A Indiferença do Universo
Enviado: 09 Mar 2006, 18:10
A Indiferença do Universo
Cabe à ciência provar a existência de Deus?
Para muitos pesquisadores, o que distingue a ciência de outras visões de mundo é exatamente sua recusa em aceitar cegamente qualquer informação e sua determinação de submeter qulaquer tese e testes constantes até que novos dados possam confirmá-la ou refutá-la.
Essa visão baseia-se, entre outras coisas, na obra do filósofo vienense Karl Popper, que morreu em 1994.
Segundo Popper, a ciência só pode tratar de temas que resistam ao que ele chamou de "critério de faseabilidade", o papel do verdadeiro cientista é buscar, com persistência, erros em sua teoria em vez de tentar achar dados que provem sua correção. Quanto mais genérica e exposta a falhas ( ou seja, quanto mais "falseável"), menos provável ela é.
Por outro lado, quanto mais resistente (menos falseável), maiores as chances de acerto, pelo menos até o próximo teste. É por isso que um grande número de estudiosos agurmenta que não é papel da ciência provar a existência de Deus.
"Não faz sentido alguém afirmar que, ao descobrir um mistério do Universo, está ajudando a decifrar a mente divina", diz o zoólogo britânico Richard Dawkins. Apesar disso, ele reconhece que é fascinante encarta-se diante dos mistérios da natureza e das limitações científicas para explicá-los.
Esse sentimento foi batizado pelo físico brasileiro Marcelo Gleiser de "Misticismo racional". Em outras palavras, é uma espécie de declaração de amor pelos fenômenos naturais, que se concretiza por meio da pesquisa científica.
Segundo ele, há um paradoxo por trás da incansável busca por uma ordem e um sentido no Cosmos. "Como o homem é o único ser capaz de amar, tem uma imensa dificuldade em aceitar que o Universo pode ser totalmente indiferente a ele", afirma.
Fonte: Super interessante
Cabe à ciência provar a existência de Deus?
Para muitos pesquisadores, o que distingue a ciência de outras visões de mundo é exatamente sua recusa em aceitar cegamente qualquer informação e sua determinação de submeter qulaquer tese e testes constantes até que novos dados possam confirmá-la ou refutá-la.
Essa visão baseia-se, entre outras coisas, na obra do filósofo vienense Karl Popper, que morreu em 1994.
Segundo Popper, a ciência só pode tratar de temas que resistam ao que ele chamou de "critério de faseabilidade", o papel do verdadeiro cientista é buscar, com persistência, erros em sua teoria em vez de tentar achar dados que provem sua correção. Quanto mais genérica e exposta a falhas ( ou seja, quanto mais "falseável"), menos provável ela é.
Por outro lado, quanto mais resistente (menos falseável), maiores as chances de acerto, pelo menos até o próximo teste. É por isso que um grande número de estudiosos agurmenta que não é papel da ciência provar a existência de Deus.
"Não faz sentido alguém afirmar que, ao descobrir um mistério do Universo, está ajudando a decifrar a mente divina", diz o zoólogo britânico Richard Dawkins. Apesar disso, ele reconhece que é fascinante encarta-se diante dos mistérios da natureza e das limitações científicas para explicá-los.
Esse sentimento foi batizado pelo físico brasileiro Marcelo Gleiser de "Misticismo racional". Em outras palavras, é uma espécie de declaração de amor pelos fenômenos naturais, que se concretiza por meio da pesquisa científica.
Segundo ele, há um paradoxo por trás da incansável busca por uma ordem e um sentido no Cosmos. "Como o homem é o único ser capaz de amar, tem uma imensa dificuldade em aceitar que o Universo pode ser totalmente indiferente a ele", afirma.
Fonte: Super interessante