O Livro dos Espíritos pergunta à pergunta
O Livro dos Espíritos pergunta à pergunta
Criei este tópico para a cada semana postar um trecho do Livro dos Espíritos que é todo dividido em perguntas e respotas.
Não prentendo causar polêmica com esse tópico, apenas debatar mesmo.
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Capítulo 1 – Deus
Deus e o infinito – Provas da existência de Deus – Atributos da Divindade – Panteísmo
Deus e o infinito
1 O que é Deus?
– Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.1
2 O que devemos entender por infinito?
– O que não tem começo nem fim; o desconhecido; tudo o que é desconhecido é infinito.
3 Poderíamos dizer que Deus é infinito?
– Definição incompleta. Pobreza da linguagem dos homens, que é insuficiente para definir as coisas que estão acima de sua inteligência.
☼ Deus é infinito em suas perfeições, mas o infinito é uma abstração. Dizer que Deus é infinito é tomar o atributo2 de uma coisa por ela própria, é definir uma coisa que não é conhecida por uma outra igualmente desconhecida.
Provas da existência de Deus
4 Onde podemos encontrar a prova da existência de Deus?
– Num axioma que aplicais às vossas ciências: não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem, e a vossa razão vos responderá.
☼ Para acreditar em Deus, basta ao homem lançar os olhos sobre as obras da criação. O universo existe, portanto ele tem uma causa. Duvidar da existência de Deus seria negar que todo efeito tem uma causa e admitir que o nada pôde fazer alguma coisa.
5 Que conclusão podemos tirar do sentimento intuitivo que todos os homens trazem em si mesmos da existência de Deus?
– A de que Deus existe; de onde lhes viria esse sentimento se repousasse sobre o nada? É ainda uma conseqüência do princípio de que não há efeito sem causa.
6 O sentimento íntimo que temos em nós da existência de Deus não seria o efeito da educação e das idéias adquiridas?
– Se fosse assim, por que vossos selvagens teriam também esse sentimento?
☼ Se o sentimento da existência de um ser supremo fosse o produto de um ensinamento, não seria universal. Somente existiria naqueles que tivessem recebido esse ensinamento, como acontece com os conhecimentos científicos.
7 Poderemos encontrar a causa primária da formação das coisas nas propriedades íntimas da matéria?
– Mas, então, qual teria sido a causa dessas propriedades? Sempre é preciso uma causa primária.
☼ Atribuir a formação primária das coisas às propriedades íntimas da matéria seria tomar o efeito pela causa, porque essas propriedades são elas mesmas um efeito que deve ter uma causa.
8 O que pensar da opinião que atribui a formação primária a uma combinação acidental e imprevista da matéria, ou seja, ao acaso?
– Outro absurdo! Que homem de bom senso pode conceber o acaso como um ser inteligente? E, além de tudo, o que é o acaso? Nada.
☼ A harmonia que regula as atividades do universo revela combinações e objetivos determinados e, por isso mesmo, um poder inteligente. Atribuir a formação primária ao acaso seria um contra-senso, porque o acaso é cego e não pode produzir os efeitos que a inteligência produz. Um acaso inteligente não seria mais um acaso.
9 Onde é que se vê na causa primária a manifestação de uma inteligência suprema e superior a todas as inteligências?
– Tendes um provérbio que diz: “Pela obra reconhece-se o autor.” Pois bem: olhai a obra e procurai o autor. É o orgulho que causa a incredulidade. O homem orgulhoso não admite nada acima dele; é por isso que se julga um espírito forte. Pobre ser, que um sopro de Deus pode abater!
☼ Julga-se o poder de uma inteligência por suas obras. Como nenhum ser humano pode criar o que a natureza produz, a causa primária é, portanto, uma inteligência superior à humanidade.
Quaisquer que sejam os prodígios realizados pela inteligência humana, essa inteligência tem ela mesma uma causa e, quanto mais grandioso foro que ela realize, maior deve ser a causa primária. É essa inteligência superior que é a causa primária de todas as coisas, qualquer que seja o nome que o homem lhe queira dar.
Atributos da Divindade
10 O homem pode compreender a natureza íntima de Deus?
– Não, falta-lhe, para isso, um sentido.
11 Um dia será permitido ao homem compreender o mistério da Divindade?
– Quando seu Espírito não estiver mais obscurecido pela matéria e, pela sua perfeição, estiver mais próximo de Deus, então o verá e o compreenderá.
☼ A inferioridade das faculdades do homem não lhe permite compreender a natureza íntima de Deus. Na infância da humanidade, o homem O confunde muitas vezes com a criatura, da qual lhe atribui as imperfeições; mas, à medida que o senso moral nele se desenvolve, seu pensamento compreende melhor o fundo das coisas e ele faz uma idéia de Deus mais justa e mais conforme ao seu entendimento, embora sempre incompleta.
12 Se não podemos compreender a natureza íntima de Deus, podemos ter idéia de algumas de suas perfeições?
– Sim, de algumas. O homem as compreende melhor à medida que se eleva acima da matéria. Ele as pressente pelo pensamento.
13 Quando dizemos que Deus é eterno, infinito, imutável, imaterial, único, todo-poderoso, soberanamente justo e bom, não temos uma idéia completa de seus atributos?
