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Acauan
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JESUSES

Mensagem por Acauan »

JESUSES
Postado originalmente em 19/8/2003 15:11:57

Por Acauan

Quando ouve falar em Jesus, uma reação natural de um não-cristão seria perguntar:

Qual deles?

A pergunta pode soar absurda, ou mesmo ofensiva, para um cristão, mas é perfeitamente cabível fora do âmbito religioso no qual os cristãos situam o nome e a pessoa de Jesus de Nazaré.

Eu, particularmente, reconheço três “Jesuses” distintos e diferentes entre si, cada um deles sujeitos a outras tantas sub-divisões:

1. O Jesus histórico, o homem que viveu na palestina, liderou um movimento de revisão dentro do judaísmo e sobre o qual praticamente não há registros confiáveis, fora os Evangelhos;

2. O Jesus teológico, que os diferentes concílios cristãos definiram por decreto nos dogmas da divindade e da trindade, passando a considerar heréticas outras leituras do texto bíblico;

3. O Jesus dos evangélicos e fundamentalistas cristãos em geral, uma entidade definida principalmente por experiências pessoais de religiosidade ou de espiritualidade, como geralmente são chamadas pelos crentes em questão.

Jesus Histórico

O Jesus histórico é uma incógnita, investigável apenas pelas técnicas que os historiadores utilizam para, a partir de fatos documentados subseqüentes, rastrear os antecedentes de um determinado fenômeno histórico sobre o qual há poucos registros.
No caso da pessoa humana e real de Jesus, não há evidências arqueológicas definitivas enquanto as citações de historiadores são suspeitas, excessivamente vagas ou não contemporâneas.

Os Evangelhos são considerados e estudados dentro das técnicas da exegese histórica, que se vale de ferramentas diversas, da lingüística à semiótica, para identificar o que é cientificamente válido no conjunto do texto.
De todos os estudos feitos, tem-se por resultado apenas teorias, como as que consideram a possibilidade de Jesus haver sido membro ou dissidente da seita dos essênios, grupo que conduziu um movimento de humanização dentro do judaísmo.

Jesus Teológico

O Jesus teológico é produto de uma complexa combinação de elementos religiosos, filosóficos e sócio-culturais.
Os cristãos primitivos já atribuíam divindade à pessoa do Cristo. Conforme o cristianismo se expandiu como religião, as lideranças cristãs sentiram a necessidade de dar uma definição e explicação única a este dogma, antes que a igreja se fragmentasse em conseqüência das diferentes interpretações.

Os dogmas básicos do cristianismo: a divindade e consubstancialidade de Cristo, foram afirmadas pelo Concílio de Nicéia, no século IV.

As diferentes opções dos bispos entre as resoluções do concílios provocaram o primeiro cisma entre os cristãos, dividindo a igreja entre a facção romana, posteriormente chamada católica apostólica e a facção grega, posteriormente chamada ortodoxa.
No século XVI a Reforma Protestante estabeleceu uma nova divisão, com a novidade de que a nova corrente desautorizou os concílios e decretou que apenas a Bíblia tem autoridade sobre questões religiosas cristãs, mesmo que interpretada individualmente, no que se chamou de sola scriptura.
Não obstante seu caráter revisionista, a maioria das denominações protestantes preservou os dogmas da divindade e consubstancialidade de Cristo, como definidas no Concílio de Nicéia.

O centralismo papal da Igreja Católica Romana impediu outras sub-divisões em seus dogmas, mas os ortodoxos se cindiram em ramos, enquanto os protestantes se fragmentaram em uma infinidade de denominações, muitas vezes conflitantes dogmaticamente entre si.

Cada uma destas sub-divisões cristãs tem sua própria idéia sobre Jesus, a maioria ainda segue Nicéia nos dogmas fundamentais, mas basta comparar as diferenças doutrinárias entre Adventistas do Sétimo Dia e Testemunhas de Jeová (religiões originadas do mesmo tronco do protestantismo) para se constatar o quanto as percepções sobre o tema são distintas.

Assim, o Jesus teológico é uma escolha entre múltiplas, podendo o estudioso não-cristão analisar a consistência filosófica de cada uma delas, mas jamais apontar alguma como verdadeira.

Jesus dos Evangélicos e Fundamentalistas

O Jesus dos evangélicos e fundamentalistas cristãos, em geral, é uma entidade supra-teológica, um conceito pessoal que combina interpretações bíblicas, via sola scriptura, com vínculos emocionais estabelecidos por experiências íntimas de cunho religioso, por eles chamadas de “espirituais”.

