Tive uma experiência, vou relatar a vocês
Enviado: 22 Fev 2006, 17:10
Muitos aqui não me conhecem, participo pouco do fórum, outros me conhecem desde o falecido fórum STR, desde então tenho vagado por diversos fóruns defendendo e divulgando como o ateísmo pode ser saudável. Nos últimos 2 anos estacionei em um fórum de crente, que hoje está quase falido.
Aconteceu dia 19 deste mês, no início da madrugada de sábado pra domingo, eu estava sentado neste mesmo lugar que estou agora, lendo notícias, visitando fóruns e com duas janelas do messenger abertas. De repente surge outra janela, era uma mensagem de um antigo amigo, ele é crente fervoroso, em sua mensagem ele estava me perguntando se eu queria sair aquela noite. Perguntei onde ele iria, sem sucesso. Dizia que era pra eu confiar nele, que éramos amigos há anos, o que é fato, conheci ele e sua esposa na igreja, antes mesmo de se casarem.
Pois bem, ele estava me pressionando a dizer sim ou não sem ao menos dizer o lugar, como ele é crente, previ que tivesse algo relacionado a igreja, grupo de jovens ou coisa parecida, eu não tinha mais nada pra fazer naquela noite, eu deveria ter ido para um baile de formatura, mas eu estava sem dinheiro e fiquei em casa. Então perguntei ao meu amigo quanto tempo iria levar esse tal passeio, ele disse que por volta de 3 horas.
Depois de cerca de quinze minutos, chega ele com uma van, no carona sua esposa e atrás dois rapazes e uma menina, todos jovens de 16 a 18 anos. Depois de vagar com a van por cerca de 30 minutos, chegamos a um lugar onde parecia ser um ginásio poli esportivo, nele havia três portas altas onde facilmente entraria um ônibus, não tinha ninguém do lado de fora e também não escutava nenhum barulho do lado de dentro.
Depois que entrei naquele lugar, a primeira coisa que vi foi uma mesa onde pastéis e refrigerantes eram vendidos, mais a frente, vi no mínimo umas duas mil cadeiras plásticas, lá na frente um palco, era um culto. Não era bem um culto, era uma vigília. Todo aquele lugar era uma igreja, ali dentro caberia um ginásio de tão grande.
Não muito impressionado com a 'surpresa', segui o pessoal e sentamos na última fileira, não havia muita gente, tinha umas 300 pessoas. Tinha um tecladista (péssimo diga-se de passagem) tocando alguma coisa, após isso, um pastor pregou, o tema era 'oração'. Após a pregação de uma meia hora, o pastor pediu para orarmos pelo estado, pois segundo ele o RS são os 'pés' do Brasil, e Santa Maria como uma cidade da região centro era o 'coração'. Blá blá blá pra cá e blá blá blá pra lá, pediu para removerem as cadeiras e todos fazer um círculo, ele queria formar o mapa do RS para iniciar a oração.
Durante a oração aconteceu muitas coisas que para a maioria que nunca entrou em uma igreja evangélica, certamente ficaria impressionado. Pessoas caiam ao chão por que o Espírito Santo de Deus se movia na igreja, outros falavam em línguas estranhas, outros pulavam e dançavam, em certo momento tive que gargalhar depois de ver uma jovem cair de bunda, aquilo funcionou como um amortecedor.
Muito choro e gritos marcaram aquela oração, mas esse meu amigo errou em dois pontos me levando até aquele lugar: 1. Deveria ter me levado para um culto e não uma vigília. A vigília é uma atividade interna da igreja, onde eles não estão preocupados com visitantes ou descrentes. Um descrente ali facilmente passaria por um constrangimento caso ficasse parado ou se recusasse a participar das atividades da vigília. 2. Meu amigo me subestimou me levando a um lugar onde aconteceria coisas que por eles são classificadas como 'loucura para o mundo'. Todo aquele êxtase da noite eu já conhecia, pois eu freqüentei uma igreja evangélica na minha pré-adolescência, e nunca vi nada de sobrenatural, não foi diferente naquela noite.
O que eu quero dizer é que esse meu amigo tentou me converter pelo caminho certo, ou seja, sem argumentos. Deus deve ser conhecido através da experiência pessoal, e é por isso que eu carrego comigo a idéia de que Deus realmente existe, mas está confinado na cabeça das pessoas que crêem, não muito diferente das idéias, elas existem, mas não na realidade.
