Competição versus Colaboração

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Claudio Loredo
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Competição versus Colaboração

Mensagem por Claudio Loredo »


Aprendemos desde cedo a valorizar a competição. Por causa dela procuramos sempre nos aperfeiçoar para não sermos deixados para trás. A mesma lógica da competição aplicamos as empresas e as nações, mas a pergunta é: até que ponto a competição gera ganhos e onde ela começa a gerar prejuízos?

Vivemos numa época de domínio das grandes empresas. As pessoas tem que se adaptar as exigências dessas empresas para conseguir os melhores empregos e os Governos são obrigados a obedecer a vontade dessas empresas para conseguirem investimentos. Este panorama é recente na história humana e nem sempre foi assim, nem sempre as pessoas e as nações tiveram que se adaptar as exigências do mercado.

Antes da revolução industrial, cada pessoa era dona de seus instrumentos de trabalho, que se resumiam a pertences pessoais. Com o surgimento das industrias a produção passa a ser feita em larga escala e os meios de produção passam a ficar nas mãos da burguesia. Ao proletariado cabia vender sua força de trabalho a esta burguesia para ter acesso aos meios de produção e assim ganhar o seu salário.

Hoje o trabalhador já não depende tanto da indústria para poder produzir, pois a maior riqueza atual é o conhecimento. Ele pode vender seu conhecimento para várias empresas ou pessoas sem precisar de vínculos empregatícios.

Este trabalhador também já não precisa competir com outros trabalhadores que exercem a mesma atividade que a sua. Muito pelo contrário. Ele precisa colaborar. Precisa contactar esses profissionais pela internet, ou até pessoalmente, para trocar conhecimentos com eles e trabalhar em rede, num sistema de ajuda mútua. Assim, em conjunto, esses profissionais fazem muito mais do que sozinhos. A colaboração em grupo os torna muito mais capacitados do que a competição individualizada.

A tendência é os empreendimentos passarem a ocorrer igual a produção de um filme. Pessoas de diversas profissões se juntam, umas endicando outras, realizam um trabalho em comum, vendem o resultado deste trabalho e depois se dispersam se unindo em outros empreendimentos. Então, o importante não é estar ligado a uma empresa, o importante é estar ligado a redes de pessoas que sempre garantam novos empreendimentos.

O poder das empresas deve diminuir a medida que elas se fragmentam. Cada empresa só pode cuidar do seu negócio principal, atividades acessórias devem ser terceirizadas. Só que hoje o processo de terceirização está fragmentando cada vez mais as empresas. Hoje custa bem menos para uma empresa contratar um trabalhador autônomo do que contratar um empregado.

O custo de autônomo é menor porque as pessoas preferem trabalhar por conta própria do que trabalhar como empregados e estar subordinados a alguém. Para atingir este emprego ideal de autônomo as pessoas topam ganhar menos. Por isso o autônomo é mais em conta para as empresas.

Assim, acaba existindo uma empresa idéia, a qual se incorporam outras empresas, mas essas outras empresas acabam se fragmentando e se tornando apenas um conjunto de pessoas unidas por uma idéia.

Estou falando tudo isto para mostrar que existem alternativas naturais para sair desse sistema econômico que temos atualmente. As inovações tecnológicas levam a mudanças na organização social e do trabalho e que por isso, não existem verdades absolutas na economia. Tudo está em constante mudança que por sua vez criam novas situações e idéias.

Diante do que acabei de dizer quero colocar alguns questionamentos.

1) Ainda existe sentido na existência do Estado-Nação e na competição entre eles?
2) Quem deve comandar os governos: a sociedade civil ou as grandes empresas?
3) Não está na hora da sociedade civil controlar diretamente o governo, ao invés de deixar este ser guiado pelo mercado?
4) O que trás mais ganhos para a sociedade: a competição entre seus membros ou a colaboração entre eles?
5) Qual o papel dos organismos internacionais e dos bloco econômicos na garantia dos direitos humanos e da natureza?
6) Qual indicador mede melhor a riqueza de uma nação: o Produto Interno Bruto per capita (PIB per capita) ou o Indice de Desenvolvimento Humano (IDH)?


