Estudo comprova papel da seleção natural na evolução
Enviado: 24 Fev 2006, 14:51
Novas evidências põem seleção natural como principal fator na evolução das espécies
WASHINGTON - O famoso cientista Charles Darwin ficaria alegre e mortificado. Alegre, porque um estudo publicado nesta semana oferece a primeira evidência clara de que a seleção natural, sua explicação favorita para o processo de evolução das espécies, realmente dirige o processo de formação de novas espécies em uma ampla variedade de plantas e animais. E mortificado, porque demorou 150 anos para que a prova surgisse.
Em seu clássico tratado A Origem das Espécies, Darwin explica quanto da fantástica variedade que existe entre plantas e animais se origina em um único processo, a seleção natural. Desde então, inúmeros estudos e observações comprovaram e expandiram seu trabalho. Mas ligar a seleção natural à origem das milhões de espécies que habitam a Terra se mostrou mais difícil.
Nos últimos 20 anos, estudos de uma variedade de espécies mostraram como a seleção natural pode levar subpopulações a se adaptarem a novos ambientes de forma a reduzir a capacidade de gerar filhotes com a população original, um primeiro passo essencial na formação de novas espécies. No entanto, cientistas não sabiam se esses casos eram exceções ou representavam a regra geral.
TÍTULO APROPRIADO
O novo trabalho - publicado online em Proceedings of the National Academy of Sciences - oferece apoio empírico à idéia de que a seleção natural é, de fato, a força motriz da formação de novas espécies, ao analisar a relação entre a seleção e a capacidade de gerar descendência em centenas de organismos - de plantas a insetos, peixes, sapos e pássaros - e encontrando uma forte ligação.
O estudo tratou da ligação entre o grau de adaptação a diferentes ambientes e a perda da capacidade de membros de populações diferentes gerarem filhotes em comum, o que biólogos chamam de isolamento reprodutivo.
Usando dados de diversos estudos anteriores, Daniel Funk, da Universidade Vanderbilt; Patrik Nosil da Universidade Simon Fraser, do Canadá; University e William J. Etges, da Universidade do Arkansas, mediram a correlação entre diferenças em adaptação ecológica e isolamento reprodutivo, e descobriram que uma variável acompanha a outra de modo tal que a chance de o fenômeno se dar por puro acaso é de 1 em 250.
"O famoso livro de Darwin chama-se Origem das Espécies, mas o que ele fala realmente é sobre seleção natural em características, não na formação de espécies", diz Funk, em declarações divulgadas pela Universidade Vanderbilt. "Mas como nosso estudo sugere que a seleção natural é a causa geral da formação de espécies, parece que Darwin escolheu o título apropriado, afinal".
http://www.estadao.com.br/ciencia/notic ... 23/264.htm
ou http://www.pnas.org/cgi/reprint/0508653103v1?maxtoshow=&HITS=10&hits=10&RESULTFORMAT=&fulltext=funk&searchid=1140803144977_6116&FIRSTINDEX=0&journalcode=pnas em inglês para download/visualização, PDF
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WASHINGTON - O famoso cientista Charles Darwin ficaria alegre e mortificado. Alegre, porque um estudo publicado nesta semana oferece a primeira evidência clara de que a seleção natural, sua explicação favorita para o processo de evolução das espécies, realmente dirige o processo de formação de novas espécies em uma ampla variedade de plantas e animais. E mortificado, porque demorou 150 anos para que a prova surgisse.
Em seu clássico tratado A Origem das Espécies, Darwin explica quanto da fantástica variedade que existe entre plantas e animais se origina em um único processo, a seleção natural. Desde então, inúmeros estudos e observações comprovaram e expandiram seu trabalho. Mas ligar a seleção natural à origem das milhões de espécies que habitam a Terra se mostrou mais difícil.
Nos últimos 20 anos, estudos de uma variedade de espécies mostraram como a seleção natural pode levar subpopulações a se adaptarem a novos ambientes de forma a reduzir a capacidade de gerar filhotes com a população original, um primeiro passo essencial na formação de novas espécies. No entanto, cientistas não sabiam se esses casos eram exceções ou representavam a regra geral.
TÍTULO APROPRIADO
O novo trabalho - publicado online em Proceedings of the National Academy of Sciences - oferece apoio empírico à idéia de que a seleção natural é, de fato, a força motriz da formação de novas espécies, ao analisar a relação entre a seleção e a capacidade de gerar descendência em centenas de organismos - de plantas a insetos, peixes, sapos e pássaros - e encontrando uma forte ligação.
O estudo tratou da ligação entre o grau de adaptação a diferentes ambientes e a perda da capacidade de membros de populações diferentes gerarem filhotes em comum, o que biólogos chamam de isolamento reprodutivo.
Usando dados de diversos estudos anteriores, Daniel Funk, da Universidade Vanderbilt; Patrik Nosil da Universidade Simon Fraser, do Canadá; University e William J. Etges, da Universidade do Arkansas, mediram a correlação entre diferenças em adaptação ecológica e isolamento reprodutivo, e descobriram que uma variável acompanha a outra de modo tal que a chance de o fenômeno se dar por puro acaso é de 1 em 250.
"O famoso livro de Darwin chama-se Origem das Espécies, mas o que ele fala realmente é sobre seleção natural em características, não na formação de espécies", diz Funk, em declarações divulgadas pela Universidade Vanderbilt. "Mas como nosso estudo sugere que a seleção natural é a causa geral da formação de espécies, parece que Darwin escolheu o título apropriado, afinal".
http://www.estadao.com.br/ciencia/notic ... 23/264.htm
ou http://www.pnas.org/cgi/reprint/0508653103v1?maxtoshow=&HITS=10&hits=10&RESULTFORMAT=&fulltext=funk&searchid=1140803144977_6116&FIRSTINDEX=0&journalcode=pnas em inglês para download/visualização, PDF
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