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Reencarnaçao

Enviado: 06 Mar 2006, 10:37
por RCAdeBH
Gostaria que os amigos comentassem este texto.

Não foram os espíritas que inventaram a Reencarnação — palavra que grafamos com inicial maiúscula, em homenagem de nossa Alma agradecida à lei sábia e misericordiosa que projetou luz sobre o até então incompreendido problema do Ser, do Destino e da Dor.
O ensino reencarnacionista vem de muito longe, de povos antigos e remotíssimas doutrinas.
Ao Espiritismo couberam, apenas, a honra e a glória de estudá-lo, sistematizando-o, para convertê-lo, afinal, num dos principais, senão no principal fundamento de sua granítica estrutura doutrinária.
Grandes vultos do passado, no campo da Religião, da Filosofia e da Ciência, aceitaram e difundiram a Reencarnação.
Orígenes (nascido em 185 e falecido em 254), considerado por São Jerônimo como a maior autoridade da Igreja de Roma, afirma, no livro “Dos Princípios”, em abono da tese básica do Espiritismo: “As causas das variedades de condições humanas são devidas às existências anteriores.
São, ainda, do eminente e consagrado teólogo as seguintes palavras: “A maneira por que cada um de nós põe os pés na Terra, quando aqui aportamos, é a consequência fatal de como agiu anteriormente no Universo.”
Ainda de Orígines: “Elevando-se pouco a pouco, os Espíritos chegaram a este mundo e à ciência dele. Daí subirão a melhor mundo e chegarão a um estado tal que nada mais terão de ajuntar.”
Crisna, no Bhagavad-Guitá (o Evangelho da Índia), predica, com absoluta e inegável clareza: “Eu e vós tivemos vários nascimentos. Os meus, só são conhecidos de mim; vós não conheceis os vossos.”
Os Vedas, milhares de anos antes de Jesus-Cristo, difundiam, largamente, a idéia reencarnacionista.
Buda aceitava e pregava a Reencarnação.
Os sacerdotes egípcios ensinavam que “as almas inferiores e más ficam presas à Terra por múltiplos renascimentos, e que as almas virtuosas sobem, voando para as esferas superiores, onde recobram a vista das coisas divinas”.
Na Grécia, berço admirável de legítimos condores do Pensamento e da Cultura, encontramos Sócrates, Platão e Pitágoras como fervorosos paladinos das vidas sucessivas.
Sócrates ensinava que “as almas, depois de haverem estado no Hades o tempo necessário, são reconduzidas a esta vida em múltiplos e longos períodos”.
O ensino pitagórico era, como é notório, essencial-mente reencarnacionista, dele advindo, por falsa interpretação de mentes pouco evoluídas, a errônea teoria da metempsicose.
Entre os romanos, Virgílio e Ovídio disseminavam os princípios reencarnacionistas.
Ovídio chegava a dizer: “quando minha alma for pura, irá habitar os astros que povoam o firmamento”, admitindo, assim, semelhantemente aos espíritas, a sucessividade das vidas em outros planetas.
São Jerônimo afirmava, por sua vez, “que a transmigração das almas fazia parte dos ensinos revelados a um certo número de iniciados”.
Deixemos, contudo, esses consagrados vultos, cuja opinião, embora respeitável e acatada, empalidece ante a opinião da figura máxima da Humanidade — Nosso Senhor Jesus-Cristo.
O Sublime Embaixador pregou a Reencarnação. Algumas vezes, de forma velada; outras, com objetividade e clareza.
Falando a respeito de Elias, o profeta falecido alguns séculos antes, diz o Mestre: — “Elias já veio e não o conhecestes”, compreendendo então os discípulos que se referia a João Batista (Elias reencarnado).
No famoso diálogo com NicodemOs, afirma que ninguém alcançará o Reino de Deus “se não nascer de novo.
Nascer da água e do Espírito — o que completa a intenção, o pensamento reencarnacionista de Jesus.
Em outra oportunidade, externando por meio de simples alegoria sobre a Lei de Causa e Efeito — ou Carma —, sentencia: — “Ninguém sairá da Terra sem que pague até o último ceitil”, isto é: até a completa remissão das faltas.
Como Se vê, o Espiritismo não criou, não inventou a Reencarnação.
Aceitando-a como herança de eminentes filósofos e de respeitáveis doutrinas, de Jesus e de Seus discípulos, e confirmada, a seu tempo, pelos Espíritos do Senhor, o Espiritismo promoveu o seu estudo, a sua difusão, a sua exegese.
Ela é, contudo, antiqüíssima, conhecida e professada antes do Cristo, na época do Cristo e em nossos dias.
Há mais de um século o Espiritismo apresenta-a por único meio de crermos num Pai Justo e Bom, que dá a cada um “segundo as suas obras” e como elemento explicativo da promessa de Jesus, de que “nenhuma de suas ovelhas se perderia”.
A Reencarnação é a chave, a fórmula filosófica que explica, sem fugir ao bom-senso nem à lógica, as conhecidas desigualdades humanas — sociais, econômicas, raciais, físicas, morais e intelectuais.
Sem o esclarecimento palingenésico, tais diversidades deixariam um doloroso “ponto de interrogação” em nossa consciência, no que diz respeito à Justiça Divina.
Sem as suas claridades, seria a Justiça de Deus bem inferior à dos homens.
Teríamos um Deus parcial, injusto, caprichoso, cruel, impiedoso mesmo.
Um Deus que beneficiaria a uns e infelicitaria àmaioria.
Com a Reencarnação, temos Justiça Incorruptível, eqüânime, refletindo a ilimitada Bondade do Criador.
Um Deus que perdoa sem tirar ao culpado a glória da remissão de seus próprios erros.
Um Deus que perdoa, concedendo ao culpado tantas oportunidades quantas ele necessite para reparar os males que praticou.
Com a Palingenesia, temos um Deus que se apresenta, no Altar de nossa consciência e no Templo do nosso coração, como Pai Misericordioso e Justo, um Pai carinhoso e Magnânimo, que oferece a todos os Seus filhos os mesmos ensejos de redenção, através das vidas sucessivas — neste e noutros mundos, mundos que são as “outras moradas” a que se refere Jesus no Evangelho.
Tantas vidas quantas forem necessárias, porque o essencial e o justo é que “nenhuma das ovelhas se perca”...