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Flavio Costa
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Re: Competição versus Colaboração

Mensagem por Flavio Costa »

Claudio Loredo escreveu:6) Qual indicador mede melhor a riqueza de uma nação: o Produto Interno Bruto per capita (PIB per capita) ou o Indice de Desenvolvimento Humano (IDH)?

Nenhum dos dois é suficiente. E mesmo no caso do PIB, existe o PIB nominal e o PIB por paridade do poder de compra...
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Grande parte das pessoas pensam que elas estão pensando quando estão meramente reorganizando seus preconceitos.
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Agora já aprendemos, estamos mais calejados...
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Claudio Loredo
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Re: Competição versus Colaboração

Mensagem por Claudio Loredo »

Flavio Costa escreveu:Nenhum dos dois é suficiente. E mesmo no caso do PIB, existe o PIB nominal e o PIB por paridade do poder de compra...


Os dois indices tem suas falhas, mas eu prefiro o IDH para determinar a riqueza de uma nação.

O PIB per capita é calculado somando-se todos os gastos de um determinado país e dividindo pelo seu número de habitantes, mas dentre esses gastos estão despesas que nenhum bem trazem a população, como por exemplo gastos militares ou turismo e gastos superfulos dos mais ricos. Por isso, pelo PIB não dá para medir o bem estar de uma população.

Já o IDH busca avaliar fatores como grau de escolaridade, acesso a atendimento médico, mortalidade infantil, segurança, grau de liberdade de imprensa etc. Ou seja, o IDH mostra mais o lado social e o tanto que as pessoas vivem bem. Sendo isto o que realmente importa.

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Flavio Costa
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Re: Competição versus Colaboração

Mensagem por Flavio Costa »

Claudio Loredo escreveu:Já o IDH busca avaliar fatores como grau de escolaridade, acesso a atendimento médico, mortalidade infantil, segurança, grau de liberdade de imprensa etc. Ou seja, o IDH mostra mais o lado social e o tanto que as pessoas vivem bem. Sendo isto o que realmente importa.

O IDH é um indicador de qualidade de vida, mas não é um indicador da satisfação das pessoas.
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Washington
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Mensagem por Washington »

Cláudio, você deveria buscar novas fontes e novos conhecimentos sobre economia.

Leia Mises, Hayek, Friedman, etc. Tu verás uma nova galáxia, algo muito além do marxismo envergonhado que aparece nos teus textos.

O esquerdismo não é solução para nada, antes um problema.

O liberalismo é uma utopia, mas uma utopia do "bem". Deveria ser um ideal a ser atingido.
"Quando LULLA fala, o mundo se abre, se ilumina e se esclarece."
Marilena Chauí, filósofa da USP.

O triste é saber que tal figura recebe do contribuinte para dizer tais asneiras.


Chamo de pervertido um animal, uma espécie, um indivíduo, quando esse ou essa perde seus instintos, quando escolhe, prefere o que lhe é prejudicial.
F. Nietzche

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seu madruga
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Re.: Competição versus Colaboração

Mensagem por seu madruga »

Não é a minha área mas vou dar uma pitada aqui.A ambição que tanto nos ajudou na evolução das espécies,hoje é um entrave sério a evolução social.Hoje temos que tentar dominar este fato.

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Samael
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Mensagem por Samael »

Washington escreveu:Cláudio, você deveria buscar novas fontes e novos conhecimentos sobre economia.

Leia Mises, Hayek, Friedman, etc. Tu verás uma nova galáxia, algo muito além do marxismo envergonhado que aparece nos teus textos.

O esquerdismo não é solução para nada, antes um problema.

O liberalismo é uma utopia, mas uma utopia do "bem". Deveria ser um ideal a ser atingido.


Acho que todas as utopias que não são do "bem" são, na verdade, distopias.