– Do vosso ponto de vista, sim, porque acreditais abranger tudo. Mas ficai sabendo bem que há coisas acima da inteligência do homem mais inteligente e que a vossa linguagem, limitada às vossas idéias e sensações, não tem condições de explicar. A razão vos diz, de fato, que Deus deve ter essas perfeições em grau supremo, porque se tivesse uma só de menos, ou que não fosse de um grau infinito, não seria superior a tudo e, por conseguinte, não seria Deus. Por estar acima de todas as coisas, Ele não pode estar sujeito a qualquer instabilidade e não pode ter nenhuma das imperfeições que a imaginação possa conceber.
☼ Deus é eterno. Se Ele tivesse tido um começo teria saído do nada, ou teria sido criado por um ser anterior. É assim que, de degrau em degrau, remontamos ao infinito e à eternidade.
É imutável; se estivesse sujeito a mudanças, as leis que regem o universo não teriam nenhuma estabilidade.
É imaterial, ou seja, sua natureza difere de tudo o que chamamos matéria; de outro modo não seria imutável, porque estaria sujeito às transformações da matéria.
É único; se houvesse vários deuses, não haveria unidade de desígnios, nem unidade de poder na ordenação do universo.
É todo-poderoso, porque é único. Se não tivesse o soberano poder, haveria alguma coisa mais ou tão poderosa quanto Ele; não teria feito todas as coisas e as que não tivesse feito seriam obras de um outro Deus.
É soberanamente justo e bom. A sabedoria providencial das Leis Divinas se revela nas menores como nas maiores coisas, e essa sabedoria não permite duvidar de sua justiça nem de sua bondade.
Panteísmo
14 Deus é um ser distinto, ou seria, segundo a opinião de alguns, resultante de todas as forças e de todas as inteligências do universo reunidas?
– Se fosse assim, Deus não existiria, porque seria o efeito e não a causa; Ele não pode ser ao mesmo tempo uma e outra coisa.
Deus existe, não podeis duvidar disso, é o essencial. Crede em mim, não deveis ir além, não vos percais num labirinto de onde não podereis sair, isso não vos tornaria melhores, mas talvez um pouco mais orgulhosos, porque acreditaríeis saber e na realidade não saberíeis nada. Deixai de lado todos esses sistemas; tendes muitas coisas que vos tocam mais diretamente, a começar por vós mesmos. Estudai vossas próprias imperfeições a fim de vos desembaraçar delas, isso vos será mais útil do que querer penetrar no que é impenetrável.
15 O que pensar da opinião de que todos os corpos da natureza, todos os seres, todos os globos do universo, seriam parte da Divindade e constituiriam, pelo seu conjunto, a própria Divindade, ou seja, o que pensar da doutrina panteísta?
– O homem, não podendo se fazer Deus, quer pelo menos ser uma parte d’Ele.
16 Aqueles que acreditam nessa doutrina pretendem nela encontrar a demonstração de alguns atributos de Deus. Sendo os mundos infinitos, Deus é, por isso mesmo, infinito; não havendo o vazio ou o nada em nenhuma parte, Deus está, portanto, em toda parte; Deus, estando por toda parte, uma vez que tudo é parte integrante de Deus, dá a todos os fenômenos da natureza uma razão de ser inteligente. O que se pode opor a esse raciocínio?
– A razão. Refleti maduramente e não vos será difícil reconhecer o absurdo disso.
☼ Esta doutrina faz de Deus um ser material que, embora dotado de uma inteligência suprema, seria em tamanho grande o que nós somos em tamanho pequeno. Uma vez que a matéria se transforma sem parar, se assim for, Deus não teria nenhuma estabilidade, estaria sujeito a todas as mudanças e variações, a todas as necessidades da humanidade, e lhe faltaria um dos atributos essenciais da Divindade: a imutabilidade. Não se pode imaginar que são as mesmas as propriedades da matéria e a essência de Deus, sem O rebaixar na nossa concepção. Todas as sutilezas do sofisma3 não conseguirão resolver o problema na sua natureza íntima. Não sabemos tudo o que Deus é, mas sabemos o que não pode deixar de ser, e a teoria do panteísmo está em contradição com suas propriedades mais essenciais; ela confunde o criador com a criatura, exatamente como se afirmasse categoricamente que uma máquina engenhosa fosse parte integrante do mecânico que a concebeu.
A inteligência de Deus se revela em suas obras como a de um pintor em seu quadro, mas as obras de Deus não são o próprio Deus, assim como o quadro não é o pintor que o concebeu e executou.
1. O texto colocado após o travessão na seqüência das perguntas é a resposta que os Espíritos deram. O sinal ☼ indica que é um comentário de Kardec às respostas dos Espíritos (N. E.).
2. Atributo: qualidade de um ser, aquilo que lhe é próprio. Neste caso, ser infinito é uma das qualidades de Deus entre todas as demais, mas não é só isso, ou não é o bastante para O concebermos (N. E.).
3. Sofisma: argumento falso, enganoso, feito de propósito para induzir ao erro (N. E.).
Não prentendo causar polêmica com esse tópico, apenas debatar mesmo.