Re.: Reencarnaçao

Enviado: 06 Mar 2006, 10:48
por Clauss
Uma coisa que me intriga RCA (Victors?). Dou razão aos ateus quando cobram da história provas da existência de Jesus. Até o espiritismo não querer ficar satisfazendo as vontades dos incrédulos e bla bla bla até pode-se dizer que tolerável, mas porque os espíritos (ou mesmo Jesus) não permite que apresentem-se provas de sua existência? Poderia me responder isso? Já alerto para ter cuidado ao responder.

Re: Re.: Reencarnaçao

Enviado: 06 Mar 2006, 11:09
por RCAdeBH
Johnny escreveu:Uma coisa que me intriga RCA (Victors?). Dou razão aos ateus quando cobram da história provas da existência de Jesus. Até o espiritismo não querer ficar satisfazendo as vontades dos incrédulos e bla bla bla até pode-se dizer que tolerável, mas porque os espíritos (ou mesmo Jesus) não permite que apresentem-se provas de sua existência? Poderia me responder isso? Já alerto para ter cuidado ao responder.


Caro Johnny,
Sua restriçao quanto minha possivel resposta "mal-educada" deve ser fruto de meu debate com um "moderador" do fórum. Acho que minha conduta com a maioria dos forristas sérios do RV sempre foi de educaçao, e quase nunca é recíproca por parte de alguns. O que aconteceu no meu debate com aquele sujeito foi que ele me chamou de preconceituoso e racista, duas coisas que abomino e acho que não deveriam ser ditas de forma tão gratuita, mesmo que fosse para refutar uma argumentaçao mal-formulada como a minha. Quanto a sua pergunta: Se tem grande provas da existencia dos espiritos por intermédio dos médiuns que são os transmissores de seus pensamentos para nosso plano. O trabalho de Chico Xavier é notável em relaçao a isso, e inexplicável até hoje para todos os cientistas e céticos.

Re: Re.: Reencarnaçao

Enviado: 06 Mar 2006, 12:06
por Aurelio Moraes
Johnny escreveu: RCA (Victors?). D


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Re: Re.: Reencarnaçao

Enviado: 06 Mar 2006, 12:10
por Ayyavazhi
Não foram os espíritas que inventaram a Reencarnação.


Impossível discordar. Sem mencionar o quão antigo é o conhecimento do homem acerca da reencarnação (termo que utilizo por falta de outro melhor), cito-me, a mim mesmo, como exemplo. Não tenho problemas para compreendê-la e nunca fui espírita.

“Ninguém sairá da Terra sem que pague até o último ceitil”, isto é: até a completa remissão das faltas.


Essa é a parte que eu discordo.

Na infância, envolvido em brincadeiras típicas da idade, tive que ser levado ao hospital por diversas vezes, para tratar de ferimentos ou contusões provocados por essas inconseqüências juvenis. Em alguns casos, o tratamento foi tão ou mais doloroso do que a ferida. Os médicos não estavam me punindo, mas precisavam zelar por minha saúde e aquele era o preço a pagar. O remédio, todo mundo sabe, pode ser amargo, apesar de necessário.

O objetivo não é a remissão das faltas, mas alcançar uma condição onde elas não mais possam existir.

Deixemos, contudo, esses consagrados vultos, cuja opinião, embora respeitável e acatada, empalidece ante a opinião da figura máxima da Humanidade — Nosso Senhor Jesus-Cristo.


Outro ponto de discordância.

O texto cita diversos personagens históricos, grandes nomes, e que, apesar da grandeza, não podem ser comparados a um enviado divino, neste caso, Jesus. Mas o autor também cita Krishna, uma divindade para os hindus e não meramente um grande homem, um guru, por exemplo. Aceito a divindade do Cristo, mas não ouso desprezar a cultura multi-milenar de outros povos que possuem tantos ou mais motivos do que nós para acreditar no que acreditam.

E por que uma intervenção divina na Terra se daria uma única vez? Por que não aceitar a hipótese da diversidade de crenças ter sua origem na diversidade de intervenções divinas, em tempos e lugares diferentes? “Todos os caminhos levam a Deus”. Até o ceticismo. Alguém já disse certa vez que, se Deus permitiu essa diversidade de religiões, ele é incompetente. Esse é o julgamento infantil e pretensioso de quem proferiu essa “sábia” sentença, não necessariamente uma verdade. A diversidade talvez seja um dos objetivos de Deus e nós só poderemos ter essa certeza e conhecer Suas razões no dia em que procurarmos por respostas verdadeiras, no lugar de respostas agradáveis.

Há mais de um século o Espiritismo apresenta-a por único meio de crermos num Pai Justo e Bom, que dá a cada um “segundo as suas obras” e como elemento explicativo da promessa de Jesus, de que “nenhuma de suas ovelhas se perderia”.
A Reencarnação é a chave, a fórmula filosófica que explica, sem fugir ao bom-senso nem à lógica, as conhecidas desigualdades humanas — sociais, econômicas, raciais, físicas, morais e intelectuais.