Dentre esse neo-liberalismo cru e ultra-racionalista, que tende a tornar o Estado o mais mínimo possível e algum oposto socialista/comunista/anarquista, eu prefiro dar valor à social-democracia reformista/trabalhista que se instaurou na Europa e se perpetua até hoje (mesmo com o fim do Keynesianismo e do "New Deal").

Mas creio que um modo de produção capitalista não é nem um pouco moral e não é intrinsecamente bom, embora seja funcional e adaptável às condições humanas.

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blink
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Mensagem por blink »

O liberalismo é uma utopia do bem. Que bonitinho...
os tipos das bolsas são sem dúvida seres angelicais. O mercado livre de regulação estatal... que beleza. No fim as coisas se autorregulariam e tudo ia ficar bem para todos. Maravilha.

O que eu acho que acontecerá... é que o liberalismo sem um mínimo de regulação estatal será algo que poderá estabilizar e funcionar muito bem. Mas funcionará como as EEEs (estratégias evolucionárias estáveis). Tudo será competição... mas na busca deste equilibrio, tal como acontece na natureza... o sucesso se construirá em cima das ossadas dos perdedores. Isto é uma espécie de Darwinismo Social. Só que mais puro que o Darwinismo Social do passado, porque é deixado a si mesmo perante as forças evolucionárias... sem que aja um grupo Político a comandar. Quem quiser viver num mundo assim deve estar maluco. Podemos achar que imitar as forças evolutivas que no criaram é bom... mas é errado. É a falácia naturalista. Quem duvidar desta falácia que coma um cogumelo venenoso (é natural, é bom).

E para concluir a palavras de do Evolucionista Richard Dawkins:

"Uma sociedade e uma moral contruida com base na teoria da Evolução? Oh. Seria como a Alemanha de Hitler."

Uma certa direita não tem Juizo nenhum...

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aknatom
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Re.: Competição versus Colaboração

Mensagem por aknatom »

Poderia ser com base na teoria da evolução, afinal, a evolução não contempla apenas a prevalecência de padrões de comportamento que mantém a vida dos indivíduos, mas também daqueles que mantém a vida da espécie como um todo.
A colaboração ao invés da competição se torna necessária para a sobrevivência do ser humano como espécie.
Vivemos uma realidade não muito diferente da série "BettleStar Galactica", só que sem os Cylons nos perseguindo e nossa própria ignorância fazendo esse papel.
The Pensêitor admitindo que estava enganado: http://www.rv.cnt.br/viewtopic.php?p=53315#53315
Eu concordando plenamente em algo com o VM: http://www.rv.cnt.br/viewtopic.php?p=239579#239575

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Claudio Loredo
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Mensagem por Claudio Loredo »


Washington escreveu:Cláudio, você deveria buscar novas fontes e novos conhecimentos sobre economia.


Washington,

Pensa que eu não busquei outras fontes? Eu leio os autores liberais e conheço muito bem o pensamento liberal, mas você há de convir comigo que não existe consenso entre esses pensadores.

Além disso, muitos pensadores antigo não tiveram acesso a internet e não tinham idéia do impacto que ela causaria no mundo. A Internet criou novas formas de relacionamentos econômicos e sociais que não foram contemplados pelos grandes autores econômicos.

Washington escreveu:Leia Mises, Hayek, Friedman, etc. Tu verás uma nova galáxia, algo muito além do marxismo envergonhado que aparece nos teus textos.


Ora, como alguém ousa questionar o consenso de Washington? :emoticon20: Certamente esta pessoa nunca leu nada a não ser literatura comunista. :emoticon6:

Eu não estou escrevendo um trabalho científico. Escrevi um texto para ser lido num fórum da internet sem o rigor científico, por isso não citei pensadores fontes. Quis fazer o texto de uma forma bem simples para abordar um assunto complexo e chegar num ponto comum a partir de vários pequenos fragmentos. É mais ou menos o que o filme Syriana que está em cartaz faz.

Nos meus textos não há nenhum esquerdismo evergonhado. O que há é um pensamento social questionador. Muitos acham um absurdo questionar o sistema atual. Acham que ele é natural e representa o fim da história. Eu não acho nada disto e questiono a nossa sociedade.