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Capítulo 1 – Deus
Deus e o infinito – Provas da existência de Deus – Atributos da Divindade – Panteísmo
Deus e o infinito
1 O que é Deus?
– Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.1
2 O que devemos entender por infinito?
– O que não tem começo nem fim; o desconhecido; tudo o que é desconhecido é infinito.
3 Poderíamos dizer que Deus é infinito?
– Definição incompleta. Pobreza da linguagem dos homens, que é insuficiente para definir as coisas que estão acima de sua inteligência.
☼ Deus é infinito em suas perfeições, mas o infinito é uma abstração. Dizer que Deus é infinito é tomar o atributo2 de uma coisa por ela própria, é definir uma coisa que não é conhecida por uma outra igualmente desconhecida.
Provas da existência de Deus
4 Onde podemos encontrar a prova da existência de Deus?
– Num axioma que aplicais às vossas ciências: não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem, e a vossa razão vos responderá.
☼ Para acreditar em Deus, basta ao homem lançar os olhos sobre as obras da criação. O universo existe, portanto ele tem uma causa. Duvidar da existência de Deus seria negar que todo efeito tem uma causa e admitir que o nada pôde fazer alguma coisa.
5 Que conclusão podemos tirar do sentimento intuitivo que todos os homens trazem em si mesmos da existência de Deus?
– A de que Deus existe; de onde lhes viria esse sentimento se repousasse sobre o nada? É ainda uma conseqüência do princípio de que não há efeito sem causa.
6 O sentimento íntimo que temos em nós da existência de Deus não seria o efeito da educação e das idéias adquiridas?
– Se fosse assim, por que vossos selvagens teriam também esse sentimento?
☼ Se o sentimento da existência de um ser supremo fosse o produto de um ensinamento, não seria universal. Somente existiria naqueles que tivessem recebido esse ensinamento, como acontece com os conhecimentos científicos.
7 Poderemos encontrar a causa primária da formação das coisas nas propriedades íntimas da matéria?
– Mas, então, qual teria sido a causa dessas propriedades? Sempre é preciso uma causa primária.
☼ Atribuir a formação primária das coisas às propriedades íntimas da matéria seria tomar o efeito pela causa, porque essas propriedades são elas mesmas um efeito que deve ter uma causa.
8 O que pensar da opinião que atribui a formação primária a uma combinação acidental e imprevista da matéria, ou seja, ao acaso?
– Outro absurdo! Que homem de bom senso pode conceber o acaso como um ser inteligente? E, além de tudo, o que é o acaso? Nada.
☼ A harmonia que regula as atividades do universo revela combinações e objetivos determinados e, por isso mesmo, um poder inteligente. Atribuir a formação primária ao acaso seria um contra-senso, porque o acaso é cego e não pode produzir os efeitos que a inteligência produz. Um acaso inteligente não seria mais um acaso.
9 Onde é que se vê na causa primária a manifestação de uma inteligência suprema e superior a todas as inteligências?
– Tendes um provérbio que diz: “Pela obra reconhece-se o autor.” Pois bem: olhai a obra e procurai o autor. É o orgulho que causa a incredulidade. O homem orgulhoso não admite nada acima dele; é por isso que se julga um espírito forte. Pobre ser, que um sopro de Deus pode abater!
☼ Julga-se o poder de uma inteligência por suas obras. Como nenhum ser humano pode criar o que a natureza produz, a causa primária é, portanto, uma inteligência superior à humanidade.
Quaisquer que sejam os prodígios realizados pela inteligência humana, essa inteligência tem ela mesma uma causa e, quanto mais grandioso foro que ela realize, maior deve ser a causa primária. É essa inteligência superior que é a causa primária de todas as coisas, qualquer que seja o nome que o homem lhe queira dar.
Atributos da Divindade
10 O homem pode compreender a natureza íntima de Deus?
– Não, falta-lhe, para isso, um sentido.
11 Um dia será permitido ao homem compreender o mistério da Divindade?
– Quando seu Espírito não estiver mais obscurecido pela matéria e, pela sua perfeição, estiver mais próximo de Deus, então o verá e o compreenderá.
☼ A inferioridade das faculdades do homem não lhe permite compreender a natureza íntima de Deus. Na infância da humanidade, o homem O confunde muitas vezes com a criatura, da qual lhe atribui as imperfeições; mas, à medida que o senso moral nele se desenvolve, seu pensamento compreende melhor o fundo das coisas e ele faz uma idéia de Deus mais justa e mais conforme ao seu entendimento, embora sempre incompleta.
12 Se não podemos compreender a natureza íntima de Deus, podemos ter idéia de algumas de suas perfeições?
– Sim, de algumas. O homem as compreende melhor à medida que se eleva acima da matéria. Ele as pressente pelo pensamento.
13 Quando dizemos que Deus é eterno, infinito, imutável, imaterial, único, todo-poderoso, soberanamente justo e bom, não temos uma idéia completa de seus atributos?
– Do vosso ponto de vista, sim, porque acreditais abranger tudo. Mas ficai sabendo bem que há coisas acima da inteligência do homem mais inteligente e que a vossa linguagem, limitada às vossas idéias e sensações, não tem condições de explicar. A razão vos diz, de fato, que Deus deve ter essas perfeições em grau supremo, porque se tivesse uma só de menos, ou que não fosse de um grau infinito, não seria superior a tudo e, por conseguinte, não seria Deus. Por estar acima de todas as coisas, Ele não pode estar sujeito a qualquer instabilidade e não pode ter nenhuma das imperfeições que a imaginação possa conceber.