Esqueçamos, por enquanto, o exclusivismo que o primeiro parágrafo sentencia. Uma das impressões que tenho, quando leio textos como esse, é que existe certa necessidade em se encontrar uma explicação lógica, uma explicação que atenda às indagações inevitáveis acerca das desigualdades humanas, sem agredir o bom senso e a razão de quem as busca. A razão humana só é razoável enquanto humana. Ela nos serve e nos orienta, ajudando a construir um mundo suportável, mas não é absoluta. Tentar estendê-la à Deus é um capricho e uma necessidade do homem, que se recusa a abrir mão de suas pequenas convicções. Não é diferente do que eu disse acima: temos que buscar a Verdade e não uma verdade agradável.

Porém, é apenas uma impressão e pode estar errada. Os espíritas do fórum poderiam me esclarecer essa dúvida.

Senões à parte, o texto é muito bom.


Re: Re.: Reencarnaçao

Enviado: 06 Mar 2006, 12:11
por Clauss
RCAdeBH escreveu:
Johnny escreveu:Uma coisa que me intriga RCA (Victors?). Dou razão aos ateus quando cobram da história provas da existência de Jesus. Até o espiritismo não querer ficar satisfazendo as vontades dos incrédulos e bla bla bla até pode-se dizer que tolerável, mas porque os espíritos (ou mesmo Jesus) não permite que apresentem-se provas de sua existência? Poderia me responder isso? Já alerto para ter cuidado ao responder.


Caro Johnny,
Sua restriçao quanto minha possivel resposta "mal-educada" deve ser fruto de meu debate com um "moderador" do fórum. Acho que minha conduta com a maioria dos forristas sérios do RV sempre foi de educaçao, e quase nunca é recíproca por parte de alguns. O que aconteceu no meu debate com aquele sujeito foi que ele me chamou de preconceituoso e racista, duas coisas que abomino e acho que não deveriam ser ditas de forma tão gratuita, mesmo que fosse para refutar uma argumentaçao mal-formulada como a minha. Quanto a sua pergunta: Se tem grande provas da existencia dos espiritos por intermédio dos médiuns que são os transmissores de seus pensamentos para nosso plano. O trabalho de Chico Xavier é notável em relaçao a isso, e inexplicável até hoje para todos os cientistas e céticos.


Creio não ter-me feito entender direito. O cuidado ao que me referi foi em consideração ao fato de inexistir provas contundentes quanto a restos mortais de Jesus. Mas quanto à sua resposta, você está pressupondo que todos acreditem que existam espíritos. Mas para quem é, dgamos assim, racionalista nato e queira entender como pode ser isso, se historicamente falando (lembre-se, a bíblia não é um livro de relatos históricos confiável) nada se tem que comprove Jesus, principalmente não tendo ele escrito absolutamente nada?

Re: Re.: Reencarnaçao

Enviado: 06 Mar 2006, 12:13
por Clauss
Mr.Hammond escreveu:
Johnny escreveu: RCA (Victors?). D


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Vejam só, tenho um fã comum de bugugangas Victorianas.

Re.: Reencarnaçao

Enviado: 06 Mar 2006, 12:23
por Clauss
Sempre achei (sim, sou achista mas quem aqui nunca foi oi não é?) a doutrina espirita mesno vulgar do ponto de vista de vivência social. Diferente das outras mais difundidas por aqui (não conheço a todas portanto, não me escrachem por favor) não tenta maquear um ser creacional para se adaptar às atuais diferenças socio-econômicas mas sim adaptar racionalmente textos do messias Jesus para uma vida social em que todos seriam beneficiados. Mas ao mesmo tempo que tenta ajudar, atrapalha pois na própria biblia temos divergências que desabonam não só a reencarnação como o fato de falar com espiritos. Mas, se a sociedade fosse escolher um padrão moral de conduta séria, seria realmente uma alternativa viável (se e somente se fôsse levado ao fundo de sua significância).

Re.: Reencarnaçao

Enviado: 06 Mar 2006, 12:36
por Fernando Silva
O catolicismo não aceita a reencarnação. Acho que nenhuma seita cristã aceita.
O espiritismo se diz cristão mas contradiz coisas básicas como essa.

Lembro também que o fato de povos muito antigos terem acreditado na reencarnação não prova nada. Outros povos muito antigos não acreditavam. Por que pegar só os que acreditavam?

Para gregos, egípcios, zoroastristas, por exemplo, quem morre vai para o céu ou para o inferno. Não tem volta.

Re.: Reencarnaçao

Enviado: 06 Mar 2006, 12:42
por Clauss
Veja bem Fernando. Pelo que entendo de ser Cristão, é compactuar com os preceitos do cristo, seus ensinamentos e tudo o mais e vivenciá-los. Isso é o que chamam de UTOPIA pois NUNCA a sociedade seguirá preceitos morais desse porte. Mas seria também a sociedade mais próxima do ideal que poderia existir.

Mas é o que sempre digo. A biblia é tão confusa e se diz que era mais fácil para o povo daquela epoca entender? Das duas uma: Ou eles tinham super poderes ou chamam a todos nós de idiotas. Deixo aqui aberto aos religiosos (espíritas) comentários à respeito.

Re: Re.: Reencarnaçao

Enviado: 06 Mar 2006, 12:50
por Fernando Silva
Johnny escreveu:Veja bem Fernando. Pelo que entendo de ser Cristão, é compactuar com os preceitos do cristo, seus ensinamentos e tudo o mais e vivenciá-los. Isso é o que chamam de UTOPIA pois NUNCA a sociedade seguirá preceitos morais desse porte. Mas seria também a sociedade mais próxima do ideal que poderia existir.