Uma pessoa do início século XXI achar o sistema capitalista atual como natural ao ser humano, é o mesmo que um camponês da Idade Média achar o feudalismo natural; é o mesmo que um cidadão do Império Romano achar o sistema político da época como natural e o melhor, afinal de contas Roma dominava o mundo conhecido da antiguidade, então o sitema político romano era o melhor que existia. Muitos pensam assim hoje. Como são os EUA que dominam o mundo, então o sistema político americano é perfeito. Se esquecem de questionar e buscar novas alternativas. Quem busca é taxado de esquerdista.

Estou mostrando como de uma forma natural o sistema capitalista atual irá mudar. Como caminharemos para uma sociedade sem explorados e sem exploradores, uma vez que a maioria das pessoas não gosta de ser explorada por ninguém.

É claro que o assunto é complexo e neste tópico apenas estou falando um pouco sobre isto.

É óbvio que quem está no poder não quer que nada mude e tenta passar a idéia que a história já acabou e que já atingimos a perfeição com o sistema neoliberal. Só que eu não engulo esta. A História não acabou e nunca acabará, novos sistemas econômicos e formas de organização social irão surgir a medida que a tecnológia e as condições naturais avançam ou mudam.

Washington escreveu:O esquerdismo não é solução para nada, antes um problema.


Todos os pensamentos que vão contra o sistema são um problema para quem é beneficiado pelo sistema.

Washington escreveu:O liberalismo é uma utopia, mas uma utopia do "bem". Deveria ser um ideal a ser atingido.


Todas as utopias são utopias do bem. O socialismo também é uma utopia do bem. Todas as utopias visam um mundo melhor. Só que elas esbarram na realidade. A utopia liberal esbarra em vários fatos 1) a maioria das pessoas não quer trabalhar como empregado, quer trabalhar como patrão ou ter seu próprio negócio; 2) As empresas formar monopólios ou oligopólios que acabam mandando nos governos e obrigando estes a conceder privilégios distorcento a economia; 3) Para produzir com um custo cada vez menos, as empresas pagam cada vez menos aos seus empregados, acaba que ninguém tem dinheiro para comprar e as empresas não tem como vender. Existem muitos outros problemas que dava até para escrever um livro, mas o espaço é curto.

Só para finalizar, sou a favor do livre comércio e da livre inciativa, mas acredito que a sociedade deve ter controle sobre os rumos da economia através dos meios democráticos. Não acredito que o mercado por si só resolve todos os problemas. Prefiro apostar no planejamento do que apostar na seleção natural, quando se trata de seres humanos. Afinal, a evolução nos deu a intelegência para que pudessemos estar além da seleção natual e fazer conscientemente nossa seleção e os rumos que queremos seguir.




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Pug
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Mensagem por Pug »

Claudio Loredo escreveu:
washington escreveu: O esquerdismo não é solução para nada, antes um problema.


Todos os pensamentos que vão contra o sistema são um problema para quem é beneficiado pelo sistema.


:emoticon16:

washington escreveu:O liberalismo é uma utopia, mas uma utopia do "bem". Deveria ser um ideal a ser atingido.


Usando um jeito muito meu, para poupar nas palavras

:emoticon266:


Temos um novo "messianismo" :emoticon33:

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Claudio Loredo
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Re.: Competição versus Colaboração

Mensagem por Claudio Loredo »



O mercado e o governo devem suprir as necessidades da sociedade. O primeiro deve garantir os bens de consumo e o segundo os bens sociais.

O grande problema é que num Estado burguês há o domínio do mercado sobre o governo e este deixa de atender os interesses sociais para atender os interesses de mercado. Havendo em virtude disto todo um mal estar social.

O Estado, como conhecemos hoje, foi uma invenção da burguesia. Ele foi criado para garantir mercado às indústrias. Funcionando mais ou menos bem até o surgimento da Internet e da microinformática, quando a comunicação e o acesso as informações passou a impulsionar novas mudanças.