☼ Deus é eterno. Se Ele tivesse tido um começo teria saído do nada, ou teria sido criado por um ser anterior. É assim que, de degrau em degrau, remontamos ao infinito e à eternidade.
É imutável; se estivesse sujeito a mudanças, as leis que regem o universo não teriam nenhuma estabilidade.
É imaterial, ou seja, sua natureza difere de tudo o que chamamos matéria; de outro modo não seria imutável, porque estaria sujeito às transformações da matéria.
É único; se houvesse vários deuses, não haveria unidade de desígnios, nem unidade de poder na ordenação do universo.
É todo-poderoso, porque é único. Se não tivesse o soberano poder, haveria alguma coisa mais ou tão poderosa quanto Ele; não teria feito todas as coisas e as que não tivesse feito seriam obras de um outro Deus.
É soberanamente justo e bom. A sabedoria providencial das Leis Divinas se revela nas menores como nas maiores coisas, e essa sabedoria não permite duvidar de sua justiça nem de sua bondade.
Panteísmo
14 Deus é um ser distinto, ou seria, segundo a opinião de alguns, resultante de todas as forças e de todas as inteligências do universo reunidas?
– Se fosse assim, Deus não existiria, porque seria o efeito e não a causa; Ele não pode ser ao mesmo tempo uma e outra coisa.
Deus existe, não podeis duvidar disso, é o essencial. Crede em mim, não deveis ir além, não vos percais num labirinto de onde não podereis sair, isso não vos tornaria melhores, mas talvez um pouco mais orgulhosos, porque acreditaríeis saber e na realidade não saberíeis nada. Deixai de lado todos esses sistemas; tendes muitas coisas que vos tocam mais diretamente, a começar por vós mesmos. Estudai vossas próprias imperfeições a fim de vos desembaraçar delas, isso vos será mais útil do que querer penetrar no que é impenetrável.
15 O que pensar da opinião de que todos os corpos da natureza, todos os seres, todos os globos do universo, seriam parte da Divindade e constituiriam, pelo seu conjunto, a própria Divindade, ou seja, o que pensar da doutrina panteísta?
– O homem, não podendo se fazer Deus, quer pelo menos ser uma parte d’Ele.
16 Aqueles que acreditam nessa doutrina pretendem nela encontrar a demonstração de alguns atributos de Deus. Sendo os mundos infinitos, Deus é, por isso mesmo, infinito; não havendo o vazio ou o nada em nenhuma parte, Deus está, portanto, em toda parte; Deus, estando por toda parte, uma vez que tudo é parte integrante de Deus, dá a todos os fenômenos da natureza uma razão de ser inteligente. O que se pode opor a esse raciocínio?
– A razão. Refleti maduramente e não vos será difícil reconhecer o absurdo disso.
☼ Esta doutrina faz de Deus um ser material que, embora dotado de uma inteligência suprema, seria em tamanho grande o que nós somos em tamanho pequeno. Uma vez que a matéria se transforma sem parar, se assim for, Deus não teria nenhuma estabilidade, estaria sujeito a todas as mudanças e variações, a todas as necessidades da humanidade, e lhe faltaria um dos atributos essenciais da Divindade: a imutabilidade. Não se pode imaginar que são as mesmas as propriedades da matéria e a essência de Deus, sem O rebaixar na nossa concepção. Todas as sutilezas do sofisma3 não conseguirão resolver o problema na sua natureza íntima. Não sabemos tudo o que Deus é, mas sabemos o que não pode deixar de ser, e a teoria do panteísmo está em contradição com suas propriedades mais essenciais; ela confunde o criador com a criatura, exatamente como se afirmasse categoricamente que uma máquina engenhosa fosse parte integrante do mecânico que a concebeu.
A inteligência de Deus se revela em suas obras como a de um pintor em seu quadro, mas as obras de Deus não são o próprio Deus, assim como o quadro não é o pintor que o concebeu e executou.
1. O texto colocado após o travessão na seqüência das perguntas é a resposta que os Espíritos deram. O sinal ☼ indica que é um comentário de Kardec às respostas dos Espíritos (N. E.).
2. Atributo: qualidade de um ser, aquilo que lhe é próprio. Neste caso, ser infinito é uma das qualidades de Deus entre todas as demais, mas não é só isso, ou não é o bastante para O concebermos (N. E.).
3. Sofisma: argumento falso, enganoso, feito de propósito para induzir ao erro (N. E.).
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Re.: O Livro dos Espíritos pergunta à pergunta
Bom meu primeiro comentário:
Fora um certo preconceito com os "selvagens" que pode ser uma questão de tradução
do original francês, essa idéia é falsa. Além disso os tais "selvangens" não acreditavam
propriamente no mesmo deus, a não ser os que foram cristianizados....
6 O sentimento íntimo que temos em nós da existência de Deus não seria o efeito da educação e das idéias adquiridas?
– Se fosse assim, por que vossos selvagens teriam também esse sentimento?