Será mesmo?
O que você me diz disto?
http://www.ateusdobrasil.com.br/portal/ ... _jesus.php

Re: Re.: Reencarnaçao

Enviado: 06 Mar 2006, 13:01
por Ayyavazhi
Fernando Silva escreveu:O catolicismo não aceita a reencarnação. Acho que nenhuma seita cristã aceita.
O espiritismo se diz cristão mas contradiz coisas básicas como essa.

Lembro também que o fato de povos muito antigos terem acreditado na reencarnação não prova nada. Outros povos muito antigos não acreditavam. Por que pegar só os que acreditavam?

Para gregos, egípcios, zoroastristas, por exemplo, quem morre vai para o céu ou para o inferno. Não tem volta.


Fernando,

Essa postura é meio contraditória. Em diversos momentos, vocês exortam os religiosos a evoluírem e se atualizarem, mas, quando isso acontece, ou seja, quando alguma religião abandona suas bases dogmáticas e procura ampliar seus conhecimentos, ela é acusada de contradizer e violar esses princípios arcaicos que a definem e a enclausuram no passado.

Na minha modesta opinião, ser Cristão é tão somente seguir, ou pelo menos tentar seguir, os ensinamentos do Cristo, aceitando-o como um ser divino. As “coisas básicas” fazem parte daquilo que precisa ser reciclado.

Abraços.


Re: Re.: Reencarnaçao

Enviado: 06 Mar 2006, 13:09
por Clauss
Fernando Silva escreveu:
Johnny escreveu:Veja bem Fernando. Pelo que entendo de ser Cristão, é compactuar com os preceitos do cristo, seus ensinamentos e tudo o mais e vivenciá-los. Isso é o que chamam de UTOPIA pois NUNCA a sociedade seguirá preceitos morais desse porte. Mas seria também a sociedade mais próxima do ideal que poderia existir.

Será mesmo?
O que você me diz disto?
http://www.ateusdobrasil.com.br/portal/ ... _jesus.php


Acho que a parábola não foi traduzida ao contento. Além do mais, não dei entender que a bíblia deva ser seguida ou que tudo nela é de boa fé. Não sei sequer porque ela foi escrita por parábolas. Uns dizem que para que não fôsse retirado o verdadeiro significado. De qualquer forma, a parábola em si tem o seu valor. E nem preciso é que eu seja religioso para tal. Una o que está escrito aos fatos e costumes da época que entenderá o que digo. Imagine um abolicionista numa época em que por um nariz torcido se era degolado. Agora, de boa intensão lhe digo o seguinte. Existem as leis sociais que podem encacerar ou libertar um inocente ou criminoso. Depende de quem as interpreta. Seja cada um seu advogado e juiz.

Re: Re.: Reencarnaçao

Enviado: 06 Mar 2006, 15:40
por RCAdeBH
Caro amigo,
Antes de comentar seu texto devo lhe prestar honras por voce saber escrever tão bem, tendo uma forma simples e educada de colocar seu ponto de vista sem precisar de agressões. Gostaria de tambem ser assim. Quem sabe um dia...

Avatar escreveu:
Na infância, envolvido em brincadeiras típicas da idade, tive que ser levado ao hospital por diversas vezes, para tratar de ferimentos ou contusões provocados por essas inconseqüências juvenis. Em alguns casos, o tratamento foi tão ou mais doloroso do que a ferida. Os médicos não estavam me punindo, mas precisavam zelar por minha saúde e aquele era o preço a pagar. O remédio, todo mundo sabe, pode ser amargo, apesar de necessário.

O objetivo não é a remissão das faltas, mas alcançar uma condição onde elas não mais possam existir.
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Este efeito é exatamente o objetivo. Quando voce diz "alcançar uma condiçao onde elas não mais possam existir" seria a remissão da raiz do problema. Nao poderia mais existir cadeia para um indivíduo que aprendeu que não se deve matar. Não poderia existir cirrose para um individuo que aprendeu a não beber em demais a vida toda. Tudo é uma questão de aprendizado. E este não se dá em uma só existencia. Em algumas, sofremos o refexo de nossas próprias faltas, em outras, já pré-dispostos inconcientemente a não cometermos os mesmos erros, evitamos. As vezes, (nao sei se acontece contigo) , diante de alguma situaçao temos a nítida impressão que já passamos por algo parecido,mas não lembramos onde, nem como. E quase instintivamente tomamos outros rumos guiados pela conciência.