Este Estado, desenvolvido ao longo dos séculos XVIII e XIX, já está ultrapassado. Novas formas de governança são necessárias num mundo completamente diferente do mundo de cem anos atrás.

Os neoliberais pregam o Estado Mínimo para resolver este problema. Só que a maior parte da sociedade não concorda com isto. A sociedade, em geral, quer um Estado que cumpra o seu papel de garantir a ordem e o progresso economico e social e ainda ofereça os benefícios que o mercado não oferece. Por tudo isto, o que se vê nos países desenvolvidos e em desenvovimento é um aumento do setor público.

O que precisa ocorrer nesta aldeia global em que vivemos é a transformação do Estado. Há a necessidade de um controle social maior junto com o fortalecimentos dos organismos internacionais como a ONU, a OMC, a OIT e os blocos economicos. Todos esses organismos devem possuir poderes para compor as legislações nacionais e influir diretamente nos países membros.

Enfim, uma nova forma de governança precisa ser desenvolvida. Uma governança onde haja uma divisão de poderes entre diferentes organismos nacionais e internacionais que se misturam entre si como uma rede com diferentes camadas que se sobrepõe. Os governos devem ser entidades que visam a colaboração entre todos os seres humanos para o progresso e a felicidade de todos. A competição pode ficar por conta do mercado, mas ao governo cabe a colaboração e este não pode mais servir aos interesses dos que detém o capital.


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Acauan
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Mensagem por Acauan »

Washington escreveu:Leia Mises, Hayek, Friedman, etc. Tu verás uma nova galáxia, algo muito além do marxismo envergonhado que aparece nos teus textos.


Hayek é o cara.
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Re.: Competição versus Colaboração

Mensagem por Acauan »

Claudio,

Noto que toda vez que você comenta sobre economia traz as mais nobres intenções, que não são acompanhadas do equivalente embasamento.
As leis econômicas não ligam a mínima para nossos sentimentos. O fato de algo nos parecer cruel e injusto não afeta a sua veracidade.
Acreditar que sistemas econômicos solidários sejam o modo mais eficiente de produzir, apenas porque não são competitivos, é mais ou menos como acreditar no espiritismo por achar a morte natural muito injusta.
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Claudio Loredo
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Re.: Competição versus Colaboração

Mensagem por Claudio Loredo »



Acauan,

Não acredito no espiritismo, mas considero a morte natural injusta. Por isso, a ciência deve avançar para eliminar o envelhecimento que leva a morte.

Bem assim é a economia, existem coisas injustas, mas deve haver um esforço da sociedade para eliminar essas injustiças.

Concordo que falta um pouco de embasamento nos meus textos, mas isto é devido ao fato de eu querer transmitir idéias sem ter que escrever um texto muito longo. Tentarei nos meus próximos textos sobre economia colocar fontes da internet para que quem lê possa saber de onde estou tirando essas idéias e se quiser pesquisar mais sobre elas.


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Re: Re.: Competição versus Colaboração

Mensagem por Acauan »

Claudio Loredo escreveu:

Acauan,

Não acredito no espiritismo, mas considero a morte natural injusta. Por isso, a ciência deve avançar para eliminar o envelhecimento que leva a morte.

Bem assim é a economia, existem coisas injustas, mas deve haver um esforço da sociedade para eliminar essas injustiças.

Concordo que falta um pouco de embasamento nos meus textos, mas isto é devido ao fato de eu querer transmitir idéias sem ter que escrever um texto muito longo. Tentarei nos meus próximos textos sobre economia colocar fontes da internet para que quem lê possa saber de onde estou tirando essas idéias e se quiser pesquisar mais sobre elas.


É isto Claudio,

A justiça ou injustiça da morte é irrelevante para a constatação do fato, assim como a justiça ou injustiça das leis econômicas é irrelevante para sua veracidade.

Há que se distinguir entre leis econômicas e políticas sociais.
É mais fácil distribuir riqueza em uma sociedade que tem amplos meios de produzi-la do que tentar distribuir riqueza em sociedades que só sabem produzir miséria.