É mais fácil para o estudioso não-cristão compreender a religiosidade católica, detalhadamente documentada e justificada dentro de preceitos filosóficos aristotélicos, do que apreender o significado da religiosidade evangélica, particularmente a neo-pentecostal, que dispensa completamente a presença de elementos intelectuais em sua constituição.

Quando um evangélico usa jargões doutrinários, como “conhecer Jesus” ou “aceitar Jesus”, refere-se não a um personagem teológico claramente formatado, e sim a uma entidade mística, inteligível apenas no foro intimo.

O Jesus dos evangélicos esta sempre acompanhado de indistintas sensações e emoções, não raro associadas à idéia de uma revelação sobrenatural nos moldes da narrada por Paulo, no caminho de Damasco.

As dificuldades de comunicação entre não-cristãos e evangélicos são originadas principalmente do fato dos primeiros não conseguirem apreender o significado da entidade Jesus, exaustivamente propagada por eles, enquanto os evangélicos vêem nesta incapacidade um sintoma de “inferioridade espiritual”, “ausência do sinal dos eleitos”, "carência do Espírito Santo" ou coisas do tipo, centrados que são em sua crença de que o cristianismo é a única fé verdadeira e todas as demais devem se submeter a ela ou aceitar a danação eterna.

Assim, o único modo de se compreender um evangélico ou um fundamentalista, e o significado que dão à entidade Jesus, é se convertendo.
É uma questão tipicamente agnóstica a dúvida se Deus é cognoscível ou não.
O Jesus dos evangélicos, com certeza, NÃO É.

Nós, Índios.

Acauan Guajajara
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Huxley
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Quanto ao Jesus dos fundamentalistas, esse chega a parecer até ser um duende mágico que realiza todos os desejos

O Jesus histórico intriga.A Veja fez uma reportagem há dois anos atrás que dizia que não era mais controverso entre os historiadores que ele de fato existiu.Mas com a insignificante registro histórico "provando" isso, não seria essa "certeza" mais arbitrária que racional?
“A boa sociedade é aquela em que o número de oportunidades de qualquer pessoa aleatoriamente escolhida tenha probabilidade de ser a maior possível”

Friedrich Hayek. “Direito, legislação e liberdade” (volume II, p.156, 1985, Editora Visão)

"Os homens práticos, que se julgam tão independentes em seu pensar, são todos na verdade escravos das idéias de algum economista morto."

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Huxley escreveu:Quanto ao Jesus dos fundamentalistas, esse chega a parecer até ser um duende mágico que realiza todos os desejos

O Jesus histórico intriga.A Veja fez uma reportagem há dois anos atrás que dizia que não era mais controverso entre os historiadores que ele de fato existiu.Mas com a insignificante registro histórico "provando" isso, não seria essa "certeza" mais arbitrária que racional?


Ora,a maioria dos personagens históricas da Antiguidade carecem de massiva quantidade de provas documentais de sua existência e nem por isso sua existência literal é colocada em dúvida.

Afinal;Napoleâo,Sócrates,Platâo,Heródoto e tantos outros devem ser apagados de nossos livros históricos só por causa de suspeitas de fraude ideológica?

E quanto aos Faraós Egípcios,será que só porque eles tinham o hábito de apagar a inscriçâo de Faraós anteriores das grandes obras e inscrever o próprio registro nelas devemos duvidar da existência de grande parte dos Faraós,dos quais há pelo menos vestígios documentais?

Por outro lado,Jesus certamente tem uma lista enorme de escritores de diversas nacionalidades que testificaram,direta ou indiretamente,de sua existência histórica.Na verdade poucos nomes históricos tiveram assim uma corroboraçâo tâo forte e dissseminada.Se é pra lançar dúvidas sobre a autenticidade dos registros extra bíblicos acerca de Jesus Cristo,entâo creio que deve-se honestamente lançar dúvida sobre a autenticidade dos registros de todos os personagens históricos da Antiguidade.

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Márcio
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o pensador escreveu:
Huxley escreveu:Quanto ao Jesus dos fundamentalistas, esse chega a parecer até ser um duende mágico que realiza todos os desejos

O Jesus histórico intriga.A Veja fez uma reportagem há dois anos atrás que dizia que não era mais controverso entre os historiadores que ele de fato existiu.Mas com a insignificante registro histórico "provando" isso, não seria essa "certeza" mais arbitrária que racional?


Ora,a maioria dos personagens históricas da Antiguidade carecem de massiva quantidade de provas documentais de sua existência e nem por isso sua existência literal é colocada em dúvida.

Afinal;Napoleâo,Sócrates,Platâo,Heródoto e tantos outros devem ser apagados de nossos livros históricos só por causa de suspeitas de fraude ideológica?