Avatar escreveu:O texto cita diversos personagens históricos, grandes nomes, e que, apesar da grandeza, não podem ser comparados a um enviado divino, neste caso, Jesus. Mas o autor também cita Krishna, uma divindade para os hindus e não meramente um grande homem, um guru, por exemplo. Aceito a divindade do Cristo, mas não ouso desprezar a cultura multi-milenar de outros povos que possuem tantos ou mais motivos do que nós para acreditar no que acreditam.E por que uma intervenção divina na Terra se daria uma única vez? Por que não aceitar a hipótese da diversidade de crenças ter sua origem na diversidade de intervenções divinas, em tempos e lugares diferentes? “Todos os caminhos levam a Deus”. Até o ceticismo. Alguém já disse certa vez que, se Deus permitiu essa diversidade de religiões, ele é incompetente. Esse é o julgamento infantil e pretensioso de quem proferiu essa “sábia” sentença, não necessariamente uma verdade. A diversidade talvez seja um dos objetivos de Deus e nós só poderemos ter essa certeza e conhecer Suas razões no dia em que procurarmos por respostas verdadeiras, no lugar de respostas agradáveis.
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Nao foi Deus que inventou religiões. Foram os homens. E a religião é uma das grandes chagas da humanidade até hoje. Ja imaginou um fórum deste em Israel? Por isso detesto-as. Me considero Kardecista não pela entonaçao religiosa, e sim pelos preceitos da doutrina.
Claro, antes de Jesus vieram grandes espiritos para ajudar moralmente e espiritualmente a humanidade. Krishna, Buda, Moises e assim por diante. Mas o que diferenciou cada um, foi a maneira que encontraram para ensinar seu povo, cada um em épocas e costumes distintos. O que absolutamente não invalidaria suas grandiosidades perante Cristo. Cristo foi destes o último. E é o mais lembrado pelos milagres e doutrinaçao moral que apregoou durante sua passagem.


Avatar escreveu:Esqueçamos, por enquanto, o exclusivismo que o primeiro parágrafo sentencia. Uma das impressões que tenho, quando leio textos como esse, é que existe certa necessidade em se encontrar uma explicação lógica, uma explicação que atenda às indagações inevitáveis acerca das desigualdades humanas, sem agredir o bom senso e a razão de quem as busca. A razão humana só é razoável enquanto humana. Ela nos serve e nos orienta, ajudando a construir um mundo suportável, mas não é absoluta. Tentar estendê-la à Deus é um capricho e uma necessidade do homem, que se recusa a abrir mão de suas pequenas convicções. Não é diferente do que eu disse acima: temos que buscar a Verdade e não uma verdade agradável.Porém, é apenas uma impressão e pode estar errada. Os espíritas do fórum poderiam me esclarecer essa dúvida.

Senões à parte, o texto é muito bom.

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Concordo que a exclusividade em uma crença ou religião seria o antigo "fanatismo", o que é sempre ruim para qualquer sociedade. Tenho a conciência de que não tenho todas as respostas e que ainda tenho muito a aprender. Nada é absoluto. Se alguma outra doutrina demonstrar razão como o kardecismo, certamente estudarei.
Acho complicado tentar entender Deus. Até Kardec foi bastante vago em relaçao a Ele no livro des espiritos. O kardecismo explica muito os meios, mas não o fim. Acho que ainda estamos longe de descobrirmos a VERDADE. Fazemos somente esboços e temos bastante teorias. Mas esta verdade tem que ser raciocinada e mínimamente lógica. O que encontrei no Kardecismo. Alguns a encontram no protestantismo, catolicismo, budismo, ateísmo, ceticismo... mas como dizem: todos os caminhos levam ao pai. E enquanto não soubermos da VERDADE, nada é absoluto. Evoluir sempre, tal é a lei.

Re.: Reencarnaçao

Enviado: 06 Mar 2006, 15:57
por Clauss
Quando cito o espiritismo como base social de conduta muitos me acham espirita ou me catalogam como quem está em cima do muro. O fato é que leis morais e cívicas devem possuir uma base mínima e esta se encontra dentro do lar, na família. Ora, se uma religião, um clube, um clã ou mesmo a esola puder dar ao cidadão ainda criança a base moral para que possa essa germinar mas ao mesmo tempo mostrar a cada um desses mesmo os benefícios, mesmo que a longo prazo, a sociedade de hoje estaria deveras melhor. Mas enquanto muitos insistem que a laicidade governamental seja necessária, nada é feito para modificar a atual situação, basicamente movida pela ganância e poder. Quando insisto que é utópico pensar em uma sociedade justa, me refiro exatamente à falta de preceitos morais que devam ser passados a cada indivíduo e cobrado de nós mesmos estes mesmo preceitos que deveriam estar incrustados já em nosso modo de viver. POr outro lado existem milhares de pessoas que pouco ou nada sabem das escrituras (no sentido leigo ou mesmo culto) e são pessoas boníssimas, verdadeiros anjos, se é que posso assim chamá-las. É meu modo de pensar e epsero um dia ser meu modo de agir continuo.

Re: Re.: Reencarnaçao

Enviado: 06 Mar 2006, 16:16
por RCAdeBH
Johnny escreveu:Quando cito o espiritismo como base social de conduta muitos me acham espirita ou me catalogam como quem está em cima do muro. O fato é que leis morais e cívicas devem possuir uma base mínima e esta se encontra dentro do lar, na família. Ora, se uma religião, um clube, um clã ou mesmo a esola puder dar ao cidadão ainda criança a base moral para que possa essa germinar mas ao mesmo tempo mostrar a cada um desses mesmo os benefícios, mesmo que a longo prazo, a sociedade de hoje estaria deveras melhor. Mas enquanto muitos insistem que a laicidade governamental seja necessária, nada é feito para modificar a atual situação, basicamente movida pela ganância e poder. Quando insisto que é utópico pensar em uma sociedade justa, me refiro exatamente à falta de preceitos morais que devam ser passados a cada indivíduo e cobrado de nós mesmos estes mesmo preceitos que deveriam estar incrustados já em nosso modo de viver. POr outro lado existem milhares de pessoas que pouco ou nada sabem das escrituras (no sentido leigo ou mesmo culto) e são pessoas boníssimas, verdadeiros anjos, se é que posso assim chamá-las. É meu modo de pensar e epsero um dia ser meu modo de agir continuo.