Se a competição aumenta a produtividade ela não é problema, é solução.
Note que a riqueza obtida pela competição não provém do empobrecimento da outra parte. Se duas empresas competem, as duas se mantém no mercado e se tornam cada vez mais eficientes gerando produtos melhores a custos menores.
Todo mundo ganha.

Sem competição teríamos a estagnação, faltaria o incentivo para investir e inovar.
O que se pode e deve fazer é minimizar os efeitos nocivos da competição, o que é muito mais fácil em sociedades eficientes e produtivas do que em sociedades estagnadas e sem incentivo.
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Re: Re.: Competição versus Colaboração

Mensagem por Tranca »

Acauan escreveu:
Claudio Loredo escreveu:

Acauan,

Não acredito no espiritismo, mas considero a morte natural injusta. Por isso, a ciência deve avançar para eliminar o envelhecimento que leva a morte.

Bem assim é a economia, existem coisas injustas, mas deve haver um esforço da sociedade para eliminar essas injustiças.

Concordo que falta um pouco de embasamento nos meus textos, mas isto é devido ao fato de eu querer transmitir idéias sem ter que escrever um texto muito longo. Tentarei nos meus próximos textos sobre economia colocar fontes da internet para que quem lê possa saber de onde estou tirando essas idéias e se quiser pesquisar mais sobre elas.


É isto Claudio,

A justiça ou injustiça da morte é irrelevante para a constatação do fato, assim como a justiça ou injustiça das leis econômicas é irrelevante para sua veracidade.

Há que se distinguir entre leis econômicas e políticas sociais.
É mais fácil distribuir riqueza em uma sociedade que tem amplos meios de produzi-la do que tentar distribuir riqueza em sociedades que só sabem produzir miséria.

Se a competição aumenta a produtividade ela não é problema, é solução.
Note que a riqueza obtida pela competição não provém do empobrecimento da outra parte. Se duas empresas competem, as duas se mantém no mercado e se tornam cada vez mais eficientes gerando produtos melhores a custos menores.
Todo mundo ganha.

Sem competição teríamos a estagnação, faltaria o incentivo para investir e inovar.
O que se pode e deve fazer é minimizar os efeitos nocivos da competição, o que é muito mais fácil em sociedades eficientes e produtivas do que em sociedades estagnadas e sem incentivo.


De pleno acordo, gavião.
Palavras de um visionário:

"Seria uma ressurreição satânica retirarmos Lula e Brizola - esse casamento do analfabetismo econômico com o obsoletismo ideológico - do lixo da história para o palco do poder."

Roberto Campos

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Re: Re.: Competição versus Colaboração

Mensagem por Pecos Bill »

Acauan escreveu:Claudio,

Noto que toda vez que você comenta sobre economia traz as mais nobres intenções, que não são acompanhadas do equivalente embasamento.
As leis econômicas não ligam a mínima para nossos sentimentos. O fato de algo nos parecer cruel e injusto não afeta a sua veracidade.
Acreditar que sistemas econômicos solidários sejam o modo mais eficiente de produzir, apenas porque não são competitivos, é mais ou menos como acreditar no espiritismo por achar a morte natural muito injusta.


Leis económicas? Cruel e Injusto? Parece Darwinismo. Acho que o ser humano tem capacidade para ir mais além que as supostas Leis económicas. E nao adianta. Há uma diferença entre aquilo que é e que aquilo que podemos fazer. Uma diferença que se chama valores. Nao temos de seguir a tendencia, ou como dizia o Físico Richard Feynman... a cauda do cometa. Vale sempre a pena expor va crueldade e a injustiça onde quer que ela exista... mesmo que a "lei" que provoca isso seja muito forte.
Sou um ás. Saco de uma arma mais depressa, tenho mais boa pontaria, monto melhor e bebo mais do que qualquer homem á face da Terra. Ando em ciclones. Sou o homem mais valente a norte, sul, este e oeste de Rio Grande. O meu nome é Pecos Bill.

