Baba for mesmo uma fraude, se Divaldo não teria tido uma alucinação devido à dor no peito.
- Ele é autêntico.
15- Mas mágicos mostram como ele faz os truques...
- O fato do mágico realizar algo parecido não nega a realidade do fenômeno. Há centenas de depoimentos que asseguram que ele é autêntico, não vai ser um estudo que vai negar isso.Isso pode ter ocorrido por vários motivos, por vezes o fenômeno pode não ocorrer naquela hora, mas ocorre logo depois. Os espíritos atuam quando querem, os pesquisadores seguem seu caminho, Sai Baba o dele.Ele é um dos maiores educadores do mundo, com vasta obra social.
Ainda falei um pouco com ele sobre outros assuntos, até interessantes e polêmicos, mas não obtive o consentimento para divulgar e considerei a entrevista encerrada nesse ponto.
Bem, todos com quem conversei pareceram-me pessoas muito honestas, simpáticas e atenciosas. E todas tinham plena confiança em Divaldo.
No final, não consegui tirar minha dúvida sobre o ocorrido com Sathya Sai Baba. A mim, vendo os diversos vídeos disponíveis na internet que mostram suas fraudes, as acusações de pedofilia e de assassinato, suas falhas em demonstrar quaisquer fenômenos em situações cientificamente controladas, parece-me quase impossível que haja qualquer coisa de verdadeiro nele. Entretanto, parece-me também quase impossível que Divaldo tenha mentido nessa história. Acho mais provável que ele tenha se enganado, ou que sofra de alguma patologia que lhe faça ter visões. Porém, penso que se ele fosse mesmo assessorado por Espíritos Superiores, eles o teriam informado que Sathya Sai Baba é um charlatão. Na literatura psíquica, encontramos muitos casos de controles, ou guias, que são fictícios. Um exemplo é Chlorine e possivelmente Phinuit, ambos controles de Piper (Phinuit exerceu essa função por muitos anos). Podemos acrescentar Emmanuel, de Chico Xavier, que afirma ter sido Publius Lentulus, senador romano dos tempos de Cristo, que jamais existiu (link: http://www.newadvent.org/cathen/09154a.htm).
Pessoalmente, não acredito na existência de ‘Espíritos Superiores’, que nos guiem ou instruam, o próprio Livro dos Espíritos e a Revista Espírita, que dizem ter sido examinados e estar sob a orientação deles, contém erros e pensamentos que jamais pertenceriam a um espírito dito superior. O site “Criticando Kardec“, em http://geocities.yahoo.com.br/criticandokardec/, contém muitas provas disso. Se ao menos UM Espírito Superior estivesse supervisionando a Codificação, tais erros não existiriam.
Gostaria, no entanto, de realçar o imenso trabalho de Divaldo. A Mansão do Caminho consome mais de 50.000 dólares por mês, que Divaldo ajuda a manter exclusivamente com o fruto de seu trabalho, através da venda de seus livros, vídeos e doações. Se já fiquei impressionado com o carinho e o respeito que os cariocas tem pelo Divaldo, mal posso imaginar como os baianos o tratam.
Não, não mudei de opinião. Ainda acho Sathya Sai Baba uma fraude. Ainda acho que essa história não pode ser esquecida. Ainda acho que seria bom tirarmos a limpo o ocorrido. Mas também acho que devemos analisar Divaldo em sua totalidade. O fato é que não consegui comprovar que ele mentiu deliberadamente, apenas que ele está errado, e que não está sendo assessorado por “Espíritos Superiores”. Isso não é suficiente para atentar contra o caráter de uma pessoa.
Abraço,
Vitor
O senhor Geraldo Rodrigues Guimarães mora na:
Rua Fausto Barreto, 28, Benfica.
CEP: 20910-210.
Tel: 3860-0186
[1] Uma cinza ou pó sagrado.
[2] A palavra Lingam (ou linga) significa ‘símbolo’ ou ‘aquilo através do qual se pode ver outra coisa’. O Shiva Lingam é uma das mais sutis representações de Deus conhecidas pela humanidade. Trata-se de uma pedra em formato de elipse (ovalada) que, tendo uma configuração “abstrata”, tanto pode representar o Absoluto sem forma, quanto o Senhor dotado de atributos.
[3] Néctar ou bebida sagrada.