E quanto aos Faraós Egípcios,será que só porque eles tinham o hábito de apagar a inscriçâo de Faraós anteriores das grandes obras e inscrever o próprio registro nelas devemos duvidar da existência de grande parte dos Faraós,dos quais há pelo menos vestígios documentais?

Por outro lado,Jesus certamente tem uma lista enorme de escritores de diversas nacionalidades que testificaram,direta ou indiretamente,de sua existência histórica.Na verdade poucos nomes históricos tiveram assim uma corroboraçâo tâo forte e dissseminada.Se é pra lançar dúvidas sobre a autenticidade dos registros extra bíblicos acerca de Jesus Cristo,entâo creio que deve-se honestamente lançar dúvida sobre a autenticidade dos registros de todos os personagens históricos da Antiguidade.


Então tá . Digamos que Jesus foi uma personalidade humana, tanto quanto os outros que você mencionou, destituído de qualquer qualidade sobrenatural, enfim um ser humano inserido na história por fatos relacionados à ele que foram mistificados posteriormente.
Certo?
O ateísmo é uma consequência em mim, não uma militância sistemática.

'' O homem sábio molda a sí mesmo, os tolos só vivem para morrer.'' (O Messias de Duna - F.Herbert)

Não importa se você faz um pacto com deus ou o demônio, em quaisquer dos casos é a sua alma que será perdida, corrompida...!

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Márcio escreveu:
Então tá . Digamos que Jesus foi uma personalidade humana, tanto quanto os outros que você mencionou, destituído de qualquer qualidade sobrenatural, enfim um ser humano inserido na história por fatos relacionados à ele que foram mistificados posteriormente.
Certo?


Nâo necessariamente.A própria teoria da mistificaçâo de seres sobrenaturais é um mito.Nada se pode comprovar acerca do postulado de que toda afirmaçâo extraordinária e sobrenatural é mito.

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Márcio
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Então tá . Digamos que Jesus foi uma personalidade humana, tanto quanto os outros que você mencionou, destituído de qualquer qualidade sobrenatural, enfim um ser humano inserido na história por fatos relacionados à ele que foram mistificados posteriormente.
Certo?


Nâo necessariamente.A própria teoria da mistificaçâo de seres sobrenaturais é um mito.Nada se pode comprovar acerca do postulado de que toda afirmaçâo extraordinária e sobrenatural é mito.


Todo fato dito como extraordinario e sobrenatural, foi mal compreendido e por isso mesmo mistificado. Ou pior, no caso de ter-se sido racionalmente entendido, mas que por desonestidade de quem queria tirar proveito tornou-o misterioso.
E em cima disso criam-se os mitos.
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Então tá . Digamos que Jesus foi uma personalidade humana, tanto quanto os outros que você mencionou, destituído de qualquer qualidade sobrenatural, enfim um ser humano inserido na história por fatos relacionados à ele que foram mistificados posteriormente.
Certo?


Nâo necessariamente.A própria teoria da mistificaçâo de seres sobrenaturais é um mito.Nada se pode comprovar acerca do postulado de que toda afirmaçâo extraordinária e sobrenatural é mito.


Todo fato dito como extraordinario e sobrenatural, foi mal compreendido e por isso mesmo mistificado. Ou pior, no caso de ter-se sido racionalmente entendido, mas que por desonestidade de quem queria tirar proveito tornou-o misterioso.
E em cima disso criam-se os mitos.


Eu já diria que todo fato que a priori é dito estritamente natural deriva de uma presunçâo inflexível advinda de uma indisposiçâo de estudar mais profundamente as causas dos fenômenos.

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Márcio
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Então tá . Digamos que Jesus foi uma personalidade humana, tanto quanto os outros que você mencionou, destituído de qualquer qualidade sobrenatural, enfim um ser humano inserido na história por fatos relacionados à ele que foram mistificados posteriormente.
Certo?


Nâo necessariamente.A própria teoria da mistificaçâo de seres sobrenaturais é um mito.Nada se pode comprovar acerca do postulado de que toda afirmaçâo extraordinária e sobrenatural é mito.


Todo fato dito como extraordinario e sobrenatural, foi mal compreendido e por isso mesmo mistificado. Ou pior, no caso de ter-se sido racionalmente entendido, mas que por desonestidade de quem queria tirar proveito tornou-o misterioso.
E em cima disso criam-se os mitos.


Eu já diria que todo fato que a priori é dito estritamente natural deriva de uma presunçâo inflexível advinda de uma indisposiçâo de estudar mais profundamente as causas dos fenômenos.