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Re: Re.: Competição versus Colaboração

Mensagem por Acauan »

Pecos Bill escreveu:
Acauan escreveu:As leis econômicas não ligam a mínima para nossos sentimentos. O fato de algo nos parecer cruel e injusto não afeta a sua veracidade.


Leis económicas? Cruel e Injusto? Parece Darwinismo. Acho que o ser humano tem capacidade para ir mais além que as supostas Leis económicas. E nao adianta. Há uma diferença entre aquilo que é e que aquilo que podemos fazer. Uma diferença que se chama valores. Nao temos de seguir a tendencia, ou como dizia o Físico Richard Feynman... a cauda do cometa. Vale sempre a pena expor va crueldade e a injustiça onde quer que ela exista... mesmo que a "lei" que provoca isso seja muito forte.


Não existem "supostas" leis econômicas.
Toda atividade que depende de recursos finitos e escassos está sujeita às leis econômicas pelo fato óbvio e matemático de que a finitude e a escassez impõe limites instransponíveis à atividade em questão.

Se duvida tente gastar mais do que ganha e veja o que acontece.
Nós, Índios.

Acauan Guajajara
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Re.: Competição versus Colaboração

Mensagem por Pecos Bill »

Ah... essas leis. É que quando eu pensei em leis estava a pensar em tendencias globais da economia. Pensava que estavas a dizer que devido a essas tendencia é inevitável a pobreza que é uma crueldade (defendes que a pobreza é uma lei bda economia?). Mas isso de gastar mais do que se ganha é burrice. A nao ser que seja mesmo preciso (com o crédito) para aqueles que qerem casa e tal.
Sou um ás. Saco de uma arma mais depressa, tenho mais boa pontaria, monto melhor e bebo mais do que qualquer homem á face da Terra. Ando em ciclones. Sou o homem mais valente a norte, sul, este e oeste de Rio Grande. O meu nome é Pecos Bill.

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Re: Re.: Competição versus Colaboração

Mensagem por Acauan »

Pecos Bill escreveu:Ah... essas leis. É que quando eu pensei em leis estava a pensar em tendencias globais da economia. Pensava que estavas a dizer que devido a essas tendencia é inevitável a pobreza que é uma crueldade (defendes que a pobreza é uma lei bda economia?). Mas isso de gastar mais do que se ganha é burrice. A nao ser que seja mesmo preciso (com o crédito) para aqueles que qerem casa e tal.


Não há como a pobreza ser uma lei da economia.
A ciência econômica apenas constata o óbvio, toda sociedade que produzir menos do que o mínimo que necessita para suprir suas necessidades materiais será pobre.
E alguém que faz um financiamento não está necessariamente gastando mais do que ganha, basta que as parcelas de pagamento somadas aos demais gastos não ultrapasse a renda.
Nós, Índios.

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Re.: Competição versus Colaboração

Mensagem por Pecos Bill »

E se produzir muito a sociedade saerá rica. Mas sendo rica ainda tem muitas pessoas pobres. Demasiadas. Porque? Há algo de errado neste modelo. A nao ser que a pessoa já nao interesse. Apenas a sociedade. Nesse caso está tudo bem. Estranha forma de coletivismo...
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Re: Re.: Competição versus Colaboração

Mensagem por Acauan »

Pecos Bill escreveu:E se produzir muito a sociedade saerá rica. Mas sendo rica ainda tem muitas pessoas pobres. Demasiadas. Porque? Há algo de errado neste modelo. A nao ser que a pessoa já nao interesse. Apenas a sociedade. Nesse caso está tudo bem. Estranha forma de coletivismo...