Fora um certo preconceito com os "selvagens" que pode ser uma questão de tradução
do original francês, essa idéia é falsa. Além disso os tais "selvangens" não acreditavam
propriamente no mesmo deus, a não ser os que foram cristianizados....
O segundo turno das eleições é dia 31/10, Halloween.
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Re: Re.: O Livro dos Espíritos pergunta à pergunta
DarkWings escreveu:Bom meu primeiro comentário:6 O sentimento íntimo que temos em nós da existência de Deus não seria o efeito da educação e das idéias adquiridas?
– Se fosse assim, por que vossos selvagens teriam também esse sentimento?
Fora um certo preconceito com os "selvagens" que pode ser uma questão de tradução
do original francês, essa idéia é falsa. Além disso os tais "selvangens" não acreditavam
propriamente no mesmo deus, a não ser os que foram cristianizados....
Antes de mais nada, o termo selvagem não é necessariamente preconceituoso. E quanto ao "mesmo deus" não é essa a idéia e sim o conceito de divindade, que os povos têm, cada um com suas idiossincrasias.
- Luis Dantas
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Re: Re.: O Livro dos Espíritos pergunta à pergunta
Botanico escreveu:DarkWings escreveu:Bom meu primeiro comentário:6 O sentimento íntimo que temos em nós da existência de Deus não seria o efeito da educação e das idéias adquiridas?
– Se fosse assim, por que vossos selvagens teriam também esse sentimento?
Fora um certo preconceito com os "selvagens" que pode ser uma questão de tradução
do original francês, essa idéia é falsa. Além disso os tais "selvangens" não acreditavam
propriamente no mesmo deus, a não ser os que foram cristianizados....
Antes de mais nada, o termo selvagem não é necessariamente preconceituoso. E quanto ao "mesmo deus" não é essa a idéia e sim o conceito de divindade, que os povos têm, cada um com suas idiossincrasias.
Dizer que todos os povos tem o conceito de divindade apesar de suas idiossincrasias é uma simplificação tão grosseira que o melhor paralelo que me ocorre é dizer que todas as pessoas tem vagina, apesar das idiossincrasias.
Re.: O Livro dos Espíritos pergunta à pergunta
E qual povo não tem o conceito de divindade? Se você quer se referir ao budismo, como eram os povos que o inventaram ANTES de surgirem os conceitos budistas? Não criam na divindade?
Re: Re.: O Livro dos Espíritos pergunta à pergunta
Dizer que todos os povos tem o conceito de divindade apesar de suas idiossincrasias é uma simplificação tão grosseira que o melhor paralelo que me ocorre é dizer que todas as pessoas tem vagina, apesar das idiossincrasias.[/quote]
Tudo bem, vamos tentar deixar mais clara a coisa. O conceito de divindade, ou seja, um ente que é a causa primária, o fator de origem de tudo DEVE estar presente. Que este ente é também o regulador da vida e ministro da Justiça, isso também é esperado.
Como esse ente e seus acessórios serão, que imagem se faz deles e seus comportamentos, aí entra as tais idiossincrasias. Os hebreus, povo autêntico poço de orgulho, fizeram um deus invisível, ciumento, colérico, vingativo, que os escolheu dentre os demais povos para ser propriedade sua, com costumes próprios e distintos dos demais povos em volta.
Os gregos fizeram de seus deuses seres humanos cheios de caprichos e defeitos humanos típicos.
Os egípcios fizeram deuses antropozoomorfos, mas no geral eram generosos com seu povo. As enchentes do Nilo vinham sempre no tempo certo, havia comida sempre e a vida era boa. Portanto não havia que se fazer sacrifícios complicados e caros a esses deuses. Tinha isso sim que cuidar e fazer muito cafuné na classe dos sacerdotes, uma vez que boa parte da vida econômica e política dependia deles. Só quando houve um desastre ecológico no fim do antigo império a coisa mudou um pouco...
Os cristãos fizeram três deuses (um só é muito pouco) que são generosos distribuidores de graças a seus crentes e cruéis assadores de almas dos descrentes
.
Posso parar por aqui? Já entendeu?
Tudo bem, vamos tentar deixar mais clara a coisa. O conceito de divindade, ou seja, um ente que é a causa primária, o fator de origem de tudo DEVE estar presente. Que este ente é também o regulador da vida e ministro da Justiça, isso também é esperado.
Como esse ente e seus acessórios serão, que imagem se faz deles e seus comportamentos, aí entra as tais idiossincrasias. Os hebreus, povo autêntico poço de orgulho, fizeram um deus invisível, ciumento, colérico, vingativo, que os escolheu dentre os demais povos para ser propriedade sua, com costumes próprios e distintos dos demais povos em volta.
Os gregos fizeram de seus deuses seres humanos cheios de caprichos e defeitos humanos típicos.
Os egípcios fizeram deuses antropozoomorfos, mas no geral eram generosos com seu povo. As enchentes do Nilo vinham sempre no tempo certo, havia comida sempre e a vida era boa. Portanto não havia que se fazer sacrifícios complicados e caros a esses deuses. Tinha isso sim que cuidar e fazer muito cafuné na classe dos sacerdotes, uma vez que boa parte da vida econômica e política dependia deles. Só quando houve um desastre ecológico no fim do antigo império a coisa mudou um pouco...