Dito natural, continuaria natural mesmo sendo estudado à fundo.
Ja os a priori sobrenaturais, não resistiriam à uma disposição honesta de estudo e seriam desmistificados.
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Huxley
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Então tá . Digamos que Jesus foi uma personalidade humana, tanto quanto os outros que você mencionou, destituído de qualquer qualidade sobrenatural, enfim um ser humano inserido na história por fatos relacionados à ele que foram mistificados posteriormente.
Certo?


Nâo necessariamente.A própria teoria da mistificaçâo de seres sobrenaturais é um mito.Nada se pode comprovar acerca do postulado de que toda afirmaçâo extraordinária e sobrenatural é mito.


Todo fato dito como extraordinario e sobrenatural, foi mal compreendido e por isso mesmo mistificado. Ou pior, no caso de ter-se sido racionalmente entendido, mas que por desonestidade de quem queria tirar proveito tornou-o misterioso.
E em cima disso criam-se os mitos.


Eu já diria que todo fato que a priori é dito estritamente natural deriva de uma presunçâo inflexível advinda de uma indisposiçâo de estudar mais profundamente as causas dos fenômenos.


Podemos ver claramente que há uma correspondência bi-unívoca entre o significado linear das ligações ou arquiescritos, dependendo do autor, e essa multi-referenciação, essa máquina de catálise multidimensional. A simetria da escala, a transversatilidade, o caráter fático não-discursivo de sua expansão: todas estas dimensões removem de nós a lógica do cerne da exclusão e nos reafirmam na dimensão do binarismo ontológico que criticamos anteriormente.
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Então tá . Digamos que Jesus foi uma personalidade humana, tanto quanto os outros que você mencionou, destituído de qualquer qualidade sobrenatural, enfim um ser humano inserido na história por fatos relacionados à ele que foram mistificados posteriormente.
Certo?


Nâo necessariamente.A própria teoria da mistificaçâo de seres sobrenaturais é um mito.Nada se pode comprovar acerca do postulado de que toda afirmaçâo extraordinária e sobrenatural é mito.


Todo fato dito como extraordinario e sobrenatural, foi mal compreendido e por isso mesmo mistificado. Ou pior, no caso de ter-se sido racionalmente entendido, mas que por desonestidade de quem queria tirar proveito tornou-o misterioso.
E em cima disso criam-se os mitos.


Eu já diria que todo fato que a priori é dito estritamente natural deriva de uma presunçâo inflexível advinda de uma indisposiçâo de estudar mais profundamente as causas dos fenômenos.


Dito natural, continuaria natural mesmo sendo estudado à fundo.
Ja os a priori sobrenaturais, não resistiriam à uma disposição honesta de estudo e seriam desmistificados.


Eu acho esse negócio de sobrenatural , uma balela.Tudo é natural, se aconteceu algo improvável, aconteceu num tremendo golpe de sorte.

Agora, sobre o sobrenatural das religiões.James Randi está dando um milhão de dólares para quem mostrar que isso existe.
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Márcio escreveu: Dito natural, continuaria natural mesmo sendo estudado à fundo.
Ja os a priori sobrenaturais, não resistiriam à uma disposição honesta de estudo e seriam desmistificados.


Como vc pode apelar para a veracidade inconteste do inverificável ou inverificado?Se nâo foi estudado nada pode ser afirmado sobre sua natureza,de outra forma dogmatizaremos o conhecimento epistêmico.

o pensador
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Huxley escreveu:
Podemos ver claramente que há uma correspondência bi-unívoca entre o significado linear das ligações ou arquiescritos, dependendo do autor, e essa multi-referenciação, essa máquina de catálise multidimensional. A simetria da escala, a transversatilidade, o caráter fático não-discursivo de sua expansão: todas estas dimensões removem de nós a lógica do cerne da exclusão e nos reafirmam na dimensão do binarismo ontológico que criticamos anteriormente.


Puxa,vc acabou de provar que fala mais bunitinhu que eu :emoticon12:

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Huxley escreveu:

Eu acho esse negócio de sobrenatural , uma balela.Tudo é natural, se aconteceu algo improvável, aconteceu num tremendo golpe de sorte.

Agora, sobre o sobrenatural das religiões.James Randi está dando um milhão de dólares para quem mostrar que isso existe.


Em primeiro lugar,Achismos nâo comprovam nem refutam nada.

Em segundo Lugar,preferir acreditar no imponderável acaso e sua altamente improvável atividade organizadora é um passo de fé que nâo está baseada na Lógica e nem na Razâo.

É estatiscamente mais provável e plausível crer num Criador Racional.

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Acauan
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Re: JESUSES

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Re: JESUSES

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Sei lá...tantos reloads de coisas interessantes deveriam ter uma parte fixa do forum. Não tópicos fixos, mas uma parte separada para estes textos, you know...
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