Sociedades de consumo não apresentam igual eficiência na produção e na distribuição de riqueza, mesmo porque a distribuição de riqueza depende muito de fatores individuais.
Nos Estados Unidos a maioria dos moradores de rua tem algum tipo de desajuste, sendo o mais comum o alcoolismo.
É difícil, mesmo para sociedades ricas, eliminarem a pobreza sem invadir o campo das liberdades e garantias individuais.
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Pecos Bill
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Re.: Competição versus Colaboração

Mensagem por Pecos Bill »

É...O alcoolismo é o desajuste (mas o que o causou, de certeza que não foi apenas a "natureza" da pessoa. Isso seria determinismo genético. Que não existe nem em termos da sociobiologia). Se calhar ele foi para essa vida porque não teve oportunidade de fazer outra coisa... e, perante dificuldades, o "desajuste" se manifestou. Mas acho isto triste...
Se o futebol não existisse Pelé e Maradona seriam provavelmente pobres. Seriam nulificados. Eu me interrogo quantos génios nulificados pela pobreza andam por aí sem destino... com a garrafa na mão. Por isso uma sociedade com um modelo social que lute contra desajustes é importante (Sei lá... tipo países nórdicos). A América dificilmene pode ser um modelo para quem quer algo melhor para o individuo.

PS- "Thomas Malthus estava errado. O melhor para o individuo não vem da sua luta para obter exatamente o que o individuo quer. O melhor para o individuo é considerar o desejos do grupo e planear em função dele" John Nash (Nobel da Economia e maluco certificado). Minimizando a competição, portanto.

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Re: Re.: Competição versus Colaboração

Mensagem por Acauan »

Pecos Bill escreveu:É...O alcoolismo é o desajuste (mas o que o causou, de certeza que não foi apenas a "natureza" da pessoa. Isso seria determinismo genético. Que não existe nem em termos da sociobiologia). Se calhar ele foi para essa vida porque não teve oportunidade de fazer outra coisa... e, perante dificuldades, o "desajuste" se manifestou. Mas acho isto triste...


A medicina atual encara o alcoolismo como doença, apenas isto. Nesta interpretação, ser alcoólatra não é mais "determinismo genético" do que alguém ser portador de diabetes, por exemplo.
Não há a mais mínima base para correlacionar falta de oportunidades e alcoolismo, mesmo porque, muitos alcoólatras tiveram oportunidades demais e a imensa maioria da população que tem oportunidades de menos não é alcoólatra por causa disto.


Pecos Bill escreveu:Se o futebol não existisse Pelé e Maradona seriam provavelmente pobres. Seriam nulificados. Eu me interrogo quantos génios nulificados pela pobreza andam por aí sem destino... com a garrafa na mão. Por isso uma sociedade com um modelo social que lute contra desajustes é importante (Sei lá... tipo países nórdicos). A América dificilmene pode ser um modelo para quem quer algo melhor para o individuo.


Estranho que você fale contra o determinismo genético no parágrafo anterior e agora insinue algo parecido para as pessoas de Pelé e Maradona como se eles tivessem sido determinados por alguma força apenas para jogar futebol.
Não sei quanto ao jogador argentino, mas Edson Arantes do Nascimento se tornou O Pelé por um combinação única no esporte da época de disciplina, dedicação e força de vontade.
Mesmo quando já era considerado o melhor do mundo, continuava treinando sozinho no campo, após todos os demais jogadores já terem ido embora, para aperfeiçoar uma cabeçada aqui ou um lançamento ali.
Gente com tal perfil dificilmente andam por aí sem destino, com a garrafa na mão, apenas porque lhes faltou oportunidade.
E citar a Escandinávia como modelo e falar mal dos Estados Unidos da América é chover no molhado.
Guardadas as proporções entre nações com pouco milhões de habitantes em uma população extremamente homogênea em todos os sentidos contra outra com centenas de milhões de diversas etnias, culturas e origens, a América torna-se um exemplo único de fonte de oportunidades e sucesso para os desiguais.


Pecos Bill escreveu:PS- "Thomas Malthus estava errado. O melhor para o individuo não vem da sua luta para obter exatamente o que o individuo quer. O melhor para o individuo é considerar o desejos do grupo e planear em função dele" John Nash (Nobel da Economia e maluco certificado). Minimizando a competição, portanto.

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Contestar Malthus é bater em bêbado.
A própria evolução da tecnologia industrial, aplicada principalmente ao aumento da produtividade agrícola, desmentiu as principais teses dele há um tempão.
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