Os cristãos fizeram três deuses (um só é muito pouco) que são generosos distribuidores de graças a seus crentes e cruéis assadores de almas dos descrentes
.
Posso parar por aqui? Já entendeu?
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Re: Re.: O Livro dos Espíritos pergunta à pergunta
Euzébio escreveu:E qual povo não tem o conceito de divindade? Se você quer se referir ao budismo, como eram os povos que o inventaram ANTES de surgirem os conceitos budistas? Não criam na divindade?
Não leu o que escrevi, Euzébio? Só para citar religiões antigas (e realmente não há por que nos limitar a elas

- Luis Dantas
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Re: Re.: O Livro dos Espíritos pergunta à pergunta
Botanico escreveu:Dizer que todos os povos tem o conceito de divindade apesar de suas idiossincrasias é uma simplificação tão grosseira que o melhor paralelo que me ocorre é dizer que todas as pessoas tem vagina, apesar das idiossincrasias.
Tudo bem, vamos tentar deixar mais clara a coisa. O conceito de divindade, ou seja, um ente que é a causa primária, o fator de origem de tudo DEVE estar presente. Que este ente é também o regulador da vida e ministro da Justiça, isso também é esperado.
Aí é que está. De fato o Livro dos Espíritos afirma que esses conceitos estão presentes em todos os povos, mas a história e a antropologia evidenciam o contrário. Relativamente poucas religiões além das abraâmicas sequer se preocupam com esses conceitos. O mito de criação do Xintoísmo, por exemplo, só abarca as ilhas japonesas, e portanto não pode ser considerado "causa primária" a não ser por uma perspectiva muito etnocêntrica.
Da mesma forma, não são tantas assim as comunidades que originalmente criam em um ente excelso que regulasse a vida e/ou a justiça. Na verdade, a idéia de que HAJA alguma fonte externa de vida e/ou justiça é um bocado exótica em termos religiosos, e não é de todo errado chamá-la de distorção introduzida pelo Judaísmo e/ou Cristianismo.
Como esse ente e seus acessórios serão, que imagem se faz deles e seus comportamentos, aí entra as tais idiossincrasias. Os hebreus, povo autêntico poço de orgulho, fizeram um deus invisível, ciumento, colérico, vingativo, que os escolheu dentre os demais povos para ser propriedade sua, com costumes próprios e distintos dos demais povos em volta.
Os gregos fizeram de seus deuses seres humanos cheios de caprichos e defeitos humanos típicos.
Isso não contradiz a sua premissa? Esses deuses gregos se impõem pela força, não pelo aguçado senso de justiça.
Os egípcios fizeram deuses antropozoomorfos, mas no geral eram generosos com seu povo. As enchentes do Nilo vinham sempre no tempo certo, havia comida sempre e a vida era boa. Portanto não havia que se fazer sacrifícios complicados e caros a esses deuses. Tinha isso sim que cuidar e fazer muito cafuné na classe dos sacerdotes, uma vez que boa parte da vida econômica e política dependia deles. Só quando houve um desastre ecológico no fim do antigo império a coisa mudou um pouco...
Os cristãos fizeram três deuses (um só é muito pouco) que são generosos distribuidores de graças a seus crentes e cruéis assadores de almas dos descrentes
.
Posso parar por aqui? Já entendeu?
Você me diz.
Re.: O Livro dos Espíritos pergunta à pergunta
No antigo fórum da STR alguém havia comentado sobre uma tribo (africana?) que não acreditava em deuses nem em espíritos. Você lembra Luis?
De qualquer forma aqui vai outra:
Essa frase é uma contradição: Se deus é a causa primária de TODAS as coisas.... ele então é causa primária de si mesmo, afinal TODAS as coisas incluiria ele próprio...
De qualquer forma aqui vai outra:
1 O que é Deus?
– Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.1
Essa frase é uma contradição: Se deus é a causa primária de TODAS as coisas.... ele então é causa primária de si mesmo, afinal TODAS as coisas incluiria ele próprio...
O segundo turno das eleições é dia 31/10, Halloween.
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Re: Re.: O Livro dos Espíritos pergunta à pergunta
Luis Dantas escreveu:Botanico escreveu:DarkWings escreveu:Bom meu primeiro comentário:6 O sentimento íntimo que temos em nós da existência de Deus não seria o efeito da educação e das idéias adquiridas?
– Se fosse assim, por que vossos selvagens teriam também esse sentimento?
Fora um certo preconceito com os "selvagens" que pode ser uma questão de tradução
do original francês, essa idéia é falsa. Além disso os tais "selvangens" não acreditavam
propriamente no mesmo deus, a não ser os que foram cristianizados....
Antes de mais nada, o termo selvagem não é necessariamente preconceituoso. E quanto ao "mesmo deus" não é essa a idéia e sim o conceito de divindade, que os povos têm, cada um com suas idiossincrasias.
Dizer que todos os povos tem o conceito de divindade apesar de suas idiossincrasias é uma simplificação tão grosseira que o melhor paralelo que me ocorre é dizer que todas as pessoas tem vagina, apesar das idiossincrasias.
