Gripe aviária se espalha e vírus parece mais letal em frango
Enviado: 21 Fev 2006, 10:53
Gripe aviária se espalha e vírus parece mais letal em frangos
Por Krittivas Mukherjee
MUMBAI, Índia (Reuters) - A gripe aviária continuava com sua marcha implacável através do mundo na terça-feira, dia em que a Malásia e a Hungria entraram para o rol dos países que registraram surtos da doença.
Na Índia, centenas de moradores de uma área atingida pela gripe aviária comparecem a postos de saúde improvisados.
Ao menos 15 países registraram surtos da doença em aves neste mês, uma indicação de que o vírus (o H5N1), que matou mais de 90 pessoas, dissemina-se rapidamente.
Acredita-se que as aves migratórias sejam uma das formas de disseminação da doença que, desde 2003, já apareceu em mais de 30 países. Desses, sete tiveram casos entre seres humanos.
A Bósnia confirmou seu primeiro caso da gripe aviária na segunda-feira. A Malásia disse que o H5N1 havia matado frangos perto de sua capital. Testes também mostraram que o vírus estava presente em três cisnes encontrados mortos na Hungria, na semana passada, disse o governo na terça-feira.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou na segunda-feira que as mutações sofridas pelo vírus parecem tê-lo tornado mais mortal para os frangos e mais resistente ao meio ambiente, mas sem aumentar os riscos para os seres humanos.
"A contaminação de pessoas continua a ser algo raro. O vírus não passa facilmente das aves para os seres humanos ou de pessoa para pessoa", afirmou a OMS em seu site (http://www.who.int).
Cientistas, porém, afirmam que o vírus já desenvolveu a capacidade de infectar outras espécies de animais e temem que ele possa sofrer mutações tais que o capacitem a passar facilmente de uma pessoa a outra.
Na Índia, dez pessoas foram colocadas de quarentena, enquanto as autoridades tentam conter um grande surto entre as aves antes que a doença tome conta do segundo país mais populoso do mundo.
Até agora, não há nenhum caso confirmado de contaminação de seres humanos no território indiano, mas milhares de pessoas já foram submetidos a testes, por precaução.
"Desde segunda-feira à noite, cerca de 500 pessoas compareceram a postos de atendimento improvisados em Navapur (uma cidade da Índia) a fim de serem atendidas devido a tosses e resfriado", afirmou T.P. Doke, diretor de saúde para o Estado de Maharashtra (oeste).
Doke disse que equipes de saúde completaram a operação de ir de porta em porta atrás de pessoas doentes em Navapur, tendo examinado mais de 30 mil moradores da cidade. Outra autoridade do Estado afirmou que, até agora, 300 mil aves tinham sido sacrificadas.
Na Europa, autoridades de vários países pediram que a população continue a ingerir carne de aves.
Segundo a OMS, a carne bem cozida e os ovos de aves não oferecem perigo de contaminação. Essas garantias, porém, não conseguiram até agora acalmar os consumidores. A venda do produto despencou na região, em partes da África e agora na Índia.
Na Itália, 30 mil funcionários do setor aviário perderam o emprego devido a uma queda de 70 por cento nas vendas.
Autoridades egípcias afirmaram que a doença espalha-se agora para outras regiões do país.
(Com reportagem de Adeel Halim em Nandurbar, Rina Chandran em Mumbai, Kamil Zaheer em Nova Délhi, Richard Waddington em Genebra, Maggie Fox em Washington e Krisztina Than em Budapeste)
http://br.news.yahoo.com/060221/5/123um.html
Por Krittivas Mukherjee
MUMBAI, Índia (Reuters) - A gripe aviária continuava com sua marcha implacável através do mundo na terça-feira, dia em que a Malásia e a Hungria entraram para o rol dos países que registraram surtos da doença.
Na Índia, centenas de moradores de uma área atingida pela gripe aviária comparecem a postos de saúde improvisados.
Ao menos 15 países registraram surtos da doença em aves neste mês, uma indicação de que o vírus (o H5N1), que matou mais de 90 pessoas, dissemina-se rapidamente.
Acredita-se que as aves migratórias sejam uma das formas de disseminação da doença que, desde 2003, já apareceu em mais de 30 países. Desses, sete tiveram casos entre seres humanos.
A Bósnia confirmou seu primeiro caso da gripe aviária na segunda-feira. A Malásia disse que o H5N1 havia matado frangos perto de sua capital. Testes também mostraram que o vírus estava presente em três cisnes encontrados mortos na Hungria, na semana passada, disse o governo na terça-feira.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou na segunda-feira que as mutações sofridas pelo vírus parecem tê-lo tornado mais mortal para os frangos e mais resistente ao meio ambiente, mas sem aumentar os riscos para os seres humanos.
"A contaminação de pessoas continua a ser algo raro. O vírus não passa facilmente das aves para os seres humanos ou de pessoa para pessoa", afirmou a OMS em seu site (http://www.who.int).
Cientistas, porém, afirmam que o vírus já desenvolveu a capacidade de infectar outras espécies de animais e temem que ele possa sofrer mutações tais que o capacitem a passar facilmente de uma pessoa a outra.
Na Índia, dez pessoas foram colocadas de quarentena, enquanto as autoridades tentam conter um grande surto entre as aves antes que a doença tome conta do segundo país mais populoso do mundo.
Até agora, não há nenhum caso confirmado de contaminação de seres humanos no território indiano, mas milhares de pessoas já foram submetidos a testes, por precaução.
"Desde segunda-feira à noite, cerca de 500 pessoas compareceram a postos de atendimento improvisados em Navapur (uma cidade da Índia) a fim de serem atendidas devido a tosses e resfriado", afirmou T.P. Doke, diretor de saúde para o Estado de Maharashtra (oeste).
Doke disse que equipes de saúde completaram a operação de ir de porta em porta atrás de pessoas doentes em Navapur, tendo examinado mais de 30 mil moradores da cidade. Outra autoridade do Estado afirmou que, até agora, 300 mil aves tinham sido sacrificadas.
Na Europa, autoridades de vários países pediram que a população continue a ingerir carne de aves.
Segundo a OMS, a carne bem cozida e os ovos de aves não oferecem perigo de contaminação. Essas garantias, porém, não conseguiram até agora acalmar os consumidores. A venda do produto despencou na região, em partes da África e agora na Índia.
Na Itália, 30 mil funcionários do setor aviário perderam o emprego devido a uma queda de 70 por cento nas vendas.
Autoridades egípcias afirmaram que a doença espalha-se agora para outras regiões do país.
(Com reportagem de Adeel Halim em Nandurbar, Rina Chandran em Mumbai, Kamil Zaheer em Nova Délhi, Richard Waddington em Genebra, Maggie Fox em Washington e Krisztina Than em Budapeste)
http://br.news.yahoo.com/060221/5/123um.html