Meu ateísmo vai muito bem e obrigado, foi o que disse pra meu amigo ontem pelo messenger, quando me perguntou o que eu achei da experiência.
Aconteceu dia 19 deste mês, no início da madrugada de sábado pra domingo, eu estava sentado neste mesmo lugar que estou agora, lendo notícias, visitando fóruns e com duas janelas do messenger abertas. De repente surge outra janela, era uma mensagem de um antigo amigo, ele é crente fervoroso, em sua mensagem ele estava me perguntando se eu queria sair aquela noite. Perguntei onde ele iria, sem sucesso. Dizia que era pra eu confiar nele, que éramos amigos há anos, o que é fato, conheci ele e sua esposa na igreja, antes mesmo de se casarem.
Pois bem, ele estava me pressionando a dizer sim ou não sem ao menos dizer o lugar, como ele é crente, previ que tivesse algo relacionado a igreja, grupo de jovens ou coisa parecida, eu não tinha mais nada pra fazer naquela noite, eu deveria ter ido para um baile de formatura, mas eu estava sem dinheiro e fiquei em casa. Então perguntei ao meu amigo quanto tempo iria levar esse tal passeio, ele disse que por volta de 3 horas.
Depois de cerca de quinze minutos, chega ele com uma van, no carona sua esposa e atrás dois rapazes e uma menina, todos jovens de 16 a 18 anos. Depois de vagar com a van por cerca de 30 minutos, chegamos a um lugar onde parecia ser um ginásio poli esportivo, nele havia três portas altas onde facilmente entraria um ônibus, não tinha ninguém do lado de fora e também não escutava nenhum barulho do lado de dentro.
Depois que entrei naquele lugar, a primeira coisa que vi foi uma mesa onde pastéis e refrigerantes eram vendidos, mais a frente, vi no mínimo umas duas mil cadeiras plásticas, lá na frente um palco, era um culto. Não era bem um culto, era uma vigília. Todo aquele lugar era uma igreja, ali dentro caberia um ginásio de tão grande.
Não muito impressionado com a 'surpresa', segui o pessoal e sentamos na última fileira, não havia muita gente, tinha umas 300 pessoas. Tinha um tecladista (péssimo diga-se de passagem) tocando alguma coisa, após isso, um pastor pregou, o tema era 'oração'. Após a pregação de uma meia hora, o pastor pediu para orarmos pelo estado, pois segundo ele o RS são os 'pés' do Brasil, e Santa Maria como uma cidade da região centro era o 'coração'. Blá blá blá pra cá e blá blá blá pra lá, pediu para removerem as cadeiras e todos fazer um círculo, ele queria formar o mapa do RS para iniciar a oração.
Durante a oração aconteceu muitas coisas que para a maioria que nunca entrou em uma igreja evangélica, certamente ficaria impressionado. Pessoas caiam ao chão por que o Espírito Santo de Deus se movia na igreja, outros falavam em línguas estranhas, outros pulavam e dançavam, em certo momento tive que gargalhar depois de ver uma jovem cair de bunda, aquilo funcionou como um amortecedor.
Muito choro e gritos marcaram aquela oração, mas esse meu amigo errou em dois pontos me levando até aquele lugar: 1. Deveria ter me levado para um culto e não uma vigília. A vigília é uma atividade interna da igreja, onde eles não estão preocupados com visitantes ou descrentes. Um descrente ali facilmente passaria por um constrangimento caso ficasse parado ou se recusasse a participar das atividades da vigília. 2. Meu amigo me subestimou me levando a um lugar onde aconteceria coisas que por eles são classificadas como 'loucura para o mundo'. Todo aquele êxtase da noite eu já conhecia, pois eu freqüentei uma igreja evangélica na minha pré-adolescência, e nunca vi nada de sobrenatural, não foi diferente naquela noite.
O que eu quero dizer é que esse meu amigo tentou me converter pelo caminho certo, ou seja, sem argumentos. Deus deve ser conhecido através da experiência pessoal, e é por isso que eu carrego comigo a idéia de que Deus realmente existe, mas está confinado na cabeça das pessoas que crêem, não muito diferente das idéias, elas existem, mas não na realidade.
Meu ateísmo vai muito bem e obrigado, foi o que disse pra meu amigo ontem pelo messenger, quando me perguntou o que eu achei da experiência.