Quando a ética não passa de piada.
Enviado: 19 Mar 2006, 15:57
As atividades de uma lingua plesa
18.03.2006 | Seja lá o que o ministro Antonio Palocci e seus assessores faziam dentro daquela casa, devia ser algo bem mais divertido do que aquilo que a gente assiste todo dia na casa do “Big Brother Brasil”. A chamada República de Ribeirão Preto em Brasília tinha tudo para se transformar no maior “reality show” da história desse país se, em vez dos olhos de um caseiro, dezenas de câmeras documentassem o dia-a-dia daquela gente como é de praxe no programa de TV.
Manter um caseiro nesse tipo de casa, francamente, tava na cara que ia dar no que deu. Imagine, caro leitor, como seria o “Big Brother Brasil” com esse personagem doméstico narrando os movimentos, analisando as manias e revirando o lixo do Agustinho, por exemplo. Não sei se você conhece essa coisa estranha chamada Agustinho, mas qualquer coisa que um caseiro diga a respeito dele, eu não só acredito, como duvido muito – ainda mais se o funcionário da “casa” resolver abrir o bico com a festa acabada, fora do ar. Pra falar a verdade, não dou fé a testemunho de ex-caseiro, ex-mulher e ex-motorista, ainda que o Collor tenha caído por causa de um big brother do volante.
Mandar o ministro para o paredão por causa de umas camisinhas e invólucros de Viagra encontrados pelos cantos, pelamordedeus, isso é pinto perto do que o caseiro do Arthur Virgílio já viu nessa vida. Na minha modesta opinião, o caso Palocci pode dar, se tanto, demissão em casa. Dona Margareth Rose tem bons motivos para mandar o marido lamber sabão sem se dar ao trabalho de apurar onde exatamente o ministro andou passando aquela sua língua presa nas festinhas do Lago Sul.
O Buratti, como se diz em Ribeirão Preto, é mais embaixo. Se o ministro fazia com meninas de programa o que os governantes costumam fazer com o povo, insisto, problema de dona Margareth Rose. O máximo que o assunto nos rende são piadinhas cafajestes a respeito do desempenho sexual de Antônio Palocci. Parece que o maior prazer dele era promover o espetáculo do crescimento para pagar dívidas com o fundo. Tem aquela do rombo da previdência, mas deixa pra lá!
O fato de a oposição tê-lo mandado para o paredão por conta dessas cambalhotas não depõe de forma alguma contra o espírito público do ministro da Fazenda. Nesse tipo de “casa”, aliás, é muito comum eliminar os melhores sujeitos para premiar um pobre coitado qualquer no final. É disso que o povo gosta, repara só! Nas votações comandadas por Pedro Bial, o brasileiro atira, invariavelmente, no mais boa praça ou menos burro da turma. No Congresso dá-se a mesma coisa. Ô, raça!
Leituras adjacentes:
POBRE=SIGILO ZERO
corretor afirma...
Motorista diz...
Caseiro se defende
ÊTA MUNDO BÃO!!!
18.03.2006 | Seja lá o que o ministro Antonio Palocci e seus assessores faziam dentro daquela casa, devia ser algo bem mais divertido do que aquilo que a gente assiste todo dia na casa do “Big Brother Brasil”. A chamada República de Ribeirão Preto em Brasília tinha tudo para se transformar no maior “reality show” da história desse país se, em vez dos olhos de um caseiro, dezenas de câmeras documentassem o dia-a-dia daquela gente como é de praxe no programa de TV.
Manter um caseiro nesse tipo de casa, francamente, tava na cara que ia dar no que deu. Imagine, caro leitor, como seria o “Big Brother Brasil” com esse personagem doméstico narrando os movimentos, analisando as manias e revirando o lixo do Agustinho, por exemplo. Não sei se você conhece essa coisa estranha chamada Agustinho, mas qualquer coisa que um caseiro diga a respeito dele, eu não só acredito, como duvido muito – ainda mais se o funcionário da “casa” resolver abrir o bico com a festa acabada, fora do ar. Pra falar a verdade, não dou fé a testemunho de ex-caseiro, ex-mulher e ex-motorista, ainda que o Collor tenha caído por causa de um big brother do volante.
Mandar o ministro para o paredão por causa de umas camisinhas e invólucros de Viagra encontrados pelos cantos, pelamordedeus, isso é pinto perto do que o caseiro do Arthur Virgílio já viu nessa vida. Na minha modesta opinião, o caso Palocci pode dar, se tanto, demissão em casa. Dona Margareth Rose tem bons motivos para mandar o marido lamber sabão sem se dar ao trabalho de apurar onde exatamente o ministro andou passando aquela sua língua presa nas festinhas do Lago Sul.
O Buratti, como se diz em Ribeirão Preto, é mais embaixo. Se o ministro fazia com meninas de programa o que os governantes costumam fazer com o povo, insisto, problema de dona Margareth Rose. O máximo que o assunto nos rende são piadinhas cafajestes a respeito do desempenho sexual de Antônio Palocci. Parece que o maior prazer dele era promover o espetáculo do crescimento para pagar dívidas com o fundo. Tem aquela do rombo da previdência, mas deixa pra lá!
O fato de a oposição tê-lo mandado para o paredão por conta dessas cambalhotas não depõe de forma alguma contra o espírito público do ministro da Fazenda. Nesse tipo de “casa”, aliás, é muito comum eliminar os melhores sujeitos para premiar um pobre coitado qualquer no final. É disso que o povo gosta, repara só! Nas votações comandadas por Pedro Bial, o brasileiro atira, invariavelmente, no mais boa praça ou menos burro da turma. No Congresso dá-se a mesma coisa. Ô, raça!
Leituras adjacentes:
POBRE=SIGILO ZERO
corretor afirma...
Motorista diz...
Caseiro se defende
ÊTA MUNDO BÃO!!!