É Mesmo !!! , vc poderia então me dizer onde e quando
essa ideia DEUS surgiu ?
Partiu de qual continente ?
é isso.
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)
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Re: Re.: O Livro dos Espíritos pergunta à pergunta
DarkWings escreveu:No antigo fórum da STR alguém havia comentado sobre uma tribo (africana?) que não acreditava em deuses nem em espíritos. Você lembra Luis?
De qualquer forma aqui vai outra:1 O que é Deus?
– Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.1
Essa frase é uma contradição: Se deus é a causa primária de TODAS as coisas.... ele então é causa primária de si mesmo, afinal TODAS as coisas incluiria ele próprio...
Fala Dark !
Todas as coisas entenda como, o que veio apos , o universo
e o tudo material ou não .
Sei que é muito dificil de entender algo sem começo , porem
é o que temos , eles não é a causa dele mesmo , pois não
teve começo.
é isso.
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)
- Luis Dantas
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Re: Re.: O Livro dos Espíritos pergunta à pergunta
videomaker escreveu: É Mesmo !!! , vc poderia então me dizer onde e quando
essa ideia DEUS surgiu ?
Partiu de qual continente ?
é isso.
O conceito Abraâmico? Do oriente médio, claro...
Já o conceito de Kami surgiu no Japão, e o de Deva, no Irã/Índia. Baal é um conceito babilônico. E por aí vai.
E não, não são "a mesma coisa", a não ser que você esteja desatento ou seja intelectualmente desonesto.
Re: Re.: O Livro dos Espíritos pergunta à pergunta
Luis Dantas escreveu:videomaker escreveu: É Mesmo !!! , vc poderia então me dizer onde e quando
essa ideia DEUS surgiu ?
Partiu de qual continente ?
é isso.
O conceito Abraâmico? Do oriente médio, claro...
Já o conceito de Kami surgiu no Japão, e o de Deva, no Irã/Índia. Baal é um conceito babilônico. E por aí vai.
E não, não são "a mesma coisa", a não ser que você esteja desatento ou seja intelectualmente desonesto.
Sim! É bem por aí! Até porque se o deus dos cristãos
é 'O DEUS' então não sobra espaço para religiões
politeístas como a umbanda por exemplo.
O espiritismo não aceita elementais (orixás?). Mas a
umbanda aceita. Se existe(m) deuse(s) uma dessas
duas visões está errada.
Da mesma forma, é altamente pretenciso pensar que
o deus cristão é um deus universal a todas as religiões
e que apenas tem nomes diferentes.
O segundo turno das eleições é dia 31/10, Halloween.
Não perca a chance de enfiar uma estaca no vampiro!
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- videomaker
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Re: Re.: O Livro dos Espíritos pergunta à pergunta
Luis Dantas escreveu:videomaker escreveu: É Mesmo !!! , vc poderia então me dizer onde e quando
essa ideia DEUS surgiu ?
Partiu de qual continente ?
é isso.
O conceito Abraâmico? Do oriente médio, claro...
Já o conceito de Kami surgiu no Japão, e o de Deva, no Irã/Índia. Baal é um conceito babilônico. E por aí vai.
E não, não são "a mesma coisa", a não ser que você esteja desatento ou seja intelectualmente desonesto.
Logo todos eles teriam uma ideia Inata de algo alem do
tangivel e palpavel ?
é isso ?
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)
Re.: O Livro dos Espíritos pergunta à pergunta
"9 Onde é que se vê na causa primária a manifestação de uma inteligência suprema e superior a todas as inteligências?
– Tendes um provérbio que diz: “Pela obra reconhece-se o autor.” Pois bem: olhai a obra e procurai o autor. É o orgulho que causa a incredulidade. O homem orgulhoso não admite nada acima dele; é por isso que se julga um espírito forte. Pobre ser, que um sopro de Deus pode abater!"
Essa afirmação é perigosa! O camarão tem cocô na cabeça, o olho do polvo é mais bem projetado
que o do homem..... etc
– Tendes um provérbio que diz: “Pela obra reconhece-se o autor.” Pois bem: olhai a obra e procurai o autor. É o orgulho que causa a incredulidade. O homem orgulhoso não admite nada acima dele; é por isso que se julga um espírito forte. Pobre ser, que um sopro de Deus pode abater!"
Essa afirmação é perigosa! O camarão tem cocô na cabeça, o olho do polvo é mais bem projetado
que o do homem..... etc
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- Luis Dantas
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Re: Re.: O Livro dos Espíritos pergunta à pergunta
videomaker escreveu:Luis Dantas escreveu:videomaker escreveu: É Mesmo !!! , vc poderia então me dizer onde e quando
essa ideia DEUS surgiu ?
Partiu de qual continente ?
é isso.
O conceito Abraâmico? Do oriente médio, claro...
Já o conceito de Kami surgiu no Japão, e o de Deva, no Irã/Índia. Baal é um conceito babilônico. E por aí vai.
E não, não são "a mesma coisa", a não ser que você esteja desatento ou seja intelectualmente desonesto.
Logo todos eles teriam uma ideia Inata de algo alem do
tangivel e palpavel ?
é isso ?
Não...

Eles simplesmente inventaram conceitos simbólicos diferentes para lidar com suas necessidades emocionais.
Essa história de "idéias inatas" só veio a existir muitos séculos depois. Lá pela Idade Média, creio.
Re: Re.: O Livro dos Espíritos pergunta à pergunta
DarkWings escreveu:"9 Onde é que se vê na causa primária a manifestação de uma inteligência suprema e superior a todas as inteligências?
– Tendes um provérbio que diz: “Pela obra reconhece-se o autor.” Pois bem: olhai a obra e procurai o autor. É o orgulho que causa a incredulidade. O homem orgulhoso não admite nada acima dele; é por isso que se julga um espírito forte. Pobre ser, que um sopro de Deus pode abater!"
Essa afirmação é perigosa! O camarão tem cocô na cabeça, o olho do polvo é mais bem projetado
que o do homem..... etc
Não percebi a ilação, Dark. Nem a merda na cabeça do camarão (acho que na do Lula tem mais ainda) nem o olho do polvo são obras dos homens. Não são projetos humanos.
Re: Re.: O Livro dos Espíritos pergunta à pergunta
Luis Dantas escreveu:videomaker escreveu:Luis Dantas escreveu:videomaker escreveu: É Mesmo !!! , vc poderia então me dizer onde e quando
essa ideia DEUS surgiu ?
Partiu de qual continente ?
é isso.
O conceito Abraâmico? Do oriente médio, claro...
Já o conceito de Kami surgiu no Japão, e o de Deva, no Irã/Índia. Baal é um conceito babilônico. E por aí vai.
E não, não são "a mesma coisa", a não ser que você esteja desatento ou seja intelectualmente desonesto.
Logo todos eles teriam uma ideia Inata de algo alem do
tangivel e palpavel ?
é isso ?
Não...![]()
Eles simplesmente inventaram conceitos simbólicos diferentes para lidar com suas necessidades emocionais.
Essa história de "idéias inatas" só veio a existir muitos séculos depois. Lá pela Idade Média, creio.
Interessante como tantos povos diferentes, com necessidades diferentes, com classes sociais diferentes podem ter necessidades emocionais tão semelhantes...
Re: Re.: O Livro dos Espíritos pergunta à pergunta
Botanico escreveu:Não percebi a ilação, Dark. Nem a merda na cabeça do camarão (acho que na do Lula tem mais ainda) nem o olho do polvo são obras dos homens. Não são projetos humanos.
E é isso mesmo! Eles seriam obra do tal criador perfeito.
Se a obra dele mostra quem ele é....
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- Luis Dantas
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Re: Re.: O Livro dos Espíritos pergunta à pergunta
Botanico escreveu:Interessante como tantos povos diferentes, com necessidades diferentes, com classes sociais diferentes podem ter necessidades emocionais tão semelhantes...
Pois é. Até parece que são todos seres humanos, não é mesmo?

Se você tem um ponto, Botanico, não conseguiu expressá-lo. Acabamos de ver que a variação é até bastante grande.
Re.: O Livro dos Espíritos pergunta à pergunta
Essa raciocínio é uma falácia típica. "Todos os povos crêem em deus, logo ele existe".... 

O segundo turno das eleições é dia 31/10, Halloween.
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Re: Re.: O Livro dos Espíritos pergunta à pergunta
Botanico escreveu:Luis Dantas escreveu:videomaker escreveu:Luis Dantas escreveu:videomaker escreveu: É Mesmo !!! , vc poderia então me dizer onde e quando
essa ideia DEUS surgiu ?
Partiu de qual continente ?
é isso.
O conceito Abraâmico? Do oriente médio, claro...
Já o conceito de Kami surgiu no Japão, e o de Deva, no Irã/Índia. Baal é um conceito babilônico. E por aí vai.
E não, não são "a mesma coisa", a não ser que você esteja desatento ou seja intelectualmente desonesto.
Logo todos eles teriam uma ideia Inata de algo alem do
tangivel e palpavel ?
é isso ?
Não...![]()
Eles simplesmente inventaram conceitos simbólicos diferentes para lidar com suas necessidades emocionais.
Essa história de "idéias inatas" só veio a existir muitos séculos depois. Lá pela Idade Média, creio.
Interessante como tantos povos diferentes, com necessidades diferentes, com classes sociais diferentes podem ter necessidades emocionais tão semelhantes...
Isso pode ser explicado através do funcionamento da mente e forma como o "órgão mente", e seus vários módulos, foi projetado pela seleção natural para resolver problemas que eram comuns a nossos antepassados coletores.
Re: Re.: O Livro dos Espíritos pergunta à pergunta
Luis Dantas escreveu:Botanico escreveu:Interessante como tantos povos diferentes, com necessidades diferentes, com classes sociais diferentes podem ter necessidades emocionais tão semelhantes...
Pois é. Até parece que são todos seres humanos, não é mesmo?![]()
Se você tem um ponto, Botanico, não conseguiu expressá-lo. Acabamos de ver que a variação é até bastante grande.
Poizé! Todos humanos descendentes do mesmo ancestral comum, dos quais receberam os simbolos e crenças dos primórdios, e aos quais a mente adaptou-se para compreender. Impressionante que sejam semelhantes.

Editado pela última vez por Anna em 08 Nov 2005, 16:24, em um total de 1 vez.