Achei interessante o que voce falou, Johnny.
Concordo que o evangelho traz as pessoas virtudes e mudança de conduta que modificam profundamente seu modo de viver para melhor, seja a pessoa nova ou velha. Tenho como exemplo as igrejas evangélicas, que apesar de todos os dogmas e preceitos absurdos, conseguem restaurar a vida de muitas pessoas, tornando-as socialmente melhores no mínimo. Mas não seria este o único meio de se melhorar ou de se ensinar bons caminhos a uma criança. Tenho amigos ateus que apesar de "rasgarem a biblia", ensinam aos seus filhos todas as liçoes contidas lá de maneira diferente. E funciona!

Re: Re.: Reencarnaçao

Enviado: 06 Mar 2006, 16:23
por Clauss
RCAdeBH escreveu:
Johnny escreveu:Quando cito o espiritismo como base social de conduta muitos me acham espirita ou me catalogam como quem está em cima do muro. O fato é que leis morais e cívicas devem possuir uma base mínima e esta se encontra dentro do lar, na família. Ora, se uma religião, um clube, um clã ou mesmo a esola puder dar ao cidadão ainda criança a base moral para que possa essa germinar mas ao mesmo tempo mostrar a cada um desses mesmo os benefícios, mesmo que a longo prazo, a sociedade de hoje estaria deveras melhor. Mas enquanto muitos insistem que a laicidade governamental seja necessária, nada é feito para modificar a atual situação, basicamente movida pela ganância e poder. Quando insisto que é utópico pensar em uma sociedade justa, me refiro exatamente à falta de preceitos morais que devam ser passados a cada indivíduo e cobrado de nós mesmos estes mesmo preceitos que deveriam estar incrustados já em nosso modo de viver. POr outro lado existem milhares de pessoas que pouco ou nada sabem das escrituras (no sentido leigo ou mesmo culto) e são pessoas boníssimas, verdadeiros anjos, se é que posso assim chamá-las. É meu modo de pensar e epsero um dia ser meu modo de agir continuo.


Achei interessante o que voce falou, Johnny.
Concordo que o evangelho traz as pessoas virtudes e mudança de conduta que modificam profundamente seu modo de viver para melhor, seja a pessoa nova ou velha. Tenho como exemplo as igrejas evangélicas, que apesar de todos os dogmas e preceitos absurdos, conseguem restaurar a vida de muitas pessoas, tornando-as socialmente melhores no mínimo. Mas não seria este o único meio de se melhorar ou de se ensinar bons caminhos a uma criança. Tenho amigos ateus que apesar de "rasgarem a biblia", ensinam aos seus filhos todas as liçoes contidas lá de maneira diferente. E funciona!


Mas aí é que está a questão. Mas para que todos possam entender é necessário que se responda o seguinte. São todos os ateus assim? São todos os "alguma coisa" assim? O que os difere? A resposta não seria o texto ao quel eu me referi ou seja, a educação moral e cívica? Veja bem, não disse que devem seguir um deus, amar a Jesus, fazer novenas nem participar de quermesses para arrecadar prendas. Apenas disse que é necessário que haja uma mudança profunda na base social. Infelizmente mudanças sociais não vêm de cima para baixo mas debaixo para cima. Não adianta eu querer e bate o pé reinvidicando direitos e responsabilidades politicas se não não respeito meu vizinho. Entendeu?

Re: Re.: Reencarnaçao

Enviado: 06 Mar 2006, 16:36
por RCAdeBH
Johnny escreveu:
RCAdeBH escreveu:
Johnny escreveu:Quando cito o espiritismo como base social de conduta muitos me acham espirita ou me catalogam como quem está em cima do muro. O fato é que leis morais e cívicas devem possuir uma base mínima e esta se encontra dentro do lar, na família. Ora, se uma religião, um clube, um clã ou mesmo a esola puder dar ao cidadão ainda criança a base moral para que possa essa germinar mas ao mesmo tempo mostrar a cada um desses mesmo os benefícios, mesmo que a longo prazo, a sociedade de hoje estaria deveras melhor. Mas enquanto muitos insistem que a laicidade governamental seja necessária, nada é feito para modificar a atual situação, basicamente movida pela ganância e poder. Quando insisto que é utópico pensar em uma sociedade justa, me refiro exatamente à falta de preceitos morais que devam ser passados a cada indivíduo e cobrado de nós mesmos estes mesmo preceitos que deveriam estar incrustados já em nosso modo de viver. POr outro lado existem milhares de pessoas que pouco ou nada sabem das escrituras (no sentido leigo ou mesmo culto) e são pessoas boníssimas, verdadeiros anjos, se é que posso assim chamá-las. É meu modo de pensar e epsero um dia ser meu modo de agir continuo.


Achei interessante o que voce falou, Johnny.
Concordo que o evangelho traz as pessoas virtudes e mudança de conduta que modificam profundamente seu modo de viver para melhor, seja a pessoa nova ou velha. Tenho como exemplo as igrejas evangélicas, que apesar de todos os dogmas e preceitos absurdos, conseguem restaurar a vida de muitas pessoas, tornando-as socialmente melhores no mínimo. Mas não seria este o único meio de se melhorar ou de se ensinar bons caminhos a uma criança. Tenho amigos ateus que apesar de "rasgarem a biblia", ensinam aos seus filhos todas as liçoes contidas lá de maneira diferente. E funciona!


Mas aí é que está a questão. Mas para que todos possam entender é necessário que se responda o seguinte. São todos os ateus assim? São todos os "alguma coisa" assim? O que os difere? A resposta não seria o texto ao quel eu me referi ou seja, a educação moral e cívica? Veja bem, não disse que devem seguir um deus, amar a Jesus, fazer novenas nem participar de quermesses para arrecadar prendas. Apenas disse que é necessário que haja uma mudança profunda na base social. Infelizmente mudanças sociais não vêm de cima para baixo mas debaixo para cima. Não adianta eu querer e bate o pé reinvidicando direitos e responsabilidades politicas se não não respeito meu vizinho. Entendeu?


Bem, quanto a questão social do tema, acho que é dificil explicar para um favelado que seria melhor trabalhar como ajudante de pedreiro e ganhar 400,00 por mes do que vender drogas e ganhar 5.000,00. Daí vem nossa imensa injustiça social, que não dá ao Brasileiro condiçoes de ser uma pessoa de bem quando este é pobre. Mas alguns indivíduos favelados estranhamente não seguem o caminho mais óbvio para eles, ou seja , roubar ou vender drogas. Estes simplesmente preferem trabalhar honestamente mesmo que a duras penas para continuar vivendo sua vida quase miserável e não se importam com isso. É exatamente isso que o evangelho traz... essa conciência do que é certo e errado, que as vezes são automáticas em alguns seres humanos (vide reencarnaçao e aprendizado em sucessivas vidas).
Mas uma outra questão mais me preoculpa, a dos bandidos de classe média. Jovens hoje em dia que se afundam na bebida e nas drogas, que não tem uma base familiar moral mínima para ser uma pessoa de bem... estes serão nossos proximos advogados e médicos... É preciso muito cuidado dos pais para passar a mensagem correta para os filhos.

Re: Re.: Reencarnaçao

Enviado: 07 Mar 2006, 03:53
por Botanico
Fernando Silva escreveu:O catolicismo não aceita a reencarnação. Acho que nenhuma seita cristã aceita.
O espiritismo se diz cristão mas contradiz coisas básicas como essa.
Aqui sou obrigado a concordar. Talvez por equívoco ou por efeito de propaganda no meio das sociedades cristãs, os espíritas saem com essa de dizer que o Espiritismo é Cristianismo. Pensam que por pregarem a caridade, isso os qualifica a se apresentarem como cristãos.
Nada disso: Cristianismo é um amontoado de elucubrações filosóficas que têm a Bíblia por base e para o cristão é de fundamental importância crer nas ditas elucubrações. A prática do Bem e da caridade é só perfumaria. E também é relativa: cometer massacres, atrocidades, etc e tal, desde que sejam em defesa de Deus e da fé cristã, o cristão considera que são bons atos. No caso do Espiritismo isso sempre é considerado errado e aí então fica claro que o Espiritismo é anti-cristão.


Lembro também que o fato de povos muito antigos terem acreditado na reencarnação não prova nada. Outros povos muito antigos não acreditavam. Por que pegar só os que acreditavam?
Depende do contexto da argumentação. O fato de muitos povos não acreditarem na reencarnação também não prova que a crença em vida única é verdadeira.

Para gregos, egípcios, zoroastristas, por exemplo, quem morre vai para o céu ou para o inferno. Não tem volta.

Enviado: 07 Mar 2006, 09:50
por Clauss
Aurélio[Do gr. christianismós, pelo lat. christianismu.]
S. m. Rel.
1. O conjunto das religiões cristãs, i. e., baseadas nos ensinamentos, na pessoa e na vida de Jesus Cristo: o catolicismo, o protestantismo, e religiões ortodoxas orientais.
2. Cada uma dessas religiões.

Wikipedia
O Cristianismo é uma religião monoteísta baseada nos ensinamentos de Jesus Cristo (Yeshua ben(bar)-Yoseph), que teria nascido por volta do ano 6 a.C., na cidade de Belém, na Judéia (Palestina) e tem, por livro sagrado, a Bíblia. A sigla a.C. significa "antes de Cristo" e parece paradoxal que o próprio Cristo tenha nascido "seis anos antes de Cristo", mas o paradoxo tem uma explicação racional na entrada a.C.. Consta no livro de estudos superiores de História: A herança messiânica que o Cristianismo se trata de uma modificação do judaísmo messiânico.

Re: Re.: Reencarnaçao

Enviado: 07 Mar 2006, 12:48
por Fernando Silva
Avatar escreveu:Fernando,

Essa postura é meio contraditória. Em diversos momentos, vocês exortam os religiosos a evoluírem e se atualizarem, mas, quando isso acontece, ou seja, quando alguma religião abandona suas bases dogmáticas e procura ampliar seus conhecimentos, ela é acusada de contradizer e violar esses princípios arcaicos que a definem e a enclausuram no passado.

Na minha modesta opinião, ser Cristão é tão somente seguir, ou pelo menos tentar seguir, os ensinamentos do Cristo, aceitando-o como um ser divino. As “coisas básicas” fazem parte daquilo que precisa ser reciclado.

Abraços.

Eu acho (influência da minha vida como católico) que religião vem de Deus e não pode ser interpretada ou melhorada pelos homens.

E o que é "seguir a Cristo" se ele disse tanta coisa absurda e contraditória? Veja o link acima.
Será que é uma questão de escolha pessoal? Cada um pega os pontos que mais lhe agradam e ignora o resto?

Como o espiritismo pode se dizer cristão e dizer que segue os evangelhos se o contradiz em tantos pontos?

Quando eu digo que uma pessoa deve pensar com a própria cabeça e abandonar os dogmas, eu quero dizer que ela deve abandonar todos os dogmas, e não inventar novos para ela mesma só porque não gostou dos existentes.

Se vem de Deus, não pode ser discutido nem modificado. Não é uma questão de gostar.

Se é tão confuso que permite várias interpretações, então o melhor a fazer é esquecer as religiões (e a idéia de Deus, igualmente indefinida e confusa).

Re.: Reencarnaçao

Enviado: 07 Mar 2006, 14:35
por Fernando Silva
Dito de outra forma:

O que eu entendo por evolução é passar da crença em religiões dogmáticas para a crença em um deus indefinido e depois se dar conta de que, por não haver nenhuma evidência nem de que esse deus exista nem de que ele queira algo de nós, passar a ignorá-lo até que surjam novidades.

Não vejo como evolução modificar os dogmas só porque eles nos parecem inadequados e adotar outros, igualmente sem base e sem evidências de que vieram de algum deus. Não faz sentido ficar pulando de uma religião para outra ou inventando religiões novas.

Sim, pode ser uma evolução para a humanidade quando dogmas idiotas são abandonados, mas quem dá às criaturas o direito de rejeitar e modificar os mandamentos de seu criador? Se eles podem ser modificados, então para que precisamos de um deus? Por que ele já não nos dá a doutrina certa logo de cara? Por que ele nos deixa no escuro, tentando adivinhar se ele existe e o que ele quer?

Re: Re.: Reencarnaçao

Enviado: 07 Mar 2006, 15:23
por Ayyavazhi
Fernando Silva escreveu:Eu acho (influência da minha vida como católico) que religião vem de Deus e não pode ser interpretada ou melhorada pelos homens.


Penso diferente. Vejo a religião como uma criação humana, uma manifestação da necessidade do homem de encontrar Deus. Daí sua diversidade.

Fernando Silva escreveu:o que é "seguir a Cristo" se ele disse tanta coisa absurda e contraditória? Veja o link acima.
Será que é uma questão de escolha pessoal? Cada um pega os pontos que mais lhe agradam e ignora o resto?


Absurda e contraditória? Não posso aceitar isso. Aceito que o que chegou até nós, alterado pelo tempo e pelo filtro humano, possa ser absurdo e contraditório, não as palavras originais de um ser divino.

Fernando Silva escreveu:Como o espiritismo pode se dizer cristão e dizer que segue os evangelhos se o contradiz em tantos pontos?


Quanto aos evangelhos eu nada sei, nem valorizo. Ser cristão, sob minha ótica, é uma decisão pessoal e está estreitamente ligada à nossa relação com Ele. Independe de dogmas, independe de crenças e rótulos, é tão somente uma questão íntima e pessoal.

Fernando Silva escreveu:Quando eu digo que uma pessoa deve pensar com a própria cabeça e abandonar os dogmas, eu quero dizer que ela deve abandonar todos os dogmas, e não inventar novos para ela mesma só porque não gostou dos existentes.


Compreendo. Isso faz muito sentido.

Fernando Silva escreveu:Se vem de Deus, não pode ser discutido nem modificado. Não é uma questão de gostar.


Concordo plenamente, tanto quanto for possível um homem concordar com outro.

Fernando Silva escreveu:Se é tão confuso que permite várias interpretações, então o melhor a fazer é esquecer as religiões (e a idéia de Deus, igualmente indefinida e confusa).


Para mim é um desafio. Aceitarei o desafio até conseguir que ele deixe sê-lo.

Re: Re.: Reencarnaçao

Enviado: 08 Mar 2006, 07:48
por Fernando Silva
Avatar escreveu:
Fernando Silva escreveu:o que é "seguir a Cristo" se ele disse tanta coisa absurda e contraditória? Veja o link acima.
Será que é uma questão de escolha pessoal? Cada um pega os pontos que mais lhe agradam e ignora o resto?


Absurda e contraditória? Não posso aceitar isso. Aceito que o que chegou até nós, alterado pelo tempo e pelo filtro humano, possa ser absurdo e contraditório, não as palavras originais de um ser divino.

E quais são as palavras originais, se é que Jesus existiu?

Re: Re.: Reencarnaçao

Enviado: 08 Mar 2006, 11:39
por Ayyavazhi
Fernando Silva escreveu:
Avatar escreveu:
Fernando Silva escreveu:o que é "seguir a Cristo" se ele disse tanta coisa absurda e contraditória? Veja o link acima.
Será que é uma questão de escolha pessoal? Cada um pega os pontos que mais lhe agradam e ignora o resto?


Absurda e contraditória? Não posso aceitar isso. Aceito que o que chegou até nós, alterado pelo tempo e pelo filtro humano, possa ser absurdo e contraditório, não as palavras originais de um ser divino.

E quais são as palavras originais, se é que Jesus existiu?


Não tenho essa resposta. E ela nunca foi o alvo de meu interesse. Posso confirmar, a mim mesmo, a veracidade desse desapego quando desencorajei meu irmão em sua busca por descobrir “quem foi Jesus Cristo”. O Cristo interior sempre foi mais importante para mim do que o Cristo histórico. Essa conversa é bastante estranha para se ter com um cético, mas faz parte dos riscos que eu aceitei ao me tornar membro deste fórum.

Não vejo necessidade em empreender esforços para conhecer e compreender Jesus de dois mil anos atrás, quando acredito que Ele está conosco, aqui e agora, e pode ser tão acessível quanto sincera for a procura. Sejam quais forem os motivos e necessidades didáticas que acompanharam Jesus em sua missão terrena, eles não seriam aplicáveis ao mundo moderno em sua totalidade. A Verdade é uma só, mas a fórmula para se ministrá-la não pode olvidar o contexto cultural em que nos encontramos inseridos, em cada época e lugar, com todas as implicações resultantes. Assim, tenho por fundamental compreender o que Ele tem a me dizer hoje, e deixar o passado exatamente onde ele está.