Vivemos numa época, em que basta uma demão de óleo de peroba, para restabelecer o brilho de novo, obtido de uma curiosa reconstrução da antiga cara, hoje, de páu.
Cinicamente, faz-se de conta que não aconteceu nada, e alguns até, se acham revigorados para retomar suas velhas táticas de patrulhamento.
Entre elas, evocam-se figuras como Olavo Carvalho, FHC, devidamente pichados, que servirão de fôrmas, para ridicularizar todo aquele que é contra o impoluto PT.
Naturalmente, não estão mais nesse esquema: Sarney, ACM, (hontem sim, hoje não), como também Maluf, Quércia, etc...
Apresento-lhes, agora, mais um, que, reconhecendo, embora tardiamente, os valôres Petistas, aguarda dos ressuscitados patrulheiros, quem sabe, um fichinha para ingressar no partido.
Ou talvez, seja apenas uma dica para constar de futuros mensalões.
<H3>Collor vota em Lula</H3>
Fernando Collor, quem diria (?!?), tornou-se um ardoroso defensor de Luiz Inácio Lula da Silva. Desde sua última derrota, na eleição para o governo de Alagoas em 2002, decidira não falar mais sobre política. Quebrou o silêncio em entrevista a Magno Martins, da Agência Nordeste (para assinantes).
Abaixo, as principais declarações do ex-presidente:
* Impeachment de Lula: (...) Não se deve abrir processo de impeachment. Sou absolutamente contra. Acho que impeachment é golpe(...) Se comprovada a responsabilidade do presidente, que ele comece a pagar por isso no momento em que ele encerre o seu mandato (...) Fui apeado do poder por uma manobra congressual que me impediu o direito de defesa, trazendo o julgamento para dias antes das eleições que se avizinhava (...) Fui o presidente mais investigado do País. O processo foi levado ao Supremo, que concluiu não existirem provas das acusações que me fizeram.
* O vice: “Vamos supor que, num eventual afastamento de Lula, dessem posse ao vice José Alencar. Que interesse tem o sistema financeiro pelo Alencar, que vem numa batida pela baixa de juros e outras coisas que ferem seus interesses? (...) Acho que, numa eventual suspensão do mandato de Lula, Alencar cairia junto”.
* José Serra ou Geraldo Alchimin? “Nenhum dos dois. Eles não amarram a chuteira do Lula. O Alckmin é uma pessoa muito boa, muito boa, competente, um sujeito sério. Mas se competência, seriedade e sisudez elegessem, o brigadeiro Eduardo Gomes não teria perdido uma eleição. Tem que combinar com o povo. O Serra é um camarada que não dá. Não são candidatos que possam representar a alma da nação”.
* Declaração de voto: <h3>“Nesse quadro aí, em que nada se comprove contra Lula, voto em Lula”.</H3>
* Escândalo do mensalão: “Não há registro na história republicana de nada parecido com isso. O que houve foi um assalto organizado às burras do Estado brasileiro. Tudo isso concatenado com o aparelhamento do Estado por um partido político para fazer com que este aparelho, que tomou de assalto o tesouro do Estado, participasse de um projeto de perpetuação no poder. E o projeto era muito ambicioso, porque era um projeto da quebra das regras do jogo democrático”.
* Lula sabia? ”Muita coisa o presidente não sabe, às vezes não tem como saber de tudo que acontece nos seus domínios(...) O sistema presidencialista é uma coisa absolutamente anacrônica nos dias de hoje, porque chefe de Estado acumulando chefia de governo, fica completamente tomado por uma única obsessão, que é de formar a sua base de sustentação, a sua maioria(...) É uma maioria que se dissolve no primeiro momento em que houver uma matéria polêmica enviada ao Congresso.
Cubagate: “Definitivamente, não acredito nisso(...) Cuba é um País que vem tentando se recuperar desse embargo econômico de 40 e poucos anos, da débâcle do império soviético e da falta de recursos que faz a sua economia do dinheiro que a União Soviética mandava. E como vai ter dinheiro para bancar campanha do PT?”
http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/arch2005-10-30_2005-11-05.html
