Pode Darwin ter-se enganado?
Enviado: 16 Fev 2006, 15:17
Na sua viagem á volta do mundo Darwin ficou espantado com a continuidade da vida. Mas não poderia a vida ser como um filme? Num filme que assistimos no cinema há uma história com principio, meio e fim. Há uma coerência e continuidade que percebemos logo. No entanto, sabemos que essa continuidade é ilusória. Ela resulta de uma montagem de fotografias e cenas. E as cenas que fazem parte do filme são muitas vezes filmadas sem ordem. Só no fim ocorre a montagem que dá continuidade e lógica ao filme.
E se a vida for assim? Uma série de criações que se sucedem... e em que cada nova criação é semelhante á anterior com modificações ligeiras. Pode ser ou não?
Esta tese já foi vista como ciêntífica. E mesmo depois de Darwin foi defendida pelo grande naturalista Suiço Louis Agassiz. Hoje não é considerada, porque há um zelo que afasta qualquer possíbilidade que possa remotamente cheirar a religião. Para um espírito livre, este zelo mais parece um dogma.
Há uma justificação meio política sobre como é perigoso misturar ciência e religião. E qualquer um que o faça é logo acusado de ter uma agenda ou de estar ao serviço do Pastor.
Mas eu conheço pelo menos um cientista que defende a possibidade das criações sucessivas sem se preocupar com este zelo: Agostinho da Silva, Filósofo e Biólogo Luso-Brasileiro (que até fundou 5 Universidades no Brasil). Para verem o carácter deste Homem (que nasceu há 100 anos: em Portugal está-se a comemorar o seu nascimento e não a sua morte), quando alguém lhe perguntava se era cristão, ele respondia: "Claro, porque não? E também tenho algo de budista, que é uma bela forma de ser ateu". Portanto, nem todos o que encaram possibilidades fora dos Zelos têm uma agenda secreta a seguir. Talvez sejam mais livres...
E se a vida for assim? Uma série de criações que se sucedem... e em que cada nova criação é semelhante á anterior com modificações ligeiras. Pode ser ou não?
Esta tese já foi vista como ciêntífica. E mesmo depois de Darwin foi defendida pelo grande naturalista Suiço Louis Agassiz. Hoje não é considerada, porque há um zelo que afasta qualquer possíbilidade que possa remotamente cheirar a religião. Para um espírito livre, este zelo mais parece um dogma.

Mas eu conheço pelo menos um cientista que defende a possibidade das criações sucessivas sem se preocupar com este zelo: Agostinho da Silva, Filósofo e Biólogo Luso-Brasileiro (que até fundou 5 Universidades no Brasil). Para verem o carácter deste Homem (que nasceu há 100 anos: em Portugal está-se a comemorar o seu nascimento e não a sua morte), quando alguém lhe perguntava se era cristão, ele respondia: "Claro, porque não? E também tenho algo de budista, que é uma bela forma de ser ateu". Portanto, nem todos o que encaram possibilidades fora dos Zelos têm uma agenda secreta a seguir. Talvez sejam